Emir Sader: Tucanos jogam em SP a sobrevivência

Tempo de leitura: 4 min

 por Emir Sader, no seu blog

 Os tucanos nasceram de forma contingente na política brasileira, apontaram para um potencial forte, tiveram sucesso por via que não se esperava, decaíram com grande rapidez e agora chegam a seu final.

Os tucanos nasceram de setores descontentes do PMDB, basicamente de São Paulo, com o domínio de Orestes Quercia sobre a secção paulista do partido. Tentaram a eleição de Antonio Ermirio de Morais, em 1986, pelo PTB, mas Quércia os derrotou.

Se articularam então para sair do PMDB e formar um novo partido que, apesar de contar com um democrata–cristão histórico, Franco Montoro, optou pela sigla da social democracia e escolheu o símbolo do tucano, para tentar dar-lhe um caráter brasileiro.

O agrupamento foi assim centralmente paulista, incorporando a alguns dirigentes nacionais vinculados a esse grupo, como Tasso Jereisatti, Álvaro Dias, Artur Virgílio, entre outros. Mas o núcleo central sempre foi paulista – Mario Covas, Franco Montoro, FHC .

A canditadura de Covas à presidência foi sua primeira aparição pública nacional. Escondido atrás do perfil de candidatos como Collor, Lula, Brizola, Uysses Guimarães, Covas tentou encontrar seu nicho com um lema que já apontava para o que terminariam sendo os tucanos – Por um choque de capitalismo.

O segundo capítulo da sua definição ideológica veio no namoro com o governo Collor, que se concretizou na entrada de alguns tucanos no governo – Celso Lafer, Sergio Rouanet. Se revelava a atração que a “modernização neoliberal” tinha sobre os tucanos. O veto de Mário Covas impediu que os tucanos fizessem o segundo movimento, de ingresso formal no governo Collor – o que os teria feito naufragar com o impeachment e talvez tivesse fechado seu posterior caminho para a presidência.

Mas o modelo que definitivamente eles seguiram veio da Europa, da conversão ideológica e política dos socialistas franceses no governo de Mitterrand e no governo de Felipe Gonzalez na Espanha. A social democracia, como corrente, optava por uma adesão à corrente neoliberal, lançada pela direita tradicional, à que ela aderia, inicialmente na Europa, até chegar à América Latina.

No continente se deu um fenômeno similar: introduzido por Pinochet sob ditadura militar, o modelo foi recebendo adesões de correntes originariamente nacionalistas – o MNR da Bolívia, o PRI do México, o peronismo da Argentina – e de correntes social democratas – Partido Socialista do Chile, Ação Democrática da Venezuela, Apra do Peru, PSDB do Brasil.

Como outros governantes das correntes aderidas ao neoliberalismo – como Menem, Carlos Andres Peres, Ricardo Lagos, Salinas de Gortari -, no Brasil, os tucanos puderam chegar à presidência, quando a América Latina se transformava na região do mundo com mais governos neoliberais e em suas modalidades mais radicais.

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O programa do FHC era apenas uma pobre adaptação do mesmo programa que o FMI mandou para todos os países da periferia, em particular para a América Latina. Ao adotá-lo,  FHC reciclava definitivamente seu partido para ocupar o lugar de centro do bloco de direita no Brasil, quando os partidos de origem na ditadura – PFL, PP – tinham se esgotado. (Quando o Collor foi derrubado, Roberto Marinho disse que a direita já não elegeria mais um candidato seu, dando a entender que teriam que buscar alguém fora de suas filas, o que se deu com FHC.)

O governo teve o sucesso espetacular que os governos neoliberais tiveram em toda a América Latina no seu primeiro mandato: privatizações, corte de recursos públicos, abertura acelerada do mercado interno, flexibilização laboral, desregulamentações. Contava com 3/5 do Congresso e com o apoio em coro da mídia. Como outros governos também, mudou a Constituição para ter um segundo mandato.

Da mesma forma que outros, conseguiu se reeleger, já com dificuldades, porque seu governo havia projetado a economia numa profunda e prolongada recessão. Negociou de novo com o FMI, foi se desgastando cada vez mais conforme a estabilidade monetária não levou à retomada do crescimento econômico, nem à melhoria da situação da massa da população e acabou enxotado, com apoio mínimo e com seu candidato derrotado.

Aí, os tucanos já tinham vivido e desperdiçado seu momento de glória. Estavam condenados a derrotas e à decadência. Se apegaram a São Paulo, seu núcleo original, desde onde fizeram oposição, muito menos como partido – debilitado e sem filiados – e mais como apêndice pautado e conduzido pela mídia privada.

Derrotado três vezes sucessivas para a presidência e perdendo cada vez mais espaços nos estados, o PSDB chega a esta eleição aferrado à prefeitura de São Paulo, onde as brigas internas levaram à eleição de um aliado, que teve péssimo desempenho.

Os tucanos chegam a esta eleição jogando sua sobrevivência em São Paulo, com riscos graves de, perdendo, rumarem para a desaparição política. Ninguém acredita em Aécio como candidato com possibilidade reais de vencer a eleição para a presidência, menos ainda o Alckmin.

Vai terminando a geração que deu luz aos tucanos como partido e protagonizaram seu auge – o governo FHC – que, pela forma que assumiu, teve sucesso efêmero e condenou – pelo seu fracasso e a imagem desgastada do FHC e do seu governo – à desaparição política.

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Comentários

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Vlad

Esse PIG!
Sempre querendo derrubar o governo.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/1169328-serra-distribuiu-material-igual-ao-kit-gay-em-sp.shtml

Vinicius Garcia

O perigo maior será a partir de agora a infiltração (ela já está ocorrendo), uma vez que eles não conseguem fazer oposição sólida, repito mais uma vez, o PT é só um caminho, não o destino, pois não é toda essa maravilha que alguns retratam. Se bobear toma rumos iguais ao do PSDB quando começou.

    vinicius

    Vinícius, que tal refletir um pouco mais sobre suas conclusões.
    O processo de construção política é complexo e ocorre de forma dinâmica.
    Não é possível pensar de forma linear. Se x, então y.
    O debate democrático dentro de um partido(quer vc goste ou não) é oque torna um partido consistente.
    Talvez esse seja um das chaves do sucesso do PT: debate interno, mesmo que ocorra rachas.
    Diálogos internos não existem em outros partidos

    vinicius

    Ah! Esqueci!!
    Infiltrados sempre existiram, em qq lugar ou situação, mas eles não conseguem sobreviver ao debate democrático.

Helô

Boa análise, mas subestima o poder do Mal.

spin

Atenção assinantes do UOL. O provedor está usando de um artifício para aumentar o valor básico da mensalidade, de 14 reais para aproximandamente 80 reais. Eu pagava este provedor via débito automático, o que deixei de fazer desde o mês de maio/2012. Para minha surpresa, chegou uma cobrança de quase R$ 300,00. Questinonei a atendente e a mesma me informou que desde janeiro/2012 eu seria assinante de um pacote de serviços da UOL, dentre eles o anti-virus, o valor de R$79,00 por mês. Tenho certeza de que não comprei tais produtos, até mesmo pq tenho anti-virus de graça. Este golpe foi aplicado contra um amigo. Pedi o áudio da conversa de quando eu teria feito o contrato e a atendente informou-me que somente mediante autorização judicial. Quer dizer, vou ter que contratar advogado para provar que o tal contrato existe. Fica o alerta.

    Mário SF Alves

    O ônus da prova cabe a quem acusa. Bom, pelo menos era assim até o StéFão do Barbosão julgar o improvado mensalão.
    É, amigo, pelo visto você foi contaminado pelo vírus Oportunissimus uolissimus semprovissimus. Mas, tem jeito. Código de Defesa do Consumidor é um deles.

Fabio Passos

O PiG pensava que, utilizando a farsa eleitoral do julgamento do mensalão, conseguiria emplacar a continuidade de um projeto político fracassado…

São Paulo resolveu se livrar da incompetência.

Chupa, PiG!

Fabio Passos

só por Deus… rsrs

    Luc

    Mas tem um tal de “Dez na Área um na Banheira e Ninguém no Gol” que foi distribuído num tal Governo de SP que esse sim, para crianças de 9 anos foi um problema grave…

Roberto Locatelli

O PSDB representa, hoje, o neoliberalismo, ou seja, o culto devocional ao deus mercado.

A crise de 2008 – que continua e se expande nos dias de hoje – colocou a nu a farsa que é o neoliberalismo. O PSDB sofre as consequências disso.

Francisco

Curiosamente, o PMDB continua ai, firme e forte…

O PSDB caminha celeremente para virar DEMO.

