Enock Cavalcanti: Em dezembro, 338 mil reais de remuneração para a desembargadora Erotides

Tempo de leitura: 2 min

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É tudo dentro do que a lei permite, destaca blogueiro de Mato Grosso

Dinheiro de montão no Judiciário: 338 mil para Erotides, 287 mil para Maria H. Póvoas, 256 mil para Rubens de Oliveira – e mais e mais

por Enock Cavalcanti, em seu blog, sugerido por Maria Fernanda Arruda

A desembargadora Maria Erotides, em apenas um mês, o mês de dezembro de 2016, recebeu uma remuneração de R$ 338.017,41, que lhe foi paga pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

A desembargadora Maria Helena Póvoas também não tem do que reclamar: em dezembro, sua remuneração (somando salários e o que mais?) bateu na casa dos R$ 287.759,17.

Outros magistrados que ganharam acima de R$ 100 mil reais:

RUBENS DE OLIVEIRA SANTOS FILHO, Desembargador, R$ 256.522,45

MÁRIO ROBERTO KONO DE OLIVEIRA, Juiz de Direito, R$ 180.136,56

SEBASTIÃO DE ARRUDA ALMEIDA, Juiz de Direito, R$ 126.159,06

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ANTÔNIA SIQUEIRA GONÇALVES RODRIGUES, Desembargadora, R$ 113.477,13

ABEL BALBINO GUIMARAES, Juiz de Direito, R$ 104.081,86

EMERSON LUIS PEREIRA CAJANGO, Juiz de Direito, R$ 104.081,85

FLÁVIA CATARINA DE AMORIM REIS, Juiza de Direito, R$ 104.281,86

GUIOMAR TEODORO BORGES, Desembargador, R$ 113.477,13

JONES GATTASS DIAS, Juiz de Direito, R$ 108.919,19

MONICA CATARINA PERRI SIQUEIRA, Juiza de Direito, R$ 104.081,86

PAULO DA CUNHA, Desembargador, R$ 102.050,47

Em meio à crise que sacode o Brasil e também Mato Grosso e seus municipios, a média salarial dos magistrados mato-grossenses, juízes e desembargadores, que conseguem juntar um monte de penduricalhos aos seus ganhos, bate na casa dos R$ 70 mil reais – quantia bem superior ao teto constitucional fixado por lei. E quantia bem superior aos ganhos dos seus concidadãos e concidadãs, em nosso Estado.

Com o esquema dos penduricalhos, os magistrados mato-grossenses vão driblando a lei do teto e também a crise, navegando em um conforto inimaginável para a maioria dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiras que são os maiores sacrificados pelo arrocho que a atual conjuntura nos impõe.

No quadro em destaque abaixo, a PAGINA DO E  (clique aqui para ver) divulga inteiro teor da folha salarial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso relativa ao mês de dezembro de 2016. É justo que esses 200 e pouco servidores públicos do Judiciário tenham direito a tanto, em detrimento de uma grande maioria de pessoas que vivem em nosso Estado?

Essa uma reflexão que cabe a todos nós – e principalmente a eles também, os magistrados. É legal? É moral? É justo, em face da crise, com as suas trágicas consequências no setor da saúde e da segurança pública?

Vivemos uma conjuntura em que todos os setores conscientes de nossa sociedade lamentam os 12 milhões de desempregados. Numa situação dessas, não me parece decente alguns poucos servidores públicos se cevarem de forma tão ávida com os recursos públicos deste nosso sacrificado Estado de Mato Grosso.

Quem deveria agir para equilibrar esses ganhos, em face da Lei, deveriam ser as autoridades do Ministério Público. Mas lá no MP, também, os privilégios financeiros se manifestam de forma acintosa. O que fazer?

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Comentários

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James Gressler

É inexorável : a volta vem, será um tsunami. A natureza não falha, e aí essa gente terá razão para abominar o próprio nascimento.

Brasil

MERITOCRACIA!

ESCRAVO FICA CALADO E OBEDECE , SE NÃO VAI PRA SENZALA E SERÁ DECAPITADO!

    talebã

    subterfugios até legais mas escandalosamente imorais só aqui nessa republiqueta, não vejo dos brasileiros se amoldarem a cultura do oriente médio, talvez todos sentiriam um pouco mais de receio antes de se aviltrarem contra o dinheiro publico, uns morrem de fome e outros acham que são um peido, que é manufatura da bosta.

Mauricio

Esse é o nosso judiciário e sua máquina de triturar reputações e orçamentos. Conseguiram, no grito, ficar de fora dos cortes que todos estaremos submetidos e ainda, pateticamente, alegaram que a questão do teto salarial definido na CF era uma tentattiva de calar o judiciário e a vaza-ratos. Poderiam ganhar mais um dimdim na carreira de humoristas, já que isso é uma piada.

Edgar Rocha

Como diria o Mussum: “Erotidis!!!”
300 mil!!!
Mas, a pergunta final é boa. O que fazer? Sugestão: se eu fosse um desembargador – dos bons, mesmo – pegaria meu rico butim judiciário e pagaria uma boa rodada de cerveja com todos os outros desembargadores e autoridades do MP que pensam como eu pra discutirmos, amigavelmente, a elaboração de um ofício / carta / denúncia a quem possa interessar, contra os honorários pornográficos – meus e de meus colegas – em defesa do bem público e da moralidade institucional, deixando claro que uma i-men-sa parcela do judiciário se envergonha fragorosamente de participar, mesmo que contra a própria vontade (cof! cof!) de uma casta predatória, entreguista, corrupta, autoritária, indecente, prevaricadora, indiferente ao sofrimento da maioria, fascista, ilegal e eugenista, que, a despeito de sua total ineficácia e virulência contra a sociedade pesa como chumbo na folha de pagamento estatal, embora deseje que o Estado seja mínimo nos investimentos sociais. (Olha como eu sou otimista: vai ser tanto togado nesta happy our que o dinheiro não vai dar pra pagar mais que uma breja pra cada).
Depois de cometido tal ato de honrosa traição de classe, dirigir-se-iam (chupa, Temer) aos órgãos internacionais e à opinião pública a fim de defenderem o direito inalienável de protestar e a premência de atos coletivos de desobediência civil.
A despeito do linguajar pseudo-macarrônico ao estilo Odorico Paraguaçu, peço encarecidamente que levem em conta tal proposição. Isto porque, diante do próprio judiciário, só quem pode dar o primeiro passo em defesa da Constituição seriam os membros da categoria. Seriam estes tão seletos e tão minguados a ponto de serem inexpressivos em tal intento? Mas, não pode ser qualquer cartinha com alguns professores do Largo São Francisco. Tem de ser muita gente. Se isto não for possível, meus amigos, peçam até pro Eugênio Aragão cuidar de seu pescoço. Ninguém mais terá como saber quem deverá ser poupado caso a sociedade, de forma caótica e desesperada, busque outra alternativa. Isto seria, para os agentes do judiciário que dizem discordar da dona Erotides, um ato de sobrevivência.

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