Elson Faxina: As pesquisas não erraram nem houve ‘voto envergonhado’; o que mudou o voto de 6% dos brasileiros foi a rede de mentiras bolsonarista
Tempo de leitura: 5 minAs pesquisas eleitorais não erraram, errou o PT, errou o TSE
Por Elson Faxina*, via Laurindo Lalo Leal Filho
Esta afirmação é resultado dos fatos, dos dados de um levantamento que fiz nesses dois dias pós-primeiro turno, revelando uma avalanche de fake news.
Cansei de dizer nos quase 20 grupos de whatsapp que integro, todos criados neste período eleitoral e alguns integrados por gente graúda do PT, de que a estratégia de comunicação do bolsonarismo era eficiente e mudaria de 3% a 5% dos votos nos dois ou três dias que antecedem as eleições. Errei por pouco.
Eu não dizia isso por capacidade mediúnica, que não tenho, mas porque tenho amigas e amigos espalhados pelo Brasil, em movimentos sociais ou eclesiais, que me alertavam para o sistema complexo e eficaz que o bolsonarismo montou para falar com milhões de brasileiros que não tinham acesso ou deram adeus ao jornalismo verticalizado e passaram a acreditar numa comunicação mais direta, que vem de um líder local ou do amigo, que recebeu de seu amigo, que recebeu e outro amigo… Afinal, “se vem de amigo eu confio”.
Nefasto em 98% dos conteúdos, que misturam mentiras e uso de Deus em causa própria, o bolsonarismo montou uma rede de comunicação para chegar aos grotões do Brasil mais robusta do que a soma de todas as mídias hegemônicas que, sabemos, sempre tiveram o seu lado, que não é o da democracia. Essa rede se “profissionalizou” de 2018 para cá.
Vamos primeiro aos fatos.
Um breve levantamento que realizei nas últimas 48 horas revela que, pelo menos, 16 disparos em massa de mensagens chegaram, em questão de minutos, a todos os cantos do país. Aponto aqui alguns.
No domingo, dia das eleições, antes de o UOL divulgar que era mentira que o energúmeno tinha vencido as eleições em toda a Europa, inclusive aqui na Espanha onde acompanhei tudo e Lula venceu com folga, eu já tinha recebido seis pedidos de esclarecimentos, de seis estados espalhados pelo Brasil: Paraná, São Paulo, Espírito Santo, DF, Bahia e Pará.
Atenção: era a mesmíssima informação. Depois de tudo esclarecido, decidi pedir a meus contatos que me informassem, em detalhes, como e de quem a tinham recebido.
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Apenas um deles recebeu de uma única pessoa, uma professora que integra uma “rede de whatsapp bolsonarista e repassou para todos seus colegas professores, alunos e demais amigos paraenses”.
Dois informaram que seus informantes receberam de três redes, outros dois receberam de quatro redes e um recebeu de cinco redes distintas de whatsapp.
Não houve tempo ainda de mapear os nós anteriores que abasteceram essas redes locais, no máximo regionais, num espaçamento inferior a 43 minutos.
Ressalvo que esse levantamento relâmpago não tem valor científico, mas revela que redes sociais locais, espalhadas pelo Brasil, receberam ao mesmo tempo a mesma informação de uma única origem, sinalizando a existência de uma urdida e extraordinária rede de informações, espalhada por todo o país, funcionando na lógica: dispare a mentira, quando o TSE mandar retirar do ar, ela já estará no país inteiro. Já terá virado verdade nas mentes e corações de uma enorme parcela de brasileiros desinformados, não necessariamente fascistas.
Foi o que aconteceu com a mentira, difundida no sábado, de que o traficante Marcola teria declarado voto em Lula, que chegou em redes de, pelo menos, cinco dessas mesmas cidades.
O TSE determinou a remoção da publicação feita pelo presidente e seus dois zeros, e quase duas dezenas de bolsonaristas, como a Jovem Pan e Milton Neves, mas o estrago já estava feito.
Solicitei também que me informassem se houve outras informações/fake news recebidas por meio dessas redes entre a antevéspera e o dia das eleições.
Foram comuns nas redes em, pelo menos, cinco dessas cidades: as mentiras de que Lula fecharia as igrejas em caso de vitória, a vulnerabilidade das urnas eletrônicas, a manipulação das pesquisas eleitorais, a comprovação de que Lula é ladrão mas só foi solto por causa da idade, além das informações, fora de contexto e época, sobre as falas de Lula a respeito do aborto, a comparação de que Bolsonaro parece caipira do interior de São Paulo e o VT em que William Bonner anuncia e Gilmar Mendes afirma que o PT roubou cerca de R$ 2 bilhões da Petrobras, que dariam para financiar as próprias eleições até 2038.