Talvez o golpismo do partido da mídia esteja se tornando mais histrionico e barulhento porque eles olham em volta e se perguntam: Meu Deus! Vamos instrumentalizar quem mais? O PSB?!

Instrumentalizaram a ARENA, o PDS, o PFL, o DEMO, o PSDB/DEMO, o PSTF (Partido do STF)… E agora? E agora José?…

Não demora, voltam aos quarteis…

    Bonifa

    O que irão propor aos quartéis? Debilitar com as Forças Armadas e transformálas em milícias com o fim exclusivo de reprimir o povo e sustentar no poder uma elite antinacional, como estava no programa neoliberal dos tucanos? Este tempo passou. Hoje há fortes razões para se crer que as Forças Armadas do Brasil desejam ser fortes e capacitadas como quaisquer outras de uma potência média que quer ser independente. E estão decididas a se identificar com o povo brasileiro e não mais com aquelas elites ultrapassadas que não têm Pátria.

    Mário SF Alves

    Talvez um sucateamento dissimulado dos quartéis, ou o afundamento de umas fragatas, com vistas a uma possível privatização a toque de caixa.

Gerson Carneiro

Alckmin não reagiu ao café quente na cara e está vivo.

    Hélio Pereira

    Isto seria café no Xuxu ou seria Xuxu no café?

    Marisa

    Gerson, adorei seu raciocínio! Contundente.

    Jose Mario HRP

    Café com chuchu?
    BLEARGHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!
    Está na hora de mudar isso !
    Fora PSDB!

Gilberto

CARTA ABERTA AOS AUDITORES-FISCAIS DO TRABALHO

13-10-2012 – Sinait
A gravidade da situação – que já é do conhecimento de todos – com o desmonte da Inspeção do Trabalho em nosso país, tendo como fato imediato a ameaça de indicação de uma pessoa de fora da Auditoria-Fiscal do Trabalho para dirigir a Secretaria de Inspeção do Trabalho – SIT, levou-nos a tomar algumas medidas já na quinta-feira, 11 de outubro, data da saída da secretária Vera Albuquerque:

– Reiteramos pedido de audiência urgente ao ministro Carlos Brizola para tratar do assunto. Ressalte-se que o ministro, na maioria das vezes, não é encontrado em Brasília. Tentamos até mesmo ficar na porta do gabinete na expectativa de abordá-lo, mas, em vão;

– Fizemos contatos com assessores diretos do gabinete da Presidência da República, solicitando que o fato seja levado ao conhecimento da presidente Dilma, demonstrando a ilegalidade das medidas diante do disposto na Convenção nº 81 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, no que se refere à interferência externa indevida na Inspeção do Trabalho no país;

– Mantivemos contatos com deputados federais e senadores que têm condições de dialogar com o ministro do Trabalho, para apontar o retrocesso que será impingido à Inspeção do Trabalho no Brasil com a nomeação de um elemento estranho à carreira Auditoria-Fiscal do Trabalho. E solicitamos que fosse informado ao Ministro que o Sinait irá DENUNCIAR à OIT a interferência externa que se pretende perpetrar;

– Entramos em contato com todos os presidentes de Centrais Sindicais solicitando apoio para impedir a concretização dessa nomeação externa, que vai atingir diretamente a proteção dos trabalhadores brasileiros, considerando-se que a direção da Fiscalização do Trabalho precisa estar sob o comando de um técnico com conhecimento efetivo do funcionamento e do papel da Instituição;

– Diante das informações de que há um nome de um advogado gaúcho, domiciliado no Rio de Janeiro, parente de um ex-deputado do Rio Grande do Sul, para ser indicado para o cargo, e de que esse nome já está na Casa Civil para ser aprovado, fomos em busca dessa confirmação e obtivemos a informação de que no final da tarde de quinta-feira, 11 de outubro, o chefe de gabinete do Ministro comunicou para assessores da SIT que a informação procede. Portanto, a ameaça pode se concretizar a qualquer momento;

– O Sinait encaminhou a todos os grandes órgãos de imprensa, já na quinta-feira, informações sobre a ameaça a que a Inspeção do Trabalho está sujeita com a possível nomeação de pessoa estranha à Auditoria-Fiscal do Trabalho e o repúdio da categoria quanto ao desmonte da Inspeção do Trabalho, informando que estamos dispostos a realizar manifestações em nível nacional e fazer denúncia formal à OIT, para impedir a concretização desse intento. Os jornais Folha de São Paulo, O Globo e Correio Braziliense divulgaram matérias sobre o assunto.

Diante desses fatos e correndo contra o tempo, devido ao final de semana prolongado, a presidência do Sinait está propondo as seguintes medidas, a serem discutidas em reunião de Diretoria e de Delegados Sindicais na próxima segunda-feira, 15 de outubro, com a seguinte pauta:

1. Convocação de Assembleia Geral Extraordinária do Sinait, em todos os Estados (conforme data a ser definida em conjunto com os Delegados Sindicais), para discussão de outras propostas de mobilização da categoria para impedir a nomeação de pessoa estranha à fiscalização para ocupar o cargo de secretário da SIT;

2. Propor a adoção de lista tríplice para indicação de nome de Auditor-Fiscal do Trabalho para dirigir a Secretaria;

3. Elaborar Manifesto à Sociedade denunciando a interferência externa indevida na Inspeção do Trabalho;

4. Encaminhar denúncia diretamente à presidente da República;

5. Encaminhar denúncia ao Diretor Geral da OIT, Guy Ryder, em Genebra, quanto à utilização da Inspeção do Trabalho para fins políticos e fragilização da Instituição no Brasil, com descumprimento da Convenção nº 81 da OIT;

6. Encaminhar denúncia ao Congresso Nacional que aprovou a adoção da Convenção 81, da OIT, quanto ao descumprimento da mesma;

7. Buscar a realização de reunião, em Brasília, com os representantes das Centrais Sindicais, em conjunto com Parlamentares;

8. Buscar no Parlamento a realização de audiência pública para discussão do tema;

9. Promover manifestações em todas as Superintendências e Gerências Regionais com a finalidade de denunciar à sociedade a utilização política e o desmonte da Inspeção do Trabalho no Brasil;

10. Enviar documento a todos os parlamentares do PDT (partido do atual Ministro), independente dos contatos já realizados, e a parlamentares influentes da base aliada do governo, denunciando a gravidade dos fatos e pedindo suas intervenções;

11. Realizar contatos com entidades do mundo do trabalho para também denunciarem a interferência na SIT (ANPT; Anamatra; Fonacate; Federações de trabalhadores);

12. Promover intensa divulgação na área aberta do site do Sinait e alimentar a imprensa com todas as informações relacionadas à situação da Inspeção do Trabalho no Brasil.

Colegas, o momento é grave. Precisamos unir forças de todos os Auditores-Fiscais do Trabalho do Brasil para lutar, mais uma vez, diante de mais uma ameaça concreta.

Não vamos aceitar o que nos querem impor!

Aguardamos sugestões de outras ações que o Sinait possa implementar.

Entre em contato com o Delegado Sindical do Sinait em seu Estado ou envie mensagem para [email protected].

Rosângela Rassy
Presidente do Sinait

    RICARDO GODINHO

    Só não entendi uma coisa: o Ministro é de alguma empresa ou sindicato? E a Secretaria, é algum órgão independente do Governo?
    Quem trabalha de verdade sabe que inspeção do trabalho é uma piada. Só pra ter uma vaga idéia: milhões de pessoas trabalham sem carteira assinada. Bastaria que a “eficientíssima” inspeção do trabalho cruzasse os dados do CNPJ com os da RAIS para encontrar centenas de milhares de empresas sem empregados ou com número de empregados incompatível com a atividade. Nem precisaria o inspetor ir lá, bastava uma cartinha pedindo explicações e um formulário na internet pra empresa preencher, se explicando. Tudo feito automaticamente, a inspeção só precisando intervir nos casos de não resposta. Só por se saber realmente vigiado, o empresário se preocuparia com registrar os empregados. Mas isso é muuuuiiiito menos importante do que incomodar deus e o mundo porque o ministro resolveu escolher um secretário fora da corporação…

    Bonifa

    Isto é de suma gravidade. Coisas como estas poderão minar o governo, se não tiverem a mais rápida intervenção por parte da própria presidente da República. Só ela em pessoa poderá resolver esta questão.

    Mário SF Alves

    Com isso você está dizendo que o ministro está rifado; que virou rainha da Inglaterra? Desculpe, realmente não entendi.

