Ângela Carrato: Mídia, ódio, perseguição, “arminhas” e guerra civil
Tempo de leitura: 9 minMídia, Ódio e Guerra Híbrida
Por Ângela Carrato*, especial para o Viomundo
Há quase duas décadas, a mídia corporativa brasileira tenta responsabilizar a esquerda e suas lideranças por tudo de ruim que acontece no país.
Esse absurdo atingiu o ápice no último fim de semana, quando um militante petista comemorava o aniversário de 50 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná, numa festa privada, onde enfeitou o local com balões vermelhos e os símbolos do seu partido e do seu candidato, e um bolsonarista invadiu o local e o assassinou.
Num primeiro momento, esta mídia tentou desconhecer o assunto. Em seguida, passou a fazer o que sempre faz: ressignificar os fatos. A morte de Marcelo Arruda, vítima de um crime cometido por um bolsonarista foi apresentada como “briga política”.
Não faltaram nem mesmo títulos dando ênfase não ao assassinato de Marcelo, mas ao fato dele ser tesoureiro do PT, como se isso fosse algo negativo.
Depois de uma sequência de violências, todas com as digitais do bolsonarismo – chacina de 22 pessoas, na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro; asfixia de um cidadão por policiais, no Nordeste; assassinatos e esquartejamentos dos corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na Amazônia; bomba em comício do PT na Cinelândia – a população brasileira parece finalmente começar a entender os riscos desta escalada.
Tanto que a mídia corporativa foi obrigada a mudar de posição e condenar este ato de violência. É importante lembrar que ela, a exemplo do jornal Folha de S. Paulo, sempre proibiu que seus jornalistas pudessem se referir a Bolsonaro pelo que ele realmente é: um extremista de direita, que incita a violência, flerta com o fascismo e aposta no caos.
Percepção e nexo
Para se entender como o Brasil chegou à beira deste abismo é fundamental um recuo de quase duas décadas na história e, sobretudo, a análise do papel que a mídia corporativa desempenhou neste período.
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Depois dos governos neoliberais de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, que deixaram a economia nacional em frangalhos, a maioria da população entendeu que o caminho para o desenvolvimento e a superação dos seus graves problemas passava pela vitória de Lula.
Não por acaso, Lula foi eleito em 2002 e reeleito em 2006. Ao final de seu segundo mandato, elegeu sua candidata, Dilma Rousseff, que, por sua vez também se reelegeu.
Essa sucessão de vitórias do PT há muito desagradava à classe dominante, aqueles 5% que integram o chamado “andar de cima” ou fazem parte da “elite do atraso”, como prefere denominá-la o sociólogo Jessé Souza.
Ao invés de respeitar a vontade popular, a “elite do atraso”, do qual a mídia corporativa brasileira é parte, decidiu ir para o ataque lançando mão de um sofisticado conjunto de ações testadas e experimentadas em outros países, onde seus similares também se sentiram colocados em xeque.
Entrava em cena aqui a chamada “guerra híbrida”, uma estratégia desenvolvida por potências imperialistas, notadamente os Estados Unidos, que mescla táticas de guerra política com métodos de influência como desinformação, ciberguerra e lawfare, podendo levar até à guerra civil e à intervenção externa.
A literatura sobre o assunto é vasta, mas nela se destacam dois livros seminais: Guerras Híbridas. Das Revoluções Coloridas aos golpes, de Andrew Korybko (2018) e O Brasil no espectro de uma guerra híbrida, de Pierre Leirner (2020).
Há uma enorme variedade de termos para se referir à guerra híbrida, a exemplo de “guerra não tradicional” e “revolução colorida”.
Manifestações que envolvem a derrubada de governos considerados contrários aos interesses da elite local e seus parceiros internacionais e sua substituição por favoráveis ao mercado e ao grande capital.
Isoladamente não é simples perceber os movimentos e ações da guerra híbrida, sendo necessário distanciamento e a percepção do nexo entre eles.
Neste sentido, quase ninguém, nem mesmo a direção do PT, foi capaz de identificar nas denúncias de corrupção que ficaram conhecidas como “Mensalão do PT”, a primeira manifestação deste tipo de guerra no Brasil, após a redemocratização de 1985.
Perseguição aos adversários
Em 6 de julho de 2005, uma entrevista publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, com o então presidente do PTB, Roberto Jefferson, deu a largada no que veio a ser denominado pela mídia como “Mensalão Petista”. Jefferson acusou o PT de pagar parlamentares no Congresso Nacional para ter projetos de seu interesse aprovados.
Joaquim Barbosa, então presidente do STF, julgou estes processos, mas não deu qualquer segmento ao “Mensalão Tucano”, anterior e mais grave, envolvendo desvio de recursos de empresas estatais de Minas Gerais em 1998, quando da tentativa de reeleição do governador tucano Eduardo Azeredo.
Começava aí a estratégia de associar o PT à corrupção. Tinha início, também, a prática do lawfare, uso da justiça para perseguir adversários políticos.
O julgamento de petistas, incluindo nomes do porte do ex-ministro José Dirceu, foi transformado em circo midiático, com as principais emissoras de rádio e de televisão interrompendo a programação normal para transmiti-los e jornalistas e comentaristas se revezando nas críticas e denúncias contra o PT e o próprio governo Lula.
Não houve qualquer espaço para o contraditório, com os “especialistas” ouvidos representando apenas o lado dos acusadores.
Apesar do bombardeio que antecedeu e se manteve durante a campanha eleitoral de 2006, Lula conseguiu se reeleger.
No seu segundo mandato, aprofundou uma série de medidas visando a inclusão social, a ênfase nas empresas nacionais e no desenvolvimento (Petrobrás, descoberta do pré-sal), à integração latino-americana e à própria presença soberana do Brasil no mundo, participando da criação da Unasul e dos BRICS.
Em 2010, como resultado dessas ações, o país ultrapassava o Reino Unido, tornando-se a sexta mais importante economia do mundo.
Se o sucesso de Lula incomodava a elite brasileira, setores do governo estadunidense e parcela do grande capital internacional o viam como ameaça aos seus interesses, numa região que consideram seu “quintal”. É neste momento que entram em cena novos ingredientes da guerra híbrida.
Manifestações Ressignificadas
Em junho de 2013, um episódio envolvendo protestos contra o aumento de vinte centavos nas passagens do transporte coletivo na cidade de São Paulo, foi ressignificado pela mídia para direcionar seus canhões contra o governo de Dilma Rousseff.
De repente, uma administração que enfrentava alguns problemas, passou a ser apresentada como em crise total.
Mesmo a inflação estando dentro da meta, o desemprego nos níveis mais baixos da história do país, as manchetes dos jornais, das emissoras de rádio e TV enfatizavam o tema crise.
Na realidade, a mídia, através de outro processo conhecido como agenda setting, atuou para pautar a percepção da sociedade sobre aquele momento político. Tanto que a crise que não era crise, foi transformada em crise de proporções catastróficas.
Neste mesmo mês, uma revelação sobre esquema de monitoramento de dados organizado pelo governo dos Estados Unidos, agitou o noticiário internacional, mas quase não teve repercussão no Brasil.
Tratava-se do “Caso Snowden”, por causa do nome do delator do esquema colocado em prática pelos Estados Unidos, o ex-consultor técnico da Agência Central de Inteligência (CIA), Edward Snowden.
Na época, ele revelou que o seu país espionava governos de várias partes do mundo, inclusive o de Dilma Rousseff.
Foram alvo de espionagem também as ações da direção da Petrobrás com vistas à definição sobre exploração do recém descoberto pré-sal.
O interesse dos Estados Unidos no petróleo alheio é devidamente sabido. E esse interesse está por trás da maior parte das guerras (tradicionais e híbridas) no século XX e mesmo nos dias atuais.
As repercussões do assunto na mídia brasileira foram mínimas, se levado em conta a magnitude do problema.
Já as chamadas “jornadas de junho” ganhavam manchetes e mais manchetes, com a própria mídia convocando a população para os atos.
TV Globo e Rádio CBN, por exemplo, interrompiam suas programações nas manhãs de domingo, para “informar” que a avenida Paulista já estava ficando cheia e que o metrô se encontrava com as catracas liberadas. O mesmo acontecia em outras capitais brasileiras, onde a mídia agiu como parte da organização dos protestos.
Na época, o governo Dilma e os setores progressistas brasileiros não atentaram para a linha direta que unia aquelas manifestações ao “mensalão” e à espionagem da CIA.
Parceria mídia e Judiciário
Não ocorreu igualmente a Dilma, no final de seu primeiro mandato, qualquer dúvida ao enviar para o Congresso Nacional um pacote de medidas anticorrupção, que acabou possibilitando parte dos absurdos perpetrados pela Operação Lava Jato, em especial por dois de seus principais integrantes, o juiz Sérgio Moro e o procurador federal Deltan Dallagnol.
