Dulci: Dilma não é estatista, nem privatista

Tempo de leitura: 2 min

por Luiz Carlos Azenha

A presidente Dilma não é estatista, nem privatista.

Não deu guinada à direita, como dizem os críticos à esquerda.

Segue a mesma lógica do governo do ex-presidente Lula: gera “uma dialética positiva, virtuosa”, ao colocar o Estado em alguns setores da economia não apenas como fiscalizador, regulador e indutor, mas como “produtor”.

São opiniões do ex-ministro Luiz Dulci, que recentemente lançou o livro Um Salto para o Futuro com um balanço da política econômica dos dois mandatos de Lula.

Dulci diz que Dilma, como Lula, não é antiempresarial, nem tem preconceito em relação a setores econômicos, mas que ela não acredita em Estado mínimo, o que é um “erro grave mesmo do ponto-de-vista de uma economia capitalista”.

Ele lembra que o Estado é forte nos Estados Unidos, onde as compras governamentais são decisivas para dar rumos à economia — lembrei ao ex-ministro, também, que os subsídios à agricultura controlados a partir de Washington equivalem a uma política agrícola.

Dulci lembrou que, durante a crise de 2008, se o Estado brasileiro não tivesse o controle da Petrobras, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal o país teria enfrentado dificuldades econômicas muito mais graves que as que enfrentou.

Apoie o VIOMUNDO

Ele também rebate os críticos que dizem que Dilma adotou um neoliberalismo light ao propor concessões para portos, aeroportos e rodovias. “O Estado não está transferindo propriedade, fixa margens de lucro e tem o papel de fiscalizar e supervisionar” as concessões, argumenta. Por isso, não equivalem às privatizações clássicas dos tucanos.

Clique abaixo para ouvir os trechos finais da entrevista.

dulci3

dulci4

Aqui, nos iniciais, ele ataca os tucanos dizendo que o PSDB perdeu sintonia com a população brasileira.

[Colabore com a manutenção do Viomundo se tornando um assinante mensal. Clique aqui]

Leia também:

Paulo Metri: Libra, a gota de petróleo a transbordar o barril

Apoie o VIOMUNDO


Siga-nos no


Comentários

Clique aqui para ler e comentar

Adriano Benayon: O modelo infra-colonial petucano – Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] Luiz Dulci: Dilma não é estatista, nem privatista […]

Fabio Passos

Nao convence.
Um suposto “pragmatismo” apos o neoliberalismo desvairado que destruiu o Estado brasileiro durante collor-fhc? Venderam tudo. Ate a mamae tucana! O Estado ainda nao recuperou nada do que foi roubado na privataria.

O Brasil e exemplo mundial de selvageria capitalista e desgoverno.
Precisamos recuperar a presenca do Estado como produtor em toda a economia e nao entregar mais setores estrategicos e riquezas naturais para exploracao dos abutres.

Durante a campanha Dilma garantia que era contra as privatizacoes… depois de eleita virou “pragmatica”?
Nao.
Dilma virou as costas para o povo brasileiro que rejeita as privatizacoes e quer recuperar o que foi roubado!

Desanimador.

Precisamos construir alternativa de esquerda nacionalista em 2014.
Alguem de esquerda mesmo. Pra mim e Roberto Requiao.

assalariado.

PQP!! Cada vez que um dirigente do PT, ou genéricos, fora ou dentro do governo abre a boca para opinar, mais parece aqueles ‘artistas’, aquelas celebridades midiotizadas, um serviçal, um psicólogo da ideologia burguesa, manipulando as massas. Realmente, esses ‘lideres’ já não refletem, nem representam o pensamento de suas bases que tenham um mínimo de consciência politica e de classe. Sim, nos tratam como analfabetos políticos, massa de manobras.

Karl Kautsky, um dos pais da social democracia mundial, disse no século 19, na sua ânsia de alianças para com os partidos da burguesia, do poder pelo poder, subestimou a capacidade de raciocínio dos assalariados, escreveu:

— (Karl Kautsky in “A Conquista do Poder Político”)

“O que negamos é apenas a possibilidade de um partido operário formar, em tempo normal, com os partidos burgueses, um governo ou um partido de governo, sem cair, por isso, em contradições insuperáveis que o farão, sem dúvida, fracassar. […]

Um partido proletário em um governo de coalizão burguesa, far-se-á sempre cúmplice dos atos de repressão dirigidos contra a classe operária; atrairá para si o desprezo do proletariado, enquanto que a sujeição resultante da desconfiança de seus colegas burgueses o impedirá sempre de exercer uma atividade frutífera. Nenhum regime semelhante pode aumentar as forças do proletariado – ao que não se prestaria nenhum partido burguês – e só pode comprometer o partido proletário, confundir e dividir a classe operária.”

Endereço aqui: http://www.marxists.org/portugues/kautsky/index.htm

Qualquer semelhança com os dias de hoje, não é mera coincidência, é fato, é a história de um histórico de traições da social democracia burguesa, para com os explorados da nação e a soberania das nações e seus povos.

Saudações Socialistas.

Luis

Pela repolitização de Dilma e do Governo.

