Dados “escondidos” da pesquisa Datafolha mostram que Haddad tem muito espaço para crescer

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Da Redação

Alguns dados da pesquisa Datafolha não mereceram destaque daqueles que pagaram para que o levantamento fosse realizado.

No Jornal da Globo, como observou Fernando Brito, do Tijolaço, a ênfase foi no empate técnico entre Fernando Haddad e Ciro Gomes no segundo lugar, embora o candidato do PDT tenha ficado estagnado nas últimas duas pesquisas e o petista tenha tido grande crescimento — ou seja, o viés de Haddad é de alta, enquanto Ciro não saiu do lugar.

A própria Folha de S. Paulo, nesta quinta-feira, publicou os dados no meio de um texto cuja ênfase era no crescimento daqueles que identificam Haddad como candidato do ex-presidente Lula.

Quais são os números?

Entre os eleitores de ensino fundamental, 47% disseram que votariam com certeza no candidato indicado pelo ex-presidente Lula, mas 49% ainda não sabem que Haddad é o candidato de Lula.

O Brasil tem 38 milhões de eleitores nesta faixa. 19 milhões, portanto, não sabem que Haddad é Lula. Ou seja, Haddad pode ganhar outros 9 milhões de eleitores, ou cerca de 6% do eleitorado total,  se o PT der conta da tarefa de associar Haddad a Lula para todos estes eleitores.

Isso elevaria o petista dos 16% em que apareceu no Datafolha para mais ou menos 22%.

Outro recorte: no grupo dos que ganham menos de dois salários mínimos, 40% ainda não sabem que Haddad é Lula (45% votariam no indicado por Lula com certeza)

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Finalmente, dentre os principais candidatos, Fernando Haddad é o menos conhecido.

26% dos eleitores disseram não conhecer o petista e outros 27% “só de ouvir falar”, soma de 53%!

Independentemente de os eleitores o escolherem pela associação com Lula, o ex-prefeito de São Paulo tem o maior potencial de ganhar votos à medida em que se tornar mais conhecido.

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MAAR

O andar dos acontecimentos tem atestado a veracidade das teses de que a transferência de votos de Lula para Haddad necessita de tempo para crescer.
Todavia, não é hora de debater se o registro da chapa foi tardio ou não, pois a prioridade agora é viabilizar a vitória na eleição presidencial e, assim, defender a democracia.
Neste sentido, a campanha eleitoral precisa estruturar dois eixos concatenados.
Um para tratar das críticas aos danos decorrentes das políticas adotadas pelo governo temerário, bem como para apresentar propostas de medidas para restauração de direitos sociais, promoção do desenvolvimento econômico, geração de emprego e renda, etc.
Outro para divulgar as principais razões pelas quais a votação nos candidatos de direita prejudica os direitos sociais e ameaça agravar situações já alarmantes.
O primeiro eixo, das criticas às políticas temerárias e das propostas para correção de rumos, pode gerar resultados eleitorais massivos na medida em que aborde de forma sistemática, em linhas gerais, as consequências, tanto presentes quanto futuras, da PEC do Teto, e das reformas trabalhista, previdenciária e do ensino médio, ao tempo em que demonstre o contraste com os avanços gerados a partir de 2002, por força da vontade política voltada para atender as necessidades da população, assim como aponte as mudanças propostas pela chapa Haddad-Manuela.
O segundo eixo, referente ao questionamento rigoroso das contradições e equívocos dos candidatos de direita, centro-direita e extrema-direita, também tende a produzir efeitos expressivos nas intenções de voto. E pode ser organizado em duas vertentes, uma para demonstrar as evidências claras de que as candidaturas de Geraldo Alkimim, Henrique Meirelles e Marina Silva representam a sinistra perspectiva de manutenção das políticas temerárias, de restrição de direitos, recessão e desemprego, assim como para ressaltar, com máxima ênfase, que a condução da economia num indesejável governo de Jair Bolsonazo seria dirigida pela mesma doutrina financista, recessiva e excludente.
A outra vertente do segundo eixo visa avaliar os principais aspectos da candidatura de Bolosonauro que demonstram os riscos inexoráveis de graves danos para a liberdade democrática e para a paz social na hipótese de eleição do ex-militar. Para tanto, basta utilizar algumas declarações assombrosas feitas pelo candidato, tais como aquelas que afirmam considerar a esterilização forçada de pessoas de baixa renda uma solução para o problema da pobreza, que afirmam apoiar a tortura e a violência policial, que mostram atitudes de discriminação étnica, religiosa, de gênero, etc.
E, visto que esta segunda vertente do segundo eixo da campanha constitui a parte mais desgastante deste embate, é recomendável que fique a cargo das lideranças partidárias, dos candidatos ao parlamento e da militância aguerrida.
O mote para desencadear a reflexão crítica dos eleitores é o convite a imaginar como seria o pais caso fosse governado por políticos que fazem apologia da violência e que pretendem seguir a mesma receita neoliberal que tem causado estragos desde 2016, a exemplo do retorno do Brasil ao mapa da fome e o aumento da mortalidade infantil.
É preciso mobilizar amplos setores da sociedade para participação no processo eleitoral, pois o que está em jogo é a preservação da própria democracia e, portanto, a defesa da liberdade de pensamento, de credo religioso, de orientação sexual, a cidadania plena, a soberania popular, enfim, o Estado Democrático de Direito.
É preciso maximizar a divulgação dos apoios de artistas, intelectuais e formadores de opinião, para incrementar os eventos e materiais da campanha, E é preciso lembrar que o futuro depende de cada um de nós e difundir a consciência do fato de que a disputa em marcha opõe cidadania versus plutocracia.

Cláudio

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Lula é Haddad 13 e Haddad 13 é Lula

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Bel

A esquerda precisa conter o ¨já ganhou¨. E desconfiar da repetição do candidato que está em primeiro que tem certeza de fraude se Haddad ganhar. Se o Bolsonaro ganhar não será fraude? Humm…veja o exemplo dos EUA que, parece, apoiam o candidato da extrema-direita. Lá Tump ganhou e tem coisa mal-explicada até hoje por conta da vitória do candidato da extrema-direita dos EUA.

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