ANDES diz que falta até papel higiênico em instituições federais em greve
Tempo de leitura: 2 minData: 22/05/2012
UFF, UFRJ e Unifesp aderem à greve nacional dos professores
do site da ANDES, o Sindicato Nacional dos Docentes nas Instituições de Ensino Superior
sugerido pelo leitor Indignado
Os docentes das universidades federais do Rio de Janeiro (UFRJ), de São Paulo (Unifesp) e Fluminense (UFF) aderiram nesta terça-feira (22) à greve nacional dos professores das instituições federais de ensino deflagrada pelo ANDES-SN na última quinta-feira (17).
A paralisação na UFF foi iniciada hoje (22), mas já havia sido deliberada na semana passada. A adesão à greve dos docentes da UFRJ e da Unifesp foi votada nesta terça em assembléias consideradas históricas pelo número de professores presentes e terá início a partir de amanhã (23).
Até o momento são 47 seções sindicais de 43 instituições federais de ensino (41 universidades e dois institutos federais) com as atividades suspensas por tempo indeterminado.
O ANDES-SN tem duas reuniões agendadas com o governo. Nesta quarta-feira (23), os docentes se reúnem no final da tarde com o responsável pela Secretaria de Ensino Superior (Sesu/MEC), secretário Amarno Lins. Já na próxima segunda-feira (28), está agendada uma reunião do GT Carreira com representantes do MEC e do Ministério do Planejamento.
Serviços essenciais
Muitas das instituições em greve prestam serviços considerados essenciais à população, como o atendimento nos Hospitais Universitários, além de outros cuja interrupção causaria danos irreparáveis. O Comando Nacional de Greve informa que em cada comando local foram constituídos comitês, que avaliarão quais atividades não podem ser interrompidas. Os professores devem organizar escalas de serviço para que o atendimento à população não seja prejudicado.
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Em carta à sociedade divulgada e distribuída nacionalmente, o Comando Nacional de Greve explica à população o que motivou a paralisação nacional dos professores federais.
“Os (as) professores(as) federais estão em greve em defesa da Universidade Pública, Gratuita e de Qualidade e de uma carreira digna, que reconheça o importante papel que os docentes têm na vida da população brasileira”, afirma a nota.
O texto informa, ainda, que há anos os professores vêm lutando pela re-estruturação do Plano de Carreira e que esse era um dos principais pontos do acordo emergencial assinado ano passado com o governo. “Já estamos na segunda quinzena de maio e nada aconteceu em relação a essa re-estruturação”, denuncia a nota, que elenca, ainda, os pontos principais do plano de carreira defendido pelo ANDES-SN.
O CNG também denuncia a precariedade nas condições de trabalho em várias instituições federais de ensino. “O quadro é muito diferente do que o governo noticia. Existem instituições sem professores, sem laboratórios, sem salas de aula, sem refeitórios ou restaurantes universitários, até sem bebedouros e papel higiênico, afetando diretamente a qualidade de ensino”, exemplifica o texto.
Para o CNG, quem sofre diretamente com essa situação são os professores, estudantes e técnicos dessas instituições, e “num olhar mais amplo, todo o povo brasileiro, que utilizará dos serviços de profissionais formados em situações precárias”. Por fim, o texto convida a todos a se juntarem na luta iniciada pelos docentes. “Essa batalha não é só do (as) professores (as), mas de todos aqueles que desejam um país digno e uma educação pública, gratuita e de qualidade”.
Comentários
Marinalva Oliveira: Crise internacional não justifica precariedade nas universidades federais « Viomundo – O que você não vê na mídia
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Safatle: É a falta de educação que quebrará o Brasil « Viomundo – O que você não vê na mídia
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Paulo Siepierski
Estou na UFRPE desde 1991. Nunca vi uma greve ser aceita tão rapidamente por tantas instituições e com grande participação nas assembléias, com a quase totalidade dos presentes votando pela greve. É o voto da indignação com o achatamento salarial e com a precariedade das condições de trabalho.
Ciro Gomes detona a educação brasileira no debate sobre o Mercosul e a crise « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] ANDES: Falta até papel higiênico em instituições federais […]
Samira
Falta é vergonha na cara da galera do Conlutas. Claro que isso é político, faz parte das ‘lutas’, palavra que eles apropriaram. Só prejudica (e muito) aos alunos. Meus colegas de profissão têm carro,
não são ‘Cachoeira’, mas também não são pés-de-chinelo. O padrão é acima da média do brasileiro, como tem que ser já que é um trabalho que requer formação maior.
Paulo Siepierski
Um dos itens da pauta de reivindicações é a equiparação de nossa carreira com a carreira de ciência e tecnologia. É pedir muito?
Carlos
O PSTU levou o sindicato ANDES para a Conlutas. Juntou-se ao Psol e à direita militante e agora faz uma greve aprovada por meia dúzia de gatos pingados. Faz o pior tipo de greve: a de piquetes. Impede o trabalho do pessoal da manutenção e depois diz que falta papel higiênico nos banheiros. Para ver como a direita adora esse tipo de esquerda é só ver como o tio rei está comemorando essa greve e tirando uma lasquinha com o Lula e com o Haddad.