Gerson Carneiro

José Malafaia Serra e a Liberdade de Imprensa

    Messias Franca de Macedo

    … Prezado Gerson Carneiro, que tal [José] (S)erra MalaFEIA Rossi, ‘O Santo padroeiro do Brazil'(!)?!…

    Felicidades!

    República de ‘Nois’ Bananas
    Bahia, Feira de Santana
    Messias Franca de Macedo

Rose PE

E aasim seja para todo o sempre! Aleluia!

Luís Carlos

É o desespero dos golpistas e entreguistas… …se agarrando ao último e maior bastião. O Brasil já sabe, de muito, do embuste tucano e da grande mídia. Estão caindo descontroladamente. Por isso ficam mais raivosos, violentos e descarados em seus ataques.

Jânio de Freitas: A mentira da mesada de Roberto Jefferson « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Emir Sader: Tucanos jogam em SP a sobrevivência […]

Messias Franca de Macedo

A CARA DO BRAZIL(!) ENTENDA

… *[José] (S)erra Rossi Malafaia &$ Silas ‘MALAfeia’ &$ ‘o pade’ Marcelo!…

“O triunvirato do ‘domínio do fato’ da candidez ecumênica!”

*o mesmo [José] (S)erra Rossi Malafaia, ‘O Padroeiro do Brazil(!)’

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

sandro

Eu penso que na mais horrorosas das hipóteses(a vitória de Serra ) o PSDB
já acabou. Alias, em tese uma possivel viótia do Serra (argh!) aceleraria
esse processo de modo dramático. Serra não serve mais nem para a direita.

Fábio

Calma… Calma… Calma… O PSDB é somente o porta-voz de grupos que ainda estão muuuuuito vivos. Pode ser apenas um soldado abandonado, ferido, no campo de batalha. Baixar as armas, entrar desprotegido no campo de batalha e tripudiar o moribundo é suicídio, pois certamente existem franco-atiradores ocultos…. esperando e torcendo por esse movimento.

    assalariado.

    Fábio, esse negócio de cachorro morto e derrotado, é apenas a ponta do iceberg capitalista. Pensar assim, é muito perigoso. Sim, como o Iceberg com sua parte oculta, é bem maior do que se apresenta. Quem assitiu o Filme “Olga” que narra quando Luis Carlos Prestes achava que a tomada de poder era certa, deram com os burros n´agua. Nós das esquerdas, as vezes, somos mais inocentes úteis do que propriamente revolucionários, quando pensamos que vamos transformar o Brasil, sem se colocar em aliança com as massas. É suicídio politico.

    Abraços Fraternos.

    Mário SF Alves

    De acordo.

Apavorado por Vírus e Bactérias

A escolha neoliberal, com o desmonte do estado e a introdução da violência no meio social, as privatizações e terceirizações, foram um plano tucano para ganhar muito dinheiro, fácil e rápido. O braço arrecadador e acumulador é ninguém menos que Se-erra. A corrupção tucana é protegida pelo Judiciário, porque, além de rolar muita grana, é a opção pífia de direita que ainda resta. Assim, todos os da direita e o PIG se agarram a ela com todas as forças, mesmo que a Constituição precise ser rasgada no Mensalão e os preceitos da lei, como HC cangurus Supremos passem por cima de tudo, como ensinaram Gilmar, Barbosa e Dantas.

    Bonifa

    Isso mesmo. Falaram: “O planejamento de médio e longo se acabou. Os partidos se acabaram. Hoje só há os interesses de indivíduos que se reunem em grupos para defender o que querem objetivamente e a curto prazo. Os conceitos de Pátria e Nação não existem mais. É a lei do mais forte em busca da sobrevivência e da hegemonia. Os que ainda acreditam em ideais coletivos são a desprezível categoria dos Neobobos. Vamos formar grupos que busquem seu sucesso material internamente, seja de modo for, porque assim os mais fortes sobreviviverão. Estaremos apoiados externamente na submissão à Europa e Estados Unidos, cujo poder militar será nossa defesa global. O Pensamento Único está instaurado definitivamente na Humanidade e está decretado o fim da História.” Muitos se deixaram levar. Na américa Latina duraram muito pouco, porque um continente em contínua transformação jamais adotaria estupidez como esta de modo definitivo, nem os meios de dominação da informação podem hipnotizar e levar no bico um povo profundamente desconfiado de tudo. Já na Europa, um continente em agonia que ainda não consegue perceber de onde vem sua agonia, socialmente uniforme em sua dedicação ao Deus mercado, muito mais facilmente hipnotizável pela mídia que a América Latina, na Europa ainda não nasceram as condições sociopolíticas que varrerão estes neoliberais para as catacumbas da História. Mas vão nascer.

    Mário SF Alves

    A América Latina contou com termos que desequilibraram a equação. Imagine o que teria sido ou onde estaria agora a Nuestra América sem Lula, sem Nestor e sem Chávez?

    Fora os milhões de mortos de fome e em conflito entre quadrilhas de traficantes, estaríamos, no máximo, batendo panelas e fazendo cordão humano para cercar Parlamentos. Nem novelões tipo carminhas teríamos condições de assistir; se é que mesmo isso ainda nos teriam proporcionado.

    Bonifa

    E hoje na Europa, não apenas em Portugal, muitos estão pedindo nominalmente a presença de um Lula para salválos. Daí podermos esperar uma onda externa de tentativas de ataque a Lula, que poderá vir a se juntar aos traidores do país que agem internamente.

FrancoAtirador

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SOBRE PSDB, MÍDIA EMPRESARIAL, FORMAÇÃO DE QUADRILHA E DOMÍNIO DO FATO
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05/05/1999
FOLHA DE S.PAULO

Presidente [PHC] assume articulação política

ELIANE CANTANHÊDE
Diretora da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso [PSDB] assumiu a articulação política do governo diante da CPI dos Bancos e já obteve o primeiro resultado:
os governistas decidiram não convocar o ex-ministro das Comunicações Luiz Carlos Mendonça de Barros [PSDB] para depor.

Conforme a Folha apurou, FHC tem dito, em conversas com grupos e com parlamentares isolados, que a CPI precisa reencontrar o seu eixo, pois está “sem rumo, atirando para todo lado e atendendo a interesses políticos”.

Considera “um absurdo” convocar Mendonça de Barros e se queixa dos aliados, especialmente do presidente do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), mentor e coordenador informal da CPI.

“Precisamos traçar uma linha divisória entre quem é amigo e quem não é”, tem repetido o presidente.

Parte dos governistas da CPI defendia que Mendonça de Barros explicasse operações feitas pela operadora Link, que pertence a seus dois filhos, Daniel e Marcello.

Ontem, PSDB, PFL e PMDB anunciaram informalmente que ele não será convocado.
“Para quê? Já ficou claro que a empresa não aplicava direto na Bolsa e que em janeiro teve resultados compatíveis com a média de 1998”, disse o líder tucano, Sérgio Machado (CE).

Além disso, pefelistas e peemedebistas usam um argumento técnico para evitar que o ex-ministro deponha: o de que a questão da Link não está entre os motivos de criação da CPI.

A convocação seria “eminentemente política”.

Mendonça de Barros é considerado muito próximo a FHC e ontem esteve em Brasília para um jantar com senadores e deputados tucanos, na casa do deputado Sebastião Madeira (MA).

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães, tem encontro hoje com o ministro Pedro Malan (Fazenda), que também vem sendo provocado a depor na CPI. Ontem, FHC se reuniu com ACM, o vice-presidente Marco Maciel, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações).

Na semana passada, ACM deu entrevistas defendendo que Malan se oferecesse para depor. Pimenta disse que o ministro não iria.
ACM fez a tréplica: “Aqui (no Congresso), ele não manda”.

Agora, todos unificaram o discurso governista de que a CPI deve apurar tudo, punir os culpados, mas sem tentar atingir politicamente o núcleo do poder. (SIC)

Segundo importantes líderes governistas, há agora uma consciência da gravidade do momento político e ninguém tem interesse em desestabilizar um governo que mal começou.

A ordem é preservar FHC do tiroteio, restringindo as investigações ao Banco Central.

Na reunião de ontem, ficou acertado que o PSDB e o PFL fariam um esforço conjunto para atrair o PMDB para as articulações, ampliando o leque de conversações.

Os contatos de FHC com o PMDB têm quase que se restringido a Barbalho – que não é considerado confiável – e ao ministro Eliseu Padilha (Transportes).

Além de conversar com cúpulas dos partidos aliados, FHC tem telefonado para governadores e parlamentares mais próximos a ele e deve jantar hoje com Malan e o presidente do BC, Armínio Fraga.

Na opinião do presidente, manifestada a políticos, ninguém entende nada de mercado financeiro e estão falando “muita bobagem”.

Quanto mais os técnicos falarem, melhor.

O governo aplaudiu, sobretudo, os depoimentos das funcionárias do BC Maria do Socorro Carvalho e Tereza Grossi à CPI.

http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/historico/1999/5/zn05054.htm

    FrancoAtirador

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    SOBRE PSDB, MÍDIA EMPRESARIAL, QUADRILHA E DOMÍNIO DO FATO
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    26/11/1998
    FOLHA DE S.PAULO

    PSDB quer Mendonça de volta

    ELIANE CANTANHÊDE
    Diretora da Sucursal de Brasília

    O PSDB decidiu brigar pela presidência da Câmara e não descarta a possibilidade de o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros [PSDB] voltar ao governo.

    Reunidos na noite de terça-feira, em Brasília, governadores, ministros e parlamentares tucanos acertaram a ida de uma comissão ao presidente FHC [PSDB] para defender a criação do Ministério da Produção.

    A mesma comissão, comandada pelo presidente do partido, senador Teotonio Vilela Filho (PSDB-AL), deverá ir também ao ministro Renan Calheiros (Justiça), para pedir pressa na apuração dos responsáveis pelo “grampo” no BNDES.

    Tardiamente, os tucanos tentam demonstrar articulação e força política.

    Por isso, também decidiram ir em massa à transmissão de cargo de Mendonça de Barros no Ministério das Comunicações, ainda sem data marcada.

    Na avaliação deles, enfatizada na reunião especialmente pelo governador Mário Covas (SP), o Ministério da Produção é imprescindível para dar novo rumo ao governo no segundo mandato de FHC.

    É por meio dessa pasta, analisam, que FHC poderá equilibrar a política “monetarista” do ministro Pedro Malan (Fazenda) e do presidente do Banco Central, Gustavo Franco, com um esforço “desenvolvimentista”.

    É também por meio dela que FHC poderá afastar o selo de neoliberal que marcou o seu primeiro mandato. (SIC)

    “E o Luiz Carlos não está sepultado”, disse ontem o líder do PSDB na Câmara, Aécio Neves (MG), ao traçar o perfil ideal para o ministro da nova pasta:
    “Tem que ser da confiança do presidente da República, boa articulação com o meio empresarial e respeito da equipe econômica”.

    Tal perfil, como acrescentou o governador do Ceará, Tasso Jereissati [PSDB], se enquadra perfeitamente no de Luiz Carlos Mendonça de Barros.

    “A grande perplexidade do governo e dos partidos é que não há um nome para substituí-lo nessa nova função. Por isso, ainda pode ser ele”, disse Jereissati à Folha, classificando o Ministério da Produção de “uma guinada ideológica forte do governo”.
    “Estamos quebrando a cabeça, mas o melhor nome continua sendo o do Luiz Carlos”, disse também o ministro José Serra (Saúde). (SIC)

    Os tucanos também criticam duramente a falta de articulação política do governo e acham que está na hora de passarem a ter uma articulação independente.

    Decidiram, por exemplo, entrar na disputa pela presidência da Câmara, até para impedir que o PMDB mantenha essa posição e daqui a dois anos faça um “roque” (uma inversão de peças, como no xadrez) com o PFL, que tem a presidência do Senado.
    “O PFL fez 106 deputados, e nós fizemos 99, além do maior número de votos em todo o país. Com um estalar de dedos, nós atraímos deputados de outros partidos e ultrapassamos eles”, disse Aécio Neves. (SIC)

    http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/inc/senamidia/historico/1998/11/zn112627.htm

    FrancoAtirador

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    Por que a reeleição de FHC nunca chegou ao STF?

    A campanha à reeleição de Fernando Henrique Cardoso é considerada por especialistas a mais cara da história do país e nasceu contaminada.

    Segundo denúncia publicada na época pela Folha de S. Paulo, a aprovação da emenda que possibilitou a reeleição contou com a compra do voto de vários parlamentares na Câmara dos Deputados, por R$ 200 mil cada um.

    Por Laurez Cerqueira*, na Carta Maior

    Quem não sabe como são feitas as salsichas, as leis e as eleições? A novidade é que parte do Ministério Público e parte do Supremo Tribunal Federal resolveram julgar o “caixa dois”, feito para as eleições municipais de 2004, curvando-se à versão sobre o “mensalão” criada por Roberto Jefferson, pela oposição e por parte da imprensa que sempre tratou o PT como um intruso na política brasileira. Um precedente perigoso que coloca o STF acima dos demais poderes da República. O alvo é o PT. Destruir o PT.

    Afinal, a elite não acreditava que os de baixo fossem capazes de se organizar num partido politico de massa para fazer a luta social e eleitoral no país das desigualdades. Naquela eleição, em 2004, apesar de tudo, a esquerda cresceu eleitoralmente e em seguida reelegeu Lula.

    Agora, como num delírio narcísico diante do espelho (câmeras de tv, internet) ministros do STF, enrolados nas suas capas pretas, parecem fazer o jogo de setores da imprensa, que querem fazer valer a todo custo a versão do “Mensalão” e patrocinam um triste espetáculo. A hipocrisia, o cinismo, aparecem reluzentes nas faces de alguns inquisidores como se o financiamento de campanhas eleitorais por meio de “caixa dois” fosse uma invenção do PT.
    As câmeras têm revelado com riqueza de detalhes aspectos sombrios do caráter de personagens centrais do julgamento no STF.


    As investigações foram cirúrgicas e não foram além da superfície do sereno mar que encobre o financiamento das campanhas eleitorais de todos os partidos políticos.
 Não há nenhum questionamento sobre os demais partidos, como se os de oposição (PSDB, DEM, PPS) tivessem financiado as eleições de 2004 na mais perfeita ordem.

    Especialistas da Universidade de São Paulo (USP) calcularam que nas eleições municipais de 2004 cerca de 400 mil políticos empregaram algo em torno de 12 milhões a 16 milhões de trabalhadores, para disputar 55 mil vagas de vereador e 5.600 cargos de prefeito no país.

    A infra-estrutura das campanhas eleitorais municipais de 2004 – propaganda dos candidatos veiculada pelos mais variados meios de comunicação – comícios, shows, alugueis, equipamentos de comitês eleitorais, assessores, enfim, custou cerca de 5 bilhões de reais. O total gasto atingiu a cifra de 41 reais por eleitor. 
Especialistas estimam que, por baixo, mais da metade do dinheiro envolvido em campanhas não aparece nas prestações de contas.

    Cerca de 70% a 80% das despesas dos candidatos não foram registradas como manda a lei. O que daria em média geral 1 real para o caixa oficial e 3 reais para o caixa dois. Quem adota o caixa dois costuma dizer que as contribuições sem registro são feitas a pedido dos contribuintes que não querem se expor como se o problema fosse a Lei Eleitoral.


    O professor David Samuels, da Universidade de Minnesota, pesquisador do processo eleitoral no Brasil, analisou o perfil de doadores oficiais a partir dos registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e chegou a conclusão que as candidaturas a presidência da República são financiadas com maior volume de recursos do setor financeiro e da indústria pesada, como a de aço e a petroquímica. Isso porque a Presidência da República é quem responde pela macroeconomia (juros, tarifas, câmbio e política de exportação). Além disso, lida com marco regulatório e concessão de subsídios. Os setores financiadores das campanhas à presidência da República costumam ser os mesmos das candidaturas ao Senado Federal e à Câmara dos Deputados porque os assuntos tratados no Senado e na Câmara são também do âmbito da União; já as candidaturas a governador recebem mais recursos de empreiteiras, isso porque as grandes obras estão mais concentradas nos Estados; os candidatos a prefeito e vereador recebem mais recursos das empresas de transporte e de coleta de lixo.


    A campanha à reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso é considerada por especialistas a mais cara da história do país e nasceu contaminada. Segundo denúncia publicada na época pelo jornal Folha de São Paulo, assinada pelo repórter Fernando Rodrigues, a aprovação da emenda que possibilitou a reeleição contou com a compra do voto de vários parlamentares na Câmara dos Deputados, por R$ 200 mil cada um.

    Naquele momento, Sérgio Motta, ministro das Comunicações havia declarado que o projeto dos tucanos era permanecer no poder por no mínimo 20 anos. Disse isso depois das privatizações dentre outras áreas, a de telecomunicações.


    No início da campanha presidencial de 1998, o comitê eleitoral responsável pelas articulações da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso elaborou um orçamento minucioso de gastos e concluiu que, para cobrir todas as despesas do pleito, seria necessário R$ 73 milhões. Esse orçamento prévio foi comunicado ao Tribunal Superior Eleitoral.

    Passadas as eleições o comitê fez as contas e encaminhou a declaração oficial de doações ao TSE, informando que o total arrecadado e gasto na campanha foi de R$ 43,022 milhões. 
A revista Época, de 30 de novembro de 1998, informou que a equipe que cuidou das finanças, coordenada pelo ex-ministro Bresser Pereira, dias depois do envio da lista ao Tribunal, refez as contas e concluiu que os gastos foram R$ 45,931 milhões, uma quantia muito superior ao total declarado ao TSE.

    Esse desencontro de valores, entre o que se arrecadou, o que se gastou e o que se declarou ao TSE jamais foi explicado pelos coordenadores. Paira sobre esse assunto uma nuvem de mistério. Curioso é que na campanha de 1998 o candidato Fernando Henrique Cardoso viajou menos, fez menos comícios do que em 1994, mas gastou R$ 10 milhões a mais. 
Bresser Pereira conta que, diante do volume das dívidas deixadas pelo comitê, ele foi obrigado a reunir a equipe financeira e colocá-la de novo em campo para arrecadar mais dinheiro dos empresários para cobrir o rombo. 


    A revista Época informou ainda que as solicitações foram deliberadamente concentradas nos grupos empresariais que compraram as estatais. Na segunda quinzena de outubro daquele ano (período proibido pela lei) foram arrecadados R$ 8,2 milhões. Essa decisão foi absolutamente ilegal e contrariou a legislação eleitoral, mas mesmo assim a arrecadação de recurso foi feita. 


    Dentre as empresas que doaram recursos após o pleito, constam a Vale do Rio Doce, Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) e Telebras. As subsidiárias da Vale do Rio Doce doaram R$ 1,5 milhão. Os donos da Copesul, R$ 1 milhão e os grupos La Fonte/Jereissati/Andrade Gutierrez e Inepar, que haviam comprado as empresas do sistema Telebras, doaram R$ 2,5 milhões. No final da ofensiva dos coletores, os dirigentes do comitê disseram que ficou faltando R$ 2,9 milhões para liquidar as contas.


    Na mesma matéria, a Época destacou o setor financeiro como o que mais contribuiu para a campanha à reeleição de Fernando Henrique Cardoso. Em 1994, os banqueiros deram R$ 7,1 milhões. De cada R$ 10,00 que entraram no caixa da campanha, R$ 4,30 originaram do setor financeiro. Em 1998, a aposta do setor no candidato à reeleição atingiu 43% (R$ 18,6 milhões) mais que o dobro da campanha anterior. Apenas cinco conglomerados financeiros contribuíram com quase R$ 10 milhões. Somados, responderam por 66,1% das doações feitas pelo setor financeiro e 28,6% do total de contribuições declaradas na campanha presidencial, informou a revista.


    As controvérsias sobre o financiamento da milionária campanha à reeleição de Fernando Henrique Cardoso não pararam por aí. Para complicar ainda mais a vida do tucanato a Folha de São Paulo, de 12 de novembro de 2000, publicou uma vasta matéria com informações comprometedoras, obtidas de planilhas eletrônicas datadas de 30 de setembro de 1998, vazadas do comitê eleitoral do candidato tucano. Essas planilhas revelam a existência de uma contabilidade paralela de arrecadações e gastos da campanha. 
O jornal informou que pelo menos R$ 10,120 milhões deixaram de ser declarados ao TSE e que, de cada R$ 5,00 arrecadados R$ 1,00 era desviado para uma contabilidade particular desconhecida.

    Além dos R$ 10,120 milhões não declarados oficialmente ao Tribunal, feitos os cálculos, tomando por base a planilha completa, ficou de fora R$ 4,726 milhões, doados por empresas que constam da lista do TSE, com valores menores do que os da planilha, que aparecem sob a rubrica de uma associação de classe de empreiteiros.
O dinheiro arrecadado pelo comitê financeiro, descrito em 34 registros na planilha principal obtida pelo jornal, totalizara R$ 53,120 milhões. Vale lembrar que na data constante da planilha, a qual os repórteres tiveram acesso, o comitê ainda não havia registrado todas as contribuições o que leva a crer que o volume de recursos não declarados devia ser muito maior, levando em consideração que o orçamento estimado inicialmente pelo comitê para os gastos, e comunicado ao TSE, era de R$ 73 milhões.

    Nota-se que havia margem suficiente para declarar os recursos constantes na contabilidade paralela em questão e a equipe financeira não o fez. As razões não foram esclarecidas à imprensa, que insistentemente tentou sem sucesso obter explicações dos responsáveis pelas contas. Toda essa história acabou envolta num manto de mistério.


    A imprensa, na época da divulgação das planilhas pelo jornal, andou escarafunchando a lista de contribuintes da campanha da reeleição e trouxe à baila informações preciosas. Os colaboradores ao ver seus nomes e os nomes de suas empresas publicados nos jornais não conseguiram esconder o constrangimento. Muitos deles acabaram dando informações contraditórias. A lista mais parecia um condomínio de interesses escusos. 
A maior doação constante na planilha publicada foi de R$ 3 milhões e não está registrada no TSE.

    O jornal atribuiu à época essa contribuição ao então ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Andrea Matarazzo.
    Ele negou dizendo que não participou do grupo de arrecadadores e que apenas realizou alguns jantares com empresários.
    Mas, membros da equipe financeira como Bresser Pereira e o publicitário Luiz Fernando Furquim afirmam que Andrea Matarazzo fazia parte sim do grupo de coletores.
    Um detalhe: na planilha não consta registro da procedência do dinheiro.


    O publicitário Roberto Duailibi, dono da agência DPZ, em entrevista à Folha de São Paulo, disse no primeiro momento que havia contribuído com R$ 7.500 mil. Quando ficou sabendo que a sua doação não estava registrada no TSE ligou para o jornal e disse que a empresa dele não havia contribuído com a campanha. Porém, consta na planilha que a DPZ contribuiu com R$ 200 mil. Outro publicitário, Geraldo Alonso, da agência Publicis Norton disse ao jornal que contribuiu para a campanha com serviços de publicidade. O valor do trabalho prestado pela agência dele registrado na planilha foi de R$ 50 mil. Em seguida ele negou que havia prestado serviços.


    A empresa Atlântica Empreendimentos Imobiliários, da banqueira Kátia Almeida Braga, (Grupo Icatu), uma das coletoras de recursos, disse que contribuiu com R$ 100 mil e que tinha recibo emitido pelo PSDB. Esse valor aparece na planilha e não foi registrado na contabilidade oficial. Numa investida no Rio de Janeiro, Kátia Almeida Braga procurou dezoito empresários. Uma das empresa da lista era a Sacre, de Salvatore Cacchiola, aquele banqueiro do caso Marka e FonteCindan, que fugiu para a Itália depois do escândalo financeiro. Kátia Braga conseguiu que a empresa dele doasse R$ 50 mil para a campanha.

    Outra empresa que chamou atenção na lista de contribuintes da campanha de Fernando Henrique Cardoso foi a Vasp, de Wagner Canhedo, um dos acusados de integrar o esquema PC no governo Collor e que responde até hoje vários processos na justiça. A empresa de Canhedo era devedora na época de mais de R$ 3 bilhões ao governo. Canhedo doou R$ 150 mil e não consta na declaração do TSE. No caso da Vasp a lei proíbe doações, mas a direção da empresa confirmou a doação à Folha de São Paulo.


    Além desses casos existem muitas outras irregularidades reveladas pela imprensa, como por exemplo, doações feitas por universidades e escolas privadas. A legislação proíbe instituições de ensino de participar de financeiramento de campanhas eleitorais, mas o presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Edson Franco, confirmou a jornalistas que diversas instituições foram procuradas pelo ex-ministro Bresser Pereira e que várias delas fizeram doações. Ele citou a Unip, de João Carlos Di Gênio e a Faculdade Anhembi-Morumbi.

    Todos esses casos nunca foram investigados, o Ministério Público e o STF não se interessam por esse assunto.


    A diferença do caixa dois da reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso do caixa dois das eleições municipais de 2004 é que o PT dançou, foi investigado e está sendo julgado, enquanto os tucanos e o PFL flanam na desgraça do PT.

    
O deputado José Dirceu, em seu depoimento no Conselho de Ética, lembrou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse certa vez que não admitiu a instalação de CPIs durante seu governo, porque sabia que uma CPI o derrubaria.


    *Laurez Cerqueira é jornalista e escritor; autor, entre outros trabalhos de ‘Florestan Fernandes – vida e obra’, ‘Florestan Fernandes – um mestre radical’ e ‘O Outro Lado do Real’, em parceria com o deputado Henrique Fontana.

    http://www.cartamaior.com.br/templates/analiseMostrar.cfm?coluna_id=5776

    FrancoAtirador

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    AINDA SOBRE MESMOS TEMAS

    23/12/98
    AJB, De Brasília
    via FOLHA ONLINE

    Conheça o perfil dos ministros de FHC [PSDB]

    O deputado Francisco Dornelles (PPB-RJ), ex-ministro da Fazenda no governo Sarney e ex-ministro da Indústria e Comércio no governo Fernando Henrique, estabelecerá um recorde ao assumir, a partir de janeiro, a pasta do Trabalho e Emprego.
    É o único membro da equipe que ocupou três ministérios diferentes.
    O ministério do Trabalho entrou na cota (SIC) do PPB para compensar (SIC) a perda do ministério da Indústria e Comércio, transformado no novo ministério do Desenvolvimento comandado por Celso Lafer.

    O ministro da Administração, Luís Carlos Bresser Pereira, garantiu a sua permanência no cargo no segundo governo migrando para a pasta de Ciência e Tecnologia.
    Este ano, ele já havia se afastado do primeiro escalão do governo para ser o tesoureiro da campanha de reeleição de FHC.
    Ex-ministro da Fazenda no governo Sarney, Bresser comandou nos últimos quatro anos todo o processo de reforma administrativa, que, quando regulamentado, permitirá a demissão de servidores estáveis.

    O ministro do Planejamento, Paulo Paiva, permanecerá no cargo, mantendo o status de ministro, para contentar (SIC) o PTB [de ROBERTO JEFFERSON], que ameaçava (SIC) abrir uma dissidência (SIC) na base governista (SIC) no Congresso (SIC) caso não continuasse representado no primeiro escalão (SIC).

    A pasta teve seu nome mudado para ministério de Orçamento e Gestão, e foi esvaziada, perdendo o BNDES, o IBGE, o IPEA, a secretaria de Políticas Regionais e as superintendências de desenvolvimento.

    O empresário Andrea Matarazzo, escolhido para a Secretaria de Estado de Comunicação de Governo, confirma a tradição do presidente Fernando Henrique Cardoso de privilegiar a seção paulista do PSDB ao escolher nomes para o primeiro escalão.
    Matarazzo foi secretário de Energia do governador Mário Covas, coordenando o processo de venda da Eletropaulo, da CPFL e de parte da CESP.
    Saiu do secretariado para comandar a campanha de reeleição de FHC. Chefiará a partir de 1999 todo a parte de divulgação institucional do governo, inclusive verbas publicitárias.

    O deputado federal eleito Pimenta da Veiga (PSDB-MG) vai assumir o Ministério das Comunicações com a missão de transformar a pasta em um dos eixos de articulação política do governo.

    A idéia inicial de FHC era criar uma secretaria de Assuntos Políticos, para a qual foi convidado o presidente da Itaipu Binacional, Euclides Scalco, que recusou o cargo.
    Ex-presidente nacional do partido, Pimenta da Veiga renunciou ao posto quando se desentendeu com o então ministro das Comunicações, Sérgio Motta.

    Economista por formação e ex-reitor da Unicamp, o ministro da Educação, Paulo Renato de Souza [PSDB], foi confirmado no cargo depois de ter seu nome cogitado para ocupar a pasta do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio.
    É um dos membros da equipe ministerial com maior proximidade junto a FHC.
    Discretamente, sempre participou da coordenação política do governo.

    Ex-secretário-executivo do Ministério do Planejamento e ex-presidente do Ibama, o ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann (PPS), comprovou a sua versatilidade e teve o seu desempenho reconhecido pelo presidente em várias ocasiões.
    Foi um dos raros ministros a ter a deferência de ver o seu nome confirmado pelo próprio presidente em uma solenidade da pasta.
    Fernando Henrique, contudo, disse que ao longo de 1999 a estrutura da pasta deverá mudar, com uma interação com o ministério da Agricultura ainda não definida.

    O ministro da Agricultura, Francisco Turra, indicado pelo PPB, em março deste ano, conseguiu manter-se no primeiro escalão do governo já que a disputa pelo cargo estava dividindo o seu partido.
    Turra é da seção gaúcha do partido e foi presidente da CONAB até ser convidado para o ministério.
    De carreira política discreta, concorreu, sem sucesso, a uma cadeira de deputado federal em 1994.

    O ministro da Cultura, Francisco Weffort, permanecerá no primeiro escalão, já que sua pasta não atrai interesses políticos da base aliada ao governo. Weffort foi fundador do PT e secretário-geral da legenda no início da década de 80.
    Em 82 e 86, concorreu, sem sucesso, a uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PT.
    Uma de suas prioridades no próximo ano será o combate à pirataria nos meios eletrônicos.

    Prefeito de Curitiba entre 1993 e 1996, o deputado eleito Rafael Grecca (PFL-PR) irá comandar o novo Ministério de Esportes e Turismo como uma maneira de FHC atender (SIC) ao governador paranaense Jaime Lerner, que perdeu espaço no ministério com a saída do ministro da Previdência, Reinhold Stephanes, em 1998.
    Grecca é profundamente ligado a
    Lerner, tendo deixado de concorrer ao Senado este ano atendendo a um pedido pessoal do governador, que precisava da vaga para composições políticas.

    Líder do governo no Senado durante todo o primeiro mandato presidencial de Fernando Henrique Cardoso, o senador Élcio Álvares (PFL-ES) jamais perdeu uma votação para o governo na Casa, mas fracassou na votação que mais o interessava: a reeleição para o Senado no Espírito Santo.
    Por gratidão (SIC), Fernando Henrique o convidou para ocupar o novo Ministério da Defesa, que deverá demorar para estar plenamente implementado.

    O economista Rodolfo Tourinho Dantas, ex-secretário da Fazenda da Bahia, será o novo ministro das Minas e Energia, substituindo Raimundo Brito, também do PFL baiano.
    A previsão é que Tourinho dê um impulso significativo no processo de privatização das geradoras de eletricidade, como FURNAS e CHESF. Inicialmente, Tourinho estava quase confirmado como presidente do BNDES,

    mas a idéia implodiu quando o escândalo das fitas (SIC) afastou o então ministro das Comunicações Luís Carlos Mendonça de Barros do novo ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio.

    O senador Renan Calheiros, do PMDB alagoano, irá continuar no Ministério da Justiça, onde conseguiu superar as dificuldades iniciais causadas pelas suas antigas ligações com o ex-presidente Fernando Collor com a sua capacidade de gerar fatos [SIC] de impacto [SIC] na mídia [SIC] dentro do ministério [SIC].
    Em nove meses, Calheiros perseguiu agiotas, repatriou prostitutas brasileiras, brigou com os supermercados exigindo a etiquetagem de produtos e formalizou um acordo para acabar com o overbooking na venda de passagens aéreas.

    O deputado Sarney Filho (PFL-MA) comandará o Ministério do Meio Ambiente, representando o grupo político do ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP) dentro do ministério.
    Por isso, não foi considerado pelo PFL como um ministro de sua cota (SIC). Sarney Filho irá assumir uma pasta enfraquecida, com a perda da área de Recursos Hídricos para o ministério de Políticas Regionais.
    O deputado foi presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara.

    O secretário de Políticas Regionais, Ovídio de Angelis permanece no cargo, com o poder reforçado: além de ver a secretaria transformada em ministério, passará também a responder pela área de Recursos Hídricos. Secretário de Planejamento de Goiás no governo de Maguito Vilella (PMDB), Ovídio representa hoje a última fatia de poder (SIC) que resta ao PMDB goiano, abalado com a inesperada derrota ao governo do Estado do senador Íris Rezende este ano.

    O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Ronaldo Sardenberg, permanecerá na equipe, mas a sua pasta foi extinta.
    Ele ficará como ministro extraordinário para Assuntos Especiais, responsável pela condução de temas sob responsabilidade da SAE, como o Sistema Integrado de Vigilância Amazônica (SIVAM), o projeto Calha Norte e os estudos para redivisão territorial do País. Sardenberg é diplomata e se tornou próximo a Fernando Henrique quando este era chanceler.

    Era em sua casa nos Estados Unidos que o hoje presidente se encontrava quando recebeu o convite para assumir o ministério da Fazenda.

