Tentativa de Alckmin de barrar pesquisa é para evitar “ultrapassagem” de Haddad
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Geraldo Alckmin tenta barrar, no TSE, uma pesquisa Datafolha com divulgação prevista para a semana que vem.
O motivo alegado é que Fernando Haddad, apresentado como candidato do PT ao Planalto no questionário, ainda não foi oficializado como cabeça de chapa.
Mas, a motivação pode ser outra: considerando o potencial de transferência de votos, Haddad pode aparecer adiante de Alckmin no levantamento.
O sinal mais evidente disso foi “escondido” pela mídia ao divulgar a mais recente pesquisa Ibope.
Nela, sem Lula, Alckmin tem 9% e Haddad, 6%.
Mas o levantamento também revelou que o potencial de transferência de votos entre Lula e Haddad saltou 9% em duas semanas.
A notícia foi dada discretamente pelo Estadão.
39% dos entrevistados disseram que votariam com certeza ou poderiam votar em Haddad apoiado por Lula.
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53% não votariam de jeito nenhum.
O texto enfatiza que “os porcentuais se referem ao universo total de entrevistados”.
Ou seja, mesmo considerando apenas os 22% que com certeza votarão em Haddad apoiado por Lula, o ex-prefeito de São Paulo empataria, hoje, com Jair Bolsonaro, que apareceu com 22% no Ibope, mais ou menos 2% da margem de erro.
O trecho da nota do Estadão sobre o assunto:
A parcela que, nessa hipótese, votaria “com certeza” no ex-prefeito subiu nove pontos porcentuais, de 13% para 22%, desde 20 de agosto, quanto o Ibope fez pela primeira vez essa pergunta.
E os que “poderiam votar” passaram de 14% para 17%.
Os porcentuais se referem ao universo total de entrevistados, não apenas aos que simpatizam com Lula.
Os que não votariam em Haddad apoiado por Lula em nenhuma hipótese ainda são a maioria absoluta do eleitorado, mas essa parcela caiu de 60% para 53% em duas semanas.
Potencial de crescimento de Haddad é maior no Nordeste
Em termos geográficos, o local com maior potencial de crescimento para Haddad é o Nordeste: lá, cerca de um terço do eleitorado declara intenção de votar nele “com certeza” quando é citado como o candidato de Lula.
Se essa transferência de votos se concretizar, os adversários que mais terão a perder serão Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede).
Seis em cada dez eleitores de Ciro admitem seguir a orientação de Lula e votar em Haddad .
No caso de Marina, metade de seu apoio poderia migrar para o petista.
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