Lula e a desqualificação dos ambientalistas

Tempo de leitura: 3 min

por Luiz Carlos Azenha

Leio no Blog do Planalto que o presidente Lula lembrou que, no passado, se opôs à construção de Itaipu e Belo Monte:

“Vocês nem imaginam quantos discursos fiz contra a construção de Belo Monte. E é exatamente no meu governo que ela acontece”, disse Lula na cerimônia que marcou a assinatura do decreto em que concede a Norte Energia — vencedora do leilão para construir Belo Monte — para em seguida pedir ao ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, que fizesse um catálogo de casos bizarros apresentados para barrar a construção das duas usinas.

Zimmermann contou ao Blog do Planalto que o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek, tem um arquivo contendo reportagens publicadas nos anos 80 que diziam, por exemplo, que o lago da usina iria transbordar e provocar alagamento em Buenos Aires, cidade a 1,3 mil quilômetros de Itaipu. Os arquivos mostram também casos mais dramáticos — da criação de uma “bomba atômica” à mudança do eixo da terra ou terremotos provocados pelo peso da área inundada.

Contra Belo Monte, já se disse que a área do reservatório não produzirá energia suficiente que possa justificar o empreendimento — um argumento que, segundo o ministro, vem de quem não conhece a fundo o projeto.

O presidente Lembrou ainda do caso da usina Tijuco Alto, que fica entre os estados de São Paulo e Paraná, outro empreendimento do setor elétrico que enfrenta dificuldades para ser concluído. O impasse, no caso, refere-se a uma caverna que seria alagada. O presidente chamou a atenção para outros casos que geraram embargos em obras do governo, como por exemplo, uma “machadinha” que sinalizaria um sítio arqueológico ou a “perereca” que atrasou as obras de duplicação da BR-101, no Rio Grande do Sul.

*****

Eu, Azenha, sinceramente fico preocupado com essa aparente tentativa de desqualificar os ecologistas e os ambientalistas, como se eles estivessem em busca de um objetivo menor, o de “prejudicar” obras do governo.

É preocupante especialmente diante dos 80% de aprovação popular de que dispõe o presidente da República.

Os ambientalistas argumentam que Belo Monte vai servir, acima de tudo, para produzir energia para consumo da indústria eletrointensiva, como a mineração, que precisa dela para explorar as jazidas da Amazônia. O governo Lula alega que tomou medidas para reduzir o impacto ambiental, para reduzir a área alagada em reservas indígenas e argumenta que as famílias que serão removidas de áreas alagáveis em Altamira já tinham que sair de suas casas na época da cheia.

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O vídeo em que o projeto é apresentado coloca seis bodes na sala do internauta (dizendo que havia seis projetos para construir hidrelétricas no rio Xingu), para depois retirar cinco e dizer que ficará apenas um: Belo Monte.

O que Lula deixou de dizer na cerimônia, por desconhecimento ou por não ser conveniente, é que desde que Itaipu foi construída desenvolveu-se uma sólida escola de pensamento que contesta a construção de grandes obras hidrelétricas pelo impacto que causam em todo o curso de um rio, por exemplo. Daí derivaram ideias como a das mini-hidrelétricas, o desmantelamento de barragens para recuperação ecológica e as energias alternativas.

Há sólidos argumentos dos dois lados desta controvérsia, com os desenvolvimentistas dizendo que Belo Monte é melhor que importar gás da Bolívia para tocar termelétricas e que a energia dela é necessária para as populações que já vivem na Amazônia.

Usar esses argumentos é muito melhor que dizer que a obra vai gerar empregos temporários em Altamira ou trazer de volta as teorias bizarras que existiam em relação a Itaipu. Que eu saiba, em relação a Belo Monte, ninguém arguiu que o lago vai oferecer riscos à estabilidade do planeta.

Trata-se de um debate sobre se o Brasil vai promover o desenvolvimento econômico da Amazônia nos mesmos moldes em que ele aconteceu no Sudeste ou no centro-oeste ou se vai reconhecer que, pelas suas condições especiais, a Amazônia será desenvolvida dentro de outro paradigma.

Esse é o debate fundamental que não travamos, já que nesse particular a grande mídia e a oposição concordam com o governo Lula, as grandes construtoras e as grandes mineradoras.

Quando Lula pede a um ministro que traga exemplos de Itaipu para o debate sobre Belo Monte está simplesmente turvando esse debate.

Quando Lula faz piada com a “machadinha” arqueológica ou com a “perereca” que parou uma rodovia, desqualifica o trabalho de gente séria que se dedica à arquelogia e ao ambientalismo. A ausência de uma determinada espécie em um determinado bioma pode não ser considerada dano suficiente pelo presidente da República para atrapalhar uma obra. Mas é engano dele imaginar que a proteção de uma espécie é “frescura”, já que a ausência dela quase sempre é sintoma de desequilíbrio ambiental.

E, como o presidente da República é um humanista, deveria entender que não faz sentido gerar grandes obras que não tenham como objetivo central promover a melhoria de vida dos homens e do meio ambiente em que eles vivem.

Portanto, trazer do passado exemplos de Itaipu e fazer o inventário das “pererecas” e “machadinhas” só serve para mistificar, distorcer ou evitar um debate sério sobre questões sérias. Anedotas presidenciais só contribuem para desqualificar o debate, ainda que se originem num presidente com 80% de aprovação popular.

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Comentários

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Felipe

Parabéns, Azenha! Apesar de a maioria de seus leitores aderirem ao desenvolvimentismo tosco, você tem a coragem de voltar a lembrar que ser "de esquerda" não é sinônimo de ser contra os ambientalistas (ou viceversa). Já disse o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro, aquele que foi porcamente usado pela Veja: "O desenvolvimento é sempre suposto ser uma necessidade antropológica, exatamente porque ele supõe uma antropologia da necessidade: a infinitude subjetiva do homem – seus desejos insaciáveis – em insolúvel contradição com a finitude objetiva do ambiente – a escassez dos recursos. Estamos no coração da economia teológica do Ocidente (..); na verdade, na origem de nossa teologia econômica do 'desenvolvimento' . Mas essa concepção econômico-teológica da necessidade é, em todos os sentidos, desnecessária. O que precisamos é de um conceito de suficiência, não de necessidade. Contra a teologia da necessidade, uma pragmática da suficiência. Contra a aceleração do crescimento, a aceleração das transferências de riqueza, ou circulação livre das diferenças; contra a teoria economicista do desenvolvimento necessário, a cosmo-pragmática da ação suficiente."

    Jorge G Hipólito

    Eu penso que não há problema algum em ser de esquerda, no entanto, qual esquerda, aquela , onde a filosofia propiciou a ideologia, ou essa que se pratica hoje? Eu lamento muito, mas, na minha opinião, o que se apresenta como sendo esquerda, me faz vislumbrar um disfarce bem montado de grupos pseudos socialistas, porém, tendenciosamente, totalitaristas – a prática diverge da teoria. Eu penso ainda que a espécie homo sapiens, na sua essência jamais conseguiria praticar a verdadeira esquerda, uma vez que não há simpatia pelo paraíso – entre céu e inferno preferem o segundo, nele sempre haverá competitividade e é exatamente isso que satisfaz o ego dos sapiens. A esquerda verdadeira, talvez, seja possível mais adiante, isto é, dependerá da EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA.

Fernando

Este texto do Azenha está sendo largamente difundindo em blogs e redes anti-Dilma.

Jorge G Hipólito

Inicialmente, eu quero parabenizar o Azenha pelo blog – ao mesmo tempo afirmar que voltei no tempo e senti saudades de quando ele (jovem repórter) se apresentava na filial da globo aqui em São José do Rio Preto. Nessa época, eu também era jovem e servia no policiamento florestal (hoje ambiental). Quantas reportagens… Eu também ouso ressaltar que não há um bando de picaretas conforme consta num dos comentários, pois, na verdade para proteger o meio ambiente não se faz necessário fazer curso nenhum, haja vista, que durante longos 26 anos testemunhei pessoas analfabetas, porém conscientes da necessidade de se preservar os rios, as matas, o solo e tudo o mais, pois a manutenção lhes proporcionariam renda e qualidade de vida. Por outro lado também testemunhei pessoas com formação superior e totalmente inconscientes, uma vez que elas desmatavam,caçavam, praticavam a pesca predatória e eram autuadas reincidentemente, ou seja, não havia uma gotinha de preocupação com relação a preservação da vida dos outros, bem como a própria.

    edson

    Jorge G Hipólito, gostaria da sua opinião a respeito dos fiscais ambientais estaduais, responsáveis pela liberação ou não do aproveitamento do solo neste país, quando estes negam a utilização do solo para os médios e pequenos agricultores mesmo tendo sua reserva legal registrada em cartório e suas APPs regularizadas – ou seja, sobre as parcelas passíveis de aproveitamento conforme lei ambiental vigente – e estes mesmos fiscais liberam a utilização do solo para os grandes fazendeiros e latifundiários das áreas com as mesmas características. Você concorda ou discorda. Qual é a razão? Corrupção dos fiscais e/ou porque gostam de tomar café nas grandes fazendas… Eu sei que vc como policial ambiental já viu um monte de casos assim… esta atitude dos fiscais levam os médios e pequenos agricultores a abandonarem suas terras e vendê-las para os grandes fazendeiros e latifundiários e com isso estacam o desenvolvimento do Brasil.

    Jorge G Hipólito

    Caro Edson, o policiamento ambiental no estado de São Paulo fiscaliza, ou faz vistoria ambiental nas propriedades rurais tendo como suporte a Constituição Federal e legislação específica, isto é, ambiental. Nessa circunstância observa-se o constante dos Códigos Florestal, Caça e Pesca e outros dispositivos relevantes, por exemplo, a LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, bem como a lei LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências; e a Resolução SMA nº 37, de 09/12/2005. Eu peço desculpas, infelizmente, não compreendi a afirmação de que fiscais liberam o solo para latifúndios e impedem os médios e pequenos mesmo estando regularizados. Eu, sinceramente, desconheço esse procedimento, haja vista, que as atribuições do antigo Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN) e Departamento de Uso do Solo Metropolitano (DUSM) está sob a responsabilidade da CETESB, que autoriza a supressão de vegetação e intervenção em áreas consideradas de Preservação Permanente e demais áreas ambientalmente protegidas, bem como a emitir alvarás e licenças relativas ao uso e ocupação do solo em áreas de proteção de mananciais. Eu não sei se está havendo atos de corrupção como você afirma, mas posso lhe adiantar que no policiamento ambiental do estado de São Paulo não há flexibilidade, isto é, se aceitar vantagens indevidas por conta da função, simplesmente, vai sentar lá no banquinho da Corregedoria, onde é concedido amplo direito de defesa, no entanto, ficando comprovado a ilicitude esteja certo de que o indivíduo vai procurar emprego, ou vai para o Presídio Romão Gomes. Concluindo, eu acredito que os pequenos e médios proprietários se veem obrigados a vender suas terras em face da ausência de uma política de governo que os incentivaria no aprimoramento, por exemplo, de AGRICULTURA FAMILIAR.
    Respeitosamente,
    Jorge G Hipólito

luisa

Amazônia.org.br: Isso quando a floresta não é retirada para se fazer o reservatório?

Fearnside: Mesmo retirando a floresta. O metano tem um impacto muito maior sobre o efeito estufa por cada tonelada. É vinte e cinco vezes maior por cada tonelada de gás se comparado com o gás carbônico. Qualquer transformação do carbono em metano gera mais impacto, e a culpa dessa emissão é da hidrelétrica. O reservatório funciona como uma fábrica de metano.

A água dentro do lago acaba formando camadas, uma mais fria no fundo e outra mais morna em cima. É formada uma divisória que não permite a mistura dessas duas camadas. A água do fundo fica sem oxigênio, e tudo o que apodrece lá vira metano, não gás carbônico. Grande parte desse metano sai pelas turbinas das usinas. Essa água está sob pressão, o que faz mais gás ser absorvido pela água.

Quando a água passa pela turbina e sai pelo ar livre com menos pressão, o gás vai saindo e é muito metano. Meus cálculos mostram que as usinas da Amazônia, Balbinas, Tucuruí, Curuauna e Samuel emitem mais gases de efeito estufa do que seria emitido para a geração de energia com combustíveis fósseis. Isso tem que ser considerado nos cálculos de efeito estufa e na decisão de se construir ou não usinas.

Amazônia.org.br: E quais seriam as alternativas viáveis de geração de energia limpa?

Fearnside: São várias. A primeira coisa que se pode fazer é simplesmente utilizar menos energia. Essa é de longe a alternativa mais eficaz. Há muitas coisas gritantes que não estão sendo feitas.

Para dar um exemplo, no Brasil, utiliza-se muito o chuveiro elétrico para tomar banho. Essa energia vem de termelétricas a gás. Queima-se gás para esquentar água em turbina e gerar energia, a energia é transmitida até a sua casa e você usa para esquentar a água do chuveiro. Em cada uma dessas transformações, você está perdendo parte de energia. Se for usar gás diretamente para esquentar a água, você pula essas etapas. Poderia ser usada a energia solar também, sem se utilizar nenhum tipo de gás como fonte. São várias opções, coisas que valem por essas grandes hidrelétricas que estão sendo discutidas na Amazônia hoje.

São várias opções, mas uma das principais é a decisão sobre o que o Brasil deve exportar. Se o Brasil exportará alumínio para o mundo, não tem limite de quantas hidrelétricas precisa, porque o mundo quer comprar montanhas de alumínio. É uma decisão que o país deve fazer sobre se irá vender aquilo ou não. É importante entender isso. As pessoas pensam que economia é uma coisa acima dos países, como se tivesse direito de comprar o que quiser, mas não é assim. Se algo tem grande impacto ambiental, o país pode decidir que não quer vender aquilo.

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richard pereira

Na realidade o pres. LULA não está atacando os AMBIENTALISTAS, pois na verdade o que existe no BRASIL em quantidade exagerada são um bando de picaretas que se dizem ambientalistas sem ter nem um cursinho basico para falar em MEIO-AMBIENTE.

Mais ou menos como ocorre nos pseudo especialistas jornalistas do PIG , uns se dizem economistas sem ter um cursinho de contabilidade técnica que seje, outros são taxados de cientistas políticos e para surpresa alguns destes ,nem curso superior em qualquer coisa tem .

Antes de se falar fulano e sicrano são AMBIENTALISTAS vamos averiguar para saber se porque cuidam de folhagens em suas casas, ou bebem àgua filtrada, ou usam vaporisadores para respirar se julgam AMBIENTALISTAS

RICHARD PEREIRA

Lucas Cardoso

Apesar de me alegrar em o Azenha ter a coragem de fazer uma crítica ao governo, principalmente em época de eleição, me entristecem alguns comentários por aqui. Um monte de gente acredita que os ambientalistas estão em conluio com os EUA (!?!?). Chama ecologista de eco-chato. Equaliza ambientalismo com conservadorismo…

Não tenho nada contra quem apoia o nacional-desenvolvimentismo. Não tenho nada contra quem reclama dos ambientalistas. É válido. Eu mesmo às vezes acho bobeira impedir um projeto de grande utilidade porque vai extinguir uma especiezinha. Mas vamos aumentar o nível dos nossos discursos. Muitos comentários aqui são ótimos (e, pessoalmente, adoro ler os comentários do viomundo), mas muitos descambam pra baixaria, política de torcida organizada, maniqueísmo e um lulismo cego.

Franca

O que a opinião do blog esquece é apontar que existe sim um neo-conservadorismo travestido de discurso ecológico, onde nada pode mudar … o bom é viver em árvores ou em cavernas (como fosse possível esquecermos do ar condicionado, carro, fogão e geladeira). Os ecochatos precisam qualificar seus discursos … essas alternativas são tolas e abrobrinhas (centenas de microusinas ????), como Lula disse sao "pererecas" e "machadinhas". Francamente Azenha…..

rossana

Eu fico pensando: onde estava o Green Peace qdo do desastre no Golfo do México? Eu percorri os noticiários e não vi uma linha a respeito desses ambientalistas num desastre como aquele. Será que eles só aparecem em questões que envolvam o Brasil, ou eles trabalham só para as baleias…Porque eles não apareceram criticando os EUA? Mistério…

    luisa

    Cara Rosana, eu fico pasma com tua opinião e de todas que li até agora. USA não é exemplo pra ninguém, assim como todos os países que consomem seus recursos naturais sem se preocupar com o amanhã. O Brasil tem que se preocupar sim, com tudo que acontece aqui, todos hoje deveriam ser ambientalistas, pois tu sabes o que é isso? Quem tem que cuidar do Brasil são os brasileiros e brasileiras, e devemos sim nos preocupar com o que acontece no mundo. Já parastes pra pensar que as queimadas na Rússia estão nos afetando? Então imagina as queimadas, (são mais de 1200 focos de incêndio) aqui no nosso país, o quanto está gerando de desequilíbrio em toda a nossa já frágil atmosfera? Parece que se pode detonar tudo em nome de um falso progresso só porque os países ditos primeiro mundo já o fizeram. Eu gostaria de te dizer que o grande golpe contra a natureza no golfo, não é tão maior como o que estamos hoje fazendo em nosso país, quando jogamos lixo na rua, as queimadas criminosas, a construção de usinas pra beneficiar produção de minério para os japoneses, poluição de nosso ar pelas indústrias e carros,(porque falta transporte de qualidade), poluição de nossas águas subterrâneas(porque falta saneamento básico) e sem falar de nossos lençóis freáticos. Bem eu poderia aqui te enumerar muito mais, e fique sabendo eu detesto aqueles que destroem a terra por ganância e por não terem nenhum comprometimento sócio-ambiental, e ainda se julgam no direito de falar abobrinhas, e debocharem de pessoas que pelo menos estão buscando soluções, esse é o discurso do mal. Tu me parece uma mulher do bem, então Rosana luta pelo que é nosso, uma idéia, começa pela tua casa, tua rua, teu bairro…. Luta pela natureza sim, pois tu és ela também. Luisa

CC.Brega.mim

Do Latorre, lá no 1º comentário:

é hora de um novo olhar pro ambiente. tá pra ser inventado.

é a sociedade -eu/nós- que tá devendo. a academia.. se manifeste.

uma visão do ambiente fora do eco-verdismo made in amerika.. individualista voluntarista despolitizante.. com as melhores intenções.

eu queria dizer que concordo totalmente com a ideia da criação, mas acho que ela é coletiva, como um sonho comum que vai tomando corpo no fazer de cada pessoa, conforme ela participa intencionalmente, conforme aumenta a igualdade.
por isso que a academia é barca furada… a academia é a base da dominação tucana: a universidade "de excelência" produz as mentiras que eles precisam contar.
por isso que é preciso tomar as universidades e politizar as pesquisas de todas as áreas
a sociedade não tem nada a ver com a academia…

ebrantino

Lá em cima, no comentário anterior, tentei mostrar as tremendas questões que devem ser levantadas e resolvidas a priori, se quisermos discutir algum propósito os temas como Belo Monte e o Projeto do Código Florestal. Só um exemplo: Havendo oportunidade de aumentar a produção de Aluminio, intensiva em Energia Elétrica, devemos concretizar o projeto, ou desistir dele para diminuir a pressão para fazer hidroeletricas?. É isso, porem lá atras está outra coisa – E se não aceitarmos investimentos em Aluminio, cimento, Petroquimica, Siderurgia, Mineração, sabemos que isso vai trancar o desenvolvimento do pais, sendo que outros paises continuarão se desenvolvendo. E neste caso, trancando os investimentos, vamos aceitar a diminuição consequente dos empregos, e trancar os projetos de casar, ter moradia, vestir dignamente, acesso à saude e à educação, e até acesso à comida.É isso que representa não fazer os investimentos. Pode-se dizer – mas poderiam ser outros. É importante saber que investimentos como os que são viaveis no Brasil, são estudados e projetados com antecedencia de até 10 ou mais anos. E mesmo um governo decidido a influir na sua configuração, não o decide isoladamente.
Há as chamadas condições objetivas, e a vontade dos parceiros, concorrentes, etc.
Pois bem, todos os povos que tem um pouco de sorte e conservam um minimo de exercício de soberania, procuram projetar e administrar essas questões. O Brasil, felizmente, hoje está com um certo grau de liberdade no assunto, pois os dois governos Lula tornaram o pais menos dependente. Então a hora de agir seria na eleição do Presidente e do Congresso, e dos governos estaduais. Uma vez eleito um governo, penso que é legítimo dar um minimo de confiança aos titulares. O que não aceito é que queiramos ao mesmo tempo empregos, energia, saude, educação e segurançaça e questionemos exatamente os investimentos e as obras que irão possibilitar e custear essas benesses. A coisa é bem complicada, mas espera-se que pessoas capazes de discutir com profundidade temas tão complexos como o ambiente possam se dar conta de que pode-se ter muita coisa, mas não tudo. Há escolhas, e cada grupo tem as suas. E que embora não se espere coerencia de quem defende os seus lucros ou juros, espera-se honestidade científica e de propósitos, de quem se qualifica como defensor do meio ambiente. Este tem de ser honesto na discussão;

    luisa

    Ebrantino, eu gostaria de saber o que tu fazes? Pois o teu discurso é bem afinado com o que estão pregando por ai, tu sabes da onde está saindo o dinheiro para os investimentos que tanto estás defendendo? Tu sabes para quem que a maioria das hidrelétricas geram energia e para onde vai os minérios a preço de banana? O consumo no mundo já mostrou o seu desastre amigo, tu deves ler jornal ou assistir televisão, não te destes conta ainda que o de melhor vai pra fora daqui e o pior fica, e ainda mais as importações já ganham das exportações? Tu achas mesmo que nossas riquezas naturais, nossas florestas de pé valem menos do que todas as coisas que mencionastes? Tu acreditas que os gringos que já esgotaram muitos de seus recursos não estão nos devorando( justamente por esse discurso ai é que nos mantemos ocupados e não enxergamos) ? Tu acredita que sem destruir nossos recursos naturais, nós não poderemos ser grandes? Amigo grandes já somos, e deveríamos sim, saber negociar isso. Mas para tanto devemos sair da política do menos pior e nos qualificarmos verdadeiramente com o país que dá certo. O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER ENXERGAR. E colega cai na real, as pessoas vão continuar casando, estudando, comendo, vestindo, trabalhando, e eu acreditando que não precisa destruir a natureza para isso. Sutentabilidade, responsabilidade e um amor genuíno pelo país, pelo planeta, que também é tua casa, de teus filhos, teus netos, bisnetos…… E estudar sim, ler e muito, começar com nossa casa, rua, bairro, e expandir a consciência do não desperdiço. Consumo consciente, respeito a vida em todas as suas manifestações. Luisa

francisco.latorre

são paulo não acontece mais..

projetos estruturantes. planejamento. saneamento água. planejado estruturado.

outro século outras técnicas.

lei de rios urbanos.

beira de rio tem que ser.. pública. pública. jardins parques. pública. pras pessoas .

sem avenida marginal. sem especulação.

lei de uso do solo urbano. discutida. em conferência. do solo urbano.

pro brasil.

censo ambiental. agrícola. aí começa.

depois do censo.. zoneamento. e conferência.

..

lei na propaganda.

sem controle da propaganda.. hipnótica viciante manipuladora.. falar sobre consumo fica meio prejudicado.

e o midião não deixa. nem discutir. pra eles não tem lei.

..

Sérgio Salvati

Sou biólogo e trabalho com turismo sustentável. Estive em Altamira recentemente. A cidade está mesmo em polvorosa.

Não vou entrar no mérito deste importante debate, mas só queria mencionar que tive acesso ao Estudo e Relatório de Impacto Ambiental, disponíveis, vejam só, na casa de Artesanato de Altamira. E observei que as propostas de minimização de impactos, assim como os programas de compensão ambiental que serão implantandos, são realmente impressionantes, pela qualidade, coerência técnico-científica e montante de recursos a serem investidos na área sócio-ambiental. Até a praia de rio na cidade, importante para o lazer e para o turismo, será reproduzida novamente. Achei incrível. Claro, muitos impactos são irreversíveis, outros minimizados e todos são monitorados.

Mas olhando ao redor de Altamira só vemos destruição. Onde está a floresta e sua biodiversidade? Vi miséria envolta de fazendas maiores que a cidade de SP, carros de meio milhão de R$ circulando por ruas imundas e por entre centenas de bicicletas, vi condomínios de luxo a poucos quilometros de barracos. Vi até o Taradão, assassino de D. Stang, circulando pela cidade. Enfim… do que estamos falando mesmo?

Ahh, de impactos ambientais causados por humanos prá construir Belo Monte… entendi.

francisco.latorre

pane?..

pra não virar sumpaulo.

projetos estruturantes. planejamento. saneamento água. planejado estruturado.

outro século outras técnicas.

lei de rios urbanos.

beira de rio tem que ser.. pública. pública. jardins parques. pública. pras pessoas .

sem avenida marginal. sem especulação.

lei de uso do solo urbano. discutida. em conferência. do solo urbano.

pro brasil.

censo ambiental. agrícola. aí começa.

depois do censo.. zoneamento. e conferência.

..

lei na propaganda.

sem controle da propaganda.. hipnótica viciante manipuladora.. falar sobre consumo fica meio prejudicado.

e o midião não deixa. nem discutir. pra eles não tem lei.

..

Ed.

Assim como em Belo Monte, não há almoço grátis…
Custo x benefício é a discussão…
Há envolvidos que podem avaliar o balanço muito melhor do que eu.
E há também interessados por outros motivos
Que, espero, não prevaleçam…

CC.Brega.mim

Eu sei que eu já falei um montão mas…
É que de fato combater a desqualificação do discurso adversário
tão presente na política brasileira
e não só na política
muitas vezes alimentada pelo nosso amor ao futebol
e nossa preferência por torcer em vez de discernir
é uma causa justa e importante…
valeu Azenha!
bjs
CC

Marcopsol

Parabéns Azenha pela qualidade do texto, ainda bem que existem ainda blogueiros que sãode fato progressistas e que estão lúcidos. A despeito da popularidade do presidente é preciso apontar coisas erradas, fazer um debete de bom nível sem bravatas e desqulificações seja de quem for. Infelizmente alguns dos blogueiro ditos "progressistas" estão com um comportamento semelhante ao PIG, pró-Lula, o que certamente não é o seu caso.

Urbano

Há Ambientalistas e há ambientalistas… Com os últimos é tão somente auê, principalmente de alguns candidatos chinfrins, na atual eleição. O Minc, sem rumor, obteve muito mais avanços

Carlos Morelli

O povo brasileiro é a favor da energia limpa e o Brasil pode, tem como e sabe fazer uma hidroelétrica. Qualquer país do mundo gostaria de estar no lugar do Brasil. Deve-se construir Belo Monte e se possível milhares de outras usinas que não poluam e nos traga benefícios reais. Se não fizerem Belo Monte, daqui a pouco irão dizer que perdemos a oportunidade de termos energia.

    luisa

    Amazônia.org.br: Você falou em impactos de emissão de gases de efeito estufa. As hidrelétricas na Amazônia emitem mais?

    Fearnside: Emitem, e não só na Amazônia. Na Amazônia, elas emitem de várias formas. Primeiramente, você tem a floresta que estava lá, muitas árvores ficam esticadas para fora da água e a madeira vai apodrecendo. Isso emite gás carbônico que causa efeito estufa. Mas, o que dura é a emissão de metano. É a forma que é tomada quando apodrece a matéria no fundo do reservatório, onde não há oxigênio.

    Amazônia.org.br: Isso quando a floresta não é retirada para se fazer o reservatório?

    Fearnside: Mesmo retirando a floresta. O metano tem um impacto muito maior sobre o efeito estufa por cada tonelada. É vinte e cinco vezes maior por cada tonelada de gás se comparado com o gás carbônico. Qualquer transformação do carbono em metano gera mais impacto, e a culpa dessa emissão é da hidrelétrica. O reservatório funciona como uma fábrica de metano.

    luisa

    Amazônia.org.br: E quais seriam as alternativas viáveis de geração de energia limpa?

    Fearnside: São várias. A primeira coisa que se pode fazer é simplesmente utilizar menos energia. Essa é de longe a alternativa mais eficaz. Há muitas coisas gritantes que não estão sendo feitas.

    Para dar um exemplo, no Brasil, utiliza-se muito o chuveiro elétrico para tomar banho. Essa energia vem de termelétricas a gás. Queima-se gás para esquentar água em turbina e gerar energia, a energia é transmitida até a sua casa e você usa para esquentar a água do chuveiro. Em cada uma dessas transformações, você está perdendo parte de energia. Se for usar gás diretamente para esquentar a água, você pula essas etapas. Poderia ser usada a energia solar também, sem se utilizar nenhum tipo de gás como fonte. São várias opções, coisas que valem por essas grandes hidrelétricas que estão sendo discutidas na Amazônia hoje.

    luisa

    Quando a água passa pela turbina e sai pelo ar livre com menos pressão, o gás vai saindo e é muito metano. Meus cálculos mostram que as usinas da Amazônia, Balbinas, Tucuruí, Curuauna e Samuel emitem mais gases de efeito estufa do que seria emitido para a geração de energia com combustíveis fósseis. Isso tem que ser considerado nos cálculos de efeito estufa e na decisão de se construir ou não usinas.

    São várias opções, mas uma das principais é a decisão sobre o que o Brasil deve exportar. Se o Brasil exportará alumínio para o mundo, não tem limite de quantas hidrelétricas precisa, porque o mundo quer comprar montanhas de alumínio. É uma decisão que o país deve fazer sobre se irá vender aquilo ou não. É importante entender isso. As pessoas pensam que economia é uma coisa acima dos países, como se tivesse direito de comprar o que quiser, mas não é assim. Se algo tem grande impacto ambiental, o país pode decidir que não quer vender aquilo.

    Amazônia.org.br: Você acha que é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação da Amazônia?

    Fearnside: Sim, inclusive faz parte da estratégia que eu venho propondo há mais de vinte anos, de usar os serviços ambientais da floresta amazônica como base da economia. Hoje a economia da Amazônia é construída em cima de destruição. Tudo envolve a destruição da floresta.