    O ministro da Fazenda, Pedro Malan, foi o primeiro nome da equipe ministerial a ter a sua permanência confirmada oficialmente, antes mesmo da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso.
    Com ele, também fica o presidente do Banco Central, Gustavo Franco.
    Apesar da pressão de setores empresariais, a pasta da Fazenda não sai enfraquecida ante a criação do ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, mantendo sob seu controle o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

    O ministro do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio, Celso Lafer, é o terceiro integrante da equipe ministerial do ex-presidente Fernando Collor que é chamado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a compor o governo, depois dos ex-ministros Adib Jatene (Saúde) e Reinhold Stephanes (Previdência).
    Atualmente, Lafer era o representante brasileiro em Genebra junto a organismos internacionais (SIC).

    O chanceler Luís Felipe Lampreia permanece na pasta de Relações Exteriores, depois de uma grande troca de cadeiras entre diplomatas no comando das mais importantes missões no exterior.
    Lampreia foi secretário-geral da pasta em 1992, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso era chanceler do governo Itamar Franco, substituiu-o interinamente em 1993 e está no comando do Itamaraty desde 1995.

    O ministro da Saúde, José Serra [PSDB], continuará no cargo que ocupa desde março de 1998.
    Economista e ex-ministro do Planejamento do presidente Fernando Henrique Cardoso, Serra também era cotado para ocupar a pasta do Desenvolvimento da Indústria e Comércio.
    Senador licenciado, o ministro é visto como um potencial candidato do PSDB à presidência em 2002 ou ao governo do estado de São Paulo.

    http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult231298093.htm

    FrancoAtirador

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    ADENDO SOBRE MESMOS TEMAS

    FATARAM ALGUNS “SICs”:

    O empresário (SIC) Andrea Matarazzo, escolhido para a Secretaria de Estado de Comunicação (SIC) de Governo,
    confirma a tradição do presidente Fernando Henrique Cardoso de privilegiar (SIC) a seção paulista do PSDB ao escolher nomes para o primeiro escalão.

    Matarazzo foi secretário de Energia do governador Mário Covas,
    coordenando o processo de venda (SIC) da ELETROPAULO, da CPFL e de parte da CESP. (SIC)

    Saiu do secretariado para comandar (SIC) a campanha de reeleição (SIC) de FHC.

    Chefiará (SIC) a partir de 1999 todo a parte de divulgação institucional (SIC) do governo, inclusive verbas publicitárias (SIC).
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eduardo souto jorge

Fatos e Dados: O PSDB, depois do FHC(2002), comcorreu a presidencia com Serra(2x), Alquimim. E em Sao Paulo capital, agora com o Cerra. Renovacao zero. O PT, apos Lula, veio com Dilma e vai ganhar Sao Paulo com Haddad. Fora outros partidos, como o PSB, que ja aparecem com varios postulantes a assumirem governos. Conclusao, so um milagre salva o PSDB da decadencia.

Vlad

As oligarquias não precisam mais do PFL, do PL e do DEM. Muito menos do PSDB.
Já tem o PT e o PMDB comendo em sua mão.
Com a imensurável vantagem que vai mais 15 anos até todo mundo se dar conta disso, o que evita manifestações da UNE, MST, Centrais, etc.
Vai, jovem…cai fora que esse bordel não tem jeito mesmo.

    Almir

    O PT “comendo na mão” das oligarquias, mas apanhando do PIG mais do que mala véia empoeirada.
    É nisso que você quer que todos acreditem?
    Neobabaca.

    Vlad

    Doeu foi?
    Bom sinal…mesmo os alienados tem cura.

    Bonifa

    Realmente é problema delicado que merece intenso debate. Até que ponto os empresários apoiarão uma política social forte, abandonando o pensamento único do ultraliberalismo, vencidos por argumentação de que o mercado interno se expandirá e será bem melhor para eles? Não há motivo para pensar que os empresários estejam unidos em torno de um escopo, mas sim que expressem, hoje, pensamentos de várias intenções políticas. Até que ponto uma política de desenvolvimento nacional forte se chocará com interessses internacionais poderosos, representados aqui por muitas empresas, muitos bancos e muitos políticos? Até que ponto o PT e seu governo estarão dispostos e aptos a comandar estas políticas desenvolvimentistas e sociais, sem se dobrarem a pressões contrarias que irrompam de dentro do debate que acontece entre os próprios empresários? No caso de submissão a determinadas pressões, o governo do PT perderá mesmo a iniciativa e passará a comer na mão de tendências empresariais nem sempre preocupadas e sintonizadas com o destino geral da Nação. Já ao PMDB, cabe tarefa mais fácil. Seguir o governo e ajudálo em suas políticas, tentando equilibrar estas políticas com os interesses de vários grupos peemedebistas. Se o caso for comer na mão de alguém, o PMDB seguirá o PT.

    vinicius

    O comentário do “Vlad” pode até parecer uma forma de afronta, de grosseria ou provocação.

    Por outro lado é o que a direita realmente está fazendo!!!

    A direita utiliza de tudo que está ao seu alcance para tornar a política algo desprezível, local de falcatruas, corja de pessoas interessadas em roubar e enganar.

    Aos poucos ela, a direita, tentam reverter o processo político atual (que um dia será conhecido com era Lula).
    É com discursos e militantes semelhantes ao “Vlad” é que eles tentam ocupar algum espaço.
    O ” Vlad”, certamente, tem professores e tutores.

    Mário SF Alves

    Comparando o PT com o improvável vir-a-ser do PSOL, ô desalienado oráculo do Plínio? Se o PT afundar ideologicamente o seu PSOL e/ou PCO e/ou PSTU nem chegarão a ver a luz do PSOL(-P). Isso aí, não faça a crítica por dentro não; continue, assim, torcendo para a crise econômica derrotar o Governo.

Elias

A Justiça Eleitoral já barrou pelo menos 50 candidatos a prefeito no Estado de São Paulo com base na Lei da Ficha Limpa, aponta levantamento do Ministério Público Federal.

Segundo a Procuradoria, o “PSDB” é o partido com mais candidatos a prefeito barrados no Estado: 16. No “PT” 4 foram barrados.

E o PSDB se regozija com os votos do Supremo. Que ironia.

Liz Almeida

Não dou quatro anos para o domínio de dois partidos no Brasil, que atualmente é PT-PSDB, virar PT-PSB. Fato!

Isso vai ocorrer porque a ideologia do PSDB está totalmente defasada em relação ao que o povo quer hoje. O povo não vai dar a mínima chance a um candidato que mostre alguma possibilidade do país voltar a ser o que era antes do governo Lula.

Ideologicamente, o PSB é bem mais parecido com o PT, inspira maior confiança nas pessoas. Embora ainda demore um bom tempo, provavelmente, a ter a mesma força do PT, se é que vai ter um dia…

Enquanto isso o PSDB segue rumo a extinção.

    Adma

    Com e extinção do PSDB,eu não duvido nada que o PSB de Eduardo Campos seja cooptado pela direita. Ficar sem representante no congresso é que ela não vai ficar.

    Liz Almeida

    Pois é… mas se os dirigentes do PSB tiverem um mínimo de inteligência, não deixarão o partido ‘ficar com a cara’ do PSDB. Nem sequer devem aceitar nomes conhecidos do PSDB (Aécio, Alckmin,etc; o Serra nem comento mais) na sua legenda. E também não devem virar oposição ao PT em âmbito federal, nesse momento seria um tiro no pé.

    Deixa que os membros de outro partido migrem para o DEM, ou fundem outro partido, que também estará fadado ao fracasso, pois ocorreria o mesmo que se sucedeu com o DEM (nunca deixou de ser PFL).

    Liz Almeida

    *Corrigindo o início do segundo parágrafo: ‘Deixa que os membros do PSDB migrem para o DEM…’

Celso Carvalho

Eu não tenho nenhuma dúvida em registrar que a direita já escolheu seu novo representante e continuará a pautar seus interesses através de ampla cooptação de outros partidos: o ungido é o governador do significativo estado de Pernambuco (terra de Lula) Eduardo Campos que estará secundado por Aécio Neves, cujo mister será avalizá-lo para o populoso eleitorado do Sudeste.

abolicionista

Ainda não consigo entender quais as origens do conservadorismo paulista, desse orgulho bandeirante udenista, mas trata-se de algo inegável. Gostaria de que Safatle tratasse dessa questão. Ainda assim, belo texto.

    sandro

    É um dado histórico que nasce sim do isolamento de São Paulo na época do
    Brasil colônia. Evidentemente é algo bem mais complexo.

francisco pereira neto

“Exceção, com atenuantes, ao Mário Covas,(…)”
Provavelmente voce não é de São Paulo.
Eu não faço nenhum atenuante para nenhum tucano.
Mario Covas, foi um ratão dissimulado.
A exemplo de outros tucanos, seu governo foi atacado pelo PIG?
Procure saber quem administra a Autoban.
Como funcionou as obras do Roubanel.
Paulo Preto apareceu no governo Serra.
E no governo Covas?

    maria olimpia

    Francisco,
    Concordo. O único bom do psdb já se foi, e nem foi respeitado pelo partido: o ex-governador Franco Montoro. Grande Montoro que, infelizmente não deixou herdeiros a altura.

rodrigo

Faltou só o emir desvendar os finalmentes do estado policialesco sendo urdido aqui na terra da garoa…

Fabio Passos

O grande ideólogo do psdb é silas malafaia!
O psdb só sobreviveu até agora porque é o tentáculo eleitoral do PiG.

