por Luiz Carlos Azenha
A direitona vai dormir feliz esta noite. Tem sangue de pobre jorrando (no Rio de Janeiro). Isso deixa a direita feliz.
Não vou embarcar no discurso tradicional da esquerda, segundo o qual o problema é, sempre, social.
Mas a verdade verdadeira é que, na verdade, o problema é social.
Os problemas de fundo são sempre sociais e não há tráfico de drogas que sobreviva ao emprego, à saúde e à educação.
Mas, como temos o Palocci na Casa Civil, temos de ser “cautelosos”. “Moderados” na hora de exigir juros baixos, menos dinheiro para os rentistas e mais distribuição de renda.
A desculpa do PT será, sempre, que “não temos uma correlação de forças” adequada.
E la nave va.
Comentários
Vera Billie Jean
Petista paulista é tucano!!!!!
Sagarana
Ora meu caro Azenha, o tráfico de drogas resiste a tudo.
Christiano Almeida
P.Q.P. manôôÔ!!! Num primeiro "splash" surge o palocinho! Brincadeira, pô! Assim não dá! Tá bom releva. Ok!
Aí agora o JoNHbim? Não! Não acreditÔÔÔ!!
Tão de brincadeira!!!???
Vou voltar pro buraco no Chile!!!!!
Juliana Santos
Eu fiquei hipnotizada pelas cenas dos últimos dias no RJ.
E apesar de concordar em parte, embora não diga que foi a direita ou a esquerda, mas a elite da zona sul que ficou feliz. Desmantelar o crime organizado no complexo do Alemão deixa e eles mais seguros, e quanto aos pobre vitimas, são sacrificios necessarios na cabeça de muita gente.
Mas por mais triste que seja, acredito que a situação foi tratada com tamanha negligência, que agora penas uma ação estremada como essa resultaria em algo. O pior de tudo é são punidas as maiores vitimas, os moradores das comunidades.
Mas apesar da midia tradicional descrever como uma "manifestação da força do Estado", eu vejo exatamente o oposto. É a prova da incompetência do Estado.
Rafael J
Aliás, cadê o banho de sangue? Certamente a direitona está desapontada com a ocupação cirúrgica do território.
Rafael j
Agora virou moda tentar desqualificar uma opinião acusando-a de "senso comum". O problema é que, para fugir desse "horror" de senso comum, os pseudointelectuais se perdem em teorias estapafúrdias, que não resistem segundos diante de uma análise inteligente.
Janes Rodriguez
Quando uma investigação como a Satiagraha termina como termina, porque esbarra em filhos da aristocracia escravocrata, e numa Justiça feita pra proteger os ricos, como poderemos falar de "inteligência"? A inteligência funciona quando rico também pode ser processado e preso. E o STF não se torna a área de proteção dos endinheirados.
Hélio Jacinto
Eu não acho que o Palocci,tenha alguma coisa a ver com a invasão do Morro do Alemão.
Também não o considero tão ruim assim.
A invasão das Tropas Militares no Morro do Alemão,não demonstra força do Governo do Rio,mas uma enorme incapacidade dos Governos Estadual e Federal em resolver o problema pela via normal.
Um Estado que não atende os anseios da população mais pobre,sempre vai dar chance a que Traficantes assumam o papel que deveria ser do Estado.
Quanto a Palocci,ele é um conciliador,em minha opinião neste momento sua atuação pode ser o ponto de equilíbrio entre os Revolucionários e os Conservadores do PT.
ebrantino
Caríssimo Azenha, eu creio que a sua vocação investigativa está superando a sua vontade de dar a sua verdadeira opinião. Interpreto parte do seu texto como uma provocação para verificar até que ponto as posições dos leitores são baseadas em balanço real da situação ou são baseadas em preconceitos ou ideias fascistas. Se é este o caso, já esclareço logo minha posição : a) Eu creio (posição pessoal) que assim como não se proibe ninguem de fumar, ou de beber alcool até morrer, (e se morre de fumar, e se morre e se mata de beber, em acidentes, violencia, doença etc.)não tem porque proibir a droga. O resultado é que a sociedade paga um preço caríssimo em repressão, justica, burocracia e sistema prisional, sem resultado prático. E, no fim, a violencia é muito maior, e resulta apenas no enriquecimento dos barões da droga e de autoriddes corruptas. Quem quiser se matar envenenando-se com droga que o faça. A droga deveria estar disponivel sob receita, nas farmácias. Proibir apenas a propaganda e o estímulo. Dar tratamento e assistencia, como se faz para o fumante ou o bebedor.Deveriamos dar um choque de liberdade individual. Tirando o charme da proibição, é provavel que diminuisse o consumo. A criminalidade, esta, praticamente desapareceria.
@andremendes
concordo com você, azenha. o problema não é simplesmente falta de bala, como a torcida da direitona advoga.
o tráfico é uma indústria internacionalizada, que gira cifras altíssimas em paraísos fiscais com a ajudinha de certas potências (o afeganistão recentemente se tornou um dos maiores exportadores mundiais de heroína – e lá dificilmente se pode dizer que falte bala. será por acaso?). some-se a isso uma falta de políticas públicas que garanta educação, saúde, trabalho, lazer e cultura, e a droga (tanto uso quanto tráfico) se torna uma alternativa tentadora (e destrutiva) para muitos jovens. é muito fácil dizer que se entra nesse mercado por livre e espontânea vontade, como se outras oportunidades estivessem lá, à disposição.
Roberto Locatelli
Ah, o PT e a correlação de forças…
Para o PT, correlação de forças é desculpa para tudo que eles NÃO fazem.
Mário SF Alves
Êpa! Crítica por crítica, não! Contextualizemos, prezado Roberto. Desde quando ir devagar com o andor virou paloccismo vulgar?
Respeitosamente, Mário.
Rafael
Vai para criminalidade quem quer, e bandido tem que ter resistência mesmo e levar tiro, seja bandido rico ou bandido pobre. Outro ponto, é cortar as pontas, tratando os consumidores como bandidos quer são também(quem financia bandido, bandido é) e claro, parar com a condescendencia com os países produtores.
Herbert Medeiros
Caro Azenha,
Penso que não podemos simplificar o estado de violência urbana no RJ e no Brasil a partir somente do discurso Direita e Esquerda. Sabemos que os setores politicos conservadores e tradicionais do país, o que vulgarmente se denomina de direita, veem a questão da violência na ótica de uma ação represssiva, policialesca e do tipo tolerância zero ao crime. É claro que em situações extremas, o aparato policial tem que coibir fortemente a ação dos bandidos – não falo aqui só de tipos como Carlinhos VP, Marcola, Celsinho da Vila Vintém, Fernandinho Beira-Mar, mas também os de colarinho branco – o que não significa entrar nas favelas e morros alvejando inocentes. A ação policial deve ser inteligente, planejada, calculada e integrada com outras instituições de segurança.
Se as elites reacionárias são ultraconservadoras no modo de atacar a violência, a dita esquerdas também não disseram a que veio durantes esses anos que estão no poder tanto nas esferas estaduais e no âmbito Federal. O que os governos do RJ, PE, BA, PI, PA, CE, só para citar alguns, em conjunto com a União, Judiciário e Lesgislativo propuseram para combater o narcotráfico e o crime organizado? Quais foram os planos, as estratégias, as ações que a União realizou para o controle do comércio ilegal de armas ? O governo federal fiscalizou eficientemente as fronteiras do país para evitar entrada de armas e de drogas? Os Estados governados pelos partidos 'esquerdistas', implementaram reformas na segurança pública para torná-la mais cidadã, pró-ativa, preventiva, democrática e sintonizada com as reais demandas da população? Bom dizer que esses governadores eram aliados de primeira linha do Presidente Lula, o que facilitaria uma ação conjunta, racional e organizada para minimizar os efeitos dessa problemática.
Também desconheço ações de longo prazo que os governos 'progressistas' tenham realizados para que o Estado esteja mais presente nas áreas pobres do Brasil afora. Sim, porque se o problema da violência perpassa pelo viés socioeconômico – e concordo que ai esteja uma das raizes do problemas – então é inconcebível o descaso como estes governos trataram e tratam certas politicas como: qualificação e formação profissional para populações marginalizadas; geração de emprego e renda compatível às demandas daquela população; condições de sustentabilidade para que mulheres pobres possam trabalhar fora e também não sejam violentadas em direitos humanos básicos: (cheches, curos de formação profissional, aparato de segurança conforme determina a lei, planejamento familiar etc); funcionamento do sistema de saúde como preceitua o SUS e a CF/88; modelo educacional de fato inclusivo e valorizador dos agentes que fazem a educação.
Os governos de esquerda pouco fizeram para produzirem politicas consistentes e de longo duração para possibiliar vida digna aos que estam na basa da pirâmide social. O que há são ações pontuais, sem um foco definido e ação integrada das instâncias do poder público. A politica de saúde não dialoga com a de educação que por sua vez não tem link com a segurança e cada estrutura do poder do Estado fica ilhada em sua própria inércia.
Só para encerrar, outro dia vi pela TV uma declaração do presidente Lula que vai contra tudo do que se entende por segurança pública na perspectiva moderna e cidadã. O presidente disse em outras palavra que a policia deve proteger a população e bater nos bandidos. Não discuto o mérito que a população deva ser protegida, mas acredito que a funcão precipua da policia é dispor de métodos para neutralizar a ação dos bandidos, a força é um dos recursos, não o único. O modo como o Srº Presidente colocou sua 'opinião', reproduziu uma visão rasa, de senso comum, do tipo olho por olho, dente por dente. Não vejo como razoável um presidente reduzir uma questão tão complexa a um discurso tão simplista.
francisco.latorre
palocci o linchado da hora.
enquanto isso..
o sinistro geraldo. preposto de ratzinger.. passou batido.
mais quatro anos chupando o sangue paulista.
passou batido. falhamos todos. de mercadante e o pt até esse francisco. todos. pouco fizemos. menos que pouco. nada quase.
quinhentos mortos. civis. três dias. essa é do geraldo.
e na eleição mesmo.. a armação pesquisa-urna decidiu. sem contestação. como em 2006.
ratzinger. e a tríade. continuam podendo em essepê. quatro anos mais.
..
mas o palocci é o homem mau da hora. tá.
..
Marduk
É o preço que se paga por romantizar a criminalidade, como se Marcinho VP e outros fossem grandes forças de resistência ao capitalismo ou coisa que o valha… E ainda tem a turma do bonde do Foucault contribuindo para isto, confortavelmente instalados em suas torres de marfim e com medo de perderem sua fonte de aditivos… No fundo o Capitão Nascimento tinha razão.
aurica_sp
Só verei solução para os problemas do Rio, quando o moradores (“brancos”) da beira da Praia (a maioria) pararem de alimentar o trafico dos Morros. Em relação a guerra entre polícia e os soldados dos traficantes pode ser vista até com bons olhos para alguns, mais essas baixas são passageiras, outros jovens logo irão fazer a mesma coisa “se alistando” entrando no lugar dos que morreram, a inteligência da policia deveria investir contra os Generais do trafico carioca o beneficio seria bem maior para todos. Posso até estar errada, mais é minha opinião.
Fabio_Passos
"Quero Meu Filho de Volta"
Relato escrito por Celso Athayde http://www.cufacampinas.com.br/noticias/quero-meu…
"…o sistema é branco e opressor. Os oprimidos, em geral, são os pretos e os pobres que historicamente sempre cumpriram bem o papel de se matarem para atender à sede de sangue do poder.
(…)
Talvez as guerras e as mortes entre os ditos marginais e policiais só mudem quando eles tiverem a consciência de que foram gerados nos mesmos úteros.
"
turmadazica
Culpar o usuário é o pior…[youtube wjkHrlMq4Qw http://www.youtube.com/watch?v=wjkHrlMq4Qw youtube]
Alex Gonçalves
Ontem, no jornal Hoje, exibiram um clipe com cenas da 'guerra'. Inclusive com relançes dos moradores desesperados. Tudo com musiquinha de ação.
Jair de Souza
Eu discordo da opinião de que o tráfico de drogas não resiste à oferta de condições de saúde, de educação e de trabalho. Fosse assim, não existiria tráfico de drogas em países onde os índicadores sociais são bem mais positivos do que os nossos (Holanda, Suíça, Bélgica, etc.). Claro que, com condições sociais mais favoráveis, diminuiria em muito o número daqueles que participam por carência absoluta de alternativas. Agora, na realidade exisitente, considero fundamental que o governo ocupe todas as áreas sob o domínio do tráfico. Este ocupar não deveria dar-se apenas policialmente. É fundamental que junto com a necessária presença policial, sejam criadas e mantidas estruturas vitais para as populações locais: postos médicos, áreas de lazer, escolas técnicas, melhoria dos serviços sanitários, etc. Se isto estiver no programa do governo, acho correto. Caso contrário, em breve a bomba voltará a estourar.
altamir
Eu concordo em parte. Estes países (Holanda, Bélgica, Itália) estão na outra ponta: são mais consumidores. O problema do entorno violento não se apresenta na mesma proporção do que no Brasil, México e outros países. Também concordo que não será possível acabar com a criminalidade totalmente só melhorando os indicadores sociais; mas de que só assim sera possível diminuir pra valer estes números eu não duvido.