MdC Suingue

“O Estado não está transferindo propriedade, fixa margens de lucro e tem o papel de fiscalizar e supervisionar” as concessões”

hahahahahahahahahahahhhhhahhahahahahahahahahahahahahahahahahah!

Vou deixar de rir da piada de que ‘concessão” não é novilíngua para “privatização” quando os órgãos reguladores começarem a regular as concessões já existentes.

Que tal começar por “fiscalizar e supervisionar” as concessões de telecomunicações?

Estamos sendo feitos de otários, como sempre fomos.

Julio Silveira

Tenho percebido que para o PT o defeito estão sempre nos outros. São incapazes de fazer a mea culpa e reconhecer desvios, quando não existe isso só tendem a piorar e neste caso se afastam de eleitores que, com lucidez e bom senso, faz analise séria.

Sagarana

Dilma não é de esquerda, nem de direita, nem de centro. Dilma não é de nada!

    Samir

    Acrescento que também não foi a cumpanhêra Dilma que participou do assalto à casa da amante de Adhemar de Barros, de onde foram roubados 2 milhões de dólares daquela época, segundo consta nos registros da direita goupista.

    renato

    Dilma é sim um Poste.
    Que eu vou votar em 2014.

    Altemar

    E não é que luz dá em poste. Então já sabes:
    2014, poste neles!

Eduardo

. As menções são equilibradas e refletem a realidade dos fatos. Em 2008, sem Petrobrás,BB,CEF,Consignados e empregos proporcionados por iniciativas e incentivos governamentais, teriamos que nos reintroduzir no FMI ou a crise nos levaria à moratoria. É coisa da oposição ao Governo, coisa maquiavélica,requinte da desonestidade intelectual afirmar que concessão é o mesmo que privatizaçao! São essas coisas que fazem a oposição, especialmente o PSDB, reduzir sua credibilidade junto aos formadores de opinião honestos e junto a quem sabe ler!

    abolicionista

    E o que isso tem a ver com a matéria? vai pra casa, filhotinho de Hitler.

rodrigo

Bom, o surrealismo é tão grande que se formos analisar a fundo a política agrícola, Dom Bertrand de Orleans e Bragança bate palmas pra administração federal…

Hudson Lacerda

Sugiro ao Viomundo parar de utilizar Flash e quaisquer formatos proprietários, que exigem que os visitantes instalem software traiçoeiro. Coloquem as gravações em formatos abertos (e.g. OGG, WEBM), para que todos possam ter acesso sem virar escravos monitorados de empresas como Adobe, Google, etc.

Especialmente os jornalistas, que têm sido espionados através de programas de computador e telefones eletrônicos (governo dos EUA diz que sabe quem são as fontes dos jornalistas), precisam defender a si próprios e ajudar a sociedade a se livrar do controle digital — a nova arma da plutocracia.

Eu iria além, sugerindo evitar colocar no sítio quaisquer recursos embutidos de Google (analytics etc.), Facebook, Twitter, etc., deixando apenas ligações para que as pessoas que tiverem interesse em visitar e utilizar esses serviços o façam conscientemente.

De toda forma, evitar arquivos em formatos proprietários — especialmente Flash — já é um bom começo.

Recomendo desesperadamente a leitura do livro “Cypherpunks”, de Julian Assange e outros, traduzido pela Boitempo. (E nunca usem Google Chrome.)

Messias Franca de Macedo

“ESCUTA [MAIS] ESSA!”

… Um tal consultor de nome Lavareda e “um global assíduo” diretor da Consultoria Insper, ambos ‘escolhidos a dedo’ pelo indefectível William Do Contra Waack’, após uma hora de exaustivo “debate multilateral de araque”, chegaram a esta preciosidade de concordância: “A inflação continua dentro da margem de tolerância; alguns setores da economia sinalizam crescimento; o nível de desemprego está baixíssimo, obras de infraestrutura deverão ser destravadas [impulsionando o PIB], a população continua manifestando um estado positivo de satisfação… Contudo, esse governo vai mal; esse governo, evidentemente, é muito ruim!…” [E estamos conversados – a(de)n(do) sujo nosso!]

Lá isso é oposição?!.. Lá isso é jornalismo?!… Lá isso são “consultores” e “jornalistas especialistas” confiáveis e/ou isentos?!…

… E viva os(as) urubólogos(as)!…

República de ‘Nois’ Bananas
Bahia, Feira de Santana
Messias Franca de Macedo

juca

A Dilma não acredita em Estado Mínimo, claro que não, tem lugar até pro Afif Domingues. E também acho engraçado os pessoal exortar a Presidente com : ACORDA DILMA! DILMA PRESTA ATENÇÃO NO SOCIAL! DILMA CUIDADO COM A DIREITA! DILMA ETC ETC . Já sei a Presidente é uma débil mental cercada de aproveitadores e precisa da torcida ficar de longe avisando pra tomar cuidado com o marcador. Não é questão de opção… é só falta de esperteza de uma mulher inexperiente. Pelo amor de Deus, baboseira isso, ela sabe que o índio morreu, sabe os trilhos de segunda da ferrovia norte-sul, acho que ela sabe até que a Kátia Abreu virou base do Governo e que tem um vice-governador do PSDB que é um de seus ministros. Depois reclamam quando alguém chama essa turma de petralha.

Deixe seu comentário

Leia também