Outras sete fake news apareceram nas redes de, pelo menos, três desses locais, como aquela requentada sobre as fazendas do filho do Lula e a fala de um tal Capitão Assunção de que Bolsonaro é admirado no mundo inteiro e é o presidente que mais recebeu premiações mundo afora, mais do que Nelson Mandela, entre outros citados.
Portanto, não houve erro das pesquisas e nem “voto envergonhado”. Foi essa fantástica rede de mentiras que mudou o voto de pelo menos 6% dos brasileiros de sexta para domingo e mudará no segundo turno se nada for feito.
Essa máquina de criar verdades está funcionando a todo vapor e não adianta esperar o TSE fazer alguma coisa.
Aliás, não se deve esperar nada do TSE/STF, coniventes com a mentira desde 2014 e agora assustados. Nada pode ser feito antes, e quando tomar uma atitude o estrago já ocorreu e não haverá punição a ninguém dessa gente que se beneficia da civilização, mas a odeia.
Para contrapor isso, o PT teria que fazer o que não fez nos últimos quatro anos. E, obviamente, não há mais tempo de preparar uma rede com capilaridade nacional para denunciar essas mentiras com a mesma velocidade, assim como produzir e divulgar verdades, apenas verdades, que são muitas e as periferias do Brasil as desconhecem.
Para isso deveria contar com o maior “robô” humano que tem a sua disposição: seus mais de 1,6 milhão de filiados, além de outros milhões de simpatizantes e lideranças do campo da esquerda.
Sim, isso é muito caro, mas infinitamente mais barato do que se gasta com o modo antigo de fazer campanha. Sim, isso é proibido, mas depende de como se faz e para que se faz. Teria que ser uma rede do PT, sem ser do PT, assim como é uma rede do Bolsonaro, sem ser do Bolsonaro. Mas este é tema para outra reflexão.
Mas algo pode ser feito agora: um plano de comunicação com método, estratégia e produção voltado às redes sociais, colocando para funcionar de forma organizada e orientada a rede de milhões de brasileiros que votaram em Lula e estão se descabelando em voluntarismos sem estratégia e sem método.
O PT não pode mais ficar apostando num plano de comunicação perfeito para antes das redes sociais, alicerçado num modelo de comunicação ultrapassado, nos modos de fazer comunicação da mídia hegemônica.
Esse tempo já se foi e o PT, que no seu início queria fazer mobilização social com comunicação sindical, aprendeu a usá-la com muita eficiência.
Só que o mundo das comunicações virou de ponta cabeça com as novas tecnologias de comunicação em rede. Mas, como canta Chico Buarque, “o tempo passou na janela (e) só Carolina não viu”. Ela, o PT, a grande mídia e muitos, assustadores muitos, de nós comunicadores.
Barcelona – Espanha, 5 de outubro de 2022.
*Elson Faxina é professor e pesquisador em comunicação da UFPR.
Leia também:
Manifesto do Comitê Popular de Lutas da Rocinha à companheirada antifascista
Comentários
Casttro Neves
Seu faxina. O bozo vai fazer uma faxina no STF se for reeleito.
Ou esses ministros tomam o Viagra deles e deixam de ser molengas ou cabeças vão rolar no Supremo através de impeachments.
Vejam a quantidade de deputados e senadores a direita elegeu. Será fácil impichar ministro do STF e outras cortes superiores.
Alguém de grande coragem teria que bloquear as redes sociais no Brasil por uns 5 dias antes do pleito.
É o jeito !
João Ferreira Bastos
O PT é composto de incompetentes e burros.
Já sabiam que isso iria acontecer, o que fizeram ? Nada
Anos atrás os idiotas do Pt resolveram fazer um abaixo assinado a favor da Dilma, conseguiram pouco mais de 100 mil assinaturas, quando o PT tem milhões de afiliados
Cansei de mandar mensagens para o PT dizendo isso, li dezenas de artigos falando sobre a comunicação de merda do PT.
NUNCA FIZERAM MERDA NENHUMA.
