Pela segunda vez, Moro tira proveito de decisões que tomou como juiz e se pendura na Odebrecht através de empresa dos EUA
Tempo de leitura: 2 minDa Redação
Com a campanha de 2018 ainda em andamento, Sergio Moro foi sondado pelo candidato Jair Bolsonoro sobre assumir o Ministério da Justiça.
Foi o que acabou acontecendo.
Moro já tinha limpado o caminho da direita ao condenar o ex-presidente Lula e, na reta final do primeiro turno, divulgou a delação fake do ex-ministro Antonio Palocci, como forma de prejudicar o candidato do PT, Fernando Haddad.
No governo de tons neofascistas, Moro e Bolsonaro foram “um só”, nos dizeres da esposa do ex-juiz, Rosângela.
Ele saiu do governo atirando, de forma mais uma vez oportunista, certo de que o elo entre a Lava Jato e o Grupo Globo era suficientemente sólido para poupar a emissora de qualquer investigação e ele, Moro, de qualquer crítica — a Globo passou batido pela Vaza Jato.
As investigações da Lava Jato praticamente destruiram a maior construtora do Brasil, a Odebrecht, e milhares de empregos, poupando os executivos criminosos que fizeram uma delação seletiva e combinada, deixando de fora os que não interessava acusar.
Com isso, os concorrentes da Odebrecht se deram bem em todo o mundo e os empregados da empresa comeram o pão que o diabo amassou.
Agora,o ex-ministro Sergio Moro vai ganhar dinheiro “sujo” da Odebrecht, através de uma empresa dos Estados Unidos, numa área que ajudou a criar, a de compliance:
Sergio Moro assume cargo de diretor em empresa de consultoria em SP
Apoie o VIOMUNDO
Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro foi anunciado neste domingo (29) como novo diretor da empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal, escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro foi anunciado neste domingo (29) como novo diretor da empresa de consultoria americana Alvarez & Marsal.
Trata-se do escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato. À TV Globo, o ex- ministro confirmou a nova função e informou que não vai se pronunciar no momento.
No anúncio divulgado em seu site, a empresa afirma que o ex-juiz vai comandar a área de disputas e investigações a partir de dezembro.
O objetivo, segundo o comunicado, é que Moro possa “desenvolver soluções para disputas complexas, investigações e questões de compliance” para os clientes da empresa, com base em sua experiência governamental.
Como juiz federal no Paraná, Moro conduziu os processos da Operação Lava Jato.
O anúncio destaca ainda que Moro é “especialista em liderar investigações anticorrupção complexas” e também em estratégias de compliance.
Saída do ministério
Sergio Moro anunciou a demissão do Ministério da Justiça em abril deste ano. O ex-juiz federal deixou a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.
A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.
Ao anunciar a demissão, em pronunciamento no Ministério da Justiça, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso.
“Presidente, eu não tenho nenhum problema em troca do diretor, mas eu preciso de uma causa, [como, por exemplo], um erro grave”, disse Moro.
Moro disse ainda que o problema não é a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer “colher” informações dentro da PF, como relatórios de inteligência.
Comentários
Zé Maria
Sujeira e Sem-Vergonhice Estrutural
Zé Maria
Falcatruas, mas Falcatruas mesmo, do Moro e da Globo,
veremos depois que o Báidi assumir a USA Presidency.
Zé Maria
Fala, Reizinho! (https://youtu.be/LQSLMqMY7QU)
Deixe seu comentário