Em seus sete anos de existência e 80 fases, quando a Polícia Federal cumpriu mais de 1.000 mandados de busca e apreensão, de prisão temporária, de prisão preventiva e de condução coercitiva visando apurar suposto esquema de lavagem de dinheiro na Petrobrás, as ações do juiz Moro e de Dallagnol mereceram coberturas dignas de super-heróis.
Inúmeras vezes, os carros de reportagem da TV Globo chegaram aos locais-alvo de operações da Lava Jato antes dos próprios policiais, evidenciando a parceria entre a emissora e setores da Polícia Federal e do Judiciário.
Aliás, jornalistas da TV Globo atuavam simultaneamente nesta cobertura e numa espécie de assessoria de imprensa informal para a Lava Jato.
Um desses, inclusive, escreveu uma biografia de Moro que agora não consegue ser vendida nem como papel velho.
Além de empoderar e naturalizar as ações de uma operação marcada por todo tipo de ilegalidade, a mídia corporativa brasileira transformou, de maneira manipulada e mentirosa, a corrupção em problema número um do país.
Nesse aspecto, ela conseguiu atualizar parte das campanhas sórdidas que realizou no passado contra os governos progressistas de Getúlio Vargas (1951-1954), levado ao suicídio, e de João Goulart, derrubado por golpe militar em 1964.
Contra Goulart, além do item corrupção, ela se valeu também do anticomunismo e de pautas moralistas – “defesa da família, da tradição e da propriedade”. Em ambos os casos, as digitais do Tio Sam e do que há de mais podre na elite brasileira estavam presentes.
Escalada da violência
Não foi por acaso que questões como o “combate ao comunismo” e a pauta de costumes conservadora reapareceram no cenário nacional.
Se a campanha eleitoral de 2018 tivesse seguido o fluxo normal, Lula teria sido eleito, atestam todas as pesquisas da época. Como não interessava à elite brasileira e ao Tio Sam o retorno dele ao poder, a Lava Jato foi utilizada para julgá-lo sem provas e prendê-lo.
Ao mesmo tempo, as fake news comandadas por Steve Bannon e sua equipe garantiam que mentiras como as de que o PT criou o Kit Gay eram espalhadas aos quatro ventos e turbinavam a campanha de Bolsonaro.
Não por acaso, Bannon, articulador da extrema-direita mundial, é guru da família Bolsonaro.
Com o apoio e beneplácito da mídia, Bolsonaro foi eleito. A partir daí, não se falou mais em crise e, menos ainda, em corrupção no governo. No máximo, eram apontados problemas isolados.
Os mais de 100 pedidos de impeachment contra Bolsonaro nunca viraram manchete. Todos os seus desmandos e incitações à violência (negacionismo, motociatas, sigilo de 100 anos em ações do governo, orçamento secreto) foram naturalizados.
As quase 700 mil mortes por covid-19 quase esquecidas, como se a vida no Brasil seguisse o curso normal.
Depois de 580 dias preso, Lula conseguiu recuperar a liberdade e teve suas condenações anuladas pelo STF. Foram fundamentais a pressão internacional e a ação de um hacker.
Graças a ele, o site The Intercept Brasil recebeu uma quantidade enorme de conversas – telefônicas e mensagens – mantidas por integrantes da Lava Jato, onde ficava nítida a trama, inclusive com apoio do FBI, contra a Petrobrás e o ex-presidente Lula e as transformou em uma série de reportagens.
É importante observar que, até o momento, estas reportagens, batizadas como #Vazajato, continuam sendo ignoradas por parte da mídia corporativa brasileira, a começar pelo Grupo Globo.
Os dias em que Lula permaneceu na cadeia foram essenciais para que Bolsonaro vencesse as eleições e desse prosseguimento ao governo antipopular e antinacional do golpista Michel Temer.
Bolsonaro, aliás, conseguiu superar Temer no quesito pior entre os piores.
Além de aprofundar a agenda neoliberal e desnacionalizante, com desmontes na saúde, denúncias de corrupção pesada no MEC, patrocinada por ex-ministro pastor e por pastores -, privatizou a Eletrobras, a BR Distribuidora, a Gaspetro, vendeu refinarias da Petrobrás a preço de banana, elevou o preço dos combustíveis às alturas, devolveu o Brasil ao Mapa da Fome, trouxe de volta a inflação na casa dos dois dígitos e disseminou a violência entre os brasileiros.
Em síntese, fez o país cair para a posição de 13ª economia do mundo, mas isso também não é notícia.
Nada disso parece interessar à mídia brasileira, que segue como se as instituições funcionassem plenamente.
