Depois de votar em Bolsonaro e festejar vitória, Graziano culpa o PT por eleger Bolsonaro
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A sociedade brasileira conhece os chamados moralistas sem moral. Dilma Rousseff, em discurso visionário, durante a campanha do impeachment
Não estou arrependido de minha decisão. Encontro-me, isso sim, profundamente decepcionado. Nada do que eu imaginava, do restabelecimento da moral política, do retorno ao caminho do desenvolvimento, aconteceu. Xico Graziano, ex-tucano e ex-bolsonarista, agora apoiador da chapa Moro/Huck, sobre ter votado em Bolsonaro
Da Redação
É apenas mais uma demonstração do que significa o “bolsopetismo”, lançado pela colunista Malu Gaspar no diário direitista carioca O Globo.
Trata-se de artimanha eleitoral que terá grande uso na campanha de 2022, quando a direita “cheirosa” vai tentar emplacar um candidato “de centro” no segundo turno.
A vaga está em aberto, já que o governador paulista João Doria enfrenta racha no PSDB e tem pouca penetração fora das fronteiras do estado.
Tudo indica que a vaga para enfrentar Bolsonaro no segundo turno será disputada entre Ciro Gomes e o PT.
Xico Graziano, ex-deputado federal, ex-secretário particular de FHC e ex-presidente do Incra decidiu culpar o PT pela eleição de Jair Bolsonaro em 2018, apesar dele próprio ter votado em… Bolsonaro.
Uma “escolha difícil”.
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Em 20 de fevereiro de 2021, Graziano denunciou os petistas no twitter: “Vocês criaram o monstro”.
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A mensagem furou a bolha do tucano e passou a circular na rede com intensidade, mas sempre acompanhada de lembretes.
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Um deles foi mensagem do dia 29 de outubro de 2018, quando Graziano fez uma série de previsões furadas sobre Lula, a Lava Jato e o Brasil.
Lula está solto, a Lava Jato, desmoralizada e o Brasil enterrado numa crise econômica/sanitária sem saída aparente.
“Vencemos”, escreveu ele, celebrando a vitória de Jair Bolsonaro.
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No dia da eleição, Graziano foi mais explícito. “Vencemos com Jair Bolsonaro”, escreveu, repetindo a hashtag bolsonarista que pregava o voto no 17.
Obviamente que, desde então, Xico Graziano, fundador do PSDB, arrependeu-se de seu voto, mas não fez “autocrítica”.
Comentários
Zé Maria
https://twitter.com/i/status/1366400145085128706
“Combustíveis vão subir na terça (02/03) após Reajuste”.
Petrobras eleva em 5% Preços da Gasolina e do Diesel.
https://twitter.com/MarcioR_Silva/status/1366400145085128706
A Gasolina tem Alta Acumulada de 41,5% somente em 2021.
No Diesel, o Aumento de Preços chega a 34,1% neste Ano.
https://www.brasildefato.com.br/2021/03/01/gasolina-e-diesel-sobem-mais-5-tapa-na-cara-do-brasileiro-avalia-diretora-da-fup
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Walter Pastori da Fonseca
chiquinho com toda idade que voce ja tem com todo o tempo que voce tem na politica alias nao sei do que voce se sustenta voce nao conseguiu aprender nada.
Nelson
Sem “passar pano” para o PT, sem aliviar as críticas à parte do partido que “se lambuzou”. Essa parte tem, sim, que ser investigada e, se reunidas as provas, punida. Mas, amigo. Alguém aqui acha que o Sistema vai punir a todos? Em outro comentário volto a falar sobre isso.
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A verdade é que, se fôssemos comparar, é bem possível que os tucanos tenham roubado 1.000, 10.000 vezes, ou até mais do que isso, acima do que teriam roubado os petistas.
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Por exemplo, enquanto alardeiam a todos os cantos – sem apresentarem a escritura – que Lula possui um tríplex em Guarujá, também é dito, à boca (bem) pequena, que FHC possui um apartamento de mais de 10 milhões de euros em Paris.
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Para não falar de outros grandes imóveis que FHC possui e do restante da turma do bico grande que “se arrumou” em oito anos no Governo Federal e tantos outros anos nos governos estaduais.
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Poderíamos fazer um teste bem simples para vermos até onde vai a devoção do senhor Graziano à moralidade na política. Poderíamos perguntar a ele que, como secretário particular daquele que fez o governo mais corrupto e deletério da história da nação, deve saber de tudo do entreguista-mor, nos explicasse como FHC consegue ter um apartamento de mais de 10 milhões de euros em Paris.
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Poderíamos também fazer uma outra pergunta – apenas mais uma de tantas – ao senhor Graziano. Se ele fosse dono de uma grande área de terras que reunisse riquezas valendo uns R$ 3 bilhões a “venderia” por R$ 3 milhões?
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Pois, é isso que FHC fez com a Vale do Rio Doce. Entregou a empresa por uma quantia quase mil vