Nosso curso de formação do “coxinha esclarecido” fez sucesso

Tempo de leitura: 5 min

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CURSO PARA O COXINHA ESCLARECIDO

por Luiz Carlos Azenha, no Facebook do Viomundo, com revisão que implicou em acréscimos e ajustes

Agora que você conseguiu derrubar uma presidente da República com premissas e argumentos falsos, é hora de sofisticar sua capacidade de debate.

Não seja confundido com um mero seguidor do intelectual pornô Alexandre Frota. Pega mal na turma.

Você certamente é muito mais sofisticado que isso.

Provavelmente você é admirador dos Estados Unidos e, ao mesmo tempo, do Estado Mínimo, escrito assim em maiúsculas para denotar a centralidade deste item na pauta neoliberal.

Nunca confunda uma coisa com outra. Por mais que a Miriam Leitão sugira isso, os Estados Unidos não são um Estado Mínimo.

Palavra de quem morou lá duas décadas e tem duas filhas novaiorquinas (na verdade, de tripla nacionalidade, dentre as quais preferem a brasileira), com direito a tirar proveito do estado de bem estar social dos Estados Unidos.

Você costuma confundir estado de bem estar social com comunismo (como em Bolsa Família, médicos cubanos, etc.). Nos Estados Unidos, ele é resultado do anticomunismo.

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Preste atenção: quem implantou o estado de bem estar social nos Estados Unidos foi o presidente Roosevelt. O país vinha do crash econômico de 1929. Depressão econômica. Os sindicatos eram fortes.

Para cooptar os sindicatos e evitar a ascensão dos comunistas, Roosevelt resolveu implantar programas sociais e salvar o capitalismo. Portanto, as coisas que ele bolou e implantou eram uma forma de combater o comunismo. Logo, anticomunistas.

Chamar o Roosevelt de comunista é tão absurdo quanto chamar o Lula ou a Dilma ou o PT de comunista. Eles são social democratas.

No Brasil, o partido que tem social e democratas no nome não é nem uma coisa, nem outra.

Voltemos aos Estados Unidos. Por mais que a partir daquele seu grande herói, o Reagan, os EUA tenham dilapidado o estado de bem estar social, os pilares deles subsistem: Social Security, Medicare, Medicaid e Food Stamps.

Pode chamar de Previdência Social, Bolsa Terceira Idade, Bolsa Plano de Saúde e Bolsa Família.

Essa ideia, de que o Estado deve ajudar a cuidar dos mais fodidos, é uma coisa antiga, que surgiu em outro país que você admira muito, a Alemanha. Mas não quero dar overload de informação no seu cérebro.

Basta você registrar isso: por causa dos programas sociais acima — e de outros fatos que apresentarei em seguida — os Estados Unidos não são um Estado Mínimo.

Pelo contrário, os EUA se assentam sobre um Megaestado, muito maior que o brasileiro.

Se você quer alguns exemplos de Estado Mínimo, eu os ofereço: México, Honduras e Paraguai, países que você certamente despreza e nunca utiliza como exemplo para reforçar seus argumentos.

Portanto, sempre que você falar em Estado Mínimo, esqueça os Estados Unidos e diga: “Devemos fazer como lá no Paraguai, que…”

Acrescente, em seguida, os argumentos pelos quais o Brasil deve seguir o mesmo caminho. A gente quer coxinhas sofisticados e intelectualmente honestos!

INTERVENCIONISMO ESTATAL

Caro amigo, você passou com louvor pela primeira aula. Para encarar a segunda, temos de voltar no tempo.

Vamos falar sobre intervencionismo estatal.

Anos 70. Você não tinha nascido. Eu estudava na Old Mill Senior High School, no condado de Glen Burnie, estado de Maryland. Fiz todas aquelas bobagens que você vê nos filmes de escola gringa, inclusive levar a linda Töve, estudante sueca, ao baile de formatura.

Meu pai americano era vendedor de seguros e trabalhava em Baltimore, cidade que visitei algumas vezes.

Os americanos, como a minha família, tinham se mudado em massa para loteamentos distantes, tipo Alphaville.

A indústria de base tinha abandonado o país em busca de salários mais baixos em outros lugares do mundo.

Sem a grana dos impostos, as áreas metropolitanas tinham entrado em decadência profunda: prédios abandonados, crime, tráfico de drogas.

É óbvio que você, que prega o Estado Mínimo, defenderia para este caso uma solução tocada pela mão invisível do mercado.

Se você condena o BNDES, bote um isordil sob a língua para encarar o que vou te contar.

Os governos americanos enfrentaram o problema despejando bilhões de dólares na recuperação dos centros urbanos, em dinheiro vivo ou deixando de cobrar impostos.

Funcionou mais ou menos assim: os governos reduziram os impostos para empresas que se instalassem em áreas degradadas.

Em alguns casos, exigiram que as empresas contratassem moradores locais.

Com salário garantido, os moradores financiavam apartamentos em prédios reformados com dinheiro público, tipo Minha Casa Minha Vida.

Que horror! Puro dirigismo estatal.

Baltimore ganhou um lindo shopping center bem na marina. Cleveland, Detroit… aconteceu o mesmo num grande número de cidades dos Estados Unidos.

Mais tarde, foi assim no Harlem e no Times Square, em Nova York.

Quando conheci o Harlem, em 1985, parecia um bairro recém bombardeado. Hoje você pode até ir àquela missa gospel recomendada pelos reaças do Manhattan Connection, também defensores do Estado Mínimo (para os outros).

E você que pensou que o intervencionismo estatal nos Estados Unidos fosse coisa da crise de 2008, quando o Obama salvou os bancos e a General Motors!

Portanto, quando você fizer o próximo selfie diante daquele teatro da rua 42, escreva na legenda: “Mamando nas tetas do Estado americano”.

O Lion King só passa lá por conta do intervencionismo estatal com dinheiro público.

MANIPULAÇÃO DO LIVRE MERCADO COM AJUDA BILIONÁRIA AOS MAIS RICOS

Chegamos ao último capítulo: manipulação do “livre mercado”, aquele pelo qual você tem uma admiração quase religiosa.

Sabemos que você abomina o Bolsa Família: distorce a livre competição por mão de obra no mercado de trabalho.

Note, no entanto, que este não é um “problema” exclusivamente brasileiro.

Na tão admirada América — é assim que você chama os Estados Unidos — o número de usuários da versão local do Bolsa Família, os Food Stamps, está próximo de 45 milhões de pessoas.

Sabe por que os Food Stamps sobrevivem na América? Não é apenas por causa da compaixão dos conservadores.

O programa é defendido pela indústria da alimentação! Há restrições ao que pode ser comprado com o cartão, que foca nos produtos da indústria local de alimentos processados. Assim, ela fatura uma enormidade com os pobres.

Portanto, quando o Lula falava que o Bolsa Família fazia girar o comércio e a indústria locais, não é que ele tinha razão?

Mas, na terra do suposto Estado Mínimo, os Food Stamps são um exemplo menor de como o dinheiro público ajuda os mais ricos.

Nem sempre beneficiando os mais pobres.

Você já pensou o que representam para a indústria farmacêutica as compras governamentais dos Estados Unidos?

Elas são tão importantes para os lucros das companhias que o Congresso, cedendo ao lobby das farmacêuticas, proibiu — em alguns casos — o governo de negociar diretamente com as empresas para baixar o preço das drogas oferecidas nos programas públicos.

O Estado Mínimo paga o Preço Máximo!

É uma baita distorção do Livre Mercado, que vai parar direto no bolso de companhia farmacêuticas trilionárias.

Como exemplo final, os subsídios da agricultura. Você sabia que a América gasta U$ 45 bi anuais para bancar o plantio de trigo, algodão, milho, soja e arroz?

Sabia que a grana fica principalmente com as grandes empresas do agribusiness, em vez de ajudar os agricultores mais pobres?

Você, que sempre protesta contra os subsídios da Lei Rouanet, deveria protestar contra o David Rockefeller: o bilionário levou meio milhão de dólares em subsídios agrícolas do Estado Mínimo!

Sabe as consequências do Bolsa Fazendeiro?

Mais pobreza na África e na América Latina, cujo potencial exportador fica comprometido pelo derrame de dólares em larga escala na produção agrícola da América — os europeus, aliás, fazem igualzinho.

Portanto, em sua próxima viagem a Miami, não esqueça de reservar um dia para protestar. Junte os amigos pelo Facebook.

Sugestão de faixas, direto do Google Translator: “Food Stamps is a factory of floaters”, “Rockefeller suckle the government teats”, “Military intervention already”.

Leia também:

Pedro Serrano: Decisão do MPF “mata” as pedaladas do impeachment

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Comentários

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MARIO FONTES

Sou cidadão australiano e informo que o Social Security é muito bom por lá quer o governo seja Labor ou Liberal Party, pois isto é uma questão de Estado do Bem Estar Social Welfare System.
Entretanto as PIGs (Globo, Veja Estadão etc.) que são todas Golpistas Fascistas colocaram na cabeça dos coxinhas que Bolsa Família é comunismo.
Escodem que todos os benefícios sociais são entorno de 1% do Orçamento, porem o serviço da dívida consome 40% isto eles ficam quietinhos nem um piu. Estes meios de comunicação são tão mentirosos e venais quanto a Miriam Leitão, não tem credibilidade, são totalmente contra a educação da população para uma civilização melhor.
ISTO NÃO É COMUNISMO ISTO É BEM ESTAR SOCIAL COISA DE PAIS DESENVOLVIDO EUA AUSTRALIA ALEMANHA , POIS NÃO EXISTE UMA IMPRENSSA FASCISTA COMO ESTA QUE TEMOS NO BRASIL.

Quando ia comprar um remédio com receita na farmácia com meu cartão o farmacêutico acessava o Receita Federal e de acordo com minha faixa de rendimento pagava um preço no remédio, entretanto se ao final do ano minha renda ultrapassasse determinado valor seria cobrado no imposto de renda os descontos que tive na compra de remédios.

Acrescento que o custo desse ônus é dividido por toda sociedade e pelos lucros das multinacionais que atuam com sede nesses países assim quando abrimos o pré-sal estamos facilitando o Wellfare System Holandês através da Shell e estamos prejudicando o nosso diminuindo o Fundo do Petróleo para Educação e Saude.

MARIO FONTES

Sou cidadão australiano e informo que o Social Security é muito bom por lá quer o governo seja Labor ou Liberal Party, pois isto é uma questão de Estado do Bem Estar Social Welfare System.
Entretanto as PIGs (Globo, Veja Estadão etc.) que são todas Golpistas Fascistas colocaram na cabeça dos coxinhas que Bolsa Família é comunismo.
Escodem que todos os benefícios sociais são entorno de 1% do Orçamento, porem o serviço da dívida consome 40% isto eles ficam quietinhos nem um piu. Estes meios de comunicação são tão mentirosos e venais quanto a Miriam Leitão, não tem credibilidade, são totalmente contra a educação da população para uma civilização melhor.
ISTO NÃO É COMUNISMO ISTO É BEM ESTAR SOCIAL COISA DE PAIS DESENVOLVIDO EUA AUSTRALIA ALEMANHA , POIS NÃO EXISTE UMA IMPRENSSA FASCISTA COMO ESTA QUE TEMOS NO BRASIL.

Quando ia comprar um remédio com receita na farmácia com meu cartão o farmacêutico acessava o Receita Federal e de acordo com minha faixa de rendimento pagava um preço no remédio, entretanto se ao final do ano minha renda ultrapassasse determinado valor seria cobrado no imposto de renda os descontos que tive na compra de remédios.

Luiz Carlos P. Oliveira

Mas os coxinhas, os “inteligentes” do Brasil não sabiam disso? Eles não saben que pagamos sobretaxas para vender suco de laranja e outros produtos para os EUA? Não pode, pois eles são leitores da Veja, da Folha, da IstoÉ, do O Globo, só assistem a Globosta, que são veículos de informação por excelência. Eu mesmo aprendi no Globo Ciência que sapos e rãs são répteis. Meu professor de biologia, lá nos tempos do ginásio, provavelmente se virou no túmulo. Que Deus o tenha

Urbano

A intenção era de dizer ‘quer sempre mais do mesmo”…

Urbano

A rafameia da oposição ao Brasil querem sempre mais do mesmo…

a.ali

Por caridade, Azenha é muita informação para a coxaiada que ficou tonta e está arrodiando até agora tentando entender, ao menos, um parágrafo… não, é muito e na boa: uma linha!

clodoaldo

Os coxinhas não conseguem ler um texto desse tamanho e com esse grau de complexidade.

    Lukas

    Sem saber ler mandam no Brasil e no mundo, já pensou se fossem letrados como vocês?

nelson

azenha: faz isso não. vamos criar o bolsa miami. os trouxinhas (ex-coxinhas) vão prá miami e param de encher o saco. só que vão ter que virar cucaracha e dançar rumba. aí deixam de ser brasileiros de vez

Lukas

O próximo curso será para o Petista Distraído.

Torres

É camarada, você e a Sheila não entende ram nada, nem o texto, nem a realidade da vida. Não podemos pedir-lhes o imp ossível, mas esperamos que se esforcem na renovação dos seus princípios, notada mente os Patrióticos. Torcemos por vocês.

    Torres

    Complemento o q já foi dito: Triste e De cepcionante, após os aplausos e carinho do seu povo. Não reconheceu o valor e a força da camisa Verde e Amarela, nem da Equipe Maravilhosa com quem atuou. Esp ero que reveja sua decisão e se retrate pe lo que falou.

Serjão

Azenha, você está superestimando os coxinhas. Ele não vão entender nada do que você falou. É necessário pelo menos um neurônio a mais, no mínimo 3!

Caracol

Azenha, como sempre afiado, mostrando seu mais fino gume.
Muito bom, Azenha!
Abraço!

FrancoAtirador

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Dinheiro pra Proteger Gringo o Interino Tem

Governo Provisório Libera Mais R$ 78 MILHÕES

dos Cofres Públicos para Garantir a Segurança

de Franceses e Norte-Americanos na Olimpíada.

https://pbs.twimg.com/media/CnbgLFiXEAAGMy4.jpg
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Francisco

muito bom ; só assim pra quebrar o feitiço do pig;

Suely

Cadê os coxinhas que não escreveram NADA! KKKKKK Defendem o estado mínimo e criticam os programas sociais aqui no Brasil mas acham os USA maravilhosos! Ignorância com complexo de vira lata!!!

Suely

Cadê os coxinhas que não escreveram NADA! KKKKKK Defendem o estado mínimo e criticam os programas sociais aqui no Brasil mas acham os USA maravilhosos! Ignorância com complexo de vira para!

    FrancoAtirador

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    Os Troxinhas fizeram como a Sheilla Castro*:

    Foram pra Turquia onde Tem Intervenção Militar

    E Não há Nenhum Perigo de Atentado Terrorista.

    Não é como o Brasil dos Petralhas Igual à Cuba.

    *(https://twitter.com/sheillacastro/status/526496998946787328)
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