Altamiro Borges: Os lambe-botas vão apoiar Trump ou defender os interesses do Brasil na taxação do aço?

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Tarifas. Ilustração: Marian Kamensky Cartoons

Vira-latas apoiarão Trump na taxação do aço?

Por Altamiro Borges, em seu blog

Neste domingo (9), o fascista Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou que taxará em 25% as tarifas para o aço e alumínio de todos os países.

Caso a medida protecionista do decadente império vingue, a economia brasileira será uma das mais afetadas do mundo, com taxas que podem impactar US$ 6 bilhões em vendas. Desde o ano passado, o Brasil é o segundo maior exportador de aço para os Estados Unidos – ficando atrás apenas do Canadá.

A ameaça do cowboy imperialista deve ser levada a sério. Durante seu primeiro mandato, Donald Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Com o tempo, ele até negociou cotas para Canadá, México e Brasil.

Já no final do seu primeiro governo, o impopular presidente ianque impôs novas barreiras aos produtos siderúrgicos do Brasil na esperança de ganhar votos de estados estratégicos.

“O governo de Jair Bolsonaro, na época, aceitou a taxa como uma forma de ajudar seu aliado a ser reeleito, o que não aconteceu”, relembra Jamil Chade no site UOL.

A exportação do aço é estratégica para a balança comercial brasileira, ainda baseada na venda de commodities.

“Os Estados Unidos são destino importante das exportações brasileiras dos setores de ferro, aço e alumínio. Em 2024, o Brasil vendeu US$ 11,4 bilhões no setor de ferro e aço para o mundo, sendo que 48% (US$ 5,7 bilhões) foram direcionados aos Estados Unidos, e US$ 1,6 bilhão no setor de alumínio, sendo 16,8% (US$ 267,1 milhões) aos Estados Unidos”, afirma recente informe da Câmara de Comércio Brasil-EUA.

A reação do governo Lula e servilismo dos bolsonaristas

O impacto da taxação em 25% será enorme. Diante desse risco iminente, o governo Lula já estuda medidas para defender a economia nacional.

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Segundo especulação de Mônica Bergamo na Folha, uma das retaliações previstas seria a taxação das poderosas empresas ianques de tecnologia, as big techs.

A ação não seria algo improvisado, já vem sendo discutida no âmbito da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No Brasil, a ideia já é discutida há meses e poderia ser implementada de forma imediata caso Donald Trump acelere sua guerra comercial.

Caso a guerra comercial avance, a partir da ação prepotente do império, qual será a posição dos bolsonaristas, que amam Donald Trump e adoram bater continência para a bandeira dos EUA?

Eles darão apoio à taxação do aço brasileiro imposta pelo neofascista ianque ou defenderão os interesses nacionais?

Cadê Jair Bolsonaro, o malandro que engana tantos otários com seu falso discurso patriótico?

Cadê os nacionalistas com complexo de vira-latas que esbravejam sobre a defesa da nação?

*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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