Ciro, em campanha, coloca combate à desigualdade e industrialização como principais metas; veja discursos

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O ex-governador Ciro Gomes, agora pré-candidato do PDT ao Planalto, coloca o combate à desigualdade e a retomada da industrialização como principais metas de seu programa de governo.

“Ninguém sério no mundo defende essa perversão (neoliberalismo)”, tem dito a plateias. Como exemplo, cita Donald Trump, “da República Boliviariana da América do Norte”, que tem política industrial e protege o mercado norte-americano.

No campo da desigualdade, Ciro cita a reforma tributária como meta central.

“Em dois anos viramos o jogo”, tem dito, se houver taxação de lucros e dividendos, de heranças e sobre transações financeiras.

Por outro lado, afirma que é preciso evitar que a massa salarial dos brasileiros se transforme, relativamente, na pior do mundo.

Lembra que  nos anos 80 a produção industrial brasileira superava as da China, Malásia, Vietnã, Cingapura e Coreia do Sul somadas.

Hoje, a China tem uma produção seis vezes e meia a do Brasil.

Desde então, a relação entre produção capital e PIB caiu de 30% para menos de 10%.

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Por isso, o pedetista defende retomar a industrialização com base em vários eixos.

Ciro Gomes tem citado vários exemplos.

No agronegócio, por exemplo, diz que 40% de todos os insumos utilizados na principal atividade da economia brasileira são importados. “O Brasil não fabrica defensivos ou implementos agrícolas”, afirmou recentemente.

Na defesa, citou o exemplo do cargueiro KC 390, fabricado pela Embraer, que poderia dominar o mercado mundial. Faltavam R$ 700 milhões para homologar o cargueiro, mas o dinheiro não foi liberado e optou-se por entregar a Embraer à Boeing, “uma fusão fictícia”, acusa.

Na saúde, diz Ciro, em 2017 o Brasil torrou R$ 50 bi em medicamentos, próteses e todo tipo de equipamento hospitalar, de cadeiras de rodas a camas.

Outro exemplo diz respeito à cadeia do petróleo e gás, colocada pelo governo Temer a serviço das grandes transnacionais. O Brasil agora enfatiza a exportação de petróleo bruto, aumentou a importação de derivados dos Estados Unidos e subutiliza seu próprio parque de refino.

Acompanhe um dos discursos de Ciro antes de se tornar pré-candidato:

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Comentários

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FrancoAtirador

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Entrevista: MARCIO POCHMANN

https://youtu.be/B1Oink7wnc4
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Rogerio Faria

O ex-aluno de Harvard está doido para colocar as suas ideias em ação.
Dá medo, muito medo…

Marcio

Ciro não é plano B da Globo. Aliás, as grandes empresas escondem suas declarações!
Está colocando pra debate idéias e ideais progressistas, com a força de exemplos e a vitalidade de quem não deve. Tem errado na sua crítica à esquerda, mas não significa que não esteja correto na análise.
Ciro é o plano B da esquerda pragmática e sensata. Acredito, inclusive, que entre Ciro e Lula, a direita optaria por Lula, com quem já sabe negociar.
Até a eleição, opiniões podem mudar. E a minha também! Neste momento a defesa da democracia requer inteligência, visto que não é dado como certo a próxima eleição. O golpe anda solto.
Abraços.

lulipe

Será que Patrícia Pillar vota nele??

fernando

Ciro o Plano B da Globo!!!

    Lukas

    Lula é seu pastor, nada lhe faltará.

Julio Silveira

Estava levando a maior fé no Ciro, até que ele afirmou numa entrevista que não seria sua prioridade rever a lei das comunicações do Brasil. Então percebi que seria outro fantoche dependente dessas organizações midiaticas que constroem e destroem as instituições brasileiras conforme suas conveniencias e de suas familias, fazendo desse país vergonha mundial. Se tornou, para mim, outro que defende os herdeiros da plutocracia cleptocratica nacional. Defender impostos sobre grandes fortunas e taxação de lucros e heranças de nada adiantara se persistir no Brasil o sistema de proteção escandaloso aos afortunados que se apropriam dos recursos do país construindo fortunas, que muitas vezes se percebem ilegitimas, em cima do suor de um povo que trabalha por suas sobrevivencias sempre em desvantagens. Eles vão tirar esses impostos das costas do povo, como sempre, fazendo o repasse no ajuste de suas contabilidades de contas.

    lulipe

    E os governos do PT, por que não fizeram?? Tolinho….

    Julio Silveira

    Não tenho nenhum problema para lhe responder isso. Os governos do PT não fizeram por puro oportunismo e covardia politica. Queriam cooptar essa gente de cultura antiga, arraigada na cultura de de cortes, da hereditariedade como fator de manutenção de poder, ou da meritocracia definida e dirigida por eles, e conforme suas conveniencias. O PT errou quando tentou conquistar oligarquias para que fossem aceitos quando construissem as suas proprias oligarquias, que se comprova quando a base foi escanteada para que alguns personagens de sua elite partidaria pudessem se sobrepor, ante os demais dessa base, para governarem o país e o partido na busca da valorização exclusiva de suas individualidades. Não tiveram a inteligencia para perceber que esse grupo que comanda o Brasil na forma de capitania hereditaria, não permitem a ascensão daqueles que consideram inferiores, ou que lhes coloquem em risco de perda de dominio, na boa, ou na paz. O PT perdeu seu prestigio com a sua burguesia não por ter tido ações revolucionarias necessarias para o Brasil, mas por te se colocou como concorrente dos burgueses estabelecidos.

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