Live insana em meio a derretimento em pesquisas pode levar Bolsonaro a antecipar tentativa de golpe

Tempo de leitura: 3 min
Reprodução

Da Redação

O presidente Jair Bolsonaro fez uma live insana, em que admitiu não ter provas de fraude nas urnas eletrônicas, usou argumentos mentirosos e a opinião até de um homem que se diz capaz de fazer acupuntura em árvores, com pregos.

Não, não se trata de manchete do Sensacionalista.

De acordo com o influencer Felipe Neto, em telenautas simultâneos a live de Bolsonaro foi um fracasso: teve pico de 120 mil pessoas, inferior as que ele próprio, Felipe, tem feito.

Bolsonaro utilizou o sinal de uma emissora pública, a TV Brasil, para aumentar o alcance de suas ilações, transformando a live num comício antecipado.

Foi rebatido online, em tempo real, pelo perfil do Tribunal Superior Eleitoral.

A insanidade crescente de Bolsonaro pode ser reflexo das pesquisas.

Em levantamento publicado pelo diário mineiro O Tempo, o ex-presidente Lula aparece com expressiva vantagem sobre Bolsonaro num dos colégios eleitorais mais importantes do país, o de Minas Gerais.

Além disso, pesquisa publicada pela versão brasileira do diário espanhol El Pais, feita pelo Atlas Político, mostra que Bolsonaro tem rejeição recorde de 62% e hoje perderia no segundo turno para cinco candidatos, inclusive o governador paulista João Doria.

A vantagem do ex-presidente Lula sobre Bolsonaro, na série histórica, cresceu mais de 11%.

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Citado pelo El Pais, o CEO do Atlas, Andrei Roman, diz que Lula e Bolsonaro mobilizam mais de 70% do eleitorado e que a margem para um candidato da chamada terceira via é de parcos 23%.

Como disse ao Viomundo a deputada federal Fernanda Melchionna (Psol-RS), integrante da comissão especial que analisa o projeto do voto impresso, a proposta teria sido derrotada por ao menos dez votos antes do recesso parlamentar que termina neste fim-de-semana.

O esforço de Bolsonaro para mudar votos, se dependia das “provas” que ele prometeu apresentar, fracassou.

Porém, é importante lembrar que as manifestações de militares de alto escalão, como o ministro da Aeronáutica e o próprio ministro da Defesa, sugerem que o setor das Forças Armadas engajado no governo não só acredita nas teorias conspiratórias de Bolsonaro sobre a urna eletrônica, como parece disposto a bancar os ataques que ele faz ao sistema eleitoral.

No horizonte, há a retomada da CPI da Pandemia.

Com 312 mortes de média nas últimas duas semanas, os Estados Unidos chegaram a 612.098 óbitos causados pela covid-19.

No Brasil, houve 1.312 mortes nas últimas 24 horas, com total de 554.497 mortes, de acordo com o painel do Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

Neste ritmo, em 60 dias o Brasil pode se tornar o campeão mundial de mortos pela pandemia, razão pela qual Bolsonaro vem reciclando a mentira de que foi proibido de agir contra a doença pelo STF.

O impacto dos danos causados pela pandemia à saúde pública e à economia, aliado ao noticiário negativo gerado pela CPI, tem ajudado a derreter a imagem de Bolsonaro.

Se o projeto do voto impresso for derrotado na comissão especial, Bolsonaro pode ser tentado a antecipar algum tipo de intervenção para barrar o risco de não passar ao segundo turno em 2022.

Analistas dizem que “as instituições funcionam”, que os militares não tem apoio popular para qualquer aventura, mas a realidade tem demonstrado o contrário: Bolsonaro parece ter sólido apoio entre os fardados e tem usado mentiras e provocações de todo tipo para justificar junto aos seus apoiadores a quebra da frágil institucionalidade.

A presença física, ao lado de Bolsonaro, do ministro da Justiça, Anderson Torres, um policial federal, é sintomática do apoio ao que não pode ser descartado apenas como mais um “circo”.

O presidente da República prepara, como Trump, o seu “ataque ao Capitólio”, fruto da perspectiva de derrota e do risco de ir parar na cadeia.

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Comentários

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Sandra

Quando a indignação popular superar a necessidade de convocação para as ruas, creio que às instituições não terão outra saída se não tomar as medidas certas para tirá-lo do poder

Zé Maria

Mais que Leviandade, isto é Crime!

“Em live, Bolsonaro diz
não ter prova de fraudes
eleitorais”: (https://bit.ly/3ic8qnd)

“Não temos provas, vou deixar bem claro” e
“não tem como comprovar que as eleições
foram ou não foram fraudadas” foram frases
usadas pelo presidente da República em live
a apoiadores na noite desta quinta-feira.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desmentiu
afirmações de Bolsonaro em tempo real.

Agências de checagem apontam que o
presidente citou casos já desmentidos ou
investigados e arquivados por autoridades.

Carlos Ayres Britto, ex-presidente do TSE,
afirmou à CNN Brasil que, se não provar
fraudes, Bolsonaro “certamente estará em curso em alguma figura delituosa”.”

https://t.co/tcruQiC8PW
https://twitter.com/CongressoEmFoco/status/1420904406531330053

Riaj Otim

a loucura é que era o sistema eleitoral que deveria provar se correto refazendo todas a eleições convocando os eleitores em votar tal qual fez para se conferir que os resultados são exatamente iguais

Zé Maria

‘Tentativa de Golpe’?
Com Tiro de Festim?
Ou com Traquezinho
do Capitão Peidão?

Zé Maria

https://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2021/07/captura-de-tela-2021-07-30-axxs-12.25.20.png
.
Pela ordem …
.
REJEIÇÃO
BOLSONARO = 62% [#ÉMelhorJairSeAcostumando]
João Dória = 56%
Paulo Guedes = 56%
Sergio Moro = 55%
ex-Presidente Lula = 54%
Fernando Haddad = 52%
Ciro Gomes = 50%
Datena = 47%
Danilo Gentili = 46%
General Mourão = 44%
Mandetta = 44%
Tasso Jereissati = 39%
Dado Leite = 37%
.
APROVAÇÃO
ex-Presidente LULA = 43%
Jair Bolsonaro = 37%
Fernando Haddad = 34%
Ciro Gomes = 32%
General Mourão = 31%
Mandetta = 31%
Sergio Moro = 28%
Paulo Guedes = 27%
João Doria = 27%
Datena = 22%
Dado Leite = 20%
Danilo Gentili = 19%
Tasso Jereissati = 13%

João Ferreira Bastos

o GENOCIDA vai dar o golpe e a oposição irá soltar uma notinha de indignação

Covardes

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