por Luiz Carlos Azenha
Foi o meu segundo jogo da Alemanha na Copa. No primeiro, em Salvador, 4 a 0 sobre Portugal.
Desta vez, no entanto, foi um massacre de maiores dimensões, porque do outro lado estavam os pentacampeões do mundo. A Alemanha jogando coletivamente contra um Brasil completamente desorganizado.
O massacre tático tinha endereço. Sentei-me bem diante da avenida Philipp Lahm.
Um jogador que, em si, pela versatilidade, explica o sucesso dos alemães. Joga em diferentes posições, entra e sai do time.
Felipão é o técnico da panelinha, da motivação psicológica. Um técnico do século passado.
Joachim Loew deu uma aula nele. Ao longo desta Copa montou seu time feito um lego, adaptando a Alemanha de acordo com cada um de seus adversários.
A Alemanha nem sempre jogou bem, mas é preciso ser realista e admitir que o Brasil quase sempre jogou mal.
No caso de hoje, a vitória começou pela avenida Lahm, que passeava pela esquerda e servia aos atacantes, que se revezaram trocando bolas livremente até concluir para o gol.
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A defesa, supostamente o ponto alto da defesa brasileira, desabou.
A torcida desistiu do time depois dos 5 a 0. Passou a ofender Dilma Rousseff, como aconteceu na partida de estreia. Alguns, bêbados, hostilizaram torcedores alemães que estavam isolados. O clima era de revolta. O choro, de alguns.
No fim do jogo, as autoridades pediram por medida de segurança que os alemães ficassem em seus assentos. Não houve maiores incidentes.
Foi uma derrota para não ser esquecida, porque ela expressou em campo a própria desorganização do futebol brasileiro.
A CBF é dirigida por um entulho da ditadura militar. É uma entidade rica, milionária, de um futebol dominado por clubes majoritariamente pobres e devedores. Uma entidade que, como a FIFA, não tem qualquer transparência e é dirigida a partir de trocas de favores entre os dirigentes do Rio com cartolas regionais sem qualquer compromisso com o futebol.
É impossível dissociar o fracasso do futebol brasileiro do monopólio sobre os direitos de TV, que privilegia alguns clubes e deixa ao Deus dará a grande maioria. Isso ficará mais evidente depois da Copa, quando teremos estádios monumentais utilizados por clubes locais caindo aos pedaços.
De certa forma, a derrota brasileira também expressa uma triste realidade.
Nos Estados Unidos, os grandes clubes de beisebol, carentes de jovens dispostos a sacrificar tudo por uma carreira, passaram a sustentar o que chamavam de “farms”, para formar jogadores especialmente em Porto Rico e na República Dominicana.
Mais tarde, os dirigentes se deram conta de que o nome era altamente pejorativo. Mudou, mas o sistema continua existindo.
O futebol brasileiro, hoje, cada vez mais se resume a isso: exportador de jovens que, a cada quatro anos, se reúnem durante algumas semanas para jogar a Copa.
Finalmente, não é possível esquecer o papel sofrível que muitos torcedores desempenharam nas redes sociais ao longo desta Copa, acusando críticos de antipatriotismo, denunciando uma inexistente campanha de “não vai ter hexa” e atribuindo a Merval Pereira o futebol sofrível de uma seleção apenas razoável.
Leia também:
Mineiraço: A vitória do trabalho duro em equipe contra a “esperteza” e o marketing
Comentários
Renato
Acredito assim.
O modelo alemão de gestão do futebol deve ser estudado. E até o modelo Argentino de transmissão dos jogos do Campeonato Argentino também.
Eu quero lembra-los que em 2002, os Argentinos somente puderam assistir a copa dos jogos da Argentina, pois o Clarin decidiu que jogos seriam transmitidos apenas para as TVs por assinatura.
As causas desse vexame são vários,
1-não temos escolas formadoras de técnicos, esse assunto tem que ser discutido.
2-Monopólio nas transmissões do futebol: A Globo pode transmitir, mas nesse quesito tem que ter concorrência. Por isso uma rede estatal tem que entrar.
3-ELiminando o Monopólio, vai introduzir o que chamo de “A palavra final é da federação”, o que para mim acabaria com os horários ridiculos do futebol.
4-Na Alemanha, as receitas dos clubes é distribuida assim:
30% das receita vem do direitos de transmissão.
30% das receita vem das vendas com os ingressos.
15% das receita vem das indenizações previstas em contratos com os atletas.
25% patrocinadores e vendas de materiais esportivos.
No Brasil não temos essa distribuição, já que os clubes são dependentes das cotas de TV.
5-Os clubes são obrigados a prestar contas três vezes ao ano. Se terminarem a temporada com o balanço negativo, são rebaixados.
6-O Presidente da federação alemã de futebol, sabe chutar uma bola
7-Todos os clubes da primeira e da segunda divisão tem uma academia de futebol, na qual crianças podem começar a praticar o futebol
8-Com 16 anos, os jogadores já tem consciência tática.
Eu ficaria contente com a vitória alemã no domingo, pois seria a vitória da organização, coisa que os latinos americanos não o são.
Rogério Ferraz Alencar
Lukas, foi 7 a 1, foi acachapante, mas foi mais uma derrota, mais uma copa perdida, a 15ª em 20. A CBF/CBD sempre foi dirigida por gente, no mínimo, suspeita, e, depois de 1964, por entulhos da ditadura, mas nem por isso o Brasil deixou de ganhar copas. Só acho que a culpa não é por isso, pois, se for, os louros também terão que ser.
Luiz Henrique
Azenha, bom post. Discordo apenas de um ponto no parágrafo final (“Finalmente, não é possível esquecer o papel sofrível que muitos torcedores desempenharam nas redes sociais ao longo desta Copa, acusando críticos de antipatriotismo, denunciando uma inexistente campanha de “não vai ter hexa” e atribuindo a Merval Pereira o futebol sofrível de uma seleção apenas razoável.). Vi, no meu círculo de relacionamentos, pessoas torcerem pelo “não vai ter hexa”, visando enfraquecer o governo. Pessoas boas, dignas, inclusive. Portanto, discordo de você quanto ao “não vai ter hexa”. Essa torcida existiu sim e muito concretamente. Pode ter sido bem menos ostensiva, mas negar sua existência não é razoável.
JURIDICO
tentei o SOBRE NATURAL mas com o posicionamento de 6 – 0 – 4 (NOVO ESQUEMA FELIPAO) tinha de levar uma lavagem… Os sinais de que nao havia tecnico ja tinham sido dados , vide PALMEIRAS para segundona… A falta de formacao DE JOGADORES indo cedo para EUROPA e outro fator dos milhares de EMPRESARIOS que tomaram conta do nosso futebol – veja quem sabe da origem do melhor jogador nosso o DAVID LUIZ- e por ultimo a gestao do nosso futebol entregue a uma quadrilha comandada por JOAO HAVELANGE E RICARDO TEIXEIRA que deixaram seus respectivos substitutos… Alias voce ja abordou muito bem isso em suas cronicas …Agora e bola pra frente que ateras vem gente…
Mauro Assis
Só faltou dizer que o PT, cujo presidente é do ramo, “botou muito a bunda em arquibancada”, como gosta de dizer, tudo fez para perpetuar esse modelo. E se depender da Dilma, que não sabe nem quem é a bola, vai ficar do mesmo jeitim…
Mardones
Somos Todos Argentina!
Luís Carlos
E passou a Argentina. Acho que agora Galvão Bueno e Globo estão estrebuchando de ódio e torcem para que Argentina perca. Merval já estaria dizendo que Kirchner não pode tirar proveito político se Argentina ganhar a Copa, mas deve ser responsabilizada politicamente se perder.
Vou de Argentina.
Mário SF Alves
Comigo, somos dois.
olivires
o problema é que o torcedor argentino não deixa a gente gostar da seleção dele.
hj nas entrevistas durante o jogo, em vez de vibrarem contra a holanda, estavam mais preocupados em estender um cartaz “eterno 7×1”.
assim não dá, por mais que se torça pelo mercosul.
Luiz Fortaleza
prefiro talvez uma Argentina tricampeã do que uma Alemanha treta e ameasse na próxima copa o penta…. risos.
Luiz Fortaleza
Esta menina nos dá uma lição de moral sobre o ódio dos decepcionados:
https://www.facebook.com/photo.php?v=749057925146217&set=vb.100001260489669&type=2&theater
roberto
Os que vaiaram a Dilma são os mesmos bêbados que hostilizaram os alemães.
Aliás,como tem bêbado em Minas. Caso típico de “O exemplo vem de cima”.
Luís Carlos
Azenha
A mídia não entra em campo (ainda bem pois o Merval, citado no texto, como eu e muitos outros deve jogar absolutamente nada) mas joga, e joga muito. Todos sabemos que as pressões exercidas pela mídia não deixam marcas físicas, mas penetram fundo e causam grandes estragos. Alguns deles irreparáveis. No caso da COPA, a mídia corporativa, sabedora de seuas “armas” e dos efeitos que elas causam, as usaram muito fortemente. Fizeram os mais intenso terrorismo psicológico e maciça propaganda das últimas décadas no país. Propaganda assegurando que tudo seria ruína e que o fracasso estava dado, pregando o pior clima possível, com tamanha profundidade que poucas pessoas se “arriscavam” a usar verde-amarelo na semana de início da Copa. Essa barreira criada artificialmente pela mídia corporativa, da qual o citado Merval faz parte, e mais do que isso, lidera como um dos principais “formadores de opinião” e porta voz de grupo social conservador. Merval não entrou em campo, como muitos dos colegas de trincheira dela, mas jogou intensamente nos meses que antecederam a Copa e durante todos os dias da mesma. Quanto oa terrorismo, calou mais fundo do que a propaganda, pois são duas coisas diferentes. Uma usa a disputa de modelo, de ideia, de concepção (a propaganda) ou outro (terrorismo) aprofunda o medo, uma das forças mais atávicas dos seres vivos. O terrorismo alardeado empregnou em muitos segmentos que conseguiram, aos poucos se libertar dele, porém, o time, me parece sucumbiu porque, de fato, tinha lacunas e falhas na escolha dele. O grupo afundou em busca de um “Amarildo de 62” como boa parte da mídia “especializada” que tudo sabe sobre futebol e vaticina certezas dogmáticas a cada jogo passou a procurar. Não teve em si mesmo nem em sua referência (técnico) amparo para situação de pressão esmagadora sobre suas cabeças. As expressões nos rostos dos jogadores são indesmentíveis. Estavam perplexos e quase catatônicos. E isso não é uma questão técnica/tática. É anímica. A lâmina que cortou fundo na alma desse grupo está na mesma razão daquela que incute medo e insegurança em todos brasileiros, trabalahdores e trabalhadoras sobre as “incertezas da inflação alta, do baixo crescimento, do desemprego, da falta de confiança do mercado” que tenta segurar a confiança de um povo, e nesse caso impactou profundamente no grupo de jogadores (grupo frágil e sem brilho e sem referência no treinador, sim limitado e ultrapassado) para superar a armadilha colocada.
Bombas são desarmadas ou estouram. Essa estourou no colo dos jogadores.
Sobre a CBF e FIFA, concordo integralmente com você. Essa é a chance para o futebol se rever, se ressignificar, para além da prática torpe da CBF e da GLOBO que afundam o futebol em privilégios, marketing e segregação de gênero, além de grande acumulação de capital com enormes distorções econômicas.
Luiz Fortaleza
Como, as vezes, a gente escreve como pronuncia,e isso há aconteceu comigo, só para fazer um conserto ortográfico: impregnou.
Luiz Fortaleza
error: já aconteceu comigo
Luís Carlos
Certo
Sagarana
Acontece.
Luiz Fortaleza
Acho que existem ”torcedores” e torcedores. Mas acho que temos que fazer uma reflexão sobre o nosso fanatismo pelo futebol, a ponto de fazermos do futebol um fetiche, um poder que manipula nosso complexo de emoções e sentimentos da forma mais negativa que possa existir: violência física e verbal. A carga de cobrança, a obrigação moralista, farisaica, que grande parte dos torcedores ou da grande imprensa esportiva faz em cima do time brasileiro, é fora do normal. É quase uma faca no pescoço dos jogadores. Acredito que isso não aconteça com os alemães na sua grande maioria, ou seja, essa cobrança moral, ”legal”, de que tem q ganhar a Copa para trazer a FELICIDADE pro seu povo. Lembrem-se do jeito de como os alemães chegaram ao Brasil: simpáticos, alegres, humildes, conversando com o povo, dançando com os índios, visitando comunidades pobres, fazendo velejo usando a força física, torcendo junto com nós pelo Brasil, como também fazendo Yoga; tudo isso fez parte da parte técnica psicológica para que eles pudessem ter serenidade e equilíbrio emocional, sem serem arrogantes esportivamente, dando-nos uma lição de simplicidade. A paixão, de verdade, desequilibra corpo e mente e foi isso o que aconteceu com os jogadores brasileiros (e com torcedores também), para poder explicar a atuação atabalhoada de ontem em campo, ou seja, perda de sentido,de direção,de foco, perda do controle do corpo e da mente, ou seja, a desarmonia entre os pés a cabeça. Porque só isso pode justificar o que aconteceu ontem, o desequilíbrio emocional. Já tinha falado com alguns amigos que o brasileiro não poderia jogar só com os pés, mas unir pés e cabeça, pés e inteligência, sobretudo, inteligência emocional, tendo calculo físico de distância para chute de bola, golpe de vista e percepção de campo. Faltou espírito e união coletiva, colocando a responsabilidade em cima apenas de UM ou DOIS jogadores. Também não gosto que fiquem usando o nome de Deus em vão, metendo seu nome em jogo de futebol, porque Deus não discrimina filhos no planeta. Ama tanto o alemão quanto o brasileiro. Estou dizendo isso como ilustração. Porque se pensarmos bem, Deus tem outras preocupações muito mais sérias como fome, miséria etc. Lamento que comentaristas esportivos ajam como sádicos,masoquistas, inquisidores, repetidores de uma “tragédia anunciada”. Que tragédia? Tragédia é terremoto, guerra, fome etc. Não podemos nos abater sentimentalmente por um único esporte, esporte este que ficamos aprisionados, sem valorizar outras modalidades esportivas. Talvez por isso que países desenvolvidos no esporte, e aí incluo Cuba, não tenham esse abatimento moral, sentimental, porque podem comemorar outros ganhos esportivos. Temos que pluralizar o nosso gosto por outros esportes, como o vólei, basquete, ginástica, tênis, natação, atletismo etc. O comportamento de vaia de uma torcida ontem em cima de jogadores, que perderam o senso racional, é, a meu ver, uma tremenda falta de sensibilidade e solidariedade com jogadores que estavam abalados emocionalmente. Emoção que não foi trabalhada, diga-se de passagem, pelos responsáveis da seleção brasileira. E se foi, foi muito mal feita. Não ganhar a Copa não é o fim de nossas vidas, nem o fim do Brasil. Países que sediam a Copa não têm obrigação de ganhar em casa. Se assim fosse, os USA teriam ganhado em 1994, a Alemanha em 2006 (que ficou em 3º lugar) ou mesmo o Japão e Coréia em 2002. Houve claro exceções como Argentina em 1978 e França em 1998. Por fim, espero que os espertalhões não façam uso politiqueiro desta Copa. Copa é isso: ou se ganha ou se perde. Por isso temos nós, como torcedores, amadurecer emocionalmente para saber como nos lhes dar com as frustrações, com as perdas, porque é também um exercício de aprendizagem moral, ética. Que viva o Brasil! E vamos lutar pelo terceiro lugar. Afinal, perdemos um jogo, mas estamos entre os quatro finalistas ou quem sabe ganharemos um terceiro lugar. Não nos esqueçamos que vencemos no ano passado a Copa das Confederações em casa. O resto é aprender com a vida e não deixarmos uma Copa ser elemento de trauma mental, porque é apenas um esporte e não uma fatalidade física ou biológica. Abraço.
Luís Carlos
Sim, a Argentina foi uma exceção, e não esquecemos a goleada da Argentina sobre o Peru.
Luiz Fortaleza
Goleada esquisita…
Luiz Fortaleza
Não nos esqueçamos que foi Felipão que nos ajudou a ganhar o Penta em 2002 e a Copa das Confederações no Brasil no ano passado. Não gosto deste linchamento midiático esportivo em cima dele, pois ele não é onipotente, onisciente, um Deus, um mágico.
Benedito
Tem razão. Ele é apenas a prova de que a estupidez e a burrice não têm limites. Só isso.
Rodrigo
2002 quem trouxe foi o juiz que anulou o gol da Bélgica e tirou Espanha e Itália do caminho.
Luiz Fortaleza
Acho que as vitórias do Felipão falam por si… o resto é a falta de espírito esportivo para levar o esporte como uma brincadeira e não como um jogo de vida e morte.
