Com a devida licença do décimo segundo juiz
por Luiz Carlos Azenha
Há um aspecto didático no que aconteceu em torno do STF na semana que passou. Depois do empate na votação sobre a admissibilidade dos embargos infringentes, em 5 x 5, a grande mídia se entregou a uma campanha de pressão como há muito não se via — talvez, apenas, durante as campanhas eleitorais. Ficou nua diante de leitores, ouvintes e telespectadores: tem lado e usa seu poder para “construir maiorias”, das urnas ao STF. Destaque para a capa da Veja, mas a revista já não é levada a sério como a Folha, que presume existir pairando sobre a opinião pública.
Daí que a pesquisa Datafolha feita apenas em SP, publicada no dia do voto de Celso de Mello, merece um prêmio. Serve para deixar evidente outra tática: o eixo Globo-Folha-Estadão-Veja se dedica diuturnamente a campanhas de propaganda e coroa seus esforços com pesquisas para “medir” o impacto de suas coberturas distorcidas e tendenciosas. Prêmio cara-de-pau para a Folha. Mas será que perde mesmo para o Merval, o décimo segundo juiz?
PS: Não desprezem o efeito dessas aulas práticas de manipulação. Quando Rodrigo Vianna deixou a Globo atirando, depois da campanha eleitoral de 2006, falava praticamente no deserto. Desde então surgiram milhares e milhares de testemunhas de que o que ele denunciou é fato. Número, diga-se, crescente graças a episódios como o que acabamos de viver.
Leia também:
Celso de Mello: STF não deve ceder “à pressão das multidões”
Comentários
Bacellar
Felizmente a construção de maiorias ultimamente não sai da planta. He,he.
Mas algo que não podemos negar a respeito dos conservadores; sabem jogar o jogo político. Por exemplo o Democratas (arena>pfl): Com o “portifolio administrativo” que possuem na mão,ou seja, o conjunto de suas experiencias administrativas na gestão do estado, se formos analisar de forma minimamente imparcial não deveriam receber sequer um único voto em todo o país, no entanto tem eleitor que ainda vota no DEM. Isso vale para todos os partidos conservadores, os balanços das somas de suas administrações são péssimos mas ainda assim eles continuam sendo atores de peso no sistema político. Alguma coisa eles sabem fazer né? Política.
Uma manobra frequente do jogo político conservador é pressionar duramente usando todo seu enorme folego financeiro e aparato midiático numa instancia intermediária do desenrolar de um determinado processo, fato ou demanda social. Mesmo contando com o revés pontual sabem que mais a frente, num momento mais decisivo para o desfecho que desejam, o campo já está preparado. Nos EUA são mestres nisso; colocam na pauta com uma cobertura hiperbólica um determinado assunto que não passa de um detalhe dentro de um cenário mais amplo, debatem exaustivamente plantando todo tipo de desinformação e distorções, para depois atacar o assunto principal dentro de um contexto social mais radicalizado e propício a açoes diretas. FsDP.
FrancoAtirador
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MERVAL, COMO JORNALISTA, É UM PÉSSIMO ‘JUIZ’.
E, COMO ‘JUIZ’, ENTÃO, UM PÉSSIMO JORNALISTA…
Alguns Trôlhas Reacionários e redundantemente Fascistas andaram, nos últimos dias, copiando e colando um texto do Merval n’O Globo, em que o comentarista ídolo da Mensalona LoPrete pinçou alguns parágrafos – obviamente os que lhe convinha publicar para distorcer o sentido original – de um brilhante artigo escrito pelo jurista Luis Roberto Barroso* e publicado na ConJur em 16 de fevereiro de 2010.
Com isso, os Asnos Globais estão querendo demonstrar que as manifestações do hoje Ministro Luis Roberto Barroso*, em debates no Plenário do STF, estariam em contradição com o que o então advogado e Professor de Direito Constitucional Luis Roberto Barroso* escreveu algum tempo atrás.
Aliás, mesmo fora de contexto, um dos trechos citados já denotaria, se bem compreendido, que o que o autor quis expressar ia no entendimento oposto ao significado que a Mídia Bandida tentou mostrar aos desavisados:
“A relação entre órgãos judiciais e a opinião pública
envolve complexidades e sutilezas.
De um lado, a ATUAÇÃO DOS TRIBUNAIS, em geral –
e no controle de constitucionalidade das leis, em particular –,
é reconhecida, de longa data, como um MECANISMO RELEVANTE
DE CONTENÇÃO DAS PAIXÕES PASSAGEIRAS DA VONTADE POPULAR.
De outra parte, A INGERÊNCIA DO JUDICIÁRIO,
EM LINHA OPOSTA À DAS MAIORIAS POLÍTICAS [!!!]
ENFRENTA, DESDE SEMPRE, QUESTIONAMENTOS
QUANTO À SUA LEGITIMIDADE DEMOCRÁTICA.”
Pois bem, para conhecer melhor o pensamento do Jurista Luis Roberto Barroso*, essas Mervalétes e Reinaldétes têm de parar de ler Globo e Veja
e ler… LUIS ROBERTO BARROSO*.
Observem, abaixo, o que foi que Barroso escreveu, em parágrafos seguintes no mesmo artigo citado, que o ‘Juris-Imprudente’ da Globo deliberadamente e de má-fé não mencionou.
Transcrição literal:
“Embora deva ser transparente e prestar contas à sociedade,
O JUDICIÁRIO NÃO PODE SER ESCRAVO DA OPINIÃO PÚBLICA.
MUITAS VEZES, A DECISÃO CORRETA E JUSTA NÃO É A MAIS POPULAR.
NESSAS HORAS, JUÍZES E TRIBUNAIS NÃO DEVEM HESITAR
EM DESEMPENHAR UM PAPEL CONTRAMAJORITÁRIO.
O POPULISMO JUDICIAL É TÃO PERNICIOSO À DEMOCRACIA
COMO O POPULISMO EM GERAL.
Em suma: no constitucionalismo democrático, o exercício do poder
envolve a interação entre as cortes judiciais e o sentimento social,
manifestado por via da opinião pública ou das instâncias representativas.
A participação e o engajamento popular influenciam e legitimam
as decisões judiciais, e é bom que seja assim.
Dentro de limites, naturalmente.
O MÉRITO DE UMA DECISÃO JUDICIAL NÃO DEVE SER AFERIDO EM PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA.
Mas isso não diminui a importância de o Judiciário,
no conjunto de sua atuação, ser compreendido, respeitado e acatado pela população.
A OPINIÃO PÚBLICA É UM FATOR EXTRAJURÍDICO RELEVANTE
NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÕES POR JUÍZES E TRIBUNAIS.
MAS NÃO É O ÚNICO E, MAIS QUE ISSO, NEM SEMPRE É SINGELA A TAREFA DE CAPTÁ-LA COM FIDELIDADE.”
*Professor titular de Direito constitucional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professor visitante da Universidade de Brasília – UnB e da Universidade de Wroclaw, Polônia. Mestre em Direito pela Universidade de Yale. Doutor e livre-docente pela UERJ.
Íntegra em:
(http://www.conjur.com.br/2010-fev-16/mundo-ideal-direito-imune-politica-real-nao-bem-assim?pagina=2#paginas)
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SOBRE (IN)SEGURANÇA JURÍDICA E INOVAÇÃO
NA JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA NO STF:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
VIOLAÇÃO INDIRETA DA CONSTITUIÇÃO.
ILEGITIMIDADE DA ALTERAÇÃO PONTUAL E CASUÍSTICA
DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Por LUIS ROBERTO BARROSO*
1. A SEGURANÇA JURÍDICA IMPÕE LIMITAÇÕES À ATUAÇÃO do Poder Público em geral e DO PODER JUDICIÁRIO em particular.
O padrão de conduta do Poder Público gera nos particulares uma expectativa legítima de que a atuação estatal não irá surpreendê-los, sendo certo que essa expectativa não deve ser frustrada pelo Estado.
SITUAÇÕES EQUIPARÁVEIS DEVEM RECEBER DO PODER PÚBLICO A MESMA ESPÉCIE DE TRATAMENTO.
2. No mesmo sentido, O PRINCÍPIO DA ISONOMIA IMPÕE QUE O APLICADOR DA NORMA ADOTE A MESMA SOLUÇÃO PARA HIPÓTESES EQUIVALENTES (IGUALDADE PERANTE A LEI).
Assim, o órgão jurisdicional deverá aplicar sua própria jurisprudência a casos similares a não ser (i) que decida modificar seu entendimento acerca da matéria em caráter geral ou (ii) que seja capaz de demonstrar, a partir de critérios extraídos do sistema normativo, que a hipótese apresenta características que a distinguem de forma relevante dos casos que formaram a jurisprudência em questão.
3. O ACÓRDÃO da Segunda Turma DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL analisado, AO DIVERGIR DA JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF ACERCA DO CABIMENTO DE RECURSOS extraordinários, SEM DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE QUALQUER ELEMENTO RELEVANTE CAPAZ DE DIFERENCIÁ-LO DOS PRECEDENTES DA CORTE, FERIU OS PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA ISONOMIA.”
*Professor Titular de Direito Constitucional na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Doutor e Livre-Docente pela UERJ e Mestre pela Yale Law School.
Íntegra em:
Revista Eletrônica de Direito Processual
Periódico da Pós-Graduação Stricto Sensu
em Direito Processual da UERJ
REDP – Ano 3 – Volume III – Jan/Jun 2009
PÁGINAS 13 a 28
(http://www.redp.com.br/arquivos/redp_3a_edicao.pdf)
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“Se não for para considerar a lei, melhor seria que o judiciário condenasse à morte todos os assassinos e acabasse com a maioridade penal como quer a maioria [SIC] da população”
(Por Mauro Gonçalves Diniz, 16/09/2013 – 13:32, em comentário no Blog do Merval)
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FrancoAtirador
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‘Opinião pública’ ou ‘opinião da grande mídia’?
No caso da Ação Penal nº 470, parece que juízes do Supremo Tribunal Federal também consideram que a opinião da grande mídia teria que ser levada em conta, não apenas por ser a mediadora ou “refletora” da opinião pública, mas por ser a própria opinião pública.
Por Venício Lima, no Observatório da Imprensa, via Carta Maior
Aqueles que ainda acreditam que “a grande mídia é diversa e democrática” ou que “a opinião pública é formada livremente” no nosso país, certamente terão nos editoriais e no “enquadramento” único da cobertura política que tem sido oferecida sobre a aceitação ou não dos “embargos infringentes” da Ação Penal nº 470 pelo Supremo Tribunal Federal, uma oportunidade concreta de reavaliarem realisticamente suas crenças.
Ademais da posição explícita da grande mídia, que atribui a si mesma a expressão da opinião pública nacional (como se esta fosse independente da cobertura que ela oferece), chama a atenção o fato de o “argumento da opinião pública” estar sendo utilizado no próprio julgamento pelos preclaros juízes membros da Corte Suprema que equacionam, sem mais, a opinião editorial e a cobertura política da grande mídia como se constituíssem “a opinião pública”.
Existe literatura de excelente qualidade produzida por pesquisadores brasileiros sobre a questão da opinião pública.