Cultura do ódio
De um Brasil que aprovou em 2005 o Estatuto do Desarmanento, as “arminhas” feitas por Bolsonaro e seus filhos transformaram o país em recordista mundial em crimes de toda espécie: contra mulheres, negros, moradores das periferias, comunidade LGBYQIA+, meio ambiente, ambientalistas e populações indígenas.
Não faltam denúncias destes genocídios na Comissão de Direitos Humanos da ONU. Em algum momento, elas serão julgadas.
Por enquanto, nem o aumento em 262%, no número de pessoas que obtiveram licença para porte de arma, entre julho de 2019 e março desde ano, conseguiu despertar o interesse da mídia sobre o assunto. Dados do próprio Exército apontam que o número oficial de brasileiros armados agora é de 605,3 mil pessoas.
Num país em que a maioria das pessoas passa fome ou come ossos, quem tem dinheiro para comprar armas? E com quais objetivos?
Bruno, Dom e Marcelo podem ser incluídos entre as vítimas desta cultura de ódio e incitamento à violência. O terceiro filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no dia seguinte ao assassinato de Marcelo, comemorou seu aniversário de 38 anos, com um bolo decorado com um revolver calibre 38, em referência à sua idade.
A mídia naturalizou a situação. Mais do que isso. Fingiu desconhecer que ela integra um kit mais amplo, elaborado por figuras como Bannon, cujo objetivo é criar o caos.
Fake news, discursos de ódio e os próprios algoritmos das plataformas na internet estão sendo utilizados aqui para mentiras e influenciar as eleições.
A extrema-direta está mais ativa do que nunca. As eleições de outubro são importantes demais, seja pelo que representam para o futuro do país, seja pelo que podem contribuir para o redesenho da ordem política mundial.
É muita coisa que está em jogo.
Após a derrota de Trump, nos Estados Unidos, e a renúncia do primeiro-ministro inglês Boris Johnson, Bolsonaro se tornou o líder destes extremistas.
Razão pela qual os brasileiros, sem perceberem, podem estar sendo conduzidos para situações gravíssimas. Afinal, outro sinônimo para guerra híbrida é a guerra civil.
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Comentários
Zé Maria
Entramos na fase dos Desmentidos às MENTIRAS dos Lacaios de Bolsonaro.
O Lira teve a Ousadia de enviar a Gravação de um Discurso MENTIROSO para ser reproduzido na Voz do Brasil, com o objetivo de proteger o Bolsonarista Assassino e desvinculá-lo do Miliciano-Mor Genocida, Seral Killer do Planalto.
Deve-se reiterar, portanto, que é MENTIRA que o Militante Petista Aniversariante Assassinado ou sua Esposa, agora Viúva com 4 Filhos Órfãos, tivesse alguma relação com o Homicida Seguidor de Bolsonaro ou qualquer dos seus familiares.
Zé Maria
Fake News Institucional é com a Horda Assassina.
O Genocida do Planalto não tem Vergonha na Cara.
https://foz.portaldacidade.com/noticias/cidade/presidente-bolsonaro-entra-em-contato-com-familiares-de-marcelo-arruda-1835
Zé Maria
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Em reunião com o presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, na tarde desta quarta-feira, 13, os partidos que compõem o movimento “Vamos Juntos pelo Brasil” apresentaram um pedido de providências para conter a escalada de casos de violência política que vêm ocorrendo no país.
A decisão apresentar as petições foi motivada pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), Marcelo Arruda, no último final de semana, durante sua festa de aniversário, em Foz do Iguaçu, pelo policial federal Jorge Guaranho – declaradamente eleitor do presidente Jair Bolsonaro.
“As petições com o pedido de providências entregues à PGR e ao TSE relatam e evidenciam uma série de crimes, delitos e atos violentos cometidos contra atores que se opõem ao governo de Jair Bolsonaro e tem a única intenção de evitar que novas tragédias como a que tirou a vida Marcelo Arruda no Paraná voltem a acontecer Brasil afora”, explicam os advogados Eugênio Aragão e Cristiano Zanin que redigiram as peças jurídicas.
https://t.co/iY7aWvmJlv
https://twitter.com/VIOMUNDO/status/1547605889258885126
https://www.viomundo.com.br/politica/partidos-pedem-ao-tse-providencias-para-conter-escalada-da-violencia-politica-no-paises.html
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Excerto do Pedido
“A. Em caráter liminar:”
[…]
“b. que se determine a JAIR MESSIAS BOLSONARO que se abstenha de ter qualquer tipo de política ‘dog whistle’ [*], sob pena de multa individual de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) por ato;”
[…]
“B. Em caráter definitivo, que se confirme a liminar
com a fixação das seguintes teses:
a. A responsabilização de candidatos, partidos, federações
e coligações por atos do tipo ‘dog whistle’ [*] é objetiva.”