Bertold
Que no fundo existia um pouco de desconfiança na capacidade da seleção de ganhar a Copa,isso é fato. Assisti os jogos entre amigos e crianças e, é claro, torcia, mas nossos cabelos coçavam… será que vai dar? Não deu. Perdemos a semifinal de maneira trágica pois 7×1 ninguém imaginaria. Deu tudo errado como nunca aconteceu. Começamos até bem o jogo mas tomamos o primeiro gol e ao invés de nos reorganizar e reagir para o empate ou a virada, veio o segundo gol e o que se viu depois foi o desmoronamento tático e emocional de toda a equipe. Ai né, a Alemanha deitou e rolou. Fazer o quê? Futebol tem dessas coisas, não importa se é organizado ou desorganizado, se um time é ruim ou não. O do Brasil era “marromenos” e o da Alemanha não é essa coisa toda toda para merecer esse placar e acredito que nem vai ganhar a Copa. Foi um dia de futebol e resultado anormal.
BillClinton
Só tá faltando o mea culpa dos idiotas da objetividade.
Hélio Jacinto Pereira
Ficou muito claro a “eficiência” do trabalho da Psicóloga contratada a peso de ouro pela CBF e também como Felipão é um grande “motivador”.
Sobre os 7 a 1 nada que se diga mudara a vergonha deste dia,isto pra quem tem um pingo de vergonha na cara,que tudo indica não é o caso da CBF e seus Dirigentes ultrapassados e nem da Rede GLOBO que monopolisa o Futebol no Brasil !
Marcelo
Eu já acho que vcs deveriam falar sobre algo que conheçam
Mário SF Alves
“Finalmente, não é possível esquecer o papel sofrível que muitos torcedores desempenharam nas redes sociais ao longo desta Copa, acusando críticos de antipatriotismo, denunciando uma inexistente campanha de “não vai ter hexa” e atribuindo a Merval Pereira o futebol sofrível de uma seleção apenas razoável.”
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Pois é, caro Azenha, é a velha estória: o pior cego é aquele que não quer ver.
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Mas, enfim, e isso é o que realmente conta, a Copa das Copas nos permitiu impensáveis e importantíssimas lições:
Lição nº 1- A seleção do Brasil jogou com duas estrelas e uma lua: uma, o Neymar; a outra, a estrela da sorte que influenciou a cabeça do treinador; já a lua, bom… a lua é aquele que por teimosia de alguém ou de alguma instituição ficou até ontem esperando a bola chegar aos seus pés.
Lição nº 2- Sim, o Brasil de hoje tem competência para organizar – com honras – um evento dessa magnitude.
Lição nº 3- A derrota, muito mais do que simples derrota, foi bem mais que uma derrota REVOLUCIONÁRIA, como entendi antes, ou REVOLTANTE, como acreditam outros, mas, sobretudo, uma derrota com potencial REVOLUCIONANTE. Soou como um pesadelo, é verdade. Derrota histórica, sem dúvida. Mas, não há como negar, e isso é maravilhoso: 7 a 1 para qualquer que fosse o adversário é REVOLUCIONANTE.
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A propósito, SALVO MELHOR JUÍZO, tomara que possamos aprender todas essas magníficas lições.
Tomara que nas urnas de 2014 o resultado seja também REVOLUCIONANTE.
Penso no que poderia significar uma vitória como essa sobre a arrogância e o autoritarismo da direita que compõe a elite mais rifada, vende pátria e golpista da face da Terra. Imagino o bem que isso poderia fazer ao Brasil e ao mundo como um todo. Imagino o significado político de uma vitória tão inquestionável como essa sobre a construção da verdadeira POLÍTICA e da respectiva consolidação da Democracia. Seria, nada mais, nada menos, que o enterro definitivo da trágica e INJUSTIFICÁVEL antipolítica neoliberal e seu inseparável marketing político que assolam o Ocidente. Antipolítica essa que desde antes de FHC envergonha os EUA e destroça muitos países da Europa e que, ainda hoje, ameaça e sabota o projeto de um Brasil para todos os brasileiros.
Viva os trabalhadores do mundo! Os construtores de copas, estádios, espetáculos, trens e ferrovias, carros e autovias, edifícios e alimentos, e que são a verdadeira origem de toda a riqueza e poder econômico existentes sobre a Terra.
Tomara que um dia sejam eles/elas a fonte do maior de todos os poderes do mundo, o poder político! A única forma de índios, pardos, negros e brancos habitarem pacífica e harmonicamente o mundo.
Andre SP
Compartilho seu sonho. Espero angustiado por este dia. A cada dia ele está mais forte e presente. Neste dias todos os dogmas caíram. A humanidade viverá seu verdadeiro explendor.
Mário SF Alves
Obrigado, André. Sim, de fato, um sonho, cara. Mas… sonho que se sonha junto… não acaba por se tornar realidade?
É isso.
Abraços,
Mário.
Cláudio Pereira
Concordo com seu artigo e pergunto, visto o parágrafo final, se você vai passar a replicar aqui os artigos de Merval Pereira, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino e outros críticos da atual situação brasileira que seguem a mesma linha de pensamento.
FrancoAtirador
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SOBRE COPAS PERDIDAS E DESASTRES AÉREOS
Por Eduardo Ramos, no GGN
Pessoas que conhecem aviação têm uma máxima em que acredito totalmente:
“normalmente um desastre aéreo é causado por vários fatores, e não por um apenas”
Antes de falar do desastre que foi essa copa para o futebol brasileiro, quero lembrar de algumas copas perdidas, na minha opinião, por erros dos nossos técnicos e/ou da liderança do nosso futebol, na figura da famigerada CBF, há décadas nas mãos de gente suspeita de negócios desonestos, corrupção, e atitudes no mínimo exóticas, como a escalação de Dunga como técnico em 2010.
Analisemos alguns desses erros, após a nossa conquista mais gloriosa, a conquista do tri-campeonato em 70, no México.
1 – 1974 – Zagalo não levou a maior estrela do futebol brasileiro na época, Zico, que já despontava como um dos nossos maiores craques de todos os tempos.
