JORNAL NACIONAL, BOLSONARO E O TAPA NA CARA DOS BRASILEIROS
Por Ângela Carrato, em perfil de rede social
Na linha do informar, desinformando, o Jornal Nacional dedicou, na edição de ontem (28/3), mais do dobro do tempo ao tapa de um comediante na cara do apresentador do Oscar do que às mudanças no comando da Petrobras.
Não tenho certeza se o público do JN está mais preocupado com o ti-ti-ti do momento em Hollywood do que com os aumentos no preço dos combustíveis aqui no Brasil.
Por mais midiotizada e desinformada que seja uma parcela desse público, o certo é que os aumentos doem no bolso e corroem o minguado orçamento da maioria das famílias.
Daí a preocupação de Jair Bolsonaro e daí a troca de comando na Petrobras.
Claro que o JN não disse que Bolsonaro está desesperado por uma solução paliativa para conter a alta dos preços dos combustíveis.
Claro que não disse que esta alta é responsabilidade exclusivamente dele, que, desde o início do governo, entregou o comando da Petrobras para a turma que quer destruí-la.
O preço dos combustíveis aqui está nas alturas muito antes dos conflitos na Ucrânia, por causa da criminosa política de paridade com o preço internacional (PPI), num país que explora e tem toda capacidade para produzir aqui mesmo o combustível de que necessita.
Mas Bolsonaro e sua turma decidiram que era melhor só explorar o petróleo (a parte mais cara e difícil da operação), privatizar a preço de banana refinarias e oleodutos e importar gasolina e derivados, pagando em dólar.
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E claro que não disse, também, que os dois nomes agora indicados, para os cargos-chave na empresa, Adriano Pires e Rodolfo Landim, estão longe de representar qualquer alteração na política implementada pelos governos Temer e por ele próprio.
Ambos são entreguistas. Pires é um consultor a serviço dos interesses externos, que sempre negou a existência do pré-sal e defende a privatização da Petrobras.
Landim fez carreira na própria Petrobras, até decidir ficar rico e entrar nos esquemas privados ligados ao petróleo.
BÔNUS PARA BOBOS
A escolha de Pires para a presidência da empresa e de Landim para presidir o conselho de administração – esses nomes devem ser confirmados na reunião de 13 de abril – apontam também para dois outros aspectos: Bolsonaro quer acelerar a privatização da empresa e, ao mesmo tempo, garantir a criação de uma espécie de bônus para aliviar o custo do combustível para alguns setores de olho na eleição.
Do ponto de vista eleitoral, a missão desses dois novos dirigentes está fadada ao fracasso.
O desgaste de Bolsonaro é amplo demais e profundo demais para ser revertido com um mero bônus.
Até porque não há bônus que dê conta de retirar a metade da população brasileira do desemprego, da informalidade e da fome.
Não há bônus que traga de volta para suas famílias e amigos, as 120 mil pessoas que morreram em função da falta de vacina contra a covid-19.
Esse é o número estimado, até o momento, por entidades independentes, quando se trata de avaliar o resultado do negacionismo oficial e da praticamente não gestão do governo federal em se tratando da pandemia.
FRUTO DO GOLPE
A solução para a crise brasileira, aí incluída a alta do preço dos combustíveis, chama-se colocar fim à política neoliberal.
Mas isso, Bolsonaro não pode fazer, porque ele é fruto do golpe de 2016, cujo objetivo foi exatamente implementar essa política econômica contra o Brasil e os brasileiros.
No mais, é interessante observar como os dois novos nomes escolhidos para a direção da Petrobras têm em comum o fato de estarem ligados ao setor privado e possuírem interesses diretos na privatização da empresa. Coisa do tipo: raposa cuidando do galinheiro.
É interessante observar, igualmente, como Bolsonaro topa qualquer parada, desde que não seja cortar a farra do pagamento de dividendos para meia dúzia de acionistas nacionais e internacionais da Petrobras.
Vale dizer: ele faz qualquer negócio, com o minguado dinheiro dos brasileiros, para manter a Petrobras como vaca leiteira dos super-ricos, quando todos os países estão reforçando suas estatais de energia.
Nos Estados Unidos, a “pátria” do neoliberalismo, são mais de 15 mil empresas estatais, o país tornou-se autossuficiente em petróleo e desde sempre rouba o petróleo alheio. Que o digam o Irã, o Iraque e o pré-sal brasileiro.
Em qualquer país democrático, cujo governo tivesse um mínimo de compromisso com suas empresas, esses dois nomes jamais seriam confirmados nos cargos e o correto seria colocar fim à PPI.
O caso de Landim, inclusive, beira o absurdo: ele quer comandar ao mesmo tempo o conselho da maior empresa brasileira de petróleo e um time de futebol!
Tamanha irresponsabilidade seria inaceitável em tempo de paz.
Em tempo de guerra, submeter a Petrobras a esse tipo de insanidade beira à loucura.
Mas fica aí a dica para os flamenguistas cobrarem dele o fim da PPI, sem que eles próprios paguem também a conta do bônus, que sairá do nosso bolso e não dos acionistas bilionários da Petrobras.