É preciso derrotar definitivamente este lumpen ético e intelectual que contamina a política no Brasil com seu obscurantismo putrefacto.

    Jose Mario HRP

    GRITA son of bitch!

Fabio Passos

A farsa do julgamento do mensalão deu com os burros n´água.

A população rejeitou a fraude eleitoreira criada pelo PiG e promovida pelo stf.

A surra eleitoral começou no primeiro turno… e agora vamos fechar a tampa do caixão da pior “elite” do mundo em seu maior reduto.

Chupa, PiG!
Chupa, stf!
Respeitem a vontade do povo, seus golpistas vagabundos!

    Zezinho

    Como é que é? O PT consegue seus 30% usuais dos petistas paulistanos e vc diz que deu uma surra nas urnas?

Carlos Roberto

Que bom! Estamos caminhando para o partido único. Felizmente esse partido representa o Bem. O Bem absoluto esta a um passo da vitoria. E melhor, sem oposição.

Francisco

O artigo é ótimo, mas devemos ter em conta que os tucanos ainda são donos dos meios (são burgueses, no sentido marxiano da palavra). Eles não governam, mas estão à frente de um poder econômico muito forte. Não é possível transformar isso em apenas 20 anos. O PT está no governo, mas não está no poder.

    Francisco

    Acho que devo esclarecer: torço muito para que o prof. Emir Sader esteja certo, mas entendo que falta muito ainda para que se produza uma verdadeira transformação no status do poder no Brasil. Se olharmos, por exemplo, para a configuração do legislativo, veremos o quão forte são as forças conservadoras, incluídas aí algumas siglas que são da base do governo.

Tomudjin

O que existe na verdade é uma imprensa golpista que resolveu criar um partido político ao qual, de tempos em tempos, se vê na necessidade de mudar o nome de sua legenda…já teve várias denominações, mas hoje em dia, por exemplo, esse partido é conhecido pela sigla: PSDB.

Hélio Pereira

O único Tucano que vai continuar a prosperar é o Tucano da Familia Ramphastidae,um pássaro de Bela Plumagem e Bico Comprido que é predador por Natureza,já seu clone Tucanus Politicus Malandrones caminha para a extinsão,apesar de certos ministros do STF estarem fazendo um esforço enorme de Preservação desta espécie Predadora de Dinheiro Público.
Nosso Procurador PGR Roberto Gurgel também vem fazendo o possivel para impedir que estes Rapinantes sejam abatidos e senta em cima das armas(Processos)que poderiam dizimar esta espécie que já foi colorida mas vem se desbotando a cada eleição!
O eleitor tem em seu Poder uma arma infálivel e Roberto Gurgel mais o Ministro Relator Joaquin Barbosa não tem como impedir seu uso e seu efeito no abate desta espécie tão danosa ao erário público,o VOTO!
Para abater um Tucano basta o TITULO de ELEITOR,arma melhor não há!

Jair de Souza

Creio que este excelente artigo de Emir Sader é muito importante, por duas razões principais. Primeiro, pelo ótimo resumo das características essenciais da tucanalhada. Em poucas palavras, Emir conseguiu pintar um quadro quase que completo da real significância da tucanalhada e seu partido. O outro aspecto que gostaria de ressaltar, posto que o texto não o menciona explicitamente, refere-se a como devemos entender e atuar em vista das previsões (para mim, certeiras) de Emir Sader a respeito do próximo ocaso do partido tucanalha (PSDB). Se acreditarmos que com isso teremos vencido a guerra contra o grande capital multinacional, contra a hegemonia dos conglomerados financeiros, contra o imperialismo e contra as máfias midiáticas que os representam, estaremos cometendo um grande erro e abrindo brechas para grandes decepções e derrotas no futuro. Precisamos ter muito clara a ideia de que, para o capitalismo em sua fase de globalização neoliberal, os partidos de tipo tradicional são instrumentos secundários, plenamente descartáveis, podendo ser substituídos com frequência sem que isso venha a abalar o sistema de dominação estruturado.

Com o advento do neoliberalismo, o verdadeiro partido do capital hegemônico passaram a ser os meios de comunicação de massas. E esses vão continuar intactos depois do desaparecimento do partido da tucanalhada. Ou seja, os donos do poder continuarão a contar com seus insttrumentos políticos de dominação em condições de seguir exercendo o papel de defesa de todos seus interesses como ocorre na atualidade.Com o definhamento do PSDB, outro/outros será/serão imediatamente chamados (convocados) para assumir as funções outrora exercidas pela tucanalhada.

Conforme já dissera em outras ocasiões, é uma grande ilusão acreditar que os meios de comunicação estão a serviço de José Serra, de FHC, de Aécio, ou de seu partido. Na verdade, todos eles estão subordinados às diretrizes do Partido Maior do grande capital, ou seja, das corporações máfio-midiáticas. Se o alvo central de nossa luta for o grande capital monopolizante, o grande capital financeiro e o imperialismo, então, nossa pouca munição não deverá ser desperdiçada contra objetivos de pouca relevância.

    Ronaldo Curitiba (por enquanto)

    Se o PT e a Dilma não acordarem para o problema da liberdade de comunicação, sufocada pela imprensa, o Eduardo Campos, do PSB (sem o D de Democracia do PSDB), será a nova direita.

    E o povo brasileiro irá perder as suas conquistas como perdeu o seu patrimônio com a privataria.

    Aqui no Paraná o PSB não finge mais. É pura direita . . .

    Thelma Oliveira

    Brilhante!

    Cibele

    Onde é que eu assino? Sugestão ao Azenha: fazer um post desse comentário do Jair.

    Mário SF Alves

    Vale ressaltar:
    .
    “Com o advento do neoliberalismo, o verdadeiro partido do capital hegemônico passaram a ser os meios de comunicação de massas. E esses vão continuar intactos depois do desaparecimento do partido da tucanalhada. Ou seja, os donos do poder continuarão a contar com seus insttrumentos políticos de dominação em condições de seguir exercendo o papel de defesa de todos seus interesses como ocorre na atualidade.Com o definhamento do PSDB, outro/outros será/serão imediatamente chamados (convocados) para assumir as funções outrora exercidas pela tucanalhada.”
    .
    Onde é que eu assino?

José de Almeida Bispo

“Os tucanos nasceram de setores descontentes do PMDB, basicamente de São Paulo, com o domínio de Orestes Quercia sobre a secção paulista do partido.”
Já nasceram boçais. Exceção, com atenuantes, ao Mário Covas, o alto tucanato já nasceu um conluio de boçais. A briga com Quércia foi porque não toleravam “o caipira de Campinas” mandando neles. Do mesmo modo, a tentativa de alguns de migrarem do PMDB quercista pro PT já nasceu abortada com a história da “turma do macacão azul”. Todavia, quando a mídia ainda bombava a presidência Collor, não fosse o próprio Mario Covas e lá tinham ido todos. Boçais, segregacionistas, oligarcas, “metidos à m.” como se fala no meu interior. A cara do High Society brasileiro(em inglês porque viralatas adoram serem ‘americans’).

Mário Carvalho

O DEMo de hoje é o PSDB de amanhã!

E. S. Fernandes

Que o deuses digam amem: desejo a extinção desta ave política.

    LuizCarlosDias

    Até ha poucos dias o PIG dizia que o fracasso do PT
    julgado no negro Judiciário seria histórico, mortal.
    Agora vendo e lendo percebe que a praga pegou foi no PIG,
    que redondamente perdeu o rumo e vai ficar pior em
    todos os estados.Aqui no Rio cadê psdb, em Goias tá CPMI?
    E a provável derrota na maior de todas das batalhas em SP?
    Minas deixou de novo o bebado ebrio, quase caiu.
    Sobrou quem??? pra concorrer com Dilma?
    Viva Haddad o filhão do Brasil.

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