Recomendo o recentemente publicado A Corrupção da Opinião Pública, de Juarez Guimarães e Ana Paola Amorim (Boitempo, 2013; ver prefácio aqui:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_debate_interditado).
De qualquer maneira, tendo em vista a recorrente atualidade do tema, retomo argumento do qual tenho me valido ao longo dos anos em livros e artigos, inclusive neste Observatório, qual seja: em momentos-chave da história política brasileira a grande mídia tem atribuído a si mesma o papel de expressão da opinião pública.
Os resultados, salvo exceções poucas, têm sido no sentido inverso da democracia.
1964: um exemplo apropriado
O historiador e cientista político Aluysio Castelo de Carvalho no seu importante A Rede da Democracia – O Globo, O Jornal e Jornal do Brasil na queda do governo Goulart (1961-64) (NitPress e Editora da UFF, 2010), ao estudar a Rede da Democracia – cadeia de emissoras de rádio criada em outubro de 1963, comandada pelas rádios Tupi, Globo e Jornal do Brasil e retransmitida por centenas de emissoras em todo o país, fazendo a articulação discursiva para derrubada do governo de João Goulart – mostra como os veículos estudados abandonaram a concepção institucional de representatividade da opinião pública – aquela que se materializa por meio dos partidos, de eleições regulares e de representantes políticos – e recorreram a outra concepção, a publicista, que “ressalta a existência da imprensa como condição para a publicização das diversas opiniões individuais que constituem o público”
(ver, a este propósito, neste Observatório, “A imprensa carioca no golpe de Estado“ e “Falta a imprensa carioca no ‘Dossiê-1964’“, em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed688_a_imprensa_carioca_no_golpe_de_estado
e http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed707_falta_a_imprensa_carioca_no_dossie_1964).
A adoção da concepção publicista faz com que não só a crítica aos partidos políticos e ao Congresso se justifique, como também sustenta a posição de que os jornais são os únicos e legítimos representantes da opinião pública.
A partir da análise de pronunciamentos feitos na Rede da Democracia e de editoriais dos jornais, Carvalho afirma:
“Ocorreu por parte [de O Globo, O Jornal e Jornal do Brasil) uma exaltação da própria imprensa como modelo de instituição representativa da opinião pública (…). Os jornais cariocas construíram uma imagem positiva da imprensa, em detrimento da divulgada sobre o Congresso. (…) Os jornais se consideravam o espaço público ideal para a argumentação, em contraposição à retórica dita populista e comunista que teria se expandido no governo Goulart e estaria comprometida com a desestruturação das instituições, sobretudo do Congresso. Os jornais se colocaram na posição de porta-vozes autorizados e representativos de todos os setores sociais comprometidos com uma opinião que preservasse os tradicionais valores da sociedade brasileira ancorados na defesa da liberdade [liberal] e da propriedade privada” (p. 156).
Grande mídia e Justiça
Teria sido a “concepção publicista”, analisada por Carvalho, um fenômeno reduzido à articulação do golpe de 1964 pelos principais jornais cariocas ou essa tem sido uma postura permanente da grande mídia brasileira?
No caso da Ação Penal nº 470, parece que juízes do Supremo Tribunal Federal, também consideram que a opinião da grande mídia teria que ser levada em conta, não apenas por ser a mediadora ou “refletora” da opinião pública, mas por ser a própria opinião pública.
Estão mais atuais do que nunca comentários feitos há muitos anos pelo desembargador aposentado, escritor e político brasileiro José Paulo Bisol sobre o artigo 11º da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Dizia ele:
“O jornalismo brasileiro tem, entre outras paixões, a de participar de investigações, a de investigar ele próprio e, principalmente, a de julgar. (…) Concretamente, a mídia assume um papel de poder policial e judiciário paralelos, mas, enquanto os poderes legítimos estão enclausurados em princípios, diretrizes e normas legitimadas procedimentalmente em mandatos de coerção cada vez mais cuidadosamente controlados (…), a mídia não apenas se arvora ela própria em titular desse controle, mas assume, a seu critério, os próprios mandatos de coerção, e os exerce na mais absoluta permissividade, definindo, depois do fato, a regra moral a ele referida – precisamente ela que adota explicitamente o relativismo ético – e aplicando punições não previstas constitucionalmente e irrecorríveis, destruindo reputações, estabilidades, carreiras e vidas inteiras sem conceder aos acusados um espaço de defesa equivalente ao da acusação, quando concede algum, proclamando, em cima dessa tragédia, o triunfo da liberdade de imprensa. (…) A mídia é, hoje, a mais recorrente violação do artigo 11 da Declaração Universal dos Direitos Humanos”
(ver íntegra aqui: http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/coment/11.htm).
*Venício A. de Lima é jornalista e sociólogo, professor titular de Ciência Política e Comunicação da UnB (aposentado), pesquisador do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras) da UFMG e autor de Política de Comunicações: um Balanço dos Governos Lula (2003-2010), Editora Publisher Brasil, 2012, entre outros livros.
(http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=6275)
Sérgio
Admirável ao extremo a coragem do Ministro Celso de Mello.
Apesar das pressões abusivas e criminosas de forças poderosas
manteve-se sereno e decidiu conforme seu legítimo entendimento
da lei. Conforme sua consciência.
Foi mais um dia histórico para o STF.
A nossa Constituição está acima de todos os jornalões reunidos, como
eles devem estar ruminando agora.
Ela sim é expressão democrática da Opinião Pública e não a mídia acos-
tumada a defender os golpes cinicamente chamados de democráticos e neces-
sários.
FrancoAtirador
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Realmente. Episódio bastante didático. E degradante ao País.
Pena que poucos foram os que perceberam a gravidade do fato:
No Brasil, a Mídia Empresarial, notadamente a antipetista,
está medindo forças com os Poderes da República Federativa.