@andremendes
meu caro jair, a falha do seu argumento está em considerar esses países isoladamente no mundo. para haver uma europa com indicadores sociais tão bons, há uma áfrica com indicadores sociais tão ruins. além disso, na suíça que você citou há o tal paraíso fiscal, onde se deposita parte do investimento da droga no mundo.
Freedom Fighter
Você está certo Jair, o @andremendes rodou, rodou e não explicou nada.
Messias Macedo
… Creio que o texto do Luiz Carlos Azenha foi deliberadamente escrito de forma uma tanto confusa, objetivando "sacudir" o leitor! Na minha interpretação, o Azenha quis dizer, entre outras coisas: "Se o governo Dilma Rousseff – sob as favoráveis condições construídas e apresentadas – não aprofundar as reformas e relutar em radicalizar os investimentos atinentes à educação e à inclusão social, 'amanhã' teremos que imputar à esquerda brasileira, leia-se governo do PT, a culpabilidade 'por futuras veias abertas dos pobres deste país!'"…
Messias Franca de Macedo
Feira de Santana, Bahia
Transição República de Nós Bananas/Brasil Nação [RISOS]
Fernando
Stédile sempre comenta que quando Palocci era prefeito de Ribeirão a cidade tinha mais gente na cadeia que trabalhando no campo.
Parece o Rio de Cabral, com negros na cadeia e nos cemitérios.
O_Brasileiro
Vender droga e sempre rentavel. Vejam as empresas de bebidas alcoolicas, cigarro, etc.
O problema nao e social. E cultural!
Ja dizia O Rappa: "to vendendo ervas, que aliviam e acalmam…"
Aliviam de que? Acalmam pra que? O que a Sociedade esta fazendo com as pessoas para que precisem desse lixo?
Fabio_Passos
O uso de substâncias que alteram humor e consciência faz parte da cultura humana.
É a busca do prazer.
Um pensador genial…
"
… o que me frustra, por exemplo, que se considere sempre o problema das drogas exclusivamente em termos de liberdade ou de proibição. Penso que as drogas deveriam tornar-se elemento de nossa cultura.
– Enquanto fonte de prazer?
– Enquanto fonte de prazer. Devemos estudar as drogas. Devemos experimentar as drogas. Devemos fabricas boas drogas – capazes de produzir um prazer muito intenso. O puritanismo, que coloca o problema das drogas – um puritanismo que implica o que se deve estar contra ou a favor – é uma atitude errônea. As drogas já fazem parte de nossa cultura. Da mesma forma que há boa música e má música, há boas e más drogas. E então, da mesma forma que não podemos dizer somos "contra" a música, não podemos dizer que somos "contra" as drogas.
"
Michel Foucault, uma entrevista:
Sexo, poder e a política da identidade
http://vsites.unb.br/fe/tef/filoesco/foucault/bib…
turmadazica
Muito bom!
Fabio_Passos
Brilhante
Um estudioso extremamente sofisticado e acessível.
assalariado.
O_Brasileiro,o que vem primeiro,o social ou o cultural?
"A questão social perdura.
Ela é terrivel,mas é simples:
É a questão dos que tem;
E dos que não tem."
Victor Hugo.
O_Brasileiro
Na minha opinião, a estrutura de uma sociedade depende de sua cultura.
E a cultura depende de como as pessoas são criadas, de como suas famílias as educam.
Não adianta uma comunidade que está sem água colocar a culpa num banqueiro estrangeiro se nem sequer protestou formalmente contra essa falta de água, para citar um exemplo.
Não falo em atos violentos. Mas sim, de atos pacíficos, de cidadania!
Outro exemplo: uma sociedade consumista surge a partir de uma cultura consumista.
Agora, a perpetuação de uma cultura vem principalmente da falta de debates de sociedades que não aceitam opiniões divergentes!
Marco Aurelio
E quem vai reprimir os empresários,juízes,desembargadores e militares de alta patente que estão envolvidos no tráfico de drogas???É fácil encontrá-los nas colunas sociais dos jornais do Rio e na Barra da Tijuca.
Fabio_Passos
O Estado – sob controle da minoria afrikaaner – é o maior promotor da violência no Brasil!
