Da Redação
O ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva tem estado em intensa atividade digital ao longo da pandemia.
Nesta data simbólica, o 7 de Setembro, no entanto, fez discurso de candidato.
Durante quase 25 minutos, acusou Jair Bolsonaro de fazer da covid 19 uma “arma de destruição em massa”, de demolir a soberania do Brasil — submetendo o país aos Estados Unidos — e de governar para os ricos.
Colocou-se à disposição do povo brasileiro para uma virada.
As eleições de 2022 ainda estão muito distantes para cravar que Lula será candidato.
No entanto, as eleições municipais de 2020 estão aí, a campanha será curtíssima e a principal base eleitoral do PT, o Nordeste, está sob ataque de Jair Bolsonaro e do Centrão, que enxerga na aliança de conveniência com o presidente da República uma oportunidade de tirar proveito do pagamento do auxílio emergencial, conquistando prefeituras em todo o Nordeste.
Bolsonaro, que perdeu apoio na classe média, busca compensar a debandada com parte do eleitorado fiel a Lula.
Praticamente sem chances de vencer em São Paulo e no Rio de Janeiro, o PT apostou em Marília Arraes, no Recife, para tentar conquistar ao menos a Prefeitura de uma grande capital.
Numa campanha curta e majoritariamente digital, Jair Bolsonaro tem à sua disposição o palanque do Planalto para incentivar seus candidatos, em alianças informais — como as que levaram à eleição de Romeu Zema, João Doria e Wilson Witzel em 2018.
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A maior aposta da direita está em Fortaleza, onde Bolsonaro fincaria uma estaca se prosperar a candidatura do Capitão Wagner (PROS, Podemos, PSC, Avante, Republicanos, DC, PMN, PMB e PTC).
Nenhum outro partido de oposição tem um cabo eleitoral com o poder de Lula, razão pela qual o discurso de hoje pode ser visto como o desencadeamento da campanha em que o ex-presidente tentará empurrar petistas e aliados à vitória.
Apesar de eleições municipais serem decididas essencialmente por questões paroquiais, o peso de Lula polarizando com Bolsonaro será essencial para o PT no Nordeste, estabelecendo o contraste entre a bonança de quando ele governou e a crise econômica, sanitária e ambiental presidida por Bolsonaro em 2020.
A ver.
Comentários
Zé Maria
É uma Lástima ver o Lula se rebaixar para fazer
contraponto a um Miliciano Genocida Imbecil,
quando o ex-Presidente – dada sua Inteligência,
Experiência de Vida e como ex-Chefe de Estado,
com toda a Sabedoria Política que lhe é Peculiar –
poderia estar debatendo a Soberania do Brasil e
os Rumos do País, em Alto Nível, com Pessoas
Patrióticas e de Bem, quiçá, como Ciro ou Marina.
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