VÍDEO: Ato ’60 anos do Golpe. Justiça para Vladimir Herzog!’

Tempo de leitura: 2 min

Da Redação

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) promove nesta terça-feira, 2 de abril, o ato 60 anos do Golpe: Justiça para Vladimir Herzog.

O evento começa às 19h, na sede do Sindicato.

Também será transmitido ao vivo pelo canal do SJSP no Youtube. O Viomundo retransmitirá.

Vladimir Herzog, o Vlado, foi assassinado em 25 de outubro de 1975 nas dependências do Coi-Codi, na Vila Mariana, em São Paulo. Tinha 38 anos de idade.

Nascido em 27 de junho de 1937, na antiga Iugoslávia, hoje Croácia, Vlado naturalizou-se brasileiro.

Em 1959, iniciou a carreira de jornalista. 

Em 25 de outubro de 1975, quando foi morto pela ditadura, dirigia o jornalismo da TV Cultura.

No dia anterior, uma sexta-feira, Vlado tinha sido procurado na emissora por militares do Exército para prestar depoimento. 

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O próprio jornalista combinou que estaria disponível na manhã de 25 de outubro para o interrogatório.

Vlado compareceu espontaneamente à sede do Doi-Codi.

Ali, foi assassinado.

Além da tortura e violência, forjaram uma falsa versão de suicídio.

O ato desta terça-feira, além de homenagear a memória de Vlado, reforçará a luta por verdade, reivindicando que o governo esclareça as condições da morte dele e responsabilize os culpados.

A atividade é organizada e convocada por várias entidades jornalísticas, entre as quais: o próprio SJSP, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Intervozes, Repórteres Sem Fronteiras, Barão de Itararé, Artigo 19.

O Sindicato fica à Rua Rego Freitas, 530 – sobreloja, Vila Buarque, próximo ao Metrô República.

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Zé Maria

https://sintrajufe.org.br/wp-content/uploads/2024/04/3-herzog2-1-1024×627.jpg

“60 anos Depois do Golpe, Conheça a História do Juiz
que, em 1978, Condenou a Ditadura em Pleno AI-5”

Nesta semana completam-se 60 anos do golpe que, em 1964,
mergulhou o Brasil em uma ditadura que duraria duas décadas
e deixaria reflexos que perduram ainda hoje na democracia,
nas instituições e na sociedade brasileira.

À época, a cúpula do Judiciário foi conivente com o golpe
e com a ditadura instalada, mas há casos exemplares de
resistência e coragem.

Um desses casos, uma história pouco conhecida,
é o do juiz federal Márcio José de Moraes, que,
em 1978, condenou a União pelo assassinato
do jornalista Vladimir Herzog.

“Dei a sentença com o AI-5 em vigor.
Essa visão eu me orgulho de ter tido.
Seria uma reação, um grito de
independência do Poder Judiciário.
Já tinha formado a minha convicção,
iria condenar a União [Governo Federal].
O gesto só teria valor, como uma espécie
de grito político, de revolta contra a ditadura,
se fosse dado sob o clima da ditadura, sob o AI-5”.

“Primeiro, eu anulei o laudo [que falava em suicídio].
Segundo, valorizei as provas para mostrar
que havia tortura naquelas circunstâncias.
Terceiro, determinei a abertura de Inquérito
Policial Militar para verificar os responsáveis,
todas as autoridades policiais e militares
que se encontravam no local e que foram
responsáveis pela tortura”.

Íntegra da Reportagem em:

https://sintrajufe.org.br/60-anos-depois-do-golpe-conheca-a-historia-do-juiz-que-em-1978-condenou-a-ditadura-em-pleno-ai-5/
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