Há tempos, a Mídia Bandida não quer mais ser o Quarto Poder.
Agora, astutamente pretende ser o Único e Absoluto Poder.
E, para obter êxito nessa pretensão, não hesitará em atuar
em todas as instâncias estatais e nas entidades privadas,
até mesmo em associação com criminosos de qualquer espécie.
O Professor Laurindo Leal Filho escreveu, há poucos dias,
um artigo na Revista do Brasil, republicado na Carta Maior,
comentando a pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo,
que aponta esperançosamente para uma luzinha no fim do túnel,
mas também traz dados, se não alarmantes, muito preocupantes,
indicativos de um gradativo retrocesso cultural brasileiro.
Estamos diante do maior Oligopólio de Meios de Comunicação
da América Latina, quando não do Mundo, que põe à mercê
a população inteira, pois a está impondo a pior ditadura,
a do pensamento único, através do Monopólio da Informação.
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Os números não mentem: maioria quer democracia na mídia
Por Laurindo Lalo Leal Filho*, na Carta Maior (*)
O debate em torno da democratização da comunicação acaba de ganhar um reforço importante. Uma pesquisa sobre o tema promovida pela Fundação Perseu Abramo permite agora discutir o papel da mídia em cima de dados concretos.
Sabia-se, por exemplo, que a TV aberta – apesar do avanço da internet – continuava sendo o meio mais utilizado pelos brasileiros para informação e entretenimento.
Agora temos números: 94% fazem isso, 82% deles todos os dias.
À frente da internet e dos jornais, empatados em 43%,
está o rádio, com 79% (69,2% ouvem diariamente). Presente nas regiões mais remotas do país e nas grandes cidades, sua voz é ouvida por ribeirinhos na Amazônia e pelos motoristas presos nos congestionamentos urbanos, com uma força político-eleitoral que ainda está para ser medida.
A pesquisa teve caráter nacional e ouviu 2.400 pessoas, com margem de erro que varia de dois a cinco pontos percentuais.
Soube-se por ela que 57% dos brasileiros leem jornais, mas quase a metade (46,2%) só lê o do bairro ou da cidade em que mora.
Muito atrás aparece o segundo jornal mais lido: o Extra, com 5,9%.
Os jornalões – Folha de S.Paulo (4,5%), O Globo (3,1%) e O Estado de S. Paulo (3%), com leitores concentrados no Sudeste – revelam não ter a projeção nacional por eles apregoada.
Entre as revistas o dado é preocupante:
76% leem esse tipo de publicação, dos quais 50,2%, a Veja. [!!!]
Conhecendo a linha editorial da revista fica clara a necessidade de uma alternativa capaz de contrabalançar os efeitos negativos que ela causa à sociedade.
Na internet, o Facebook (38,4%) e o Twitter (25,5%) são os preferidos dos brasileiros.
Os portais de notícias – Globo/G1 (16,7%), UOL/Folha (12,6%), Terra (7,3%) – vêm depois:
seis em cada dez entrevistados [60%] dizem buscar informações e notícias nesses sites, reforçando a convicção de que a internet é responsável pelo declínio dos jornais impressos.
Quanto ao conteúdo, não há uma percepção de que os meios de comunicação, quando tratam de política e economia, defendam os interesses da população.
Só 7,8% acreditam nisso.
Os demais dizem que eles defendem os interesses dos próprios donos (34,9%), dos que têm mais dinheiro (31,5%) e dos políticos (20,6%).
Em relação à TV, a pesquisa concretiza o que os estudiosos já inferiam. A maioria dos brasileiros (71,2%) não sabe que as emissoras de rádio e TV são concessões públicas.
E quando passam a ser perguntados sobre o que veem na tela mostram uma clareza maior:
43% dizem não se ver representados na TV
e 25% se consideram retratados negativamente.
Grande parte avalia às vezes ou quase sempre como desrespeitoso o tratamento dado à mulher (64%), aos nordestinos (63%) e aos negros (66%) nos programas das emissoras.
O remédio está na regulação dos meios.
Os entrevistados concordaram com essa necessidade, mostrando que a campanha sistemática da mídia, comparando regulação à censura, surte pouco efeito.
Deveria haver mais regras para o funcionamento das TVs para 71%.
E na opinião de 77,2% deveriam ser estabelecidas e aplicadas por um órgão ou conselho representativo da sociedade, como ocorre em vários países democráticos.
(…)
São dados que não aparecem no Ibope e não têm nada a ver com audiência. A pesquisa revela como é enganosa a afirmação de que a TV mostra o que as pessoas querem ver. Veem, na verdade, por falta de opção ou para não deixar a casa silenciosa.
*Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP.
É autor, entre outros, de “A TV sob controle – A resposta da sociedade ao poder da televisão” (Summus Editorial).
Twitter: @lalolealfilho.
(*) Publicado originalmente na edição de setembro da Revista do Brasil
(http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=6272)
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Isidoro Guedes
A Folha só esqueceu de dizer Azenha que apenas 19% dos paulistanos estão acompanhando esse julgamento esse julgamento bufa do “mensalão” (que na verdade é um mentirão, pois mensalão mesmo nunca foi). E esse número não deve ser muito diferente do restante do país, tanto que apenas 50 gatos pingados deram o ar de sua graça ontem na frente do STF para protestar contra o voto do ministro Celso de Mello.
Assim a pesquisa do Datafolha que diz que 85% da “opinião pública” queria a rejeição dos infringentes e a imediata prisão dos condenados no processo do “mensalão” (do PT) é para morrer de rir, já que apenas 19% estão dando importância a esse lorota midiática, circense e espetaculosa.