Análise capital do Luiz Mir:
"O Estado tem que assumir o seu papel de agente civilizador e pacificador" http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI46…
"
O que há de comum nesses cinco séculos de Guerra Civil no país?
Luís Mir – Em primeiro lugar, nós temos uma constante invariável: o Estado sempre foi o maior promotor de violência. O Estado brasileiro, seja no seu estamento militar seja no seu estamento policial, sempre adotou uma postura violenta em relação à população. Como a maioria do país sempre foi pobre e miserável, o Estado sempre achou que era preciso impôr a disciplina e depois a repressão, a violência necessária pra controlar. A gente não pode falar em violência do povo brasileiro, a gente tem que falar de violência do Estado.
E quem são as vítimas?
Mir – As vítimas são sempre as mesmas: os pobres, os negros, os segregados, os marginalizados. Quando a violência começa a atingir pessoas das ditas etnias dominantes, das classes dominantes do país, a primeira coisa que se pede é mais repressão, mais polícia, mais armas. Nesses cinco séculos de nossa história, você vai ver que, já na fundação da colônia, veio a balcanização, a segregação territorial e econômica do pais. Depois, na Independência, esse processo se agravou, ao se manter a escravidão.
Em que estágio nós estamos?
Mir – Agora o que nós temos é um conflito distributivista que é a herança insepulta desses cinco séculos. Trata-se de uma heranca que tem que ser resolvida cedo ou tarde. Nós vamos resolver os cinco seculos em cinco anos? Em dez anos? Não, mas nós temos que resolver. E impossível você manter o país com 90 milhões de pobres e miseráveis. É impossível você manter eternamente uma realidade social como a brasileira.
"
Leiam a entrevista na íntegra.
É esclarecedora.
Felisberto Campos
Azenha, para uma Casa Civil com perfil mais político, o Palocci não me pareceu uma escolha tão ruim. Minha preocupação é que fosse para a área econômica. Mas acho que, se a Dilma for o que penso que é, suas chances eram nulas.
digrigo
Também é o que enxergo, que o tipo jeitoso do Palocci esteja a serviço de políticas sociais cada vez mais contundentes. Vamos ficar de olho.
Jussara
gente, precisamos transceder o discurso, quem de nós tem outra solução pro presente? O tráfico, pois quaisquer motivos que enccontremos, dominou grande parte das comunidades menos asistidas. Estamos, aqui no Rio, em estado de sítio. Reprimir é errado????
Fabio_Passos
Só reprimir? É lógico que está errado. A função do estado é pacificar.
Jussara
apaziguar ou pacificar? o Estado somos nós, mas a gente não se envolve, finge que não vê a maior parte do tempo.
Fabio_Passos
Quando o tema é o resgate da população segregada a classe média não se envolve. Pouco se importa.
Mas se a questão é invadir o gueto e cometer massacres… aí a classe média é só aplausos para os grupos de extermínio.
O Estado não somos nós. O Estado pertence a "elite" afrikaaner que o utiliza como instrumento para perpetuar seus privilégios.
Já passou da hora da população segregada conquistar cidadania.
edv
Que massacre?
edv
E as UPP's não incluem a palavra pacificar?
Não dá pra fazer tudo em um dia. Princialmente em situações degradadas há tempos.
Há necessidade de inúmeras ações de curto, médio e longo prazo.
Repressão é uma delas e eventualmente, como nestes casos de emergência, precisam ser aplicadas.
Ou para esta semana há outra sugestão?
Ramon
O problema é que o Estado cedeu espaço para a dominação do tráfico. O momento é de recuperação do espaço físico, as ações sociais devem vir à seguir, mesmo porque, professores, médicos, assistentes sociais não se sentiriam bem em trabalhar em uma comunidade subordinada aos humores de um traficante. Em SP o estado "pediu arrego" após ser desafiado pelo PCC, acredito que a ação no Rio é a mais acertada.
Quanto ao fato de pobres estarem sendo mortos, gostaria de lembrar que os pobres já vinham sendo mortos à conta-gotas, pela violência no dia-a-dia dos morros, os "fornos de microondas dos traficantes" continuam ativos.
Lamento que tantos governantes tenham sido coniventes com o tráfico, abrindo mão de parte do território, deixando as populações dos morros viverem sob domínio de déspotas drogados e armados com fuzis. Após a retomada do território, devemos cobrar diariamente o apoio e as ações sociais. Não podemos pela dificuldade de inverter as coisas ficar na imobilidade eterna.
