Altamiro Borges: Bicadas tucanas revelam falta de rumo do PSDB

Tempo de leitura: 2 min

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Em time que está ganhando não se mexe

Ninguém se entende no PSDB

Por Altamiro Borges, em seu blog

Nos últimos dias, dois tucanos de alta plumagem confessaram o que muita gente já sabia. O PSDB está totalmente perdido, sem rumo.

O decrépito Alberto Goldman, vice-presidente da legenda e ex-governador por alguns dias de São Paulo, foi o primeiro a reconhecer a tragédia. “Nós não temos um projeto para o país”, afirmou no final de maio.

Na sequência, um dos fundadores da sigla, o ex-deputado Arnaldo Madeira, disse estar decepcionado com as posições da cúpula tucana. “Está difícil entender o partido. Em vez de defender conceitos, estamos fazendo uma oposição igual a que o PT fazia contra nós. Agora só falta o PSDB votar contra a Lei de Responsabilidade Fiscal”, desabafou, ao criticar o voto da legenda contra o fator previdenciário e a reeleição.

Estas confissões evidenciam que a situação não é tão tranquila nas hostes oposicionistas como a mídia tucana tenta aparentar. Logo após a quarta derrota consecutiva na disputa presidencial, os tucanos afiaram o bico.

Pediram recontagem dos votos, questionaram as contas da campanha de Dilma e até tentaram adiar a sua posse. A encenação golpista não durou muito tempo e gerou atritos na direção do PSDB.

O próprio FHC, mentor da molecada, criticou as reações tresloucadas.

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Na sequência, o cambaleante Aécio Neves produziu vídeos convocando as marchas golpistas que rosnavam pelo impeachment de Dilma e a volta dos militares ao poder. Mas nem ele compareceu aos protestos dos “coxinhas” e foi rotulado de “arregão”, traidor e outros adjetivos impublicáveis.

Mas o problema dos tucanos não é só na definição da melhor tática para a atual conjuntura: derrubar ou sangrar a presidente reeleita?

As confissões recentes, principalmente a de Alberto Goldman, confirmam as divisões na cúpula do PSDB.

A oligarquia paulista não aceita mais o comando do senador mineiro-carioca Aécio Neves. O esforço é para debilitar o seu poder na direção da sigla.

Na carta enviada à bancada federal do PSDB, o ex-governador paulista não escondeu o seu alvo ao afirmar que “a falta de debate interno se agravou no período recente, de Aécio Neves”.

Alberto Goldman ainda criticou a postura ditatorial do atual presidente nacional da legenda, ao enfatizar que as posições da bancada “não são discutidas e decididas pelo partido em seu foro natural e legítimo”.

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Comentários

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Roberto Locatelli

A confusão entre os tucanos reflete a confusão reinante na elite financeira mundial. De um lado, EUA descendo a ladeira — fato que a mídia, no Brasil e no mundo, tenta camuflar — e, de outro, China e os BRICS se fortalecendo muito rápido. Além do mais, as tentativas de golpe contra os governos progressistas da América Latina têm falhado miseravelmente. Conseguiram sucesso no Paraguai e em Honduras, e só.

É por isso que os tucanos não sabem se propõem o golpe militar, o golpe judiciário (mais provável), se aguardam 2018. Não sabem se vão de Aécio, Alckmin, Serra. É a crise do sistema.

    Mário SF Alves

    No ponto. Precisão cirúrgica, prezado Locatelli.