Nesse caso a tal “opinião pública” preocupada com isso deve ser a de Marte (rs…). Já que mais de 80% da verdadeira opinião pública aqui da Terra Brasilis está mesmo se lixando pra toda essa manipulação midiática.
Bem feito! Bem feio mesmo pra essa midiazinha que pensa que ainda manda no Brasil, nos brasileiros e nas suas instituições.
Abel
Pois é… 85% dos 19% :)
Pimenta: Controle demais no acesso à Câmara é contra a democracia – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Houve algo didático no entorno do STF na semana que passou […]
Mário SF Alves
Sim, houve algo didático, sim. Senão, vejamos o que disse o Luis Nassif:
“O fato de Celso de Mello ser um homem de ideias conservadoras deixou claro que a nossa mídia está abaixo do conservadorismo. Ela é a barbárie, a ditadura, o golpe.”
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Vale repetir: “Ela é a barbárie, a ditadura, o golpe”. Nota dez para você, Nassif.
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Vale complementar: ela é radicalmente contra tudo o que cheire a democracia de verdade; ela é radicalmente contra a superação do capitalismo subdesenvolvimentista naZional; ela é radicalmente contra o desenvolvimento do Brasil; ela é radicalmente contra a superação de séculos e séculos da pior injustiça que existe, a injustiça injustificada; ela é a espinha dorsal, caixa de ressonância e boca de aluguel da pior elite do mundo, a idealizadora do regime Casa-Grande-Brasil-Eterna-Senzala. Ela é contra o Brasil.
Bonifa
É ironia do destino. Aqueles aos quais a mídia de direita ensinou o ódio a seus (da mídia) adversários políticos, e ensinou a exaltação ao Supremo porque este satisfazia a seus (da mídia) interesses, hoje voltam o ódio que foi assimilado contra o próprio Supremo, porque este quebrou a ponta da lança golpista na última hora. Agora, além do ódio ao Supremo como um todo, aqueles que são condicionados pela mídia se obrigam a realizar um necessário e trabalhoso entendimento do próprio Supremo, para tentar compreender sua composição e separar os melhores e os piores ministros em função de suas distorcidas convicções. A coisa começa a ficar complicada para eles, e eles não gostam de nada complicado. Não estão mais a tratar de um Supremo, mas de detalhes internos e de antecedentes de seus ministros membros. Quem, para eles, são os melhores ministros? Esta pergunta agora é uma imposição. É necessário apreender um mínimo de conhecimento e ter um mínimo de informação confiável para levar sofrivelmente uma discussão como esta. E será difícil ou impossível em tal situação defender como ideal para o Supremo as performances de Fux, ou de Gilmar ou Marco Aurélio. Será muito difícil para eles defenderem estes ministros como os campeões imaculados da Justiça do país. E Barbosa desceu para um lugar secundário. Odiar o Supremo como um todo? Ou apenas os “novatos”? Este é o dilema que se coloca para os seguidores da mídia de direita. E foi antevendo este dilema de seus fãs que Marco Aurélio não hesitou em tentar desqualificar os novos ministros chamando-os de “novatos”. Como se fosse garantia de grandeza a antiguidade de dez ou quinze anos, passados quase sempre em condições vexaminosas como o propiciamento à soltura para que criminosos perigosos pudessem em seguida se evadir e outras coisas tais. Neste contexto mais complexo, o “novato”, não comprometido com uma quadra sombria da Corte, tem todas as condições de fazer uma ponte da História que ligue a perdida dignidade do Supremo a uma nova época de dignidade. Esta ponte passará sobre um rio de abusos e iniquidade.
Caracol
Prezadíssimo Azenha, vou lhe fazer um pedido especial. Especial porque reconheço.. é meio inusitado.
Eu sou, como você sabe, leitor assíduo de Viomundo. Se há uma única coisa que me incomoda nesta excelente publicação é o fato de que volta e meia vocês publicam a foto de um energúmeno. Ora é o ministro Bernardo, ora é o Juiz Joaquim Barbosa, e agora, nesta mesma postagem, vocês puseram aí a cara do Merval.
Ora, Azenha, precisa isso? Por que, além de sermos obrigados a conviver com as consequências da existência de certos capadócios, por que será que além disso temos que lhes olhar a cara?
Por favor, poupe-nos. Publique as asnices, mas deixe-os sem imagem, isso é dose. Tomar conhecimento da existência de um cafajeste é uma coisa, não há como escapar da realidade. Agora… ainda por cima ter que olhar a cara de uma besta dessas…isso faz mal ao fígado, faz mal à saúde.
Portanto, peço a você que faça uma censurazinha aí no departamento fotográfico. Publique uma anta, um jumento, ou não publique foto alguma, mas sabe, às vezes, só porque a cara de um bosta desses aparece no cabeçalho de uma postagem, eu desanimo de ler. Se for à hora do almoço eu perco o apetite, e eu gosto tanto de curtir uma comidinha…
Além do mais, considere: por mais feios que eles sejam, você está promovendo os caras para os mais desavisados. Seja mais impessoal, assim poderemos imaginá-los menos parecidos com gente e mais parecidos com um hidra, uma medusa, um bicho desses qualquer.
E aí eu vou poder almoçar em paz.
Abraço.
Mário SF Alves
Kkkkkkkkkkkkk… Valeu.
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E não é que a sugestão é boa?
CARLOS A ROSSE
Seria também de bom tom se essa criatura, ou sei lá o que, passasse a ser tratada pela alcunha “Merdal”, que nos remete a algo mais próximo da sua estatura moral.
Marcio H Silva
kkkkkkkkkkk…
Bonifa
É impossível não rir. Seu texto deveria vir logo abaixo da foto.