2 – 1978 – Coutinho – Deixou Falcão no Brasil, seguramente o melhor cabeça de área daquela geração.
3 – 1982 – Por “problemas extra-campo” (não eram “bons moços”), Telê Santana deixa no Brasil, Reinaldo, um gênio na área, e Mário Sérgio, jogador de rara habilidade e na época, o melhor ponta esquerda do Brasil.
4 – 1986 – Telê exclui Renato Gaúcho, por indisciplina, e perde Leandro, dois craquaços de bola que nos fizeram muita falta.
5 – 2010 – Dunga deixa Neymar e Ganso no Brasil, simplesmente os maiores jogadores brasileiros, apesar da juventude.
6 – Em 1994, e 2002, ganhamos APESAR do péssimo trabalho dos técnicos, e não por causa deles. Em 94, uma seleção apenas mediana, muito defensiva, e não fosse o talento excepcional de Romário e Bebeto, não teríamos ganho, e em 2002, sejamos francos, qualquer treinador que tivesse no mesmo time Rivaldo, Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho, teria sido campeão.
Essas duas vitórias apenas ofuscaram os graves problemas do futebol em nosso país, essa é a tese que defendo aqui.
Agora sim, entro no campo específico da comparação desse desastre de hoje [08/7/2014], esse acachapante 7 X 1 com um desastre aéreo.
Por mais de vinte anos Ricardo Teixeira, um aventureiro que nada sabia de futebol, comandou a CBF, depois de um acordo com a Rede Globo de Televisão, que em troca de benefícios exclusivos, parou de denunciar o cartola, blindando-o na verdade de quaisquer acusações sobre as negociatas de que era suspeito, inclusive de corrupção, desvio de verba e enriquecimento ilícito, com uma multiplicação de patrimônio inexplicável até hoje.
Ao bancar Ricardo Teixeira no comando do futebol brasileiro, a Rede Globo se tornou o patrono de uma série de desmandos no nosso futebol de 1994 para cá: técnicos fracos, escolhidos por um homem que não é definitivamente afeito ao esporte, só estava interessado no poder e suas benesses, e com isso, toda essa série de escolhas infelizes, que impediram o Brasil de se modernizar na parte técnica!
Percebamos que em 1994, foram Zagalo e Parreira, em 98, Zagalo, totalmente ultrapassado, era uma seleção com alguns craques, mas desarrumada em campo, em 2002, Felipão, um técnico medíocre, conhecido pela violência com que conquistou seus títulos, e que acabou consagrado pelo título do penta.
Em 2006, quem volta?
Parreira!!! Um técnico fraco, de poucas vitórias nos clubes, e nenhuma inovação tática, lembro do horror que tínhamos àquela seleção, com Robinho e outros jovens no banco de reservas, enquanto as estrelas de 2002 jogavam abaixo de qualquer expectativa.
Em 2010, a invenção de Dunga, e logo depois, a invenção de outro técnico fraco, que em mais de dois anos nada fez pela seleção, Mano Menezes.
É preciso compreendermos que desde 1974, com raros momentos de exceção, erros cruciais do comando da CBF ou dos treinadores, nosso futebol vem se perdendo no sentido de parar no tempo, e vivendo dos gênios que tivemos, Zico, Adílio, Júnior, Leandro, Andrade, fazendo o Flamengo brilhar por uns cinco, seis anos, o Internacional de Carpegiane e Falcão a mesma coisa, o Atlético de Reinaldo e Cerezzo, e assim sucessivamente, sempre alguns times brilhando por alguns anos, devido à presença de alguns craques decisivos, mas no comando central, e na seleção, medíocres, na maior parte do tempo, em coerência com o comandante, Ricardo Teixeira.
Registro por fim, que essa mediocridade, em parte, atingiu o colunismo esportivo do Brasil, onde, salvo as exceções, gente como Felipão e Mano Menezes, foram exaltados sem questionamentos, em títulos conquistados, prá lá de duvidosos em relação ao futebol apresentado.
E poucos tiveram ou têm, hoje, a coragem de botar o dedo na ferida, o empobrecimento do nosso futebol em termos táticos, as péssimas convocações de seleções por técnicos ruins, a corrupção da CBF, o poder de mando da Rede Globo, que tudo podia/pode, por conta da blindagem oferecida a Ricardo Teixeira.
Em relação à essa copa que para nós se encerra hoje (o que importa se formos terceiro lugar depois dessa derrota histórica???) de modo tão sofrível/sofrido, os mesmos erros de sempre:
A Globo bancando Teixeira, apoiando Felipão, nossos cronistas se iludindo em sua maioria com a copa das Confederações, e uma mídia venal e politizada, até os primeiros dias da copa, apostando no “não vai ter copa”, por conta do mal disfarçado ódio e preconceito contra tudo o que venha “dos governos petistas”…
Assim, ninguém questionou a fundo a ausência de craques como Paulo Henrique Ganso (o maior talento, disparado, do futebol brasileiro, depois de Neymar) e a mescla, na convocação, de jogadores experientes, com os novatos!
Luís Fabiano, Kaká, Robinho, teriam vaga até de titulares nesse time tão fraco, quanto mais como “reservas de luxo”, a serem utilizados em momentos de tensão, de necessidade – até pelo respeito que impõem aos adversários.
Ficamos na dependência da genialidade de Neymar.
Hoje, todas as máscaras caíram, e a fragilidade desse time explodiu, sem o verdadeiro craque da defesa – Tiago Silva – e o gênio do time – Neymar.
Hulk, coitado, sem culpa alguma, já que quem o escala é o treinador, não serve nem como reserva de uma seleção brasileira, quanto mais como titular, quem quiser, veja os jogos novamente, perceberá que em mais de 50% das vezes que foi acionado, nada fez de útil ou conclusivo.