    A floresta faz serviços que valem mais do que desmatar a área: evita o efeito estufa, mantém a biodiversidade e garante a reciclagem da água que, inclusive, trará água da chuva para São Paulo. Essas coisas valem mais do que o boi em um hectare na Amazônia. Temos que ter mecanismos para transformar esse valor ambiental em fluxo financeiro para sustentar a população de forma sustentável sem destruir a floresta.

Fernando

Nem o Lula desenvolvimentista a qualquer custo nem o Greenpeace financiado pelo Primeiro Mundo.

Por que o viomundo não entrevista um dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens?

Um movimento popular legítimo ignorado pelo PIG, como o MST.

Tomudjin

E por falar em ambientalismo, que tal falarmos de São Paulo?
Triste sina desta cidade que nunca teve Plano Administrativo, e muito menos administradores. A maior prova "morta" disso, corta a cidade exalando o cheiro e o nível de imcompetência dos seus ambiciosos gestores: Tietê e Pinheiros.

Marcelo Sperling

Essa é a questao mais importante a ser levantada para o futuro governo Dilma!

A questao ambiental vai ficar de fora do programa dela, assim como já esteve fora do governo Lula.
Até a Marina se disse favorável à usina. Ela, que eu achava que ia levantar essa questao….

Quanto tempo vai levar para que o ambientalismo se torne um assunto no Brasil?

O_Brasileiro

Continuam avaliando o mérito do projeto sem mostrar alternativas para os povos da Amazônia!
Uma região onde boa parte da energia elétrica é gerada em termelétricas, poluentes, barulhentas, caras, ineficientes! Isso sim é negociata! Negócio de bilhões!
A falta de opção de trabalho estimula a mineração, o garimpo e o devastamento para obter madeira e para a pecuária!
A população da Amazônia ficando mais exposta a peixes recheados de mercúrio. Façam uma pesquisa sobre os efeitos do mercúrio sobre a saúde humana.
Isso sem falar das "neblinas" causadas pela fumaça dos desmatamentos, que tem sido cada vez mais constante nas cidades da região! Causa problemas de saúde e de funcionamento da navegação e de aeroportos.
Ponham as cartas na mesa!

João Sales

Não se faz omelete sem quebrar ovos. O projeto, dissecado no vídeo sugere melhoras para o Norte como um todo e, espacialmente para a população ribeirinha da região. As palafitas e a convivência com a míséria e doenças da falta de saneamento são visíveis. Qual o IDH da região? Qual o salário médio da população que ali vive? Viverão na fome e doença apenas porque ambientalistas e ecochatos não querem que aquilo mude? As pessoas da região certamente
serão muito beneficiadas. Resta a cobrança da execuçao de todo o projeto com os cuidados de preservação, que aliás, lá não existem hoje. A pergunta que me vem no momento é: onde estavam todos, que permitiram que acontecesse o que hoje está lá?

    luisa

    E por que é necessário fazer uma hidrelétrica para levar melhores condições a todos os brasileiros, isso não seria já o dever do estado,(governo)? Fala sério. Olha a transamazônica ai gente. luisa

Augusto Gasparoni

Parabéns pelo tema, importantíssimo, porém devo discordar abertamente da posição defendida no texto. O assunto precisa ser amplamente discutido por "n" motivos, e eu devo dizer de antemão que possuo um entendimento favorável à construção de Belo Monte.
Ainda que seja pela necessidade de maior oferta de energia que impulsiona o crescimento, oferecendo condições mais dignas de vida aos brasileiros.
Ou, pela geração de mais riqueza beneficiando a população mais carente (afinal o modelo mundial é este), pois os atualmente ricos, num sistema democrático, jamais concordariam em abrir mão sequer de parte de sua riqueza.
Ou pelos menores custos da energia hidrelétrica, comparado aos outros de mesma escala.
Ou porque a topografia local não é adequada para pequenas centrais hidrelétricas, certamente elevando o custo.
Ou porque as energias alternativas não oferecem a mesma escala de produção. Eólica, solar, fotovoltaica, biomassa não são competitivas (pelo menos por enquanto, e a decisão precisa ser tomada agora para produzir daqui a 7 ANOS). Como dizia o Betinho, "quem tem fome tem pressa".
Ou pelos menores riscos comparado com a nuclear.
Ou estrategicamente pela ocupação do território antes que os "donos do mundo" resolvam fazê-lo.
Ou porque de nada adiantaria decidirmos unilateralmente fazer os maiores esforços (certamente prejudicando o acesso a conforto aos mais humildes), sem que isso fosse uma decisão mundial onde cada pais colabore da forma que puder.

Quanto à colocação crítica e bem humorada do Lula, também devo dizer que mais uma vez ELE ACERTOU. E quem está desqualificando os ecologistas não é o Lula com suas críticas, e sim ALGUNS ECOLOGISTAS E AMBIENTALISTAS de visão estreita e pouco comprometidos com as necessidades básicas do povo brasileiro. E falo disso com conhecimento de causa.
Venho tentando há mais de 18 MESES realizar um pequeno loteamento imobiliário numa pequena cidade do RJ. O tratamento dado pelo órgão estadual de meio ambiente quanto à divulgação de regras, análise, informação é de desanimar qualquer um.
A cidade necessita crescer, empregos precisam ser criados, o local oferece boas condições para isso, foram investidas somas consideráveis no projeto, o terreno é uma encosta sem nascentes, sem cursos d'água (pelo menos há mais de 40 anos), sem árvores nativas, já foi no passado reflorestado com eucaliptos que não estão mais produzindo (final de ciclo), e o processo continua circulando entre três outras cidades (onde estão localizados os escritórios de análise), e a cada dois ou tres meses surge uma nova exigência. Exemplo: levou-se mais de 6 meses para comprovar que os mapas que possuiam apontavam um curso d'água inexistente há mais de 50 anos, desde que o asfalto passou por lá, não há pontes. Outro exemplo: Após mais de ano analisando o projeto o analista "in loco" exigiu novo projeto indicando as inclinações em porcentagem, uma vez que por "ser biólogo e não ser engenheiro" não entendia de ângulos, medidos em graus. Recentemente "descobriram" analisando que mesmo com as areas doadas à Prefeitura, e para Horto Florestal, onde é que estava a área transferida legalmente para preservação permanente, com registro e tudo mais? Não estava, estamos providenciando. E assim vamos, a passos de tartaruga, e a cada vez surpreendidos por mais exigências.

Sabe o que é isso? Eu digo, FALTA DE COMPROMISSO DO PROFISSIONAL. Falta compromisso com o país, falta compromisso com a nação, falta compromisso com o povo. Diria também que é uma falta de respeito.
Portanto, o Lula está certíssimo em cobrar. Ele sabe de quem está cobrando, e por incrível que pareça, quem está sendo cobrado também o sabe.
O Lula está cobrando aos que não têm ou têm pouco compromisso. Alguns ambientalistas, alguns ecologistas, alguns membros do Judiciário, alguns membros do TCU, alguns Procuradores, E ELE ESTÁ CERTO.

Ademais, e por último, precisamos ser coerentes e consequentes ao considerarmos certas verdades, pois uma verdade que é pouco citada é que o equilíbrio ambiental não é estático. Se assim o fosse ainda teríamos por aqui, pelo menos até há uns cem anos, a presença de dinossauros.

    luisa

    Pelo jeito amigo o dinossauro aqui és tu, ainda pensa que para desenvolver precisa acabar com tudo? E falta de educação não fica bem em ninguém, se teu projeto fosse tão bom tu achas mesmo que não teria sido aprovado? Quem sabe tu liga pro companheiro e pede uma força? Luisa

Lucia

Muito boa a proposição da Carmem Silvia, muito sensata. Não sou ambientalista e não tenho conhecimento do tema que me permita opinar sobre a construção de Belo Monte , seu impacto ambiental, o impacto socio econômico, no entanto, percebi que a Carmem propõe a qualificação do debate com opiniões propositivas e com mais conteúdo.
Apesar de não dominar o assunto,êle me interessa e, infelizmente, não tenho encontrado nos debates sobre o tema,
uma análise mais aprofundada e propositiva, mas, meras afirmaçõe,s na base do achômetro, sem fundamentação técnica ou argumentos melhores que a preservação inquestionável do status quo ou," todo desenvolvimento econômico" vale a pena.
Sou nordestina e acompanhei atentamente o debate sobre a transposição do Rio São Francisco e ouvi muitas opiniões apaixonadas , mas poucos argumentos racionais e fundamentados, tanto que, não sei se a transposição, é ou não, a melhor solução para a falta d'água no nordeste e não sei qual será o impacto dela sobre o vale do São Francisco e para a população ribeirinha , nem o possível aumento do assoreamento do rio , principalmente em Sergipe. Não consegui perceber com clareza em que consiste a propalada " revitalização do São Francisco" . Aliás, parece que o assunto deixou de ser interessante pois não sei o que está sendo realizado neste sentido , só ouço falar sobre o início da transposição
Por favor , vamos enriquecer este debate sem menosprezar, a prori, qualquer dos lados, mas fornecendo Propostas e informações abalisadas para que possamos formar convicção .

    Carlos Albergaria

    Lúcia perfeita a sua colocação. Sou nordestino,voto na proposta Lula/Dilma, mas tenho as mesmas dúvidas em ambos os projetos,embora, no tocante à hidrelétrica, vejo um outro lado que é a afirmação da soberania do Brasil sobre a nossa Amazonia. É o caso de se pensar e executar o projeto,mesmo que de forma mais onerosa,preservando-se o ambiente.

Gerson

Eu não acredito nas "boas intenções" do Greenpeace, como não acredito no capitalismo, nem naquele velho e mentiroso socialismo da guerra fria.

Votarei na Dilma por puro pragmatismo, no dia seguinte a vitória dela, cobrarei com todas as minhas limitadas forças, da mesmoa maneira que cobro de mim mesmo, um pouco mais de humanidade.

Falta é cultura pra cuspir nas estruturas como já dizia o velho Raul Seixas.

Não fosse o Cabral http://www.youtube.com/watch?v=Y0-7cbKveuU

Jairo_Beraldo

Todos nós uma hora falamos mais que devemos. Lula é de carne e osso como qualquer um aqui. Mas que se repreenda!

Joana

Concordo que Lula às vezes simplifica a questão, mas também não podemos generalizar acreditando que todos os ambientalistas e ONGs ecológicas (principalmente internacionais) têm em mente o que é melhor para o povo brasileiro. Que Greenpeace e cia. recebem dinheiro de países e empresas bilionárias para realizarem suas "boas ações", ninguém tem dúvida.

marcio gaúcho

Usinas atômicas são as menos poluentes, desde que não vazem, porque aí matam tudo pela frente. Então, senhores, sobra o quê? Usinas hidrelétricas! Não tem outra solução. E o Brasil precisa de energia, urgente!

Frugalista

E muito facil falar em preservacao do meio ambiente em Sao Paulo, em uma grande cidade. Sou do Rio de Janeiro, mas tenho familia e ja fui muitas vezes a regiao amazonica, nao so a Manaus, como a outras cidades ribeirinhas. Sempre fui pela ecologia, mas coloco o elemento humano na frente. Vou dizer uma coisa: a populacao de la precisa sim de energia, de progresso, de todas os confortos que temos na cidade grande. Eles precisam e merecem. Entao voces querem preservar o meio ambiente la, enquanto aqui voces usufruem de internet etc. e eles la contininuam no atraso? Voces estao com a mesma visao do estrangeiro, o americano e o europeu que desejam preservar a Amazonia. E a populacao amazonica, como fica?

    luisa

    Por que desenvolver precisa ser com uma hidrelétrica? Por que o governo não investe lá sem isso? O povo de lá pode aprender a trabalhar com tudo que a biodiversidade da floresta pode oferecer é só o governo querer. Vamos parar de dizer que alguém do resto do país não quer o desenvolvimento da Amazônia, quem não quer são os governantes e as grandes corporações que mandam por lá, invistam naquele povo maravilhoso sem destruir mais, ou pensam que as pessoas são bobas? Bota dinheiro do Pac lá, qualificando, ajudando as escolas, desenvolvendo o saber que eles já possuem, facilitem a vida deles. Nós continuaremos a debater… Luisa

Paulo Athaydes

Engraçado discutir se uma região deve gerar energia ou não.
Aqui no Sul e Sudeste há energia de sobra… para discutir também.
Talvez seja o caso de perguntar para o desempregado ou desabrigado ou faminto do Norte se ele acha interessante manter tudo como está para preservar a bela natureza ao redor.
Enquanto isso aqui no Sul, dá-le ocupação de terras, desmatamento, queimadas, caminhões e ônibus fumegando dia e noite.
É possível que o Lula seja pragmático demais e esteja interessado em realizações demais… para os sulistas.
Os nortistas e nordestinos estão adorando, pois estão saindo da lama.
O Lula é um visionário realista.
Acredito que a chave para o desenvolvimento do país está no equilíbrio entre as regiões, com desenvolvimento acelerado do Norte e Nordeste.
Como fazer algo assim sem energia ?

    Paralelo XIV

    Na veia!

Cátaro

O problema ambiental é um das facetas negativas do Lula e seu governo.

Porém considero que somos todos imperfeitos e que sempre cometeremos erros. E entre os erros do Lula e os da direita nefasta fico com a indicada à sucessão pelo Lula. Não tenho muita certeza do que virá, mas com convicção fico com a Dilma.

É muito difícil fazer um governo pior do que o do FHC, ou do que a sua sombra, o Serra, e sua camarilha, fez em São Paulo.

Tenho a convição de que devemos corrigir problemas de uma estrutura atuando, se possível, a partir de dentro. Então vamos utilizar os recursos – blogs, movimentos sociais, etc., etc., para influenciar o próximo governo.