Leo
Bruno Galindo via Facebook
Comecei meu curso de Direito em 1992. Comecei a lecionar em 1998. Já se vão mais de 20 anos de contato com o estudo do direito e mais de 15 como Professor, contando aí um mestrado e um doutorado concluídos, aprovação em 3 concursos públicos para docente de universidade federal e um pouco de prática advocatícia (não tanta assim, reconheço).
Não obstante isso, descobri com a aceitação dos “infringentes” pelo STF que devo jogar no lixo todos os livros de doutrina e jurisprudência brasileiros e estrangeiros que possuo e desconsiderar tudo o que aprendi sobre ampla defesa. Depois de mais de 20 anos nesse ramo, nada aprendi a respeito. Não sabia, por exemplo, que lei e Constituição devem ser ignoradas se a “opinião pública” entender de forma diversa. Que os Ministros do STF devem decidir de acordo com as “ruas” e a “vontade do povo”, o direito é só um “detalhe”.
E olha que a solução estava tão perto. Bastava a mim e ao jurista brasileiro em geral comprar a Revista Veja, o caminho, a verdade e a vida para a interpretação jurídica, até mesmo de regras técnico-processuais. Terei que rever meus conceitos sobre isso.
O mais interessante é a crucificação do Min. Celso de Mello até por colegas. O Min. Gilmar Mendes, indignado com a “grande pizza”, disse a um jornalista que iria indicar a este uma boa pizzaria. E bradou indignação contra a impunidade dos mensaleiros. Curioso é eu não lembrar da mesma indignação deste Ministro quando da impunidade dos criminosos de lesa humanidade da ditadura militar por esta mesma Corte, com o seu voto favorável à mesma.
É a indignação seletiva…
https://www.facebook.com/bruno.galindo?hc_location=stream
Mário SF Alves
Você falou em Gilmar Mendes, e se lembro bem, esse não é aquele indicado ao cargo pelo FHC e que o Joaquinzão andou denunciando em plena sessão do STF ao afirmar que ele tem capangas?
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Quanta seriedade! Quanta justiça! Santa circunferência, Batman!
Marco Enio
PREZADA (O) CONCEIÇÃO LEMES/AZENHA
Vale a pena destacar esta matéria no Vi o Mundo.
http://jornalggn.com.br/noticia/o-julgamento-da-ap-470-e-os-ataques-aos-blogs-por-miguel-do-rosario
Mário SF Alves
Segui sua sugestão. Em boa hora. Parabéns.
Arthur Araújo
Mas, não como Sócrates, Merval e Sardenberg merecem a cicuta por crime contra a democracia.
Taiguara
O Ministro Celso de Mello vai ser nome de rua em Diamantino e o Ministro Lewandowski vai ser AVENIDA em Paracatú.
Maria Izabel L Silva
No “day after”, as manchetes da Folha e do Estadão me pareceram bastante contidas e sóbrias. Anunciaram o obvio. Nada de atacar o STF, ou usar termos como “pizza”, “impunidade” e outras molecagens que os jornais menores fizeram. Que será que a Folha e o Estadão estão tramando …???
Mário SF Alves
Será???
E o que você me diz disso:
“Revisão de Mensalão leva a fim de ‘lua de mel com STF’, diz jornal”?
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“Uma análise publicada nesta quinta-feira no jornal espanhol El País afirma que a reabertura do julgamento do Mensalão distancia os brasileiros de seus juízes.” Fonte: BBC Brasil, 19/09/13.
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Tá tudo conectado, tá não? Funciona assim, oh!: o PiG daqui aciona o PiG de lá. Dita as manchetes. O de lá nem lê. Publica. O daqui republica o que publicou o PiG de lá. Em seguida, o de lá, em procedimento padrão, aciona o de cá, que recebe as manchetes, publica, idem, idem. E assim vai, nesse moto perpétuo, a coisa pensamento-único-a-verdade-é-uma-quimera, intoxicando a vida mundo afora.
Bonifa
As farsas midiáticas têm prazo de validade relativamente curtos. Brilham intensamente e cegam, mas aos poucos o ofuscamento vai passando e a visão se vai reacostumando com a luz natural. Este mensalão não passou disso, uma gigantesca farsa midiática, montada sobre a crueldade do uso da justiça contra adversários políticos, e infelizmente envolvendo auxílio oriundo da própria Suprema Corte. O que é de origem midiática e não tem raiz na racionalidade, por regra se desgasta e passa do interesse, quando não se desmascara e atrai sobre si ódio, na mesma proporção em que semeou.
Urbano
E a Presidenta querendo neutralizar a Internet, pode? O dever de casa não faz…
Rogério Bezerra
Sem “ideologias”, os capitalistas não investem em perdedores, por isso a mídia segue ladeira abaixo. Mais lento que gostaríamos, mas muito mais rápido que eles esperavam. Essa elite psicopata e seus capatazes precisarão se adequar aos novos tempos. O Brasil precisa provar que pode ser um País civilizado. Entender, explicar e curar nossa histórica violência é a garantia que chegaremos num outro nível de civilização, do qual, acredito, estamos ainda distantes.
Civilizado,o comando do País recairá nas mãos dos jovens que saem “do forno” de Lula/Dilma. A globalização (seria bobalização?), a ascensão dos Brics, a alta tecnologia e as questões ambientais aguardam a pròxima geração de elites do Brasil. Um tempo desafiador, como todos, aliás.
Adriana
Concordo com você, Azenha, houve algo didático.
Mas para mim, a “aula” foi proferida pelo Celso de Mello com seu voto, que li na íntegra, com toda atenção.
Tenho que reconhecer que ele foi um professor e tanto, aprendi até uma coisa que jamais tinha passado pela minha cabeça: agora eu entendo (e aceito) que juiz do supremo não deve ser eleito, mas sim indicado. O porquê ficou claro como água.