São criminosos na inação, incompetência e incapacidade
Incapazes de refletir e mudar
Darcy Brasil Rodrigues da Silva
Alguém do PT recebeu o jornal da Igreja Universal associando Lula ao demônio, e Bolsonaro a Jesus? Meu irmão e todos os moradores de seu condomínio receberam. São milhões de exemplares distribuídos gratuitamente pelos “obreiros” dessa seita religiosa para os moradores e comerciantes dos bairros onde residem. Alguém ouviu um pastor defendendo Bolsonaro e estigmatizando Lula durante um culto nas milhares de igrejas evangélicas localizadas nas periferias? Quantos milhões de pessoas foram convencidas por eles não apenas a votar em Bolsonaro, mas também a conquistar votos para Bolsonaro fora das igrejas, fora de suas bolhas religiosas, militando politicamente? Os mistificadores das redes sociais tomaram conta do Brasil. Eles são pessoas de todas as tendências ideológicas, não são militantes politicos como aqueles do passado não muito distante , mas “influenciadores digitais”, que se julgam mais poderosos do que realmente o são. Os que se dizem de esquerda (algo que, para eles, é como dizer que são torcedores do Flamengo, ou apreciadores de feijão com arroz), perderam a noção da importância de uma relação social corpo a corpo, olho no olho, afetiva. É fácil digitar comentários nos celulares, imaginá-los como poderosas ferramentas de militância politica. Claro que estes comentários cumprem um papel político, fazem circular idéias, verdades e mentiras com velocidades antes sequer pensadas, devendo ser usados intensamente, mas jamais chegarão perto de uma relação humana carnal, mediada por olhares, tons de vozes, apertos de mão, interação social humana desde sempre, histórica, cultural, biológica, psicológica, afetiva. A esquerda institucional, eleitoreira, reformista e carreirista, tornou-se cada vez mais distinta da esquerda revolucionária. A sua tendência pela linha do menor esforço é cada vez mais nítida. Parte expressiva da militância da direita se relaciona com o povo diretamente, à moda “antiga”, através de relações sociais, politicas e culturais envolvidas por símbolos de unidade religiosa que produzem sentimentos de pertencimento, de unidade social, relacionamentos afetivos, amizades, apertos de mão, beijos, casamentos, organizando festas, encontros sociais, redes de solidariedade humana, ungidas por narrativas bíblicas manipuladas pelo pensamento conservador no plano dos costumes. É esse conservadorismo no plano dos costumes, de defesa da unidade familiar, de observação dos dez mandamentos de Deus em busca da salvação da alma, que passou a ser considerado comportamento de direita pela esquerda pequeno burguesa, embora esse conservadorismo no plano dos costumes não diga nada sobre a consciência de clssse, sobre os direitos econômicos e sociais que dizem respeito a esses homens do povo, trabalhadores, explorados, aviltados pela ganância desmedida dos capitalistas selvagens . A esquerda institucional não pode compreender a força mobilizadora dessas interações sociais “antigas”. Os homens do povo, para ela, passaram a ser parte da ” opinião pública”, indivíduos capazes de serem atingidos por mensagens disparadas nas redes sociais, e que devem ser disputados no Twitter, Instagran, Facebook etc….Convenhamos, isso é muito mais fácil do que “ir aonde o povo está “, percorrendo ruas, batendo em portas, conversando com pessoas pessoalmente… (ufa! que alívio! …Dá para me fazer um cafezinho, amor, que estou digitando agora no Twitter?)
Ao final desta campanha eleitoral, centenas de candidatos de direita associados às igrejas evangélicas foram eleitos. Porém, essas campanhas não apenas elegeram esses candidatos, elas ampliaram ainda mais a influência dessas Igrejas, contagiando os homens do povo com a velocidade de uma epidemia de gripe. O número de homens comuns, do povo, que passarão doravante a frequentar essas igrejas, submetidos à sua influência politica, ideológica e religiosa, sentindo-se protegidos do “mal”, parte de um todo que faz algum sentido em um mundo de violências e sofrimentos, é inestimável. A esquerda, para eles, é formada por inimigos da família, que defendem a liberação da venda de drogas, o aborto, a promiscuidade sexual. Como a esquerda poderá se defender dessas acusações, gravíssimas para o homem comum educado pelo conservadorismo religioso, usando apenas as redes sociais sem rostos, sem olhares frente a frente em diálogos instantâneos em que se observa a reação do interlocutor a cada frase , sem apertos de mão, tons de vozes, reuniões sociais em espaços físicos de tijolo e cimento, relações sociais humanas de carne e osso?
Este, se for publicado (pouco me importa), foi meu último comentário por aqui ou em qualquer outro sítio vinculado à esquerda institucional. Pensar que cogitaram em me assassinar em 2018 (será que ainda cogitam?) por me associarem ao PT me dá vontade de rir… ou será que foi porque não me associaram a essa esquerda institucional inconsequente, mas a uma outra esquerda, com a qual realmente me identifico, a revolucionária? Mistério… Por via das dúvidas, estarei sempre atento, como devem sempre estar os que se sentiram um dia ameaçados…procurarei me proteger convivendo cada vez mais com a esquerda revolucionária. Se for para morrer, que seja, por defender transformações revolucionárias da sociedade, protagonizadas pelo proletariado, e não por ser considerado um cabo eleitoral de quem quer que seja.