FrancoAtirador

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Está na hora de federalizar o Instituto Butantã,
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para produzir Soros e Vacinas para todo Brasil.
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Ao deixar Butantan, ex-Diretor critica Gestão Tucana
e Paralisação na Produção de Vacinas e Soros
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Depois de 30 anos dedicados à pesquisa no Instituto Butantan
e, em grande parte desse período, à gestão da Fundação Butantan,
entidade criada para administrar as finanças da instituição
vinculada à Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo
(http://www.butantan.gov.br/butantan/conselho/Paginas/default.aspx),
o médico e bioquímico Isaías Raw comunicou que está deixando a instituição paulista.
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O pesquisador paulistano de 88 anos, que antes de vir para o Butantan
onde criou um Centro de Biotecnologia, foi professor da USP
e trabalhou em institutos de pesquisa nos Estados Unidos e Israel,
falou sobre seu trabalho à frente da instituição e sobre a grave crise financeira,
e não poupou críticas à atual direção da Fundação,
que estaria fazendo mau uso das verbas que administra.
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“Saímos de um buraco negro, chegamos no auge e voltamos a um buraco mais profundo, muito difícil”, lamentou, referindo-se à atual situação da instituição,
sobre a qual a direção evita falar.
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“Eu não tenho mais força. Já tentei, mesmo não tendo autorização.
Na realidade, nem eu nem minha família aguentamos mais o clima estabelecido aqui.
Sou um boneco de ventríloquo que, quando não serve mais, se guarda no armário.
Já dei o que tinha de dar. Reuni muita gente de bem comigo aqui nesses 30 anos”,
disse Raw a auditório lotado de trabalhadores dos setores administrativos, de pesquisa e de produção, que se reuniram a pedido dele próprio na manhã da última terça-feira.
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O site oficial do Butantan dá a entender que há ali um amplo portfólio de itens em produção.
E o próprio Governador do Estado Geraldo Alckmin [PSDB-SP] já chegou a afirmar diversas vezes,
durante o auge do surto da dengue, que o Instituto já tem 50 mil doses da vacina –
na verdade, ainda em fase de testes. No entanto, segundo Raw, não é bem assim.
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“Está sendo fabricada apenas a vacina da gripe.
Eventualmente voltarão a ser feitos soros e não há ainda instalações
para a produção da vacina da dengue em grande escala”, disse.
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(http://jornalggn.com.br/noticia/ex-diretor-do-butantan-denuncia-desmonte-da-instituicao)
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DESVIO DE RECURSOS DA FUNDAÇÃO BUTANTAN
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Os Problemas Administrativos na Fundação Butantan – que atingiram em cheio
o Instituto por ela administrado – começaram a aparecer [na mídia] no final de 2009,
quando o Ministério Público Estadual (MP-SP) apontou que ao menos R$ 30 milhões foram desviados da Entidade Mantenedora do Butantan.
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O esquema de desvio de recursos foi descoberto pelo COAF
(Conselho de Controle de Atividades Financeiras),
Órgão de Fiscalização Federal, vinculado ao Ministério da Fazenda.
(http://www.coaf.fazenda.gov.br/o-conselho)
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Inicialmente, o COAF suspeitava que, desde 2007, cerca R$ 2,6 milhões
haviam sido desviados para uma empresa fantasma, que repassou
pagamentos a quatro funcionários da Fundação Butantan.
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O Coaf comunicou a suspeita ao Ministério Público de São Paulo,
que aprofundou as investigações e descobriu como era feito o desvio.
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Os recursos foram desviados de uma conta bancária inativa da Fundação,
que não aparecia na contabilidade do órgão.
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O Ministério da Saúde pagava, nesta conta, por lotes de vacinas e soros
encomendados à Fundação.
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Segundo o promotor Airton Grazzioli, da Curadoria de Fundações, (http://vejasp.abril.com.br/materia/promotor-airton-grazzioli-fiscal-fundacoes-de-arte)
é de praxe que o Ministério da Saúde pague pelas vacinas encomendadas em contas novas.
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Neste caso, a conta deveria ter sido fechada após o pagamento, o que não ocorreu.
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O Gerente Financeiro da Entidade Paulista, que tinha acesso a essa conta,
fez repasses a empresas que não tinham relação com a atividade da Fundação.
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Somente uma delas, uma pequena empresa de manutenção de eletrodomésticos,
recebeu R$ 24 milhões da conta.
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O valor total do desvio pode ter ultrapassado R$ 100 milhões.
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(http://correio-forense.jusbrasil.com.br/noticias/1890548/a-fundacao-butantan-sofre-desvio-de-dinheiro-dos-seus-proprios-funcionarios)
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    Roberto Locatelli

    Assino embaixo. É urgente que o Governo Federal assuma o Butantã, que foi totalmente sucateado pelos tucanos.

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