Sou favorável às UPP, mesmo sabendo que não são perfeitas, apenas o fato dos traficantes serem contrários é sinal que promovem efeitos positivos.para a sociedade.
Sei que a realidade é dura para as comunidades desses complexos de favelas tendo uma guerra em curso nas portas das suas casas. O governo disponibilizou abrigos para estas pessoas, que estariam lá em caso de uma catástrofe natural, neste caso deveríamos fazer campanha para que as pessoas se dirijam a estes locais e também para prover estes espaços de mais conforto. Não é grande coisa, mas é o que pode ser feito no momento da Guerra.
Fabio_Passos
Repercutiu também no Nassif a nota do Observatório das Favelas:
"Nota do Observatório sobre acontecimentos no Rio" http://www.observatoriodefavelas.org.br/observato…
"
Em virtude dos últimos acontecimentos na região metropolitana do Rio de Janeiro, o Observatório de Favelas repudia todo e qualquer ato de violência, seja ele oriundo das organizações criminosas ou de instituições do Estado. Consideramos um retrocesso na política de segurança pública uma retomada da intervenção policial pautada pela lógica do confronto e pelo discurso da “guerra”. Diante do quadro atual, é fundamental que a polícia atue priorizando a inteligência, a estratégia e, sobretudo, a valorização da vida de toda a população, sem exceção.
"
Fabio_Passos
Muito boa entrevista do Chico Alencar (PSOL-RJ) na CartaCapital:
"Violência no Rio é fruto da omissão crônica do poder público" http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_ca…
"
O diretor daquela cena que corre o mundo, de mais de 200 jovens, pobres, de baixíssima escolaridade, armados, atravessando àquela estrada, que liga uma comunidade pobre a outra, chama-se: omissão crônica do poder público. Quem arregimenta esses figurantes do mal é a política institucional, do clientelismo e da reprodução das áreas de abandono das grandes cidades.
"
Klaus
A direita fica feliz. A esquerda também, mas com dor no coração, não é verdade?
assalariado.
A barbárie social é o auge do Estado ditado pelo capital,baseada nos principios da exploração (capital x trabalho),estou falando das elites do capital que,por conta de conseguir riquezas pessoais, jogam-nos a todos no inferno capeta-lista,enquanto os próprios vivem em suas fortalezas residenciais -(condominios fechados)-,para fugir à violencia social instalada pelos próprios.Vendo alguns comentários,a conclusão que chego é,quão a classe média é reaça,tanto quanto o seu espelho maior,as elites do capital. A pequena burguesia não consegue ver/ entender a vida/ mundo além do 7º andar dos seus umbigos.Por isso,a falta de visão social sobre a barbarie que os capitalistas nos impuseram/ impõe -(toda esta violencia não vem do nada,por isso,a questão é social sim…)-,sem novidades,o capital nunca foge as suas regras,é tudo por dinheiro,nem que para isso tenhamos que ficarmos reféns de nossos egos em detrimento dos já nascidos e condenados pela burguesia capitalista a serem réus de seus proprios algozes.VAMOS DAR VIVAS A HIPOCRISIA!!
Mário
Azenha, o problema de quem emite opinião a favor desse circo macabro que está sendo protagonizado pelo polícia do Rio e pelo exército, dizendo que o problema deve ser resolvido à bala, é que essas pessoas não moram nesses lugares e, assim, não correm o risco de serem atingidos por alguma bala perdida. A maior ameaça que atormenta a vida dessas pessoas é a de seus filhinhos baladeiros acabarem se viciando no consumo de drogas. É preciso colher informações das pessoas que vivem, p. ex., na Vila Cruzeiro. O que eles acham dessa ação da polícia? Não vi um comentário sequer de algum morador das favelas cariocas. Não dá mais pra ficar considerando esses argumentos da classe média. A realidade da maioria das pessoas é outra!
Julio Silveira
Não me considero de direita, mas acho que o tempo da esquerda buscar similitudes na marginalia do crimes comuns já passou. Neste momento a visão que deveria se impor é que tanto faz a ditadura militar ou a ditadura das gangues de traficantes ou milicianos, para quem é oprimido a violencia é ilegal, constrangedora e covarde e deve ser combatida com igual visão de ilegalidade.
As pessoas mais carentes e do bem são vitimas completas. Elas sofrem as condições do sistema do estado que lhes abandonou e do sistema da comunidade que lhe obriga a silenciar de qualquer forma.