Num time capenga, fraco, um jogador tão ruim assim tecnicamente, destrói ainda mais o time.
Willian teria que ser o titular, desde o primeiro jogo, para dialogar com Neymar, Fred, Oscar.
Nesse jogo de hoje, até um técnico de pelada, teria tirado Hulk do time, e reforçado o meio de campo, entrando com Paulinho, Fernando e Luiz Gustavo ou Henrique, mas três cabeças de área, e não teria havido o buraco no meio de campo, por onde a Alemanha passeou, brincou de jogar bola, porque Hulk e Oscar, Fred e Bernard, não são marcadores por excelência, ou seja, deixamos um rombo entre o meio de campo e a defesa, erro primário, tolo, que nem as inexperientes Gana e EUA cometeram, tanto que endureceram um pouco seus jogos contra essa mesma Alemanha.
Tragédia anunciada, havíamos pegado apenas seleções medianas, nenhuma sequer perto das “top de linha”, e com o time completo, e justo contra uma das mais fortes, Felipão inventa de “jogar aberto” – teve o que implorou para ter, por sua falta de inteligência tática, sua falta de capacidade de prever o totalmente previsível.
Acredito que estávamos pedindo por uma derrota assim, há tempos, poderia ter ocorrido algo parecido antes, em seleções de Parreiras, Dungas, Felipões,
e sob o comando de uma CBF envolvida em negociatas, de gente que odeia o futebol, bancados, repito, por uma rede Globo cúmplice e criminosa,
e com a omissão ou comentários insossos, há décadas, de uma mídia esportiva empobrecida.
O lado bom desse vexame, é que deixamos temporariamente de ser o “país do futebol”, os alemães enterraram a seleção hoje, TUDO TERÁ QUE SER REINICIADO dos escombros que sobraram, a CBF terá que ser repensada, o domínio da Globo sobre o futebol, terá que ser repensado, nosso futebol pobre, muito dependente de faltas e violência, terá que ser repensado, nossa mídia esportiva terá que ser repensada, e vou além, a FIFA terá que ser repensada, pelos vários episódios de violência que vimos na Copa, com a permissividade dos juízes.
Aviões não caem por um motivo só – dizem aviadores experientes – sempre é uma CADEIA DE EVENTOS que explica o desastre…
O vexame de hoje, o futebol pobre em toda a Copa, da seleção brasileira, os erros existentes nas estruturas dos clubes, são também, uma cadeia de eventos infelizes, de um futebol mal dirigido, mal comandado, apoiado por uma mídia corrupta.
Finalmente, chegou o evento marcante, que nos permite re-começar do zero!
(http://jornalggn.com.br/noticia/sobre-copas-perdidas-e-desastres-anunciados)
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Ignez
Eduardo Ramos, achei muito elucidativa sua análise. Sem dúvida, essa derrota acachapante deve servir como alerta para deslindar aspectos importantes e ignorados, tais como a simbiose entre CBF e organizações Globo. Quanto ao Felipão…bom, ele declarou “não sei o que aconteceu…” Entre outras coisas, ele não tem auto-crítica. Devia consultar-se com a psicóloga da Granja Comari…
Fernando
A culpa do fracasso é do monopólio da Globo, então mais um motivo pro governo federal cassar a concessão.
Lukas
Não se esqueça dos tucanos e dos americanos…
José Américo
O modelo de administração do futebol brasileiro é uma derrota, sem dúvidas. Nossas vitórias em Copas foram todas decorrentes de lampejos de craques e equipes que foram bem lideradas, especialmente dentro de campo, como a de 1994, em que Dunga matou o seu “carma” pessoal com muita personalidade, inclusive mantendo Romário, seu amigo pessoal (um dos poucos do baixinho naquele grupo), “dentro das rédeas”, conforme o próprio já confirmou em entrevistas.
Parreira, assim como Felipão e seu auxiliar Murtosa, são símbolos do atraso no aspecto técnico do futebol brasileiro. Aquele, em virtude do título de 1994, que pouca colaboração deu – era mais um “entregador de coletes” -, começou a “febre dos volantes” e da ideia de que a defesa deve SEMPRE anteceder o ataque. A única virtude do seu legado era a convicção de que o time deve controlar o jogo, principalmente através da troca de passes (ideia essa que não norteou a seleção de 1994, diga-se), o que foi posto em prática de forma extremamente lúcida pela Alemanha ontem e, antes disso, foi a gênese do momento vencedor do futebol espanhol.
A valorização do futebol brasileiro passa, realmente, pela total mudança no controle político do futebol e na gestão das transmissões e dos campeonatos. A melhor distribuição dos recursos é uma necessidade premente. É surreal que o Corinthians, por exemplo, receba 80 milhões (ou mais) da TV pelos direitos de transmissão do brasileiro e o time que subiu da B receba 10 milhões ou pouco mais do que isso. Como competir, considerando que o Corinthians, naturalmente, vai arrecadar mais com todas as outras fontes de receitas? O dinheiro da TV deve ser distribuído de forma igualitária e apenas o mérito deve ser premiado de forma diferenciada (ou seja, o campeão e vice).
A questão da exportação de talentos não é, ao meu ver, o mal maior. A gestão interna do nosso futebol é muito pior. Mesmo com a exportação de ótimos jogadores, há uma excelente quantidade de bons jogadores que continuam aqui, além dos que vão, passam pouco tempo e voltam. Na verdade, falta uma melhor orientação ao futebol competitivo e atrativo. Há uma penca de “treineiros” que só sabem entregar coletes e camisas a jogadores e pouco entendem de tática e treinamentos técnicos e físicos. Só repetem o que já aprenderam de treinadores antiquados.
Afora isso, o êxodo da torcida. Basta um torneio atraente como a Copa para ver como é fácil lotar estádios, mesmo em jogos de mínimo interesse, como Japão x Grécia, que eu assisti em Natal, onde estavam vários “torcedores” que nunca – ou raras vezes – tinham ido ao estádio assistir os times locais.
O campeonato que tem a maior média de público do ano é a Copa do Nordeste, cuja fórmula básica foi de ter jogos em horários acessíveis e com equipes niveladas. Claro que o fato da final ter tido um excepcional público levantou a média, mas não tira o mérito do torneio, que rendeu bons e empolgantes jogos. O fato de a CBF pouco apitar no torneio – que é comandado efetivamente pela Liga do Nordeste – influencia decisivamente nisso, ao meu ver.
No mais, ótimo post do Azenha. Resumiu precisamente muitos dos pontos frágeis da administração do futebol brasileiro – dentro e fora de campo.
André LB
Até tu, Azenha???
O que muita gente criticou foi a postura do “não vai ter copa”, e teve “não vai ter hexa” sim, e você sabe disso: o que teve de gente torcendo por uma derrota da seleção para que “o brasileiro se conscientize politicamente” não tá no gibi. Se um ou outro encarou como derrotismo uma visão mais realista, de críticas à seleção, é caso isolado.
Acontece que muita gente nesse país não tem mais paciência para ser achincalhado, e essa linha do “não vai ter copa” mexe com os brios; são conhecidos e lamentados (e obviamente devem ser evitados) os abusos pertinentemente relatados, mas precisava ser tudo PERFEITO senão ninguém tem direito de celebrar o fato de podermos realizar um evento desse porte? Afinal, será que dá pra UMA VEZ a gente celebrar o fato de ser brasileiro sem ninguém do próprio país vir dar bronca??
Não sei se você escreve sob a tristeza da derrota, mas parece que tá buscando “bode supositório”. O povo sabe sim separar política e futebol (no mínimo desde 2002), mas alguns analistas da oposição à esquerda aparentemente ainda estão na era do “pra frente Brasil”.
Leo V
Engraçado vc dizer “mas precisava ser tudo perfeito?”.
E uma falta de humanidade sem tamanho colocar como detalhe o fato de 250 mil pessoas terem sido removidas para fazer a Copa para a Fifa e para os ricos.
André LB
Não me espanta você retirar meia frase do meu texto – aliás, mostra bem quem é você.
Gabriel Braga
André acho que quem apóia o PT e o governo federal (eu sou um deles) acabou confundindo as coisas e vinculando o sucesso da seleção dentro de campo com o sucesso da organização do evento em si.
Ficamos tão revoltados com a imprensa golpista,que,inegavelmente,trabalhou para disseminar a idéia de que a copa seria um desastre e assim responsabilizar o governo federal,que acabamos interpretando qualquer crítica ao futebol da seleção uma crítica ao evento e por tabela ao governo federal.
Aqui mesmo no Viomundo tem um vídeo do jornalista da ESPN Brasil,Mauro Cézar Pereira,no qual ele faz duras críticas (a meu ver,justíssimas) ao desempenho do Brasil após a vitória contra o Chile e nos comentários ele foi tachado de tudo,de não ser patriota,de ter complexo de vira-latas e até de ser simpatizante do PSDB!
Quanto ao jogo,ou melhor,o vexame histórico,acho que ele deveria servir pra que os responsáveis pelo futebol brasileiro façam uma profunda reflexão acerca do rumos que ele está tomando,porque o problema é muito maior do que Felipão e os 23 convocados.Afinal de contas não havia nada muito melhor para se convocar e isso é o que mais assusta,pois mostra que já não conseguimos produzir tanto talento quanto antes.
Jones Marco de Moura
Azenha, gosto muito de te ler, porém falar que não existia uma torcida anti-copa e anti-hexa, é menosprezar a extrema direita.
O futebol e principalmente quando é COPA DO MUNDO,sempre foi usado com fins políticos, como em 70.Ditadura matando e usando o futebol como ópio.
Renato Santos
Oportunismo puro.Depois da derrota é fácil estufar o peito e dizer “Uma derrota anunciada e que não deve ser esquecida”. É típico dos petistas!
Mário SF Alves
Não penso assim não, Renato Santos.
Senão, o que dizer disso:
“Zuñiga, intencionalmente ou não, não apenas tirou parte do brilho da Copa das Copas, mas também contribuiu para desvaloriar o passe de muitos jogadores. Seu antijogo acabou por fazer o jogo dos mercenários do futebol. Afinal, trata-se aqui de um esporte no qual a maioria de seus craques são milionários. Imagine se a moda pega. Imagine se o zuniguismo pega. Não demora muito e vão pro campo de armadura.
Futeboleiros andantes? Rs, rs, rs… Ah, companheiro Zuñiga, que desserviço, hein?
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Seja como for, dos males, o menor. De fato o impacto poderia causar lesão muito mais grave.
Liga não Neymar, em 2018, o Lula vai te entregar a taça. Dessa vez, a não ser que ocorra alguma maravilhosa surpresa, a taça vai mesmo ser entregue ao igualmente fabuloso Messi. Esse que de andante não tem nada.”
Mário SF Alves.
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Bom, aí tenho de fazer uma ressalva: não sou petista. Ou melhor, não ainda.
Fernando
E os coxinhas falavam que a Copa estava comprada. Comprada ? Essa derrota serviu para calar a boca desses boçais .
Leo Oliveira
Necessário lembrar que o Brasil perdeu dois dos seus principais jogadores…
Impossível para qualquer técnico no mundo reencontrar outro time com 3 dias de treinamento…
Experimenta tirar dois dos principais jogadores da Alemanha, Argentina, Holanda.
Ganharíamos com o Neymar e o Thiago Silva? Impossível saber. Mas certamente não perderíamos como perdermos.
Em 7 minutos foram 4 gols, algo inédito na história das Copas. Uma tragédia, e como em qualquer tragédia, as pessoas buscam explicações, culpados…
Que a CBF e a FIFA são duas instituições que adotam práticas eticamente discutíveis, todos podem comprovar, mas o resultado em campo, da maneira como foi, não tem explicações muito lógicas.
Algo tão extraordinário, que ninguém estava acreditando muito no que acontecia em campo, só observar as expressões dos torcedores, jogadores, mesmo os alemães.
Se o Brasil voltasse a jogar outras mil vezes com a Alemanha, não perderia da maneira como perdeu.
Sergio Santos
Azenha, dirigentes do Rio por que? Os atuais dirigentes são de São Paulo. A estrutura coronelista e golpista do Brasil republicano tiveram origem na política café com leite, ou seja, São Paulo e Minas Gerais. As análises de futebol começam bem e terminam em conclusões estapafúrdias; são sofismas. A estrutura atual do futebol brasileiro foi moldada na ditadura militar, com a entrega da antiga CBD para a iniciativa privada, denominada CBF. Todo o Brasil é vítima. Da forma como foi colocado o seu raciocínio, parece que todo o Rio de Janeiro é responsável por essa estrutura corrupta. Isso é um absurdo. Tomara que essa derrota deixe lições valiosas de que essa estrutura corrupta não compensa para o povo brasileiro que acaba pagando a conta, afinal. Os clubes brasileiros devem quitar seus débitos com o INSS e demais órgãos fiscais se quiserem sobreviver. Caso contrário, falência neles.
Maria Carvalho
A derrota da seleção brasileira se deve a “grande mídia” que ficou, o dia todo e todos estes dois últimos dias, falando de neimar (que estava se recuperando, em casa), sem, entretanto, enaltecer os jogadores que estavam treinando e que iriam participar do jogo contra os alemães.
Isso foi, para mim, a maior causa da falta de apoio aos jogadores brasileiros que estariam em campo.
Por fim, achei o felipão muito tranquilo com uma derrota escorchante!
Rogério Ferraz Alencar
O futebol brasileiro sempre foi dirigido pela CBF, antiga CBD e ganhou cinco mundiais. O monopólio televisivo é nefasto, mas o futebol brasileiro está longe de ser um fracasso. Perdeu mais uma copa, a 15ª em 20, mas, quando perde, parece ser sempre a 1ª vez.
Lukas
Rogério, foi 7×1; foi em casa; foram 5 gols em 29 minutos. Não é derrota, é como foi.
Alexandre maruca
Ponto para o ultimo paragrafo
Bacellar
Pelamor a alemanha fez uns 4 gols sem combate nenhum. Nenhum! Não é questão de repensar o futebol brasileiro não gente, o Bangu não teria levado 5 em 25 minutos….O momento é de por em cheque a CBF e seus asseclas! Chega de teatrinho!
ana s.
Aí, Azenha! Tô um pouquitinho bêbada, tá? Espero não escrever nenhuma besteira. Mas preciso dizer que vc é uma das menos de 10 pessoas DO MUNDO cujos escritos na Internet valem a pena pra mim. Parabéns pela independência, pela recusa em aderir à manada, qualquer manada. Muitas vezes discordo de vc, mas não importa. Discordância é ótimo, é lindo. Qdo te leio, sei que tô lendo o que vc pensa, não o que vc considera conveniente escrever. Alguém já disse que “a verdade é revolucionária”. A verdade às vezes é relativa, mas falar a verdade não tem nada a ver com isso. Vc fala. Um cheiro.
Fabio Passos
Espero que este desastre sirva para fortalecer aqueles que enfrentam a péssima gestão do nosso futebol pela cbf-rede globo.
Leo V
Um alemão levou um soco e perdeu a audição (nao se sabe se permanentemente) no Mineirão:
http://copadomundo.uol.com.br/noticias/redacao/2014/07/08/alemao-leva-soco-ao-comemorar-gol-no-mineirao-e-perde-audicao.htm
Agora, Mengão no Mineirão contra a torcida do Atlético nunca teve arrego. Atlético é freguês histórico do Flamengo.
Pedro luiz
A derrota pode ser sinônimo de que nosso futebol deve ser colocado no seu devido lugar.Para começar a “faxina” a casa mata da CBF deveria receber um documento do ministério dos esportes intervindo no clube dos amiguinhos e da Globo para uma varredura geral. Precisa passar a vassoura do teto até debaixo do tapete, principalmente da sala do glorioso presidente Marin.Mas como os acertos são os acertos na terra Brasilis acredito como mero torcedor que politicamente isso vai demorar para acontecer.INTERVENÇÃO JÁ NA CBF.
Paiva
O melhor e mais lúcido artigo que li sobre a derrota. Inclusive para lembrar a alguns companheiros que politizar Copa é uma faca de dois gumes. E que críticas à atuação da Seleção ou sua escalação, ou seu esquema tático e técnico, não são coisas de e traidores da pátria.
Infelizmente alguns companheiros encarnaram o Pra Frente Brasil de Médici e dos ditadores da época de 70.
Enfim, as críticas estavam corretas e a turma do oba-oba nas mídias sociais prestou um desserviço ao governo tentando vincular, radical e fanaticamente, a Seleção às eleições.
Luís Carlos
Parece que foi realmente isso que ocorreu? A “turma do oba-oba nas mídias sociais” foi quem tentou vincular a seleção às eleições? Foi só isso mesmo? Engraçado, pensei ter visto inpumeros textos da “turma do pessimismo” tentando vincular seleção e COPA às eleições. Aliás, o merval, que ontem dizia na rádio CBN com o Sardenberg, segundo o Brasil 247, que a Dilma estava tentando tirar proveito eleitoral da Copa e disse que ela não poderia fazer isso, hoje, segundo a mesma fonte, diz que ela deve ser responsabilizada pelo fracasso do time em campo.
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