Em São Paulo, Boulos diz que terrorista é Bolsonaro, que tentou explodir quartel; panelaço acompanhou ato; vídeo

Da Redação

Militantes do movimento negro que participaram do ato pela democracia no Largo da Batata, em São Paulo, neste domingo, gritaram em uníssono durante a manifestação: “Quem mandou matar Marielle?”

O ato foi convocado pelo Movimento Povo Sem Medo e pelo MTST, contra Bolsonaro, o racismo e o fascismo.

No evento, foram lembradas vítimas da violência policial no Brasil, como João Pedro Mattos Lemos, de 14 anos, que morreu com um tiro dentro de casa em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Também foi mencionado o caso de Miguel Otávio Santana da Silva, o menino de 5 anos que caiu do nono andar de uma das Torres Gêmeas do Recife, por negligência da patroa da mãe dele.

Também foi lembrado David Nascimento dos Santos, de 23 anos, que foi colocado numa viatura da polícia e reapareceu assassinado horas depois, no bairro do Jaguaré, em São Paulo.

Mulheres Sem Medo fazem apresentação agora no Largo da Batata. ✊? pic.twitter.com/cpjtPe98pT

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) June 7, 2020

Quando Guilherme Boulos, do Psol, subiu ao pódio para fazer seu discurso, um panelaço começou em bairros centrais da cidade.

Boulos denunciou a decisão da Justiça que retirou o ato da avenida Paulista, que segundo ele teve o objetivo de desmobilizar a manifestação.

Ainda assim, o Largo da Batata estava cheio.

“O Bolsonaro passou esses dias todos dizendo que a gente é terrorista. Terrorista não é quem defende a democracia, terrorista é quem é expulso do Exército por tentar explodir o quartel!”, disse Boulos.

“Vagabundo é quem ficou 27 anos no Congresso e não fez porra nenhuma. Vagabundo é o Véio da Havan, que recebeu auxílio emergencial”, reforçou.

Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro postou uma frase do ditador fascista Benito Mussolini, da Itália, em sua conta no twitter: É melhor viver um dia como um leão, que cem como um cordeiro.

Durante o protesto no Largo da Batata, um boneco foi pendurado pelos pés numa árvore.

Depois de ser derrubado na Itália, Mussolini foi morto e pendurado pelos pés em uma ponte.