Defender bandeiras sociais é algo louvavel mas não podemos perder de vista que nas comunidades existem aqueles que não transigem com o crime, são oprimidos por ele, e que apenas esperam uma oportunidade de consolidar sua cidadania completa, a esses devemos voltar nossas considerações.
Duarte
Elocubração política tem limites. Tem coisas que são mais simples. Se tem ladrão armado tentando assaltar sua casa, você liga para a polícia, e espera que ela venha. Não fica filosofando se o ladrão não teve educação, saúde, emprego (e não precisa ser nenhuma casa de rico, porque tem viciado em crack que assalta vendedor ambulante por causa de R$ 5,00) . O mesmo acontece com as cidades. Talvez apenas ficamos desacostumados com a ação policial como necessária para manter a civilização diante da barbárie. Se há mortes é porque as facções de bandidos portam e usam armas de guerra. Quem é rendido ou se entrega, é preso vivo.
Wanderson Brum
Uma questão como essas não se resolve assim a toque de caixa, afinal de contas a história das favelas e da criminalização destas e do problema que as configurou é secular, por que essa presteza toda agora?
A situação da violência nas favelas já é insustentavel a mais de meio século, digo sem erro que nas comunidades há familias que tem sido vitimas initerruptas da violência desde que seus ancestrais foram sequetrados em Africa para vir a serem escravizados e depois aqui, agora quando o asfalto começa a sofrer as consequências de seu descaso com a maioria da população até tanque de guerra branquinho arruma! É mole um negócio desses!
O senhor Cabral é aquele que a pouco defendia o aborto não como politica de saúde pública ou tendo em vista os direitos reprodutivos das mulheres, mais sim na perspectiva de que os ventres das mulheres pobres eram fabricas de "marginais", eu achava que era um Napoleãozinho dos trópicos mais tá se revelando proto-Juliani do Rio.
Pra ilustrar a situação deixo o link de rap do Facção Central de SP:
http://hojedeusandadeblindado.faccaocentral.letra…
Marcelo de Matos
O problema é sempre social. Como diz o Datena – Essa é a grande realidade.
GABRIELA
Não sei se o problemae realmente social, o que eu sei é que precisa ser reprimido, por isso dou todo meu apoio as forças legais detes país. Tem muita gente probre que nunca se envolveu com drogas e com crime e que estudarame com dificuldade e hoje são grandes juizes, advogados, economistas,engenheiros, etc…. Enquanto que muitoas pessoas da dita classe média, média alta e alta, estão envolvidas com drogas, com o crime organizado, não com como consumidores, mas, também como traficantes e criminosos. Por isso que criticam tanto o estado quando esse quer fazer alguma coisa para diminuir a violencia. Eles querem mesmo é fomentar a violencia porque dela eles se comprazem. E o povo que se dane! Viva o Brasil e viva os nossos governantes que agora estão preoculpados com o povo.
Marcelo de Matos
(parte 2) E o sangue dos pobres? Ah, eu gostaria de ser pobre como o Marcinho VP, cuja mulher foi presa por lavagem de dinheiro. Ou como o traficante colombiano Juan Carlos Abadia, que havia movimentado R$ 19 bilhões nos últimos dez anos, de acordo com a Polícia Federal. E o Palocci? Coitado, tão perseguido pela mídia há algum tempo, sê-lo-á, agora, pelos blogs sujinhos? Lembram do assessor dele, o advogado Rogério Buratti, que foi mostrado pela mídia algemado e com o macacão amarelo canário do presídio? O sanitarista ribeirãopretano é um ótimo negociador, tem jogo de cintura. Acho que a Dilma está escolhendo bem sua equipe. Talvez Palocci alugue um sobrado em Brasília para re-reunir a turma de Ribeirão. E o Francenildo irá trabalhar de jardineiro na casa vizinha? De novo? Este comentário está ficando muito longo. Finalizo cumprimentando o pessoal do setor de arte: essa Fátima era mesmo um avião.
Marcelo de Matos
(parte 1) Em outros blogs se fala muito na questão dos juros altos e da “apreciação” do real: o do Dirceu, o do Nassif. Aqui eu nunca tinha visto campanha contra esses fenômenos financeiros. Quem promove essas campanhas pode ser que tenha na retaguarda empresários prejudicados por essas altas, como os industriais e exportadores. Pode ser uma espécie de lobby. Eu não entendo piciroca do assunto. O Klaus disse que “Os juros não caem simplesmente porque o Estado brasileiro precisa que alguém o financie”. Pode ser. Na minha ignorância acho que não caem porque o stablishement não quer. Há setores, como o de seguros, que têm grandes capitais investidos e não querem ter os ganhos reduzidos. Como disse o novo presidente do Banco Central, é “a sociedade” que determina o percentual dos juros. A apreciação do real seria uma consequência dos juros altos: entram muitos dólares para participar da mamata. Enfim, dentro da legalidade é difícil mudar o “status quo”.