Marcia
Concordo 100%. Eu mesma ouvi de vários colegas, durante a assembleia na minha instituição, coisas como “A gente tá entrando em greve por que, hein?”
Paulo Siepierski
Pois na UFRPE todos sabem o motivo da greve. Salários achatados, condições precárias, enrolação por parte do governo na mesa de negociações e por aí vai!
lulipe
Será que alguma das “milhões” de Universidades Federais “criadas” pelo ex-presidente estão na lista das que estão em greve???
Paulo Siepierski
É só ver a lista em http://www.andes.org.br mas eu antecipo: a primeira unidade universitária criada no governo Lula em Garanhuns (UAG/UFRPE) está paralisada.
O_Brasileiro
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&hl=en&v=Xd94zNewo00&gl=US
Jorge
trabalho em uma universidade federal. não vejo a situação dessa forma. creio que o andes exagera, como é de se esperar para mobilizar a categoria e falar para a sociedade.
viomundo podia apresentar um análise objetiva, um diagnóstico sobre todo sistema. muitos problemas das universidades não são problemas de “governo”, mas de legislação, poder local e gestão interna das universidades.
joão33
é isso mesmo , belo comentário , pois é o que eu estou querendo pedir para o Azenha , que analise melhor e faça o contrapontos de alguns textos do blog , não vejo ações propositivas do pessoal que escreve estes textos , será que há interresses menores em jogo , que não ajudam em nada a educação no brasil . PRINCIPALMENTE EM TEMPOS DE PSDB SINDICAL E PSTU E PSOL AFINADOS COM A OPOSIÇÃO . ANTES DE MAIS NADA VAMOS VER OS INTERRESSES QUE ESTÃO EM JOGO E SE HÁ MANOBRAS INDUZINDO A GREVES IRRESPONSÁVEIS.
Paulo Siepierski
Podemos reduzir nossas reivindicações a apenas duas: melhores condições de trabalho (veja a situação da UNIFESP-Guarulhos)e reestruturação da carreira docente com equiparação com a carreira de ciência e tecnologia. Um pesquisador doutor do IPEA ou do INMETRO, trabalhando quarenta horas, com quinze anos na carreira, ganha o dobro de seu análogo nas IFEs (professor doutor, adjunto 1, quarenta horas). Sem contar que nas IFEs fazemos não apenas pesquisa, como também ensino e extensão. Confira na homepage do servidor.
Educação só é prioridade para o governo Dilma nas propagandas eleitorais | OCOMPRIMIDO
[…] além da questão salarial, há demandas urgentes e denúncias preocupantes. Na notaoficial que divulgou à sociedade, o Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior […]
Antonio
PSTU comanda a greve do papel higiênico.
lulipe
Quando a greve é contra o Governo Federal é por motivos políticos, quando é contra algum governo da oposição é por incompetência, mal gerenciamento de verbas etc, não é Antonio???
Jáder
Só que é mesmo. O governo Lula deu reajustes bem acima da inflação aos docentes e trabalhadores das universidades federais ao longo dos oito anos de mandato. A Andes na mão do Conlutas (PSTU-PSOL) é tudo o que eles queriam para usar a categoria como massa de manobra em seu projeto de chegar ao poder. Se o salário dobrasse, diriam que era pouco, ou arranjariam outro pretexto. Eles, que falam em 10% do orçamento pra Educação e em melhorar salários de docentes, seriam os primeiros a alegar outras prioridades ou dificuldades na hora de aprovar isso, caso fossem governo. Mandar dobrar salário no mandato alheio é fácil …
Paulo Siepierski
O Jáder está economizando a verdade. Qualquer pessoa bem informada sabe que nosso salário hoje é inferior ao que foi no período do FHC. A melhora que tivemos no governo Lula o gato já comeu . . .
Andre
Há uma enorme confusão em alguns comentários, muitos poderiam ser classificados como Troll partidário. Jader por exemplo se esqueceu de falar do PROIFES, federação sindical (e não sindicato nacional) criado pelo governo Lula para se alinhar à política do PT para as universidades. O estranho é que mesmo no sindicato “chapa branca” as bases estão indicando greve nas assembléias. No final toda essa discussão partidária só desvia o foco da questão principal e que interessa aos professores e a sociedade: as pessimas condições de trabalho nas universidades federais, o movimento de privatização disfarçada e a transformação progressiva dos professores universitários em funcionários públicos de última classe, o que foi feito por todos os governos desde de Collor até Dilma. É por isso que os professores de qualquer e de nehum partido (como eu) estão em greve e a greve só cresce a cada dia.
Andre
corrigindo: nenhum partido.
Maurício Caleiro: Educação só é prioridade para o governo Dilma nas propagandas « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] além da questão salarial, há demandas urgentes e denúncias preocupantes. Na notaoficial que divulgou à sociedade, o Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior […]
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