Zé Maria
.
Conceição/Azenha.
Sugiro elevar a Post do Viomundo
este importante e verdadeiro Artigo
do Sr. Darcy Brasil Rodrigues da Silva.
Com os Cumprimentos,
Um Grande Abraço
Camarada e Libertário!
.
Redação
Oi, Zé Maria. É o que faremos, sim. Abração
Francisco de Assis
No Brasil, a única categoria social que parece capaz de montar e operar uma tal rede e esquema de desinformação em larga escala é a dos militares. Para não alongar muito, focando apenas em quatro aspectos essenciais (existem outros, claro):
1. por terem os militares as informações básicas dos brasileiros, uma vez que dominam o governo federal e todos os seus bancos de dados. O que inclui uma enormidade de números de celulares, logo de números de WhatsApp, rede essencial para a difusão da desinformação no Brasil, fora do alcance efetivo das autoridades;
2. pelo gigantesco e criminoso desvio de função atual dos militares, que compõem – basicamente no seu oficialato, na sua imensa maioria autoritário, antidemocrático e golpísta – um verdadeiro partido militar, com projeto de poder até 2038, pelo menos, já redigido e até tornado público, com o maior descaramento;
3. como uma categoria que se tornou, fundamentalmente no seu oficialato, parasita da nação, de onde extorque 120 bilhões de reais anualmente, 80 bilhões dos quais apenas para gordas aposentadorias, dez, vinte, trinta vezes superiores ao grosso das aposentadorias da população civil no INSS. Com oficiais generais, da ativa e da reserva, agora não apenas equiparados a ministros do supremo na remuneração militar, mas furando este teto legal ao acumularem rendimentos em cargos civis. E gastando grande parte do restante da extorsão em todo tipo de mordomias e mamatas, que incluem agora até viagra e próteses penianas, tudo debitado nos nossos impostos.
4. o tenebroso histórico antipopular e antinacional das forças armadas brasileiras – Canudos e outros massacres, a ditadura de 64 etc.
Infeliz e estranhamente, a esquerda, exceto por alguns gatos pingados (como Jefferson Miola e Manuel Domingos Neto), não quer nem saber de “mexer” com os militares golpistas, preferindo apenas discursar sobre o genocida e inimigo Bolsonaro, na verdade apenas o Cavalão de Troia dessa turma.
Francisco de Assis
No Brasil, a única categoria social que parece capaz de montar e operar uma tal rede e esquema de desinformação em larga escala é a dos militares. Para não alongar muito, focando apenas em quatro aspectos essenciais (existem outros, claro):
1. por terem os militares as informações básicas dos brasileiros, uma vez que dominam o governo federal e todos os seus bancos de dados. O que inclui uma enormidade de números de celulares, logo de números de WhatsApp, rede essencial para a difusão da desinformação no Brasil, fora do alcance efetivo das autoridades;
2. pelo gigantesco e criminoso desvio de função atual dos militares, que compõem – basicamente no seu oficialato, na sua imensa maioria autoritário, antidemocrático e golpísta – um verdadeiro partido militar, com projeto de poder até 2038, pelo menos, já redigido e até tornado público, com o maior descaramento;
3. como uma categoria que se tornou, fundamentalmente no seu oficialato, parasita da nação, de onde extorque 120 bilhões de reais anualmente, 80 bilhões dos quais apenas para gordas aposentadorias, dez, vinte, trinta vezes superiores ao grosso das aposentadorias da população civil no INSS. Com oficiais generais, da ativa e da reserva, agora não apenas equiparados a ministros do supremo na remuneração militar, mas furando este teto legal ao acumularem rendimentos em cargos civis. E gastando grande parte do restante da extorsão em todo tipo de mordomias e mamatas, que incluem agora até viagra e próteses penianas, tudo debitado nos nossos impostos.
4. pelo tenebroso histórico antipopular e antinacional das forças armadas brasileiras – Canudos e outros massacres, a ditadura de 64 etc.
Infeliz e estranhamente, a esquerda, exceto por alguns gatos pingados (como Jefferson Miola e Manuel Domingos Neto), não quer nem saber de “mexer” com os militares golpistas, preferindo apenas discursar sobre o genocida e inimigo Bolsonaro, na verdade apenas o Cavalão de Troia dessa turma.