@tiagovassao
Mandou na mosca como sempre.
Valeo Azenha!
[]s
Lucas Cardoso
Espero que dessa vez esteja enganado, mas suspeito que não. Espero que a Dilma faça as reformas mais profundas que as de Lula, agora que o PT tem a maioria absoluta em praticamente todas as esferas.
José Afonso Queiroz
Azenha, me desculpe, mas discutir o pecado original não nos tornará mais cristãos, judeus, muçulmanos ou ateus. A violência já está instalada há anos e declarar o óbvio para menosprezar a reação legítima da sociedade à violência é um pouco "política de direita", né?
Minha família e meus irmãos, que vivem no Meyer, Todos os Santos e Del Castilho, não agüentam mais a violência; violência esta que já os atingiu a todos. São eles que estão pedindo ação policial. Educação, saúde, emprego estão crescendo, mas só gente bem empregada e que mora em lugar seguro diz que devemos esperar o progresso social acabar com a violência.
Marcelo de Matos
Mandou bem, José.
dbacellar
Concordo parcialmente. Como a agressão a bala, com participação de militares, equipamentos de guerra vão reduzir a violência? Mal (bem mal…) comparando, se meu vizinho me aporrinha com o som alto, é legítimo que eu invada a casa dele e destrua o equipamento de som? Isso vai 'pacificar' nossa relação, gerando harmonia entre nós?
A favela não é uma fortificação inimiga, que deve ser ocupada. É o lar de muitas pessoas. Ações como a que está acontecendo agora, só darão certo se o Estado entrar em seguida com muito, muito dinheiro para restaurar as vidas das pessoas de lá. Algo como uns 2 ou 3 bilhões de reais, se eles resolverem tomar todas as favelas do Rio. Provavelmente mais. Daí, sim, estas comunidades tornar-se-ão independentes do tráfico. Se isso não acontecer, emtrês meses vai parecer que nada ocorreu. Na hipótese disso acontecer, fica uma pergunta: onde essa classe média e média-alta que 'não agüenta mais a violência' vai se abastecer de maconha e cocaína?
Se os que vivem no Meyer, Todos os Santos e Del Castilho não agüentam mais a violência, o que dizer daqueles que têm suas casas transpassadas de balas, muitas delas pagas com dinheiro dos impostos, outras pagas pelas classes média e média-alta que consomem drogas?
Jose A.Queiroz
Não sei se conhecem o Rio, Meyer, Todos os Santos e Del Castilho são entrelaçados com várias favelas (Camarista, Rato Molhado, Jacaré e Jacarezino, etc.). Meu irmão mora em Del Castilho e dentro de duas favelas que se entrelaçam, Rato Molhado e Jacaré. Já foi assaltado e agredido, ele, mulher, filho e as duas filhas; o filho já foi detido injustamente e teve sua primeira e única bicicleta "apreendida" pelos policiais.
Não estou falando de fora, meus caros.
Quanto as drogas, lamento informar que são consumidas pelos burgueses que têm grana para morar em lugares melhores do que aqui. A droga é, na sua maior parte, transportada por menores ou desempregados para os "clientes" nos bairros mais ricos.
Rafael J
Não há como falar em urbanização das favelas sem antes expulsar os criminosos. Falar que a classe média consome drogas é tão rasteiro quanto falar que os favelados traficam.
Ricardo
Assino embaixo! A poulação virou refém do crime faz tempo. E pra desalojar os criminosos, o poder da polícia tem mais é que ser usado.
Klaus
Entra governo, sai governo e os juros continuam altos. Será que petistas e tucanos se uniram para dar dinheiro para os "rentistas"? Os juros não caem simplesmente porque o estado brasileiro precisa que alguém o financie. Só isto. Todo problema difícil tem uma solução fácil. E errada.
Vera Pereira
Sinceramente, li duas vezes e não entendi nada. Ou a burrice é minha, o que não é novidade, pelo menos para mim, ou o post se enredou na grande complexidade do raciocínio e perdeu a clareza.
Fernando
Traduzindo: Palocci é tucano.
Deixe seu comentário