Mário SF Alves
Ô, Adriana, dá uma colher de chá aí e diz pra mim o que ficou assim tão claro pra você. Confesso que também aprendi muito. Aprendi, inclusive, que a Teoria Geral do Estado pode não ser exatamente aquela que eu tinha em mente. Ou seja, que o e$tado burguê$ no BraZil é um pouquinho mais sutil, um pouquinho mais inteligente e um pouquinho mais civilizado do que eu imaginava.
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Se bem que para mim, em tudo que diz respeito a esse linchamento, ainda é muito cedo para qualquer conclusão otimista. Mesmo porque, ainda nem sequer inocentaram o Pizzolato.
edir
http://www.youtube.com/watch?v=YopxAd6yzho
edir
Acabei de receber em casa agora, entregue pelos Correios uma garrafa de vinho enviada pelo Merval. Ele diz num bilhete “estou deprimido, tomei um
benperidol, receitado pelo meu médico, indicado para tratamento contra psicose e esquizofrenia”
Alexandre Souza
Olha Azenha, eu realmente duvido do didatismo desse episódio, duvido mesmo que as pessoas tenham algum apelo crítico sobre a mídia (qualquer uma delas). Muitos dos que leem e reproduzem as opiniões e posições da grande mídia com relação à ação penal 470 julgam que isso nada tem de político e de partidário, mas sim entre aqueles que são ou defendem corruptos, e aqueles que querem ver corruptos na cadeia. Essa é a ideia vista, lida, reproduzida e espalhada em conversas de esquina, de filas de banco e etc. A discussão sobre embargos infringente, a pressão da mídia, fica secundária perante esse fenômeno do boca a boca da mídia parcial. Os que voluntariamente leem, acompanham e acreditam nessa mídia não questionam que o que ela defende com unhas e dentes e legítimo, é o público direitoso. O problema são os que são diretamente ou indiretamente influenciados por estes e que acham que estão apenas clamando por valores morais abstratos como “justiça”. Separar as duas coisas não é fácil e por isso não menosprezo de jeito algum o papel que frases de Jabor, Bonner e Poeta tem nessa comunicação boca a boca. É a questão do Goebbels…”maior caso de corrupção da história”, ou, “o Brasil vai mudar”….Falta um trabalho sério e denso, e com posições firmes, de comunicação do governo e do próprio PT.
Luiz Carlos Azenha
Falta. Isso falta. Nós fazemos isso, mas é pouco.
Marcio H Silva
Os blogs faz sua parte, é pouco muito pouco, mas tem que se levar em consideração a repercussão nas redes sociais de NOSSAS opiniões, que se bem escritas faz muita gente pensar e refletir. O trabalho é de formiguinha, mas quanta coisa foi desmentida ou esclarecida pelas redes sociais? vide o caso recente do Cafézinho ao denunciar a sonegação da Globo, que repercutiu nas passeatas. Bamos que vamos, porque hoje a internet já os incomodam e muito….
Alves Reis
Casoy é o Boris? aquele reacionário que falou que GARI(coletor de lixo) é trabalhador de última categoria. Se for, a opinião desse energúmeno não tem o mínimo valor; Plagiando o Marcelo Rezende”Corta pra mim”.
Gersier
A cara desse sujeito me dá náuseas e uma vontade enorme de fazer vômito.
Carlos Ribeiro
Outra derrota do Instituto Milleniun.
Gerson Carneiro
O “Day After” dos herois da imprensa golpista.
Gerson Carneiro
Detalhe: assistindo o “Bom Dia Brasil”.
edir
kkkkk, essa foi boa.
Julio Silveira
Tem gente que subestima o poder que existe por trás das câmeras de TV, mesmo radio ou outros instrumentos capazes de induzir as pessoas. Induções que vão desde a compra desnecessária, que se torna vital a nossa psique até o nível da nossa incompreensão, parecendo mesmo aculturação induzida por mentes, que podem até não ser mais brilhantes que as nossas, mas apenas mais poderosa financeira que as lhes dão uma grande vantagem por passam a tornarem-se capazes de nos influenciar, e até a nossa cultura e até a do próprio país, numa verdadeira ditadura inversão completa do sentido democrático. Acreditamos demais em nossa própria força interna para recusar aquilo que não desejamos, mas já passou o tempo de acreditarmos ser capazes, vemos que a técnica profissional é justamente essa, fazer-nos acreditar que somos capazes de rejeitar induções, enquanto vamos gota a gota absorvendo o que querem que absorvamos. Felizmente existem países que protegem os cidadãos desse tipo de situação. Infelizmente o Brasil não é um desses, aqui a verdade vem sendo construída pelos donos do poder e do dinheiro, para se manterem com todas as suas prerrogativas e nem a Democracia tem sido capaz de nivelar essa força desigual, o que noz transforma em miquinhos amestrados dessa minoria. As vezes, e são poucas vezes, eles sofrem revezes, como essa, mas ainda é muito pouco para o país democrático que queremos.
Dan
Julio,
Concordo contigo. Escutei hoje pessoas repetindo como papagaios o “fim do mundo” pela decisão do STF. Eles tão comendo pela borda. No documentário “a revolução não será televisionada”, uma cena memorável e que serve como alerta: Chavez e sua equipe cercados no palácio presidencial pelos golpitas, em 2002, e um ministro lamentando-se…”não tivemos política de comunicação…”
Eme Gomez
A preocupação do Merval agora é saber quem vai escrever o epitáfio de seu livro panfletário (“Mensalão”).
A porcaria, nem na base do “pague 1 e leve 3” (a R$ 1,99) vende mais.