Francisco de Assis
No Brasil, a única categoria social que parece capaz de montar e operar uma tal rede e esquema de desinformação em larga escala é a dos militares. Para não alongar muito, focando apenas em quatro aspectos essenciais (existem outros, claro):
1. por terem os militares as informações básicas dos brasileiros, uma vez que dominam o governo federal e todos os seus bancos de dados. O que inclui uma enormidade de números de celulares, logo de números de WhatsApp, rede essencial para a difusão da desinformação no Brasil, fora do alcance efetivo das autoridades;
2. pelo gigantesco e criminoso desvio de função atual dos militares, que compõem – basicamente no seu oficialato, na sua imensa maioria autoritário, antidemocrático e golpísta – um verdadeiro partido militar, com projeto de poder até 2038, pelo menos, já redigido e até tornado público, com o maior descaramento;
3. como uma categoria que se tornou, fundamentalmente no seu oficialato, parasita da nação, de onde extorque 120 bilhões de reais anualmente, 80 bilhões dos quais apenas para gordas aposentadorias, dez, vinte, trinta vezes superiores ao grosso das aposentadorias da população civil no INSS. Com oficiais generais, da ativa e da reserva, agora não apenas equiparados a ministros do supremo na remuneração militar, mas furando este teto legal ao acumularem rendimentos em cargos civis. E gastando grande parte do restante da extorsão em todo tipo de mordomias e mamatas, que incluem agora até viagra e próteses penianas, tudo debitado nos nossos impostos.
4. pelo tenebroso histórico antipopular e antinacional das forças armadas brasileiras – Canudos e outros massacres, a ditadura de 64 etc.
Infeliz e estranhamente, a esquerda, exceto por alguns gatos pingados (como Jefferson Miola e Manuel Domingos Neto), não quer nem saber de “mexer” com os militares golpistas, preferindo apenas discursar sobre o genocida e inimigo Bolsonaro, na verdade apenas o Cavalão de Troia dessa turma.
Zé Maria
https://sintrajufe.org.br/wp-content/uploads/2022/09/boletim-coacao-eleitoral-e-crime-entidades-web-1.pdf
https://www.trt4.jus.br/portais/media-noticia/526575/nota_eleicoes%20copiar.jpg
Alerta Sobre Assédio Moral Eleitoral!
Ministério Público e Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul emitem Nota advertindo Empregadores de que “ameaças a trabalhadores para tentar coagir
a escolha em favor de um ou mais candidatos ou candidatas podem ser
configuradas como prática de assédio eleitoral e abuso do poder econômico
do empregador, passíveis de medidas extrajudiciais e/ou judiciais na esfera trabalhista.”
Íntegra:
NOTA CONJUNTA DO MPT/RS E TRT4/RS SOBRE ELEIÇÕES 2022
O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região vêm a público manifestar que o exercício do poder do empregador é limitado, entre outros elementos, pelos direitos fundamentais da pessoa humana, o que torna ilícita qualquer prática que tenda a excluir ou restringir a liberdade de voto dos trabalhadores.
Portanto, ameaças a trabalhadores para tentar coagir a escolha em favor de um ou mais candidatos ou candidatas podem ser configuradas como prática de assédio eleitoral e abuso do poder econômico do empregador, passíveis de medidas extrajudiciais e/ou judiciais na esfera trabalhista.
Mais do que violações das normas que regem o trabalho, a concessão ou a promessa de benefício ou vantagem em troca do voto, bem como o uso de violência ou de coação para influenciar o voto são crimes eleitorais, previstos nos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral.
O voto, direto e secreto, é um direito fundamental do cidadão protegido pela Constituição Federal como livre exercício da cidadania, da liberdade de consciência, de expressão e de orientação política. Portanto, cabe a cada eleitor tomar suas próprias decisões eleitorais baseado em suas convicções ou vontades, sem ameaças ou pressões de terceiros.
O MPT-RS e o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região reafirmam seu compromisso de garantir que os direitos fundamentais do trabalhador sejam respeitados, em conformidade com a legislação em vigor.
RAFAEL FORESTI PEGO
Procurador-Chefe do MPT-RS
FRANCISCO ROSSAL DE ARAÚJO
Presidente do TRT da 4ª Região [RS]
https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/modulos/noticias/526845
https://www.prt4.mpt.mp.br/procuradorias/prt-porto-alegre/11735-mpt-e-trt-divulgam-nota-conjunta-sobre-tentativas-de-coacao-eleitoral
.
Zé Maria
O Antigo Drama Nacional do Analfabetismo Político,
da Ignorância Histórica e da Falta de Senso Crítico.
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