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*[“Política do ‘dog whistle’, é uma mensagem política empregando
linguagem em código (subliminar) que parece significar uma coisa
para a população em geral, mas tem um significado mais específico
e diferente para um subgrupo-alvo (no caso, a Horda ** Bolsonarista)”]
.
**(Horda = Alcatéia, Bando, Boiama, Cacaria, Cambada, Canalha, Caterva,
Chusma, Corja, Escória, Escumalha, Facção, Falange, Farândula, Gentalha,
Hoste, Legião, Magote, Malta, Manada, Milícia, Quadrilha, Súcia, Vara, …).
Zé Maria
Às vezes, o Pessoal do Jornalismo não entende quando a gente trata
a Imprensa Tradicional como Mídia Porca, Venal e Corrupta.
Não compreendem que nesse caso não estamos nos referindo
aos Bons Jornalistas, mas às Empresas de Comunicação, cujos Donos
dos Grupos Empresariais são Poderosos Agentes do Capital, isto é,
ideologicamente contra o Trabalhismo, visam à maximizar os Lucros
e minimizar os Direitos da Classe Trabalhadora que é a Maioria da População Brasileira; e além do mais não diferem em nada dessa Burguesia Ignorante, Gananciosa e Decadente, a “Elite do Atraso” do Desenvolvimento do Brasil,
como bem definido na citação acima.
E antieticamente se acumpliciam com qualquer Vagabundo Mal-Intencionado,
seja do Mercado Financeiro, seja da Política ou de Qualquer Outro Setor da
Administração Pública, para obter Vantagens Econômicas e Poder Político,
às custas da ilegalidade.
Muit@s Jornalistas Dignos, que trabalham para essas Empresas, sabem disso.
Temos Ciência de que a Pressão Psicológica – e até Física – recai sobre eles e elas,
mas talvez falte um pouquinho de Coragem para que, pelo menos, não se omitam.
Zé Maria
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É disso que se trata:
“Vamos falar sério.
Pela lógica de algumas Redes, teremos de fazer
um júri no céu para julgar Marcelo [Vítima Petista].
O Guaranho [Bolsonarista Assassino], segundo percebi,
agiu em legítima defesa, após uma briga séria
com quem morreu.
Tanta ‘imparcialidade’ de jornalistas e jornaleiros
ainda vai nos matar.
Pelas costas.”
Jurista Lenio Luiz Streck
Procurador de Justiça Aposentado (RS)
Professor Titular (Unisinos/RS e UNESA/RJ)
Catedrático da Academia Brasileira de
Direito Constitucional (ABDConst)
https://twitter.com/LenioStreck/status/1547276821854658560
https://twitter.com/LenioStreck/status/1546465516193202178
Zé Maria
https://t.co/rs7Rrynd9i
“O jornalista que prefere naturalizar a barbárie
a ser entendido como ‘ativista’.”
Professora Fabiana Moraes, Jornalista
https://twitter.com/Fabi2Moraes/status/1546273720888696842
https://twitter.com/fabi2moraes/status/1546829670015975424
Ibsen Marques
Há uma série interminável dessa contradição chamada Brasil. Empresários que não ligam para a crise e falência do setor, preocupando-se exclusivamente com seus ganhos pessoais. Um imprensa que não se importa me ser acuada pela extrema direita desde que seus interesses e os da classe que representam sejam atendidos. Um Lula e um PT que confiam nas instituições, mas se esquecem de que não houvesse um Hacker no meio do caminho e, provavelmente, Lula ainda estaria preso.
Me recordo que quem ordenou a abertura das catracas do metrô não foi ninguém menos que o atual e novo “grande companheiro”, “excelente governador” e “um grande democrata” Geraldo Alckmin que teve apagada toda violência que praticou contra sem tetos, professores e estudantes secundaristas. Brasil é uma contradição em si.
Morvan
Cronologia do golpe. Guerra híbrida no Brasil:
2004, um obscuro, conhecedor do Direito, imagino, do tanto do idioma português, idem do tanto que entendo de obstetrícia, Sergio Moro, TCC Conge, lança o ensaio sobre a Deslegitimização da Política. Ali estava, com todas as letras, o avant premiére do golpe;
2005: criação do Mentirão;
2013: criação da Farsa Jato. Esta só existiu porque o Mentirão não vingou. Lula se reelegeu, apesar da mídia hegemônica.
Para sair, um dia, desse pesadelo recidivo, cumpre reformar | regular:
mídia | Golpiciário | formação militar.
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