Sugiro, por razões de ética (rsssss…), que a incumbência seja dada a quem se prestou ao papelão de escrever o prefácio (o min. Carlos Brito, que já foi “Carlim do PT” nas eleições de 2002, quando concorreu para deputado federal por SE e ficou lá na rabeira).
1one
Destaque para Boechat.
Casoy é de direita. É melhor ator, pois defende seus próprios pontos de vista, com isto engana melhor aos trouxas.
Ao contrário, Boechat é classe média e atua por dinheiro. É canastrão mesmo. Nas suas falas e conceitos percebe-se a pouca leitura.Quanto mais cospe e tenta encenar mais a platéia fica enjoada.
Mário SF Alves
Ô, 1one, acabei de crer, você é cruel. Claro, pode até ser isso, mas o que importa mesmo é que você é sensata.
Roberto Locatelli
O grande núcleo do PIG hoje é a Globo.
Estadão está em processo rápido de extinção. A Veja não é mais levada a sério, tornou-se órgão oficial do “grupo” de Cachoeira. A Folha ainda tem um restinho de status, mas que aos poucos vai se apagando.
A Globo ainda tem um grande poder. Mas, como vimos ontem, já não é tão grande assim.
filho
Perfeito, é na Globo que o combate deve ser travado, pois os outros são meros apêndices.
André Dantas
O combate tem que ser travado no Estado brasileiro que sustenta a Globo e permite que ela assim proceda. A Globo, asim como o escorpião, é o que é e age conforme sua natureza.
O Governo pode e deveria matar esse escorpião de inanição, possibilitando à sociedade um contraponto de informação e opinião com o mesmo poder de penetração nas nossas casas, ou seja, democratizar as mídias. Mas não o fez e não quer fazer.
Mais perigoso que a Globo é um Governo que permite que ela seja hegemônica.
Mário SF Alves
E o que você me diz dessa: “Revisão de Mensalão leva a fim de ‘lua de mel com STF’, diz jornal”?
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“Uma análise publicada nesta quinta-feira no jornal espanhol El País afirma que a reabertura do julgamento do Mensalão distancia os brasileiros de seus juízes.” Fonte: BBC Brasil, 19/09/13.
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Tá tudo conectado, tá não? Funciona assim: o PiG daqui aciona o PiG de lá. Dita as manchetes. O de lá nem lê. Publica. O daqui republica o que publicou o PiG de lá. Em seguida, o de lá, em procedimento padrão, aciona o de cá, que recebe as manchetes, publica, idem, idem. E assim vai, nesse moto perpétuo, a coisa pensamento-único-a-verdade-é-uma-quimera, intoxicando a vida mundo afora. Até quando?
Gerson Carneiro
Meu Mundo Caiu
Maysa
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
RONALD
Tá.
Os embargos foram aceitos para alguns que terão novas oportunidades, mas o PIZZOLATO vai prá cadeia mesmo provando que o dinheiro usado no processo não era público, que ele não era o único responsável pela aprovação de sua liberação e que o dinheiro da VISANET realmente foi utilizado em propagandas nas pequenas grandes mídias.
Vlad
Se fosse na China ele não iria para a cadeia.
Valmont
Por isso eu não fico nem um pouco satisfeito com esse voto do Celso de Mello. Discussão de embargos para redução de penas foi apenas o bode na sala. O importante é que o GOLPE DO MENTIRÃO foi perpetrado e PESSOAS INOCENTES serão encarceradas, depois de serem barbaramente linchadas sob os refletores máfia midiática.
Será que vamos ficar apenas a repetir, por mais mil anos, o queixume contra os GOLPES dessa plutocracia canalha que amarra este País?
Vejo pessoas acomodadas esperando que, no futuro, os livros de história tragam a verdade, mas não se dispõem a lutar contra quem escreve as MENTIRAS quotidianas dos jornais que comporão as MENTIRAS dos livros de amanhã.
Maria Fulô
Ficou também escancarada a aliança de parte do STF com a grande Imprensa. O comportamento dos 3 Porquinhos na sessão de quinta passada, quando não deram voz de voto à Celso Mello, já fazia parte de um roteiro feito no Instituto Millenium e que visava, via grande Imprensa, emparedar um Juiz cujo voto era de conhecimento de todos. Tentaram simplesmente burlar a Constituição via pressão e constrangimento num dos espetáculos mais deprimentes da história recente do Brasil. Isso não pode ficar por isso mesmo…
Mário SF Alves
Aí, Maria Fulô, tô começando a achar que o tal Millenium sequestrou o cérebro do Golbery. O uso que fazem dele é o mesmo que o Gol[pe]bery fazia. Golpe, golpe e golpe. O que mudaram foi só a metodologia. Agora, a exemplo do Paraguai, no “julgamento” do Lugo, é golpe institucional. Só não foi mais radical e mais escandaloso porque o ministro Celso de Mello matou no peito, na coerência e na hermenêutica.
Mardones
O PIG vai, a cada dia, trancar-se em Sampa? A Sampa do cartel dos tucanos?
Depois da derrota de ontem, a Globo percebeu que já foi mais forte. E tudo isso com a ajuda da SECOM da Dilma.
São Paulo é o que resta de suporte financeiro aos adoradores do golpe contra a nação. E a Globo precisa se agarra a isso, mas as ruas não deixam fácil essa tarefa. E a internet vem, literalmente, infernizando a Vênus sonegadora e manipuladora.
Seabra
Azenha, artigo preciso e em ótima hora! O que mais indigna o cidadão que respeita ao próximo, isto é, respeita todos os brasileiros, é assistir o governo Dilma locupletar a malta da comunicação com verbas milionárias e ainda tomar ferro dia e noite dessa burguesia inútil que só ama a si mesma.
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