Para o JN, no entanto, o tapa na cara do apresentador do Oscar é muito mais importante do que o tapa na cara dos brasileiros dado diariamente por Bolsonaro. E pelo JN também.
Aliás, ninguém questionou se o tal tapa não poderia ser uma estratégia de Hollywood para aumentar a pífia audiência de um Oscar cada vez mais insignificante e desassistido no tal “mundo ocidental”.
Que falta faz a democratização da mídia no Brasil!
Leia também:
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Comentários
Henrique Martins
https://www.brasil247.com/brasil/bolsonaro-critica-campanha-para-menores-de-18-anos-tirarem-titulo-de-eleitor
Ué capitão. Está com medo dos jovens enxergarem o crápula que você é e votarem no cara? É isso? Eu adoro quando o senhor conversa goma porque o tiro sempre sai pela culatra. Idiota.
Zé Maria
Golpe exposto:
“Tribunal Federal Extingue Ação Contra Dilma Sobre Pedaladas Fiscais”
Decisão do TRF-2 foi unânime.
“A farsa desmontada mostra que a presidenta, honesta, foi golpeada
de forma misógina e midiática, deixando o país no caos que está aí:
autoritarismo e destruição”,
Deputada Federal Gleisi Hoffmann (PT=PR)
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores
https://twitter.com/gleisi/status/1508407365485449224
https://twitter.com/ptbrasil/status/1508587239839838209
O golpe político-jurídico-midiático que tirou a ex-presidenta Dilma Rousseff
da Presidência há cinco anos, uma farsa montada para que fosse dado o início
do processo de destruição do Estado brasileiro, hoje tocado por Bolsonaro,
ficou exposto de modo irrefutável e definitivo.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) extinguiu, na última sexta-feira,
uma ação popular movida contra Dilma sobre as chamadas pedaladas fiscais,
que basearam o processo golpista do impeachment.
A ação pedia que a ex-presidenta reembolsasse os cofres públicos por supostos
danos de sua gestão ao Erário.
A decisão do TRF-2 contraria a 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que em 2019
condenou Dilma a indenizar a União.
A condenação foi contestada pela defesa da ex-presidenta, abrindo caminho
para mais uma Vitória da Verdade sobre os golpistas e usurpadores da democracia:
Dilma jamais cometeu qualquer ato que desabonasse sua conduta na Presidência.
“A 7ª Turma Especializada decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso
de apelação de Dilma Vana Rousseff, reformando integralmente a sentença
atacada para extinguir o feito sem resolução do mérito”, diz um trecho da ata
da sessão de julgamento do Tribunal, divulgada na semana passada.
“O TRF-2 extinguiu ação contra Dilma sobre pedaladas fiscais”,
celebrou a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, na manhã
desta segunda-feira (28).
“Não foi provado que houve danos ao erário.
A farsa desmontada mostra que a presidenta honesta foi golpeada
de forma misógina e midiática, transformando o país no caos que está aí,
de autoritarismo, mentiras e destruição”, observou Gleisi.
“Conseguimos demonstrar que a ex-presidente Dilma não causou qualquer
lesão aos cofres públicos”, declarou o advogado da petista na ação, Ricardo Lodi
Ribeiro, em depoimento à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.
“Essa é mais uma demonstração da farsa do impeachment,
que não teve qualquer amparo jurídico, tendo sido apenas
uma ação parlamentar destinada a retirar uma presidente
eleita pelo povo do poder”, concluiu o advogado.
“Quanto mais distância histórica
tomamos do golpe de 16,
mais vergonhoso se torna
para a história do Brasil
aquele período nefasto”
”O golpe foi contra Dilma,
mas mais que isso,
foi contra o povo brasileiro.
Bolsonaro é fruto e prova disto”,
constatou a deputada federal
Maria do Rosário (PT-RS).
https://twitter.com/mariadorosario/status/1508427636829270021
“Mais uma farsa caindo e provando que foi Golpe! Alguém ainda tem dúvida?”,
questionou a deputada federal Natália Bonavides (PT-RN).
https://twitter.com/NatBonavides/status/1508418287813730311
https://pt.org.br/golpe-exposto-tribunal-extingue-acao-contra-dilma-sobre-pedaladas-fiscais/
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/card_img/1508093628819943424/q3nlWAeG?format=jpg&name=small
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/FO8DTOpWYAUfL-p?format=jpg
Zé Maria
“A verdade venceu.
Tribunal extingue ação contra @dilmabr
sobre pedaladas fiscais.
A história sempre fará justiça!”
PETRA COSTA
Diretora do Documentário
“Democracia em Vertigem”
https://twitter.com/PetraCostal/status/1508863050400636936
https://www.redebrasilatual.com.br/cultura/2019/07/democracia-vertigem-petra-costa/
Zé Maria
O Banditismo Impatriótico que está ocorrendo na Petrobras,
com essa Política de Preços dos Combustíveis Dolarizados e
Privatizações das Refinarias, só vai mudar com LULA.
O resto é Propaganda da Imprensa Venal do Mercado (B3).
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