Infância em risco

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De uma série de reportagens para o Jornal da Record

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Comentários

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Mauro A. Silva

Azenha,
Não achei um lugar melhor para colocar este texto:

Educadora Nota 10

Não basta ser professora. Tem que ser Educadora!
A juíza Maria Leticia Pozzi Buassi é uma Educadora Nota 10. Ela deu uma dura lição de cidadania a quem viola os direitos das crianças nas escolas: ela condenou 8 professoras a 4 anos de cadeia por praticarem tortura contra crianças pequenas em uma creche na cidade de São José do Rio Preto-SP. A juíza da 4ª Vara Criminal de Rio Preto não deixa dúvidas na sua sentença de que o caso não era de maus tratos, mas sim de tortura: “as rés agiam de forma sádica, egoísta e violenta ao agredir e humilhar as crianças (…) Algumas crianças teriam sido jogadas contra a parede e no chão, o que nelas gerou grande sofrimento físico e moral ante a humilhação perante os colegas. (…) Urge consignar que a tortura perpetuou-se pelo período no qual trabalharam as rés na escola, o que caracteriza o crime continuado“.
Essa corajosa juíza é a mesma que já mandou para a cadeia dezenas de traficantes que também se uniam em quadrilhas para praticar crimes.
É uma pena que ainda existam pessoas defendendo o uso de “varas”, palmadas, socos e pontapés contra nossas crianças e adolescentes.
Passados 20 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, finalmente encontramos uma juíza com coragem para dizer o que muitos já sabiam, mas não diziam: existe tortura nas escolas públicas brasileiras.
Esperamos que a dura lição ensinada pela juíza seja apreendida por todos nós, principalmente para aqueles que ainda se iludem com a figura da “professora-santa”, figura que estaria acima de qualquer suspeita.
As crianças e adolescentes do Brasil terão uma dívida de gratidão para com a juíza Maria Leticia Pozzi Buassi, uma Educadora Nota 10.
http://movimentocoep.wordpress.com/2010/10/15/edu

Vinícius

Boa demais, Azenha.
Vou repassar pra conscientizar mais gente.

leonel

a senhora monica serra e o serra deveria ir ate o centro de SP e levar aquelas "criancinhas" para durmir, se alimentar, banhar e estudar em sua mançao.

Sônia

Importante, sem a pieguice costumeira e plural, ouvindo todos os lados em questão. Ouvi-los dando dignidade a sua aparição/imagem, ao seu discurso é fundamental. Essa reportagem faria uma trajetória pedagógica se enviada (CD/presente de natal)a cada um dos eleitos no parlamento nessas eleições. Avançamos, mas muito há aina por fazer. Parabéns.

Guilherme Lups

O que vejo pouco falarem é das crianças adotadas pela Televisão, ou pelo Estado (Educação Integral) visto que ambos os pais tem que trabalhar fora "porque a vida está mais difícil". Se as mães voltassem a ficarem casa com os filhos, neste que é o trabalho mais digno do mundo (criar o futuro), o mundo teria ainda alguma esperança.

@liapsicologa

Isso é triste, pois essas crianças poderiam ter acesso a uma família que está realmente "necessitada" de um filho e a criança não seria "criada" numa instituição, onde seus pais pouco aparecem para visitá-la.
Esse é um tema que vale a pena ser revisto hj em dia. Pq o judiciária não resolve casos de crianças q passam suas vidas em instituições e ficam sem direito a uma família.
Ah, a primeira vez q te vi, foi na lanchonete da USP, NA Faculdade de Letras, onde eu estudava na época. Vc já era repórter,acho da Globo. Um grande abraço!

    Iowa

    Azenha na FFLCH?
    Maravilha! haha

@liapsicologa

Ótima e oportuna sua reportagem, Azenha! Mostra a realidade crua das crianças abandonadas de famílias abandonadas. Isso me leva a outro assunto relacionado: como é difícil adotar no Brasil! Adotei uma menina, minha filha querida há doze anos. Ela era um bebê. Hj em dia, as coisas estão mais difíceis, não pq faltam crianças para serem adotadas. Mas pq a família biológica é praticamente forçada a ficar com a criança. Mesmo que não possam e/ou não queiram, a justiça mantém as crianças em abrigos mas não as liberam para a adoção.

kali, a negra

E ainda querem o apoio dela
http://www.youtube.com/watch?v=zUtPZOEo9kg&fe

Ananda

Já trabalhei com crianças de rua. Uma experiência tão gratificante quanto difícil. Demorava pelo menos meia hora para conseguir atenção das crianças, muitas vezes drogadas, e desenvolver atividades com elas. Ficava encantada com as reflexões que elas traziam a partir de atividades culturais e com o carinho que elas manifestavam. Sempre me enchiam de beijos ao final de um encontro. Constatei também o que sua reportagem falou: muitas crianças e adolescentes tem família mas fogem pela violência. Desenvolvi um trabalho bacana com as crianças, mas não pode ir além por razões que não cabem aqui.
Parabéns pela reportagem, Azenha, e pelo seu trabalho como jornalista.

Jaqueline Serávia

Parabéns Azenha e a toda equipe que tornou possìvel essa matéria! Que mais e mais pessoas sejam multiplicadores efetivamente.

Marcia

muito boa. dá pra ficar bastante tmpo pensando…

Norma Marques

Parabéns pela reportagem! As crianças devem ser a prioridade de qualquer governo, mesmo antes do nascimento. Espero que uma mulher na presidência se revele mais capaz no cuidado com as crianças do pré-natal à Universidade.

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