Muita Paz e muita Luz a todos.

ebrantino

Bem o Azenha defende um modelo de economia para a Amazonia que não seja igual ao de São Paulo, ou pelo menos coloca a hipotese como desejavel. E o Lula teria pecado em fazer graça com coisa séria, a militancia em defender o meio ambiente.
Estas são coisas completamente diferentes, são eventos (no caso atitudes, posições) não comparaveis, não pode ser discutido quem tem razão. Ambos podem ter, ou um pode ter ou até nenhum dos dois tem razão. Sim, pode aparecer um amazonida maluco, dizendo "porque não São Paulo na Amazônia, se já pensam até em mudar a humanidade para outra constelação?". E pode aparecer um Lulista mais convencido que eu e dizer "Ora o Lula acertou, essa graçola, no contexto foi expressiva" – e então a discussão iria mais longe do que a dos bizantinos a discutir o sexo dos anjos.
Creio que o Azenha fez uma provocação oportuna. De jornalista. Criar oportunidade para tirar os combatentes da penumbra.
Então, quem tenha café no seu bule, venha para a luz e mostre os trunfos. Vou apenas dar um exemplo de como essa discussão pode ser complexa – Dizem : Belo Monte vai dar energia para fabricar alumino. OK. E o aluminio serve apenas para agravar o carater exportador da economia brasileira. OK Outros dizem em vez de fazer Belo Monte poderíamos conservar energia OK. E dizem – Porque admitir a "modernização da economia amazônica? já não avançamos demais no caminho do modernismo?" Ok . E ainda – os indios estão felizes, porque trazê-los para esse nosso mundo tão complicado ? OK.
Pois bem, vimos que muitos comentaristas pelo que parece, poderiam responder, defendendo ou atacando as teses acima, ou outras equivalentes. É isso que precisam fazer para ser levados a sério. Eu realmente gostaria de conhecer melhor algo sobre essas questões. Esse tipo de debate seria útil aos formuladores das politicas dos próximos anos. Pelo menos se saberia o que uma parte do povo pensa.
Quanto à critica ao Lula, devemos pensar apenas que ele é um grande estadista e um homem inteligente. Mas não é infalivel.
Talvez pudesse tirar o carater de chacota das suas criticas aos opositores verdes.
Porem eu, Ebrantino, vou dizer que me sinto muito, muito incomodado pela ausencia dos ambientalistas no combate aos venenos agricolas. (Os fabricantes chamam de defensivos, mas Lutzenberger chamava Venenos, nome que é mais exato)
Não ouvi nem lí nenhum protesto inflamado sobre a aprovação de uma nova picaretagem da Monsanto, aprovada pela CNTBIO, que vai estender por mais alguns anos a drenagem do royalti da soja transgênica, aumentando o uso de glifosato extensivamente, bem na área onde está o famoso aquífero guarani – Será que isso não é importante – ou será que na Monsanto não se mexe ? A pergunta dirige-se ao ministro da agricultura, ao Min. do Meio Ambiente, e principalmente às Ongs e militantes verdes.

assalariado.

Contribuição para construirmos no Brasil um país ecosocialista -(o que é isso mesmo?)- Alguem se atreve explica-los?

"A campanha de Plínio de Arruda Sampaio recebeu o manifesto feito por indígenas, ribeirinhos, pequenos agricultores e movimentos sociais que condena a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Leia abaixo o manifesto, o qual a candidatura do PSOL endossa, e clique aqui para ver o vídeo com a opinião de Plínio sobre Belo Monte."

Aqui tem mais; http://psol50.org.br/?p=4895

Saudações Socialistas.

carmen silvia

Achei essa sua reflexão interessante.Trabalho com a questão ambiental desde 1986,uma época já pós 72, ano da primeira conferência da ONU e pré 92 ano em que a conferência foi realizada no Brasil.O que assisti ao longo desse tempo foi uma mudança quantitativa no nível da discussão sobre meio ambiente.O que antes ficava restrito a uns poucos iniciados se horizontalizou e passou a fazer parte da agenda cotidiana, se discute desde questões como o consumo de água e energia dentro de casa, produção,disposição e reciclagem dos resíduos sólidos dentro das administrações públicas e avança até o aquecimento global com a participação dos lideres dos países mais importantes do mundo tentando encontrar saída para o problema.No que se refere a questão da qualidade da discussão creio que temos que caminhar mais um pouco , carecendo nesse momento de fazermos análises mais consistentes e menos apaixonadas.Nós ambientalistas(se é que posso me incluir nesse grupo)temos as vezes algumas poições um tanto equivocadas graças ao nosso profundo envolvimento com essa causa o que por vezes nos restringe a possibilidade de contribuirmos de forma mais propositiva para com essa questão.Durante essa minha breve história ligada ao meio ambiente já vi muita incoerência por parte de quem tem propostas mais aguerridas,já assisti muito discurso demogogico e desqualificado feito por parte daqueles que se dizem interessados como por exemplo os grandes produtores rurais,particulamente aqueles capitaneados pela senadora Kátia Abreu,também já vi atitudes que gosto de chamar de fundamentalismo ecólogico (esse tão nefasto quanto o anterior)praticado por pessoas do meu ambiente de trabalho.Poderia ficar listando horas a fio o que já presenciei sobre a diversidade que existe no trato dessa questãol.No entanto penso ser importante nesse memento entendermos que as técnicas e tecnologias usadas para destruir e dominar a natureza são tão antigas como a humanidade,mas também as formas de convivência minimamente equilibradas tem o mesmo tempo histórico e ainda aprimoradas nos dias atuais.Talvez o que precisamos agora e fazer um resgate de alguns conhecimentos e práticas antigas e avançarmos a partir do que já existe, mas sobretudo ter a humildade de reconhecer que o homem urbano por mais bem intencionado que seja perdeu a capacidade de dialogar de verdade com a natureza e de entender de fato quais são os mites e as reais potencialidadesque a mesma possui para se readaptar.Se você me der oportunidade ainda tenho alguma reflexão a fazer sobre esse tema e posso voltar quando for pertinente.E me desculpe se mudei o foco do comentário,mas não quis perder essa chance.

    francisco.latorre

    a discussão é essa mesmo.

    ..

    CC.Brega.mim

    Eu tenho buscado repostas também, até porque como mãe e educadora, preciso ter algo a dizer, já que a relação com a natureza é uma questão do ser humano e por isso formadora. Mas só encontro pensamentos pontuais e parciais que não se relacionam, como os saquinhos de supermercado, não cortar árvores para fazer papel, mas usar copos de papel para evitar s copinhos de plástico. Não há de fato um pensamento organizado ou conhecimentos que permitam respostas. Mas não podemos esperar por eles porque sua impossibilidade vem do fato de que a natureza é anterior a nós e nós somos parte dela.
    Então precisamos de princípios éticos de convívio e ações que tornem a natureza mais presente no cotidiano das pessoas. E isso quer dizer que as pessoas é que são o foco e nunca a natureza. Só assim pode-se entender que matar a fome é o mais importante e que a relação com a natureza será construída pela comunidade. (continua)

    CC.Brega.mim

    Então regrinhas para o consumo individual não podem ser confundidas com relação efetiva dos seres humanos com a natureza. Hoje ela é propriedade de poucas pessoas, que usufruem a seu bel prazer de praias campos montanhas e também das áreas de cultivo e também dos lugares aprazíveis nas cidades. Por isso que a luta do MST é tão importante. É a luta pela democratização da terra. Nada se dá aos trabalhadores da terra e se há disputa por um pedaço, os proprietários ajudados pelo PIG os criminalizam. Assim podem até matar que a sociedade não se move.

    CC.Brega.mim

    Aqui em SP os ricos estão colonizando a Cantareira, que é uma área de preservação ambiental, enquanto os pobres suportam enchentes e surtos de leptospirose.
    A necessidade de barrar o Alckmin é vital…

    francisco.latorre

    vital essencial.

    ..

    Edson

    Na questão rural é só cumprirmos a legislação ambiental atual, ou seja conservar as APPs e reserva legal correspondente ao bioma e liberarmos a utilização da parcela restante de forma automática. 20% na mata atlântica de reserva legal (RL) e 80% utilizável, 25% RL no cerrado e 75% utilizável e onde não existir as reservas legais e APPs como no estados de São Paulo e Paraná, estes devem fazer o replantio. Quanto ao meio urbano, basta implantar o modelo arquitetônico urbanístico com praças e jardins amplos e corredores(ruas) e passeios largos e arborizados com espécies de baixo crescimento, com a implantação da energia elétrica e cabos diversos em galerias sob os passeios (neste caso, a implantação é mais onerosa mas a manutenção é mais barata considerando todo os serviços que o cercam)…

    CC.Brega.mim

    Não acho não. Acho que as pessoas precisam decidir como querem viver. Não precisamos apenas de quantidades pré definidas de amplidão e lazer… Também precisamos de acolhimento, de esconderijos para as crianças brincarem, de espaços em transformação…

    CC.Brega.mim

    Foi mal! Eu estava procurando uns comentários que não sairam meus e acabei deletando esse sem querer…

assalariado.

O candidato do Psol,e sua contribuição para a questão Belo monte;

[youtube GaqQksCymd0 http://www.youtube.com/watch?v=GaqQksCymd0 youtube]

O debate ta bom… Este é o tipo de decisão que não podera vir,de cima para baixo…

Saudações Socialistas.

    francisco.latorre

    por falar em plínio..

    deu no terra..

    ..

    Ausente, Dilma é atacada por Plínio com apoio da plateia no 1° bloco
    23 de agosto de 2010

    Aproveitando a ausência da petista, Plínio atacou e foi agraciado com as palmas da plateia

    O candidato do Psol à presidência da República, Plínio de Arruda Sampaio, voltou a se destacar no primeiro bloco do debate promovido pela Rede Canção Nova/Aparecida, arrancando aplausos já em sua primeira intervenção, quando abriu mão de responder se o presidente da República precisa acreditar em Deus para criticar a ausência da candidata petista Dilma Rousseff. O debate acontece no auditório da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, nesta segunda-feira (23).

    "Dos quatro candidatos tem uma que não poderia deixar de estar aqui. No entanto, essa senhora que é uma incógnita, que foi inventada pelo Lula, essa senhora manda uma cartinha e foge do debate", falou o candidato do Psol antes de ser interrompido pelas palmas dos presentes no auditório.

    Marina, disse, em resposta sobre a necessidade de acreditar em Deus, que é fundamental comparecer a todos os debates. Sobre a questão feita pelo mediador, ela disse que do ponto de vista dos valores, é com certeza um "delta a mais altamente relevante" acreditar em Deus, mas que do ponto de vista do Estado laico, não.

    Ao ser perguntado se está satisfeito com a atual situação da economia nacional, Serra afirmou que juros é uma estratégia errada. "O consumo está se expandido bastante, o que agrada a população. Mas temos três recordes que não apresentam orgulho para nós: temos a maior taxa de juros do mundo, a maior carga tributária do mundo em desenvolvimento e, apesar disso, a taxa de investimentos do governo é a penúltima ou antipenúltima do mundo", disse.

    "Inclusive a candidata ausente, que o Plinio teve a oportunidade de lembrar, tem defendido essa política", acrescentou em referência a sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT).

    Na primeira fileira da plateia, freiras vestidas de branco. Para fazer jus ao clima sacro, os adversários primaram pela cordialidade. Todos foram recebidos por aplausos, primeiro Plínio de Arruda Sampaio, depois Marina Silva e por último, José Serra. Ao chegar ao estúdio, Geraldo Alckmin recebeu "tchauzinhos" de toda a fileira de freiras.

    Para o debate da Rede Canção Nova/Aparecida, todos os candidatos à presidência da República com representação na Câmara foram convidados. Dilma Rousseff (PT) alegou problemas de agenda e não compareceu.

    ..

    e aí galera do plínio?..

    tá em tempo.

    comuna católico.. hehe..

    ..

    CC.Brega.mim

    Eu entendo o que você tá falando Latorre, e concordo em parte.
    Também acho que o discurso é demagógico e teatral, e que é muito sério que pessoas que se dizem de esquerda colaborem ativamente com a classe dominante.
    E não sou psol porque é preciso parar de trololó, como diz o Serra, e agir no mundo.
    Ainda assim me encanta a utopia: acho importante que alguém permaneça agitando a velha bandeira da igualdade.
    E ele traz à baila a pauta do movimento social, e essa é séria.
    (Aliás, ainda defendo a inclusão da disputa pelo orçamento do estado na pauta dos blogueiros.
    É evidente que o PIG não quer apenas nos desqualificar, mas também desqualifica justamente a disputa pelo orçamento. Nós estamos facilitando abrindo mão e evitando compromissos públicos.)

    BloGDoRiLDo

    A idade bateu na razão.

    Nada disse de alternativo. Só disse contra, do alto do conforto de seu luxuoso apartamento na São Paulo da elite branca. O pobre do nortista que se dane. Plínio não vai lá mesmo…

    assalariado.

    BloGDoRiLDo,realmemente voce tem razão,"a idade bateu a razão",suponho que este seja o seu caso.

    Plinio da alteranativa sim… aos 1;17 minutos…

    Só espero que voce não seja mais um daqueles comentaristas petistas aloprados,que não é capaz de criticar a esquerda pela esquerda,isto,sem falar que uma das empresas que ganhou a licitação de Belo Monte,é acusada de trabalho escravo… eu como assalariado(de fato),sei o significado disso.

    Saudações Socialistas.

    francisco.latorre

    chamar a dilma de 'essa senhora'.. e depois fazer carinha de fofo ético..

    ora pipocas. cara. dura.

    ..

    assalariado.

    xara.latorre,a esquerda brasileira,teve e tem um problema histórico,de sempre um criticar o outro,com um viés de direita,em vez de abrir um debate franco pela esquerda com propostas de esquerda,acabam apelando para ataques pessoais,como este;

    "No entanto, essa senhora que é uma incógnita, que foi inventada pelo Lula, essa senhora manda uma cartinha e foge do debate", falou o candidato do Psol antes de ser interrompido pelas palmas dos presentes no auditório."

    Ou seja,em vez de Plinio,fazer como fez em outros debates(afirmar as propostas de esquerda),preferiu desqualificar a Dilma.Plinio perdeu uma chance de contrapor os dois projetos de governo psolistas e petistas…

    É como voce disse outro dia; é isso ou isso…

    Saudações Socialistas.

    francisco.latorre

    pois é.. não é má vontade.. mas o cara só faz piada de burguês. esquerdoso e inteligente. mas burguês.

    discurso de esquerda mesmo.. eu gosto do pco.

    o psol vai de demagogia. o pstu de economicismo. o pco é o único que politiza.

    abraço proleta.

    ..

Fernando

Os movimentos sociais da Amazônia são contra. Os analistas ambientais do Ibama são contra.

Esses são os atores que respeito no assunto Belo Monte.

Lula, Greenpeace, comentaristas paulistas de blogs e etc não me interessam.

    Edson

    Fernando, cuidado com a mídia… ela só mostra "os movimentos sociais da Amazônia que são contra", ela não mostra a opinião de quem realmente mora lá. Existem movimentos sociais que são a favor do desenvolvimento industrial no norte e centro oeste… Lula disse que era favorável à Belo Monte e os eleitores/moradores da região votam em sua totalidade na Dilma, portanto apóiam Belo Monte… a mídia e os grupos ecologistas de asfalto é que são contra… já que não querem o desenvolvimento do Brasil. Se o povo da região apóia Dilma então são eles que devem decidir.

    Fernando

    Que lógica absurda, hein? Então quem vota na Dilma automaticamente aprova também as coisas erradas que o governo Lula fez?

    Estou falando de movimentos sociais da Amazônia, logo gente do povo (índios, ribeirinhos, pequenos camponeses) que moram na Amazônia. Ecologistas de São Paulo não me interessam se são contra ou a favor.

    Edson

    Não, Fernando. Só demonstrei que a população LOCAL – que interessa ao debate- apóia Belo Monte pelo que ela representa: Desenvolvimento. A mídia sempre trouxe apenas os discursos do ongs ambientalistas ligadas a grupos internacionais e/ou grupos do sul/sudeste.

Herninio

Sobre Belo Monte o que sei é que esse debate ja vem acontecendo a longo tempo, então acho que tudo que tinha que ser debatido ja o foi e não vejo motivo para preocupações com um lago que se formará e sobre pererecas e machadinhas os pesquisadores ja tiveram tempo suficientepara fazer um levantamento e que dar pra perceber é que muitas pessoas não querem que o pais não construa hidrelétricas e que por traz deve haver interesses obscuros.

Carlos Ribeiro

Belo Monte já.

    antonio

    Moro em Tucuruí. A gente percebe aqui que depois da UHE Tucuruí a vida do povo melhorou e muito. Belo Monte já. Queremos também uma fatia desse bolo.

    Paralelo XIV

    Antonio, acho que seu exemplo sintetiza o que quis dizer no post acima, respondendo ao Azenha. Tucuruí poderia muito bem, porque não?, sediar o novo datacenter da IBM, o Call Center da Vivo, etc.(exemplos ao acaso). Redes, Fibras Óticas, PNBL, IP sobre voz. Empregos, muitos empregos. E a sua Cidade Vizinha sediaria um pólo tecnológico, de desenvolvimento de softwares; e assim por diante, tendendo sempre à desconcentração.

    Nosso país é imenso; temos muito espaço para ocupar. E a Amazônia continua preservada, onde faremos nosso turismo, e mostraremos com orgulho nossa vitória a nossos filhos e netos.

O_Brasileiro

Os ambientalistas podem mostrar sua contra-proposta ao projeto, com os mesmos custos e benefícios, porém mais ecológica! Senão, fica difícil.
Eles estão querendo impedir essa região de ter energia mais barata e de se tornar mais competitiva.
Como atrair indústrias?
E por que isolar cidades, impedindo a construção e pavimentação das estradas???
Ou preferem que as madeireiras sejam a única opção de sobrevivência para o povo do Norte???
Eles acham as madeireiras ecológicas???
Quando você quer tirar a oportunidade de alguém, é justo que lhe dê uma alternativa viável.

    Luiz Carlos Azenha

    Eu acho que o debate é esse: queremos atrair indústrias para a Amazônia? O modelo de desenvolvimento lá será exatamente o que foi em São Paulo? No Mato Grosso? Boi, estradas, metrópoles, grandes indústrias? É isso? Queremos que Manaus seja São Paulo?

    Zé Cabudo

    Azenha, qual exatamente seria a alternativa? Há algum exemplo que sirva de modelo para esse ideal de desenvolvimento completamente alinhado com a preservação ambiental? Ou pelo menos existe uma proposta operacional e realista? O que é ruim e as conseqüências do modelo industrial de desenvolvimento, todos já sabem. No lugar disso, como levar, se não desenvolvimento, a plena qualidade de vida para os povos da Amazônia (ou do Pantanal, ou da Caatinga, ou do Cerrado que ainda resta)?

    CC.Brega.mim

    Plena qualidade de vida significa irrigar com dinheiro também. E é aí que a porca torce o rabo.
    Porque tem muita gente achando que índio não pode se desenvolver. Que eles tem que viver sem roupa do nosso lado preservando uma cultura morta (já que eles não podem se transformar) e tudo isso significa muita pobreza.
    Pelo menos é essa a realidade que eu conheço aqui nas aldeias indígenas da cidade de SP. Não há espaço pra manter a tradição mas também não há portas para o desenvolvimento. Eles precisam se apropriar de sua cultura porque foi roubada pelos colonizadores de diversas formas. Mas não podemos querer que eles parem no tempo.
    A natureza também. Se defendemos a total preservação do cerrado etc estamos talvez condenando populações à fome e o nosso território ao turismo, acessível apenas à classe dominante.

    Remindo Sauim

    Azenha, Manaus já tem indústrias que chega na Zona Franca. O que precisa é conseguir transformar o respeito e grandeza da floresta amazônica em receita para os amazonenses. Minha sugestão a criação de uma universidade de Biodiversidade para estudarem lá mesmo e implantarem cientificamente projetos que colem desenvolvimento com a ecologia.

    Edson

    Me perdoe Azenha, mas acredito que você radicalizou em seu discurso ambiental na frase: "Queremos que Manaus seja São Paulo?" São Paulo nunca foi exemplo de desenvolvimento e nunca será. São Paulo é o exemplo do desordenamento de nossos governantes e da forma de "olhar para o próprio umbigo"… vide que até hoje qualquer grande evento (Copa 2014 entre outros) busca-se sempre priorizar o Rio de Janeiro e/ou São Paulo…
    Por que não desenvolver as cidades do Norte/Centro Oeste espelhando uma Vancouver? Indústrias e serviços com estradas largas ligando às principais cidades do Canadá, com praças, jardins, prédios e bairros urbanizados com tratamento de esgoto. Será que os norte/centro oeste não têm direito ao desenvolvimento? Será que nós, moradores do sul/sudeste é que devemos impor o seu modelo de desenvolvimento? Nós que possuímos apartamentos confortáveis e que podemos a qualquer momento sair de carro numa avenida asfaltada e ir em um shopping se divertir? Não, não. Este discurso é egoísta e não cabe a nós e sim aos habitantes daquelas regiões.

    ratusnatus

    Azenha, sabe como é a geração da energia que abastece manaus: Acho que você deveria se informar a respeito…

    Paralelo XIV

    Prezado Azenha,

    Ainda que eu pouco conheça do assunto, especialmente a nível técnico, não posso deixar de opinar que, ainda que desejemos, todos, um modelo de desenvolvimento para a Amazônia que seja de fato sustentável, acho que concordamos que atrair o desenvolvimento para aquela direção contribui para a descentralização do país, sob muitos aspectos.

    Sabe, sou carioca e enfrento a avenida Brasil todos os dias – quando não, a linha Vermelha, Amarela, etc. Presos no trânsito, eu e meus colegas de trabalho ficamos conjecturando sobre a solução do problema: Construir uma outra Avenida Brasil sobre a primeira; Implantar rodízio de veículos; Pedagio no Centro do Rio (tal qual Londres). Eu já fui mais além, creio que, na raiz do problema: descentralizar. A Av. Brasil só engarrafa porque todos convergem para o Centro. Porque não criar políticas para descentralização, considerando a existência das novas tecnologias, que permitem desde o "home office" até Call Center's virtuais (Voz sobre IP), passíveis de roteamento para qualquer bairro? Porque não se criam incentivos e "infovias" que atraiam as empresas para Deodoro, Campo Grande, Realengo, Sulacap, etc? (bairros "dormitorios", ou periféricos, do Rio).

    Agora, amplie a questão, e veja que é por esse motivo que São Paulo é o trânsito mais infernal das Américas; Veja, também, que descentralização significa menor concentração populacional por Km quadrado, consequentemente, menor agressão ao meio ambiente. Considerando, ainda, que estamos (Graças a Deus – e a nós!!!) abandonando o modelo neoliberal-mercantilista em prol de um Estado com capacidade para induzir o crescimento de forma planejada (será utopia de minha parte?), talvez não corramos o risco de atrair o Capital com demasiada força demasiadamente rumo à Região Norte. A Amazônia precisa ser preservada, sim, repito; mas também quero ver a Serra do Mar toda florescente, e minha Cidade (e a sua, a nossa, a cidade natal de cada um de nós) tomada por árvores, e acho que descentralização é uma boa chance para isso.

    O que precisamos é uma forma inteligente de criar uma relação direta entre o capital e a preservação ambiental. Isso eu deixo para os especialistas – sei lá se já não ultrapassei minha cota de bobagens em uma só noite ;-)

    Saudações

    luiz pinheiro

    A questão não é transformar Manaus em São Paulo, é como fornecer energia à Amazônia de hoje e das próximas décadas num cenário de desenvolvimento ambientalmente sustentável. Hoje, a Amazônia usa energia termoelétrica, com alto custo econômico e ambiental, pois a base é o óleo combustível, ou diesel, ou gás, ou até querosene. As novas hidrelétricas – Belo Monte, Santo Antônio e Jirau – foram concebidas de modo a minimizar o dano ambiental e respeitar as comunidades locais, indígenas e ribeirinhos. Agora, gerar energia em alta escala implica algum dano ambiental, há que escolher a opção menos danosa.. Ainda bem que Belo Monte está sendo construída agora, com estudo de impacto ambiental e todos os demais cuidados, e não na época da ditadura, quando nenhuma dessas preocupações existia. A ditadura fez Balbina, perto de Manaus, esta sim um absurdo, porque inundou uma área gigantesca para gerar pouca energia, incapaz sequer de abastecer Manaus, que precisa hoje queimar petróleo para iluminar suas casas. Belo Monte é necessária e vai desempenhar um papel muito importante para o Brasil.

    BloGDoRiLDo

    Luiz, você está certo. Não é questão de transformar Manaus em São Paulo, mas fica difícil compreender o NÃO puro e simples dos ambientalistas quando estes tem todas as benesses da avançada tecnologia do Sudeste. É por isso que temos Estados tão desenvolvidos como São Paulo, Rio e Minas Gerais, e outros tão pobres como os do Norte-Nordeste. Lá pensa-se ambientalmente, mas aqui é um vale tudo porque temos que crescer e melhorar a qualidade de vida de todos.

    Então o Brasileiro tá certo e você também, a meu ver. O estudo do impacto é questionável porquê? Tem uma proposta alternativa que contemple os objetivos? Não. Então pára de ficar jogando contra porque não se vive lá. Dizer NÃO daqui é mole. Difícil é ter que viver lá e passar o sufoco que se passa.

    francisco.latorre

    alternativas. viáveis.

    ..

Douglas O. Tôres

A proteção do meio ambiente hoje,mais do que nunca é fundamental.Mas o problema é como e a imagem dos ambientalistas junto a população em geral,me lembra muito o pessoal do PT no começo e a turma da extrema esquerda hoje.Entraram muito de sola ,a questão ambiental se tornou primordial,tudo o mais era secundário,criou-se uma imagem antipática,de radicais o xiitas.Não se muda tradições,culturas,ou concienciasde forma radicais.e quando ha intresses economicos a situação fica pior.Forçar a salvar uma rã,nada adianta se na cladestinidade matam dezenas.tem que haver canais de comunicação entre ambientalistas e população,mas assim como estes(ambientalistas) tem muito a dizer e alertar,tem que ouvir,debater respeitar e achar situações conciliatórias,que pode não ser muito,mas é melhor que um "não pode" de cima para baixo,quer dizer nada.

BloGDoRiLDo

Foi Voltaire (1750) quem disse "não concordo com o que diz, mas lutarei até o fim para que tenha o direito de dizê-lo"? Faço das dele, palavras minhas.

Sobre essa questão é fácil dizer NÃO para quem tem TV a cabo, geladeira com freezer, microondas, celulares, condicionadores de ar para refrescar o quarto de dormir etc. Quero ouvir o NÃO de quem vive lá e passa por grandes dificuldades.

Antes de fazer um fla x flu, como disse o Azenha, prefiro estudar mais e conhecer melhor o projeto e a visão de mundo de quem vive por lá. Depois posso até discordar das "piadas" do presidente, mas por agora, me convém apenas lembrar que nós, do sudeste, temos todos os recursos teconlógicos disponíveis. Não estaríamos privando ao povo do norte das mesmas condições?

    Edson

    Concordo totalmente com a opinião do Rildo.
    Muito fácil falar/impor a maneira de como deve ser a vida do povo do Norte e Centro Oeste brasileiro para aqueles que moram no sul/sudeste em suas residências/apartamentos confortáveis com a tecnologia à porta de casa… muito fácil… gostaria de ver este pessoal deixar este conforto do sul/sudeste e ir morar lá…

Alexandre Tambelli

Teremos que nos readaptar na maneira de viver em sociedade. Não é possível viver na individualidade das coisas. Todos terem um carro, um laptop, um celular novo, todos consumirem inumeráveis produtos industrializados se sonhamos com a sobrevivência do Planeta Terra para o homem poder habitá-lo! Será preciso uma reeducação social, o coletivo (a socialização) deverá prevalecer para as coisas materiais possíveis de se comprar.

Alexandre Tambelli

Azenha e Pessoal! Penso só ser possível uma nova relação homem/meio-ambiente em um outro Sistema Econômico/Industrial/Social, diferente de todos os que existem. Temos que pensar um novo modelo. Nem mesmo o Socialismo e o Comunismo pensam por completo nessa relação. O que se deve pensar é qual o consumo possível, como obtê-lo, como ser possível uma Vida digna para todos os povos, respeitando suas diversidades culturais, sociais e religiosas e dentro de todo o desenvolvimento atual do Mundo, com manter em equilíbrio as ações do homem e a natureza. As catástrofes ambientais que assistimos não são fruto apenas do Mundo Capitalista, ou alguém acredita que na ex-União Soviética o modelo de apropriação da natureza era diferente do modelo Capitalista capitaneado pela Europa Ocidental e os Estados Unidos e Japão? Só fazer uma revolução socialista não significa modificar a relação homem/natureza, nem sequer garantir a sobrevivência das gerações futuras. Tudo depende do modo como se dará o consumo de bens manufaturados, como será a agricultura do futuro, como se pensará no coletivismo dos bens duráveis. retirar o individualismo no uso dos produtos manufaturados será chave. O uso racional dos recursos naturais, a ocupação consciente das áreas naturais é essencial.

    Paralelo XIV

    Concordo com você, e penso precisamente que fazemos bem, no Brasil, ao desviar o foco da lógica mercantilista, colocando o Estado a serviço das PESSOAS!! Porque é essa a função do Estado, precisamente; para isso, lhe outorgamos nosso poder. Vejo como indispensável nesse processo o crescimento da democracia representativa, e a informação circulando livremente pela internet, ou por outras mídias, com base nesse processo. Não importa a etiqueta: Capitalismo, Socialismo, Comunismo e Outros Ismos. Ao inferno com esses nomes com que nos dividimos e nos guerreamos. Podemos, isso sim, aproveitar o melhor de cada um desses sistemas em um todo coeso e sem divisões, visando ao bem estar social de todo o nosso povo, sem deixar ninguem para trás e preservando o meio ambiente.

    Alexandre Tambelli

    Nenhum Sistema Econômico foi pensado em harmonia com a natureza, não é verdade?! Se pegarmos o discurso da extrema-esquerda Paralelo XIV, alguém diz em letras garrafais que é necessário diminuir o consumo mundial, coletivizar os bens produzidos pela indústria: televisões, computadores, celulares, geladeiras, freezers, etc., além de torná-los duráveis por 20/30 anos ou até mais? Eu penso que a questão dos recursos naturais será crucial no futuro, muitos recursos que retiramos da natureza para criar os equipamentos que dão conforto ao homem não são renováveis. Talvez, o constante avanço tecnológico permita uma diminuição do consumo desses recursos pela indústria, porém, não saberia afirmar por quanto tempo mais teríamos esses recursos. É essencial paralelo XIV um novo Sistema. Sistema que leve em conta todas as variáveis de bem estar da população e harmonia com a natureza. O nome do Sistema, concordo, pouco importa. E o passo para implementá-lo é a Educação!

Roberto Telles

Ambientalismo só para obras publicas??? Sabemos que o crescimento de São Paulo, Cubatão e litoral, provocaram terrível e gigantesca destruição da mata Atlântica e de muitas espécies, assim como a mega-metrópole Paulistana, alguém se preocupou com isso?

Reginaldo

TAmbem acho um tremendo erro desqualificar todo e qualquer ambientalista. MAs tem alguns que ajudam, isso tem. Agora mesmo, a Marina deu mais uma mostra de que nao tem o que falar. Disse que eé um perigo deixar que o brsil seja governado por quem nao conhecemos. Conhecemos o Serra, a Marina, diz ela. NAo conhecemos a Dilma, diz ela, "nesse lugar de eleita". Francamente. Daqui a pouco vão querer trasnformar eleicao para presidente em concurso de promoção por antiguidade ou coisa que o valha.

Janes Rodriguez

Azenha,
sou lulista petista de carteirinha. Mas isso não me impede de concordar com você e cinsiderar que as questões ambientais são sérias demais e dizem respeito ao modelo de sociedade e a que valores sociais queremos preservar. Sinto que Marina tenha saído do PT e ido paraum partido que não faz jus ao nome, e que em vez de aglutinar forças para, dentro do PT fortalecermos esse debate e essa pauta, a esquerda se fragmente, se pulverize em mil egos que não conseguem construjuir unidade em torno daquilo que é essencial ao conjunto da população. Alguém deve alertar nosso Presidente sobre as consequencias das suas palavras.

Thiago

Acho que o problema não é exatamente se as obras devem ser feitas ou não, mas o modo que Lula fala sobre isso. Fazer piada com isso claramente está minimizando algo que poderia ser considerado mais sério, para mim não é muito diferente do caso do Instituto Butantã depois do incêndio do acervo de cobras e o diretor minimizando isso como se não tivesse nenhuma importância.

jotaí de oliveira

O planeta Terra foi tão bem idealizado pela "Natureza", que sempre se safou dos desequilíbrios provocados por ele mesmo, ou, mais recentemente, pelo Homem. Ademais, o de que se esquecem os "ecologista de plantão", é que "não há nada mais ecológico do que o homem comendo". Embora respeitáveis todas as opiniões, o Progresso tem seus preços, e a Humanidade deveria agradecer aos homens de visão, que indo de encontro ao estabelecido, fazem aquilo que é necessário fazer. O ser humano é, essencialmente, conservador, e se dele dependesse, estaríamos ainda na idade da "Pedra Lascada", pois a História registra que os insurgentes sempre, ou se desdisseram, ou morreram em nome da ideia. E o mundo foi progredindo…e até hoje não acabou!

trombeta

Menos Azenha, o que Lula e eu endosso suas palavras (de Lula) critica são os excessos dos ambientalistas, as paranóias e o discurso catastrofista. Esse é um debate que mais dia menos dia vai bater na porta do país: crescimento econômico x degradação ambiental.

O Brasil não é a Finlândia ou a Suécia, é um gigante com 200 milhôes de habitantes, um país que precisa crescer a uma taxa mínima de 5% a/a para incluir a todos e se desenvolver na plenitude.

O fundamentalismo ambiental é tão chato quanto os outros.

Francisco

Parabéns Azenha. Acho que o Lula criou um discurso político para argumentar em favor de Belo Monte, por isso foi um discurso falacioso e desrespeitoso com as causas científicas e ambientais. O pior aspecto do governo Lula foi esse processo acelerado de Belo Monte e a alteração estúpida e anti-científica que se deu no código florestal Brasileiro. Como já citam por aí, o Brasil tem um potencial eólico e solar imenso que não está sendo utilizado.

leosfera

Não esquecer que há 22 represas ao todo em estudo/construção na Amazônia. http://www.dams-info.org/en
Não esquecer ainda que se trata de uma bacia sedimentar e é local de prospecção certa de petróleo. E que já deu caca no Peru, Equador…
Como o capitalismo é insaciável, a degradação ambiental é líquida e certa.

ricardo silveira

Parabéns! Azenha, de acordo, crítica correta e pertinente. É bem verdade que o Lula tem acertado mais no cravo, mas de vez em quando escorrega feio. Que a Dilma tenha mais cuidado.

Ed.

O planeta superlotado, Parte1
É curioso que o maior poluidor do planeta, o ser humano, já (ou ainda) não esteja discutindo, intensamente, meios (livres e autodeterminados) de redução da população mundial (por menor crescimento).
Imaginemos NY, Londres, SP, Rio, Tókio com uns 2 milhões de habitantes, e a mesma infra-estrutura? Um mundo com 1 ou 2 bilhões de habitantes. Com tecnologia, produção, espaço e equilíbrio ambiental menos disputado?
Se pensamos nos nossos filhos, netos, decanetos, podemos tentar pensar em um mundo melhor pra eles, não?
Sim, sabemos que a China já faz (compulsoriamente) e que há direitos, princípios, valores, religiões e inúmeros outros aspectos sócio-econômicos à discutir. Não falo de obrigação, mas de conscientização, de abrir mão, de altruísmo futuro.
(continua)

Ed.

O planeta superlotado, parte 2
As familias têm reduzido suas proles, mas em compensação há mais famílias, mais filhos de múltiplos casamentos e relações. Há ainda a longevidade crescente (menor mortalidade)…
Por hipótese, se cada casal (mãe, pelas múltiplas relações) tiver por ex, 1 só filho, a cada geração, teríamos uma substancial redução de nascimentos. Sim, é uma restrição ao desejo de procriar, mas se vivemos num mundo onde a demanda já é maior que a oferta e reposição do planeta, onde vamos parar com crescimento demográfico geométrico?!
Depois de um razoável equilíbrio planeta x população poderíamos mantê-la com 2 filhos por casal/mãe.
O que é pior? morrer, viver mal ou não ter nascido? Não estou sugerindo fazer, mas surpreende não pensar, discutir…
"Conceições", que tal abrirem o tema. Como diz Lula, "o bicho vai pegar!"…

    francisco.latorre

    teoria da escassez. não procede.

    ..

    Ed.

    Simples assim, em 5 palavras?
    Talvez possamos discorrer sobre metrôs superlotados ou metrôs com todos sentados…
    Sem nenhuma escassez…

    francisco.latorre

    é realmente simples.

    a teoria da escassez serve pra não discutir a distribuição da riqueza.. dizendo que não tem pra todos.

    e o argumento do excesso de população.. isso é malthus e ricardo.. não se sustenta há mais de século.

    metrô lotado é um bom exemplo.

    há gente demais ou metrô de menos?..

    acho que o problema é metrô de menos.

    enfim.. a discordância é o molho da conversa.

    ..

    Ed.

    Ainda não chegamos lá. Vc se apegou à teoria da escassez, não imagino por que.
    Uma reportagem de capa da Time sobre o "Planet of the Year" (anos 1980) informava que a produção mundial de trigo era o DOBRO da necessária para alimentar o mundo. Só pro aí já podemos imaginar que o problema da distribuição de riquezas não é escassez, mas ganância, desinteresse, egoísmo humano (tá, logística, etc.)…
    Em SP há metrô de menos. Em Tókio há gente demais…Depende…
    Há carros demais ou ruas de menos em SP? Questão de área física. É só fazer as contas…
    Ouvi uma notícia ontem sobre um engarrafamento, já há 2 semanas (!!!) de uma estrada que vai para Beijing, em obras, e a previsão para ele começar a andar é para meados de setembro (!!!)….
    A floresta amazônica é importante para o equilíbrio atmosférico e a biodiversidade ou como espaço para ser usado para atender a demanda crescente de alimentação?
    O fato é que a Terra, como um vagão de metrô, tem uma capacidade máxima (não estou definindo qual seja).
    Vc pode aumentar o n. de vagões até eles ficarem parados um atrás do outro, fazer outra rede de metrô embaixo (já imaginou?) até certa profundidade, mas não pode aumentar o n. de Terras.
    Frangos podem viver soltos ciscando num sítio de 4 alqueires ou junto com mais 10 mil confinados num galpão.
    Nenhum deles sofre de escassez…mas qual vc preferiria ser?
    É melhor morar num bairro de casas com 1000m2 de terreno ou num conjunto habitacional de 30 andares com 1000 aptos. de quarto e sala sem garagem?
    A demanda atual já leva à predação do planeta em volume maior do que ele pode se recuperar (já somos mais "eficientes" que a própria). Um pesqueiro pode pescar 15 mil tons de peixe numa viagem…
    Estamos falando de bem estar, qualidade de vida, em um mundo além do ser humano, que tem outros seres, tem a natureza. Até para o bem do próprio ser humano.
    O planeta, até o momento, é nossa única nave… e ainda será para nossos tataranetos…

Edson

Discordo totalmente do Azenha nesta questão. Existem muitos ecologistas de asfalto… que moram nas cidades em apartamentos ou casas com o conforto da luz elétrica, de um banho quente, de uma internet e de outros confortos urbanos, próximos a supermercados, padarias, boas escolas e um bom shopping center. Eu duvido que estes ecologistas de asfalto deixariam suas casas e apartamentos para morarem nos rincões que tanto lutam para preservar intacto como se não existissem seres humanos nestes lugares que almejam também o conforto aqui citado, tratando a questão como fosse um direito do planeta nesta conservação radical. A Marina Silva mesmo mora em um apartamento longe da selva, na capital… e hoje descarrega seu egoísmo contra o desenvolvimento industrial e agropecuário no Norte e Centro Oeste do país. O que deve ser feito é aplicar a Lei ambiental do país e autorizar a utilização da parcela não reservada às APPs e reserva legal para a produção de forma automática e não como é hoje, onde ambientalistas buscam ultrapassar os limites das reservas impedindo o progresso do Brasil.
Outro caso interessante é a duplicação da rodovia São Paulo/Paraná na serra do cafezal onde emperra a sua duplicação por questões ambientais, algo que deveria ser automático (autorização para duplicação). É contra estes ecologistas de asfalto que devemos combater.

    @robsonfr

    Concordo, Edson. O mais curioso dessa história toda é que, antes de anunciar qualquer obra, ninguém dava bola para certos lugares, como Belo Monte. Bastou o governo propor alguma coisa e, pimba, os ambientalistas surgem. Há ambientalistas sérios, mas há também muitos ambientalistas de asfalto: se acham o máximo comprando produtos "ecologicamente corretos", mas vivem em casas consumidoras (e poluidoras) como todos nós que vivemos nas metrópolis.

    E Azenha, para que o Amazonas e região da floresta vire uma São Paulo é necessário um desgoverno de 16 anos por um mesmo partido elitista e desligado de qualquer coisa. Aliás, e o Rodoanel? Ele também não teve seus problemas ambientais? Por que não reclamar disso também?

    Abraços

Julio Silveira

Caro Azenha, não sou o que pode ser qualificado como ambientalista. Até por que nascido e criado dentro de uma grande metropole que não estimula culturalmente estas ações, sou aquilo que qualifico como "politicamente correto das causas ambientais por ação autodidata".
Mas sempre que vejo esse assunto ser abordado, me vem a mente a preocupação com o uso, mesmo que bem intencionado, que pode ser feito para atender interesses extranacionais.
Não é segredo para ninguem que nosso território, principalmente na região da Amazonia, e pródigo na existencia de ONGs estrangeiras ditas ambientalistas, que lá estão para gritar ao mundo sobre o mau uso que nós possamos estar fazendo de nossa Amazonia.
continua….

Julio Silveira

continuação…
Também não é segredo, a grande aspiração para tornarem este vasto território, como que uma area de jurisdição internacional, tirando de nossa gente a prerrogativa da autodeterminação nesses territórios. Portanto, meu caro, penso que não existem soluções faceis, e, para integrar aquele território cada vez mais ao Brasil, devemos pensar em possibilitar ao povo brasileiro de lá os mesmo niveis de conforto alcançados nas metropoles. As soluções para este tempo são essas, que o governo de hoje apresenta. Torçamos para que surjam outras tecnologias que estejam dentro de nossas possibilidades de aquisição, e que tragam os mesmos resultados para a população de lá.
Senão ficaremos como aquele bispo que, contra a transposição do São Francisco, em seus períodos de restabelecimento pós greve de fome ia para o RJ na casa de seus parentes de bom poder aquisitivo,para se recuperar, por que ninguem é de ferro.

augustinho

Por favor parar desse jogo de FAZ DE CONTA.
Alguem ai acha que nos sociedade, todos no pais, queremos coisa diferente de sistema capitalista? ALaguem ai nao qujer mais quilowatts e esta disposto a pagar o preço de NAO termmos mais KW hidricos?Alguem ai tem certeza de que as escolhas neste assunto sao uma questao de SIM ou NAO ou sao somente uma questão de grau…?
disto é, de haver ou de impedir mais ou menos danos ao meio ambiente?
Entao paremos com faz de conta.
Conseguiu uma boa reduçao dos danos? Entao assuma e vamos para Belo monte> Tal como Lula fez.

Sandro

acho que se todos os ambientalistas tinham que parar de usar energia elétrica, derivados de petroleo e etc.. assim salvariam o mundo de maneira mais efetiva.. ao inves de ficar atrapalhando as coisas..

ficar protestanto contra usina, estradas e etc é fácil.. parar de usar tudo o que estas coisas proporcionam é que ninguem quer..

tudo bem.. existem novas tecnologias.. mas quem vai pagar isto.. o greenpeace..rs

Sagarana

O discurso ambientalista do Lula do passado era apenas demagogia para cabalar votos. Ele agora tem os dependentes do bolsa família, não precisa mais desses eco-chatos. Caiu a ficha Azenha?

eltonbcastro

Olha, eu realmente espero que todas as medidas para minimizar o impacto ambiental e que os futuros governos estudem o emprego de formas menos impactantes de geração de energia.
Entretanto, o que eu vejo é o contrário do que o Azenha aponta. Desde de a eco92, pelo menos, formou-se um consenso, especialmente na esquerda, de sacrilizar o discurso dos ambientalistas de um modo dogmático, maniqueísta. Ou como o Azenha escreveu: binário.
Acho muito bom que num cenário internacional complexo, em que as nações mais poluidoras (e ricas) do mundo não se comprometem nem 1 mínimo com a questão ambiental; em que os EUA "melam" seguidas tentativas de acordos internacionais (lembram-se do ridículo do Obama chegando no COP metendo o dedo na cara de todo mundo, como se tivesse essa moral), etc. etc, acho muito bom que o movimento ambientalista não seja visto como santo, ou que a questão ambiental deixe de ser uma espécie de religião. Existem motivos racionais, assim como modos racionais, de se defender a questão ambiental. Questionar os ambientalistas é saudável (como é saudável questionar qualquer um).
Eu, por exemplo, vejo com enorme desconfiança ONGs como a "Amazon Watch", dos Estados Unidos da América, que manda seus gringos para cá protestarem contra Belo Monte. É piada de mau-gosto, não? É por ação destas ONGs que o Brasil, o país que melhor tem protegido suas florestas no mundo, tenha fama internacional exatamente contrária. Onde fica "o Xingu" dos EUA? Virou Cassino?

    Reginaldo

    TEm joio e tem trigo nesse meio. De fato, tem uma porção de ongs e grupos ambientalistas e similares que mantem estranhas conexões com grupos estrangeiros de interesses ocultos. ONG virou uma industria florescente no Brasil (e nao apenas ONG ambientalista). Joio e trigo. De outro lado, se produziu um discurso anti-ambientalista de direita exótico. FAz algum tempo, um desses grupos publicou um livro – Mafia verde, o ambientalismo a serviço do governo mundial. Cheio de coisas margeando a paranóia. E, como toda paranóia, tinha muitos elementos de verdade. A dificuldade é essa.

leosfera

Parabéns Azenha, por escapar do panglossianismo segundo o qual Lula é um Deus infalível.

Incrível é Lula ainda se orgulhar de ter invertido a maior parte de suas convicções.

Como diria Frei Betto, é o veneno da "mosca azul'.

    Remindo Sauim

    Ué, achei que Deus Infalível fosse o FH!!!

coyotte

De grão em grão:

Revista The Economist apresenta o Brasil como modelo a ser seguido na agricultura
http://www.revistabrasileiros.com.br/secoes/o-lad

Remindo Sauim

O problema ecologico no Brasil é que não existe um projeto de sustentabilidade colado na preservação ambiental. Para receber estas classes incorporadas pelo PT ao consumo no Brasil, novas usinas , mais criação de gado, mais reflorestamentos e mais de diversas atividades que mais ou menos agridem a natureza são necessárias. Ser contra ou a favor por retórica é piorar o problema. Não é um caso de educação pública, mas uma questão de direcionamento de investimentos e prioridades sociais. Agora, não existe natureza estática, extinção e o surgimento de espécies é do jogo da criação. Ao mesmo tempo que com os alagamentos para construção de usinas destruímos um ambiente, ao mesmo tempo criamos outro nicho ecológico, novas oportunidades para diversas espécies. Ainda acho que antes desta luta pela ecologia, temos que eliminar a miséria no Brasil e depois sim enfrentar este e outros problemas. Quanto ao Lula, depois de tudo que fez, pode fazer suas gracinhas sem nenhum problema. Está absolvido até o ano 2050.

Luiz G Castro

Boa Azenha.
Mesmo sendo adimiradores das mudanças positivas que têm acontecido no Brasil, não podemos ficar cegos aos erros e equívocos do governo ou do Presidente Lula.
Já que não temos uma oposição com capacidade propositiva e que não tem se pautado pela honestidade para com a Nação, temos nós mesmos que fazer as críticas.

Ricardo Hartmann

Concordo com o post, em parte. Acho que essa crítica exacerbada contra os ambientalistas é uma da falhas do Lula. Mas este tipo de limitação é comum em quem cresceu e se desenvolveu em um abiente excessivamente industrial.

Angela

Igualmente fico preocupada quando um presidente (que é o meu presidente) não leva em conta questões técnicas como estudos ambientais. Não é chiitismo ecológico é preocupação com o meio ambiente cada vez mais degradado, onde espécies correm riscos de extinção O desenvolvimento precisa levar em conta os devidos ecossistemas, que formam as cadeias alimentares (cadeias de formação e sustentação da vida).Não sou técnica sou cidadã e qualquer cidadão tem a capacidade de entender o que estou falando, especialmente um cidadão da qualidade do Presidente. Faz dez anos que saí de dentro do conforto da minha casa para uma luta contra um modelo desenfreado de desenvolvimento que naõ respeita nada nem ninguém. Nas cidades com o avanço da construção civil, vemos perdidos, gradativamente, o sossego e a qualidade de vida, , ao sol, à paisagem. Foi então que comecei a participar ativamente da discussão do modelo de desenvolvimento das cidades, a falta de planejamento e a ocupação acelerada sobre as APPs (areas depreservação ambiental) . Da mesma forma que é preocupante quando vislumbramos que um ecossistema da dimensão deste do entorno de Belo Monte vai ficar embaixo d'agua. Sou paranaense e sei o quanto foi impactante a construção da usina de Itaipu, a grande hidrelétrica cujo lago q cobriu para sempre as belas Sete Quedas e grandes extensões de terras agricultáveis, além de alterar o clima local. Sabe-se que com tecnologias existentes hoje não precisaria tanta degradação ambiental se fossem observados os potenciais do Rio Paraná e fossem construidas varias usinas menores. Itaipu, é um megaloempreendimento que nem é usado em toda a sua potência , além de representar um risco permanente de apagão devido a dimensão das linhas de transmissões. O Gov Lula precisa ter mais sensibilidade com os povos e menos fome de sucesso.E não dar tanta corda para os construtores de usinas, este é o negócio deles. Negócios que irão garantir até às últimas gerações de seus familiares receberem dividendos , como as PCHs (pequenas hidreletricas ao londo dos rios maravilhosos com grandes corredeiras, que existem em Santa Catarina e Rio grande do Sul)>><<(Grandes negócios como comprar a BRoi ou comprar a Vale ou a Petrobrás);

Nós, população que nos preocupamos com o planejamento das cidades e meio ambiente já sofremos perdas irreparaveis e imperdoáveis no gov. Lula . A perda do Ministerio da Cidade para o PP, foi um atraso na democratização dos instrumentos de proteção e garantias de participação popular nas discussões dos rumos das cidades . A efetiva regulamentação do Estatuto das Cidades. (a luta da reforma urbana que foi literalmente rasgada pelo PT, gerando um retrocesso de 8 anos neste âmbito; a alteração para pior do Código Ambiental (não se vislumbra melhorias com os apoiadores do governo Lula :Pcdob e PMDB; com consequente alteração para pior das leis ambientais protetivas importantes.
Agora vemos o Pres Lula ridicularizar as pererecas, se estas às quais se refere estão em extinção, que se desviem as estradas. Feliz o povo que tem um governante com sensibildiade para questões ambientais e que busca com sensibilidade soluções técnicas para estes impasses, sem ridicularizar os pensamentos contrários, e valoriza os estudos tenicos. nem todo estudo técnico está contra o governo. Que vivam os bagres, as pererecas, as jaguatiricas, que o meio ambiente seja equilibrado para os homens e para os bichos em especial aqueles que a nossa espécie humana está tratando de extinguir. Este é um ponto delicadíssimo do meu voto na Dilma, a termos que tratar deste assunto delicado neste tom daqui a pouco, se eleita.

carlos hely

Temos que preocupar com a população que será afetada, onde ela vive, qual o tamanho da área, de onde tiram o sustento, seu peixe seu fruto sua mandioca seus animais de estimaçao etc. Os moradores que seram despejados dos lugares onde vivem tem que ganhar outro lugar bem ao estilo do que eles vivem. O problema é que a familia tem galinha, pato, porco, vaquinha e colocam ele em uma área de 500m2. Onde ele vai cuidar da sua criação em uma area de 500m2. Essa é a luta dos Movmentos dos atingidos por barragens, o resto e coisa de ecoxiita.

Hans Bintje

Azenha:

Esse seu comentário é muito estranho, principalmente vindo de alguém que lida com imagens televisivas o tempo todo.

Trabalhe com a câmera, procure as cores e a beleza natural nos lugares mais improváveis e permita que eles contem sua própria história, criem significado para seus telespectadores.

Eu sou um caso suspeito para falar, basta ver umas fotos lá da terrinha: http://www.dosomethingdifferent.com/experiences/t

Com um olhar treinado assim, cada rio, cada árvore, cada bicho ganha importância.

Cito alguns exemplos:

1) Do insuspeito "Bom Dia Brasil" ( http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2010/0… ):

"Conheça Maripá, a Cidade das Orquídeas

De plantio em plantio, hoje são 340 mil mudas que crescem junto com as árvores. Os moradores agem como fiscais: os defensores das orquídeas."

2) A foto da casa da brasileiríssima Talita, a mata preservada: http://femalecarioca.blogspot.com/2010/07/female-

Isso mesmo, ela é cervejeira. E de respeito :)

Se isso não render uma bela pauta jornalística, Azenha, o que renderia? Mais sangue e tripas?

pedrogermanoleal

Azenha,

Da mesma forma que se pode presumir que Lula generalizou, pode-se presumir que você fez o mesmo nesse texto: não acredito que a crítica do Lula seja contra o ambientalismo em si – uma vez que muitas queixas foram levadas em consideração – mas para o extremismo. Pessoalmente, eu mesmo tenho minhas críticas sobre a hidrelétrica, mas não vejo na exposição do Lula uma crítica de Estado contra ecologistas.
Mas eu também me permito: ironizar a "machadinha" foi no mínimo infeliz. bola fora mesmo. A menos que a crítica dele seja contra suposições e não contra fatos. Como se tivessem dito "tem uma machadinha" e não provado que há um sítio.
A menos que saibamos os termos exatos, estamos especulando sem grande profundidade.

Marcelo J.

Azenha
Qual o problema om meu comentário?
A crítica ao Lula ou a abertura do meu voto?
Por favor indique, para que eu possa comentar adequadamente em um futuro próximo.
Gracias

ratusnatus

Azenha, sobre os "projetos" alternativos à itaipu vc só se esqueceu que eram 2 conceitos presentes no projeto original:
1-Geração;
2-Energia acumulada.

O problema das alternativas era que apenas satisfaziam ao número 1, geração e ,mesmo assim sem qualquer comprovação. Apenas diziam ser possível o que eu particularmente não acredito. Imagine aquelas usinas a fio em tempo de seca. Em tempo de seca, Itaipu gera a mesma coisa. Não faz diferença.
O reservatório gigante não serve para gerar energia e sim para acumular energia. Lógico que nem sempre dá certo. Balbina(ou Girau, não lembro o que deu M.) está aí para provar. Mas não é este o caso de Belo Monte. A pressão por marte do MMA(Minc) surtiu efeito, o projeto foi modificado e hoje é aceitável. Aliás divido muito que a Marina tivesse o sucesso que o Minc teve na defesa do MA. Minc conseguiu porque foi pragmático. Sabia que o projeto sairia querendo ele ou não e partiu para minimizar perdas. Foi vitorioso!

Considerando o clima imprevisível nos dias de hoje, é fácil concluir que a construção da usina foi a melhor solução para a sociedade, em termos de segurança do sistema.

Sobre Belo Monte, o Brasil tem a legislação ambiental mais avançada do mundo. Não é uma das mais avançadas é a mais avançada. O projeto satisfez as exigências desta legislação, então, não tem mais o que falar sobre isso.
O Lula foi infeliz em suas declarações(hehehe) mas pior que isso são alguns ambientalistas que ficam perdendo tempo, e além disto me fazem perder tempo e te fazem perder tempo.

A história de Belo Monte acabou, são águas passadas e o resto é bla bla bla.

    Angela

    Não existe legislação avançada ou medidas compensatórias que reponham ou paguem a perda da biodiversidade naquele local, além do transtorno aos povos da floresta com aconstrução da hidrelétrica .Porque o governo federal não deu guarida a pesquisa de energias como a eólica? Num país tropical como o nosso não tem justificativa megalomaniaca com a construção de mega empreendimento deste porte. É atraso.

kramer

Belo Monte vai em outra direção: diplomacia energética. atrelando países latinos, em uma única veia. que parte do Brasil.

Além de Itaipu, das reservas de plutônio ( e do processo de enriquecimento), o Brasil teria a Belo Monte. Aumenta o poder de barganha para a política externa.

fernando

Fico preocupado com a tendência da desqualificação do discurso ambientalista. Sinto que a esquerda está perdendo este discurso, sem ter outro adequado para substituí-lo. O Ambientalismo sempre foi de esquerda, porque era transformador, porque questionava a base da sustentação do sistema capitalista. No sentido inverso, mais e mais, os conservadores vão tomando a bandeira verde. E isso sim é bastante preocupante, já que os pólos são incompatíveis por sua essência. Por isso, acho que a candidatura Marina Silva representaria uma boa possibilidade de equalizar estes desafios. Não vejo o PV brasileiro com esta capacidade. Mas respeito a visão da Marina e suas posições. Gostaria de vê-la na campanha de Dilma, ou como sucessora do presidente Lula. Espero que no ano que vem o PV de Marina não descambe para a oposição destrutiva e não faça tabelinha com o PSDB. O futuro governo Dilma precisará resgatar a bandeira ambientalista. Não sei se será possível.

    Reginaldo

    Nem sempre e nem todo ambientalismo foi de esquerda. Aliás, existem ambientalistas que até recusam duramente esse tipo de classificação. E, em especial, o PV nao é nem nunca foi de esquerda. Aliás, na maior parte do país, o PV sempre foi uma coisa esponjosa que grudava em quem oferecesse algo. Em S.Paulo, por exemplo, o PV já fez chapa e campanha com um evangelico de ultra-direita, que concorria contra o Covas. E o candidato do PV no Rio, Gabeira, faz tempo que virou a direita neolacerdista mais furiosa. A Marina caiu numa armadilha e vai ter dificuldade para se livrar dela.

Helcid

oxalá se a "mídia nativa" tivesse sua análise e posicionamento, Azenha !!

Alexandre

A questão ambientalista é muito séria para ser tratada por alguns supostos ambientalistas que não entendem nada de meio ambiente e que servem apenas como caixa de ressonância, muitas vezes para suposições mirabolantes e fantasiosas. Para tratar deste tema a pessoa tem que teter um mínimo de conhecimento geológico, senão corre o risco de falar bobagem.

Roberto M. Ferreira

Fica muito difícil opinar a favor ou contra a usina Belo Monte. O que fica claro é que todos aqueles que são contra, quando chegam em casa, aciona o interruptor elétrico e sua casa fica iluminada. É importante entender que existe a questões da confiança e da crensça. Se confio em minha equipe e acredito que o produto (Belo Monte) gerado por ela é importante para a qualidade de vida do povo pelo qual se trabalha, todo argumento é válido, principalmente se é dito, alto e de bom tom. É dessa forma que se abrem as cortinas e as janelas para fluir por esse Brasil afora e permitir o que está acontecendo agora, que é a oportunidade de todos se expressarem sobre o assunto e aqueles que forem mais práticos sairem a campo sobre aquilo que acredita.

    CC.Brega.mim

    Não acho, não Roberto, a gente tem que desconfiar, sempre.
    E ir fazendo as escolhas de acordo com o meu discernimento, minha cabeça, minhas ideias
    Não acho legal essa de delegar. A cho que a blogosfera permite isso, como posso me expressar já me aproprio de muitos mais discursos…

Alexandre Tambelli

Excelente Azenha! A grande discussão que nunca é feita está na base do meio-ambiente! É o Sistema Capitalista que não comporta uma relação harmônica: homem/meio-ambiente. O Capitalismo é predador, precisa da intervenção constante da natureza para se sustentar. Os bens de consumo industriais utilizam-se dos recursos naturais, muitos deles não-renováveis. Até que ponto o discurso energético, nessa desenfreada utilização de energia das hidroelétricas, para alimentar o Capitalismo é correto? Pensemos um shopping center e o quanto é necessário de gastos com energia para mantê-lo. Enquanto se olhar para o mundo com uma visão capitalista: consumista e imediatista, não temos como modificar nenhum quadro ambiental, penso eu. Nem com essa ideia de desenvolvimento sustentável. Carros, celulares, computadores descartáveis, para se consumir mais? Um dia esses recursos naturais acabam e o que sobra para as gerações futuras? A verdade da ficção científica? Não adianta só um desenvolvimento sustentável, sem desequilíbrio ambiental. É preciso pensar novas formas de consumo e com bens industriais duráveis.

Reginaldo

Existe ambientalismo e ambientalismo. Nem todos batem na mesma tecla. Nem todos têm as mesmas fontes (teóricas ou financeiras). Nem todos têm o mesmo eco na mídia (nacional ou estrangeira). Quem viu TV ano passado ficou às vezes com a impressão que ambientalismo era personificado em canastroes ultradireitistas da Globo, como a dona Torloni e o dom Fasano, que eram ambientalistas (nao sei se ainda são) porque nao tinham mesmo o que fazer. Precisa separar o joio do trigo. O que o governo precisaria fazer para nao criar monstros. O que alguns ambientalistas também precisariam fazer, para nao serem alocados no mesmo nicho da Miriam Leitão.

Marcelo J.

Muito bem colocado Azenha. Concordo com isso que falastes. Votei no Lula sempre, porque o respeito e acho que merecia meu voto. O que não significa que dei carta branca à ele para fazer o que bem entendesse. O respeito e a responsabilidade é uma via de mão dupla, tanto da sociedade para com ele (sendo governo ou não), quanto dele para com a sociedade.
Escarnecer sobre a opinião contrária não é bom, nunca, principalmente vindo de um Presidente tão querido pela população.
Hoje em dia já há conhecimento e tecnologia sufiente para se fazer obras importantes como esta sem agredir tanto o meio ambiente, construir um elefante branco destes, planejado na época da ditadura é um erro crasso.
Votarei na Dilma, por que estou certo que ela merece meu respeito e minha confiança no seu trabalho.
Abraços

naiaraplima

Acho que se mais pessoas se posicionasse o governo poderia ter uma outra postura… porque as vezes fica parecendo coisa da oposição e não é.
A questão é que Um empresário consegue convencer o presidente que a obra será boa para o país e a População não consegue convencê-lo de que poderia ser melhor se fosse de outra maneira. Pois é…

Renato

Eu acredito no que diz o presidente mesmo sendo biólogo e ambientalista, catástrofe maior seria termoelétricas naquela regiáo, quanto as hidroelétricas a natureza acaba por se adaptar, e se não trabalharmos para o desenvolvimento da Amazônia os gringos irão tomar nosso lugar.

    francisco.latorre

    por aí mesmo.

    ..

    patrick

    A energia térmica não é economicamente viável para a produção de alumínio, logo essas usinas, movidas a gás natural ou carvão, não seriam construídas.

Alexandre Colli

Sempre fui eleitor de Lula, como continuo sendo favorável a continuação desse governo, mas certamente esse é um assunto espinhoso dessa gesntão, e que não tem sido suficientemente debatido, tudo em nome de um "desenvolvimento" que é bastante discutível. E por favor, que não sejamos maniqueístas como o amigo acima (ou abaixo, anterior, etc).

Alexandre Colli

Azenha, além de uma visão ainda tacanha de desenvolvimento e do ambientalismo, não se pode esquecer de forma alguma os constantes protestos que as comunidades indígenas e a comunidade antropológica tem feito, destacando que em todo o processo de Belo Monte, a maneira como o proceso decisório tem sido tomado, alijando as comunidade que ali vivem das consultas necessárias (consultas e debates efetivos, e não os "protocolares") e das respectivas decisões. Mais uma vez os indígenas são parte "passiva" das decisões e do relacionamento democrático. Junto aos possíveis impactos ambientais, há um impacto gigantesco para todos que sempre viveram nessas regiões, impacto esse que foi pouco calculado, e para o qual as "compensações" nem de longe satisfazem as necessidades e os desejos dessa população.Eis aqui a moção de repúdio feita pela Associação Brasileira de Antropologia: http://www.abant.org.br/conteudo/002PRINCIPAL/Moc… (no sitio da Associação há mais documentos).

Gustavo Cherubine

Parabéns, Azenha.

O Lula, assim como milhões de brasileiros, são uns ignorantes sobre o Sol, e por isso não temos energia solar térmica e fotovoltaica no Brasil. Essa ignorância é por interesse, no caso, um empreiteiro ou engenheiro empregado ou mesmo patrão, ou por falta de educação, já que não recebemos lições em nossas escolas e universidades sobre a importância de aproveitarmos o Sol estando em um país tropical.

O PDEE, Plano Decenal de Energia Elétrica 2009-2019 cita só 03 (três) vezes a palavra solar. Incrível, mas é verdade. http://www.epe.gov.br/PDEE/Forms/EPEEstudo.aspx

PLANO DECENAL DE EXPANSÃO DE ENERGIA 2019

Pág. 244 do PDEE:

"No segmento automotivo, a UE estabeleceu como meta a participação de 5% de renováveis até 2015, sendo 4% provenientes de biocombustíveis de primeira geração e 1% de fontes alternativas tecnologicamente mais avançadas (eletricidade, hidrogênio, energia solar e biocombustíveis de segunda geração). Para 2020, a meta é de 10% de renováveis, sendo 6% originários de biocombustíveis de primeira geração e os 4% restantes das demais fontes alternativas [175]."

Pág. 268 do PDEE:

"O Brasil se destaca como uma das referências no mercado mundial de produtos agrícolas em virtude de sua disponibilidade de terra arável, da possibilidade de múltiplos cultivos ao longo do ano, da intensa radiação solar recebida, do desenvolvimento tecnológico e de uma agroindústria consolidada."

Pág. 280 do PDEE:

"É considerada a redução do consumo de eletricidade decorrente da substituição da eletricidade por outras fontes no caso do aquecimento de água (quando se analisa a penetração, por exemplo, de aquecedores a gás e solares deslocando chuveiros elétricos), porém tal redução não será contabilizada como energia conservada."

E mais não é encontrado.

Juan

É muito preocupante essa tendência de boa parte da esquerda brasileira de tratar de simplificar a questão ambiental utilizando, vejam só, os mesmos argumentos que ouvimos dos eternos depredadores do patrimônio natural: o progresso e o desenvolvimento econômico. O problema é que precisamos mudar o paradigma: progresso que destrói o futuro da humanidade não é progresso, é fraude.
Também acho terrível essa onda de apelar a un nacionalismo mesquinho (ONGs ambientalistas = interesses espúrios estrangeiros). Por essa regra, a reforma agrária também deveria ser paralisada, afinal ela é apoiada pela Via Campesina, que é uma organização "estrangeira" e oposta pela brasileirísima Kátia Abreu e seus acólitos escravocratas.
Tanto Belo Monte como a nefasta reforma do Código Florestal do Aldo Rabelo são erros estratégicos enormes, já que devido a seu tamanho (Belo Monte) e abrangência( Código) , são projetos que sinalizam que a esquerda brasileira ainda se aferra a um modelo mais que obsoleto, e inclusive perigoso para a espécie humana em seu conjunto, pelo qual o dano ambiental é aceitável se os supostos benefícios resultantes são repartidos de maneira mais ou menos equitativa.
É por causa dessa mentalidade que eu vi inicialmente com bons olhos a candidatura de Marina Silva, já que ela tinha o potencial de agitar pela esquerda o déficit ambientalista do PT e aliados. Ingênuidade minha pensar que Marina ia puxar o PV para a esquerda, quando o que acontenceu foi o contrário. Mas ainda assim, esse espaço de esquerda ambientalista ainda necessita formar a sua voz e ter maior presença no debate político, ou o Brasil continuará na rota do desenvolvimentismo insustentável baseado no agronegócio e no extrativismo mineral.

    Jonas

    É caro Juan, enquanto isso a China constrói a maior usina do mundo, indo de encontro a tudo que os ambientalistas pregam. Nem por isso, vimos ambientalistas se pendurando em postes de alta tensão, acorrentando-se ao chão ou usando megafones contra o governo Chinês. A mim, me parece que a coisa do ideal ecológico funciona assim: se eu tenho objetivos políticos contra um dado governo, tudo pode devassar a natureza, se não tiver (na China nem mesmo podem) não me interesso. Belo Monte Já.

    Juan

    Caro Jonas,
    O problema é que a gente aceita o paradigma do consumo como medida de bem-estar. A gente precisa de Belo Monte porque precisa de alumínio pra fazer latinha de cerveja, e não para fornecer energia para o Luz para todos.
    O mundo, não só o Brasil, precisa encontrar un caminho diferente e largar da dicotomia desenvolvimento vs. meio ambiente.
    Além disoo, Será que você acha mesmo que a China seja modelo a seguir? Vinte anos atrás, todo mundo na China andava de bicicleta. Aí chegou o "desenvolvimento" e Pequim e Shangai se transformaram em duas das cidades mais poluídas do mundo.
    Aliás, a China já é o maior poluídor mundial, tendo superado os EUA. Longe de mim insinuar que era melhor antes, eu não sou chinês nem nunca fuí à China prá saber. Mas acho que o modelo escolhido pela China, de crescimento à qualquer custo, não é prá ser copiado em lugar nenhum.
    Outra coisa que você esquece de mencionar é que no Brasil tem protesto porque graças à luta de muitos, como a "terrorista" Estela/Dilma, é um país democrático, enquanto que a China…

    Remindo Sauim

    Enquanto a ecologia for disputada como propriedade de partidos políticos, ela vira retórica. Tanto na esquerda como na direita deve haver gente que prefere as formigas aos seres humanos, uma flor a uma criancinha. Acho que a nossa medida deve ser o homem.

    francisco.latorre

    via campesina é uma coisa.

    greenpeace é bem outra.

    ..

    essa teoria da escassez de matriz malthusiana tem que ser contestada.

    pra acabar com a falsa oposição entre desenvolvimento e meio-ambiente.

    e com a hipocrisia do onguismo-verdismo despolitizante. e paracientífico.

    ..

João Pedro

Parabéns pelo teu posicionamento, Azenha.

A tua opção pelo não alinhamento automático (contra ou a favor do Lula) é uma boa demonstração do jornalismo que buscamos ao acessar o teu blog.

Se o presidente optou em fazer é porque ele deve ter boas razões sejam elas técnicas ou políticas e, em sendo assim, não precisa tentar ridicularizar para desqualificar os oponentes. Do alto sua credibilidade bastaria apresentar estas boas razões e pronto.

Para andar com sapato de salto agulha tem que ter elegância !

Eduardo

Pois é Azenha, apesar de concordar com 80% do que o governo Lula fez e faz, tenho todas as criticas possiveis para se fazer em relação a questão ambiental, por isso concordo plenamente com suas palavras, também por experiência própria por ter vivido na amazônia e por trabalhar no órgão licenciador destas obras.
A visão do governo sobre o meio ambiente, é muito tacanha e distorcida, pois o que presenciamos é apenas o viés desenvolvimentista e só, não se preocupa com os impactos nas populações locais e muito menos nos danos ambientais.
Fora que pesando os prós e contras, chega-se a conclusão que muitas obras são feitas apenas pelo seu peso politico na barganha e apoio. A conclusão de quem está no meio é de que proteção ambiental no Brasil por parte do governo é apenas um instrumento "para inglês ver".

patrick

O Brasil deve refletir se o incentivo à indústria eletrointensiva, como a do alumínio, que consome percentual expressivo da energia gerada na Amazônia, mas gera pouco emprego e agrega reduzido valor à produção econômica nacional (por MW), é conveniente.

Marcos C. Campos

Se houvesse uma maneira de melhor distribuir as riquezas naturais que JÁ foram exploradas pelas empresas privadas e estatais, inclusive bancos, é bem provável que não seria necessário, para um dado número fixo de habitantes do planeta, ter que continuar aumentando DEMASIADAMENTE a oferta de bens e serviços, e aí inclui-se energia elétrica ..

joao

o pensamente tem mesmo que ser binario.
Ou se constroi , ou nao se constroi..Não tem meia construção..ou meia não construção.
A favor de belo Monte …

Emília

Azenha, não sou contra os ecologistas, mas eles também recebem dinheiro pra protestar sem estuda a fundo qualquer projeto de qualquer governo. Não sei na sobre Belo Monte, mas sei sobre a Transposição do Rio São Francisco que será uma das melhores coisas já feita em benefício de quem vive no árido chão nordestino. É contra quem nunca passou sede ou viu seus animais e plantas morrem sem água. É muito fácil para os ecologistas criticarem qualquer projeto que eles acham que iram prejudicar o meio ambiente, pois eles não vivem o drama. Dá pra se fazer as duas coisas sim, afinal nós seres humanos também temos direito a vida. Como disse o filósofo: o caminho correto é o caminho do meio. O Presidente Lula tem um jeito bem nordestino de falar que muita gente não entende, mas ele está certo quando disse que ser vivo deve ser preservado, mas o ser humano está em primeiro lugar.

    Paulorg

    votei em Lula 5 vezes e o faria 50, entretanto, como tudo que ele diz é repercurtido imensamente para o bem ou para o mal, há que se ter cuidado!

    Juan

    Quem recebe dinheiro para protestar? Quem paga? Tenha dó, não faça acusações "genéricas" porque aí vai ficar parecendo editorial do PIG ou discurso do Serra, né?
    Agora, estou de acordo em que é possível fazer as duas coisas (desenvolvimento e preservação), mas é preciso colocar os dois no mesmo patamar, porque o problema do modelo atual é que o desenvolvimento é sempre considerado mais importante e proteger o meio ambiente e as comunidades locais fica sempre supeditado à necessidade de crescimento econômico.

Flávia

Não ao "fundamentalismo ecológico" e não à desqualificação do interlocutor…

Enio

Muito bem colocado Azenha, diferentemente de Itaipu, a usina é no coração da amazonia, gerando energia para exploração da amazonia, o impacto da usina é ainda maior do que somente a área inundada.
Daqui a 20-30 anos uma Amazonia preservada vai ser ainda mais importante do que agora, estamos ainda usando modelos de exploração de 100 anos atrás.

francisco.latorre

a favor de belo monte.

contra o greenpeace.

..

    Luiz Carlos Azenha

    É o pensamento binário. Sim/não; preto/branco; fla/flu.

    francisco.latorre

    foi raso né..

    acho que o projeto tá avançado. é bom que aconteça. no caso belomonte.

    ..

    importa criar uma visão do ambiente fora dos padrões. de outro tempo. esses não descrevem mais o real.

    tem que criar uma nova abordagem.

    a gente não criou.. pra poder pautar minimamente o governo. governo não cria movimento. administra.

    é hora de um novo olhar pro ambiente. tá pra ser inventado.

    é a sociedade -eu/nós- que tá devendo. a academia.. se manifeste.

    uma visão do ambiente fora do eco-verdismo made in amerika.. individualista voluntarista despolitizante.. com as melhores intenções.

    podia por em discussão.

    que diria sobre isso um darci ribeiro?..

    e a gente.. tem que saber o que está cobrando.

    temos que criar o novo parâmetro. pra lutar por ele.

    radicalmente novo. novos dados e informações exigem outra visão. outra prática.

    redefinir a luta pelo planeta. tomar pra nós essa reflexão.

    a critica da luta ecológica. pra sair da caixa.

    ..

    foi mal o bate pronto.. sculpaí. mau jeito.

    ..

    siron

    Parabéns, Azenha! Belo texto! Corajoso, imparcial, inteligente, não-cartesiano.

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