Boletim Observatório das Eleições: Últimas cenas do 1º turno nas redes e a guerra santa no Twitter
Tempo de leitura: 2 min
BOLETIM OBSERVATÓRIO DAS ELEIÇÕES
Últimas cenas do primeiro turno nas redes
Por equipe da Editoria das Redes*
Na última semana do primeiro turno, o perfil de Jair Bolsonaro no Facebook registrou um aumento muito grande em visualizações e interações – foram quase três vezes maiores do que as de Lula.
Esses números expressivos não haviam sido ainda registrados ao longo da campanha, ou seja, as interações e visualizações dos dois perfis se mantinham próximas, com vantagem de Bolsonaro, mas sem uma diferença tão expressiva como a registrada na última semana, o que pode indicar uma ofensiva da campanha bolsonarista para garantir o segundo turno.
E dessa forma, puxado pelo crescimento individual de Jair Bolsonaro, o conjunto do campo bolsonarista também apresentou números mais altos na última semana de campanha do primeiro turno.
No Instagram, Bolsonaro repetiu o grande aumento nas visualizações: quase 6 vezes mais visualizações do que o perfil de Lula. Mas o ex-presidente manteve a dianteira em interações e reconquistou a frente no aumento do número de seguidores.
Também cabe destacar que o campo lulista apresentou crescimento no número de interações na semana e se distanciou dos números do campo bolsonarista, o que é também um fato inédito na campanha.
Vamos agora aguardar as movimentações da primeira semana de campanha do segundo turno, que teve início no dia 3.
Apoie o VIOMUNDO
Última semana do primeiro turno:
Guerra santa no Twitter
O campo bolsonarista demorou a se articular para responder às acusações de que Jair Bolsonaro frequenta a maçonaria.
Segundo o monitoramento que realizamos, no dia 5/10 havia pouquíssimos tuítes sobre o tema no campo bolsonarista, o que significa que acusaram o golpe e demoraram a se articular para dar uma resposta adequada nas redes. Ao contrário, o campo lulista se apropriou do tema.
Sobre maçonaria, no dia 5, o campo bolsonarista publicou 16 tweets, contra 179 do campo lulista.
Evangélicos influenciadores como André Valadão, Marcos Feliciano e Nikolas Ferreira demoraram bastante a entrar em campo na narrativa para defender bolsonaro, ou seja, a contranarrativa deles estava desorganizada.
*Esse artigo foi elaborado no âmbito do projeto Observatório das Eleições 2022, uma iniciativa do Instituto da Democracia e Democratização da Comunicação. Sediado na UFMG, conta com a participação de grupos de pesquisa de várias universidades brasileiras. Para mais informações, ver: www.observatoriodaseleicoes.com.br
Leia também:
Rubens Valente: Bolsonaro mentiu de novo, os Yanomami não têm o canibalismo como prática
Comentários
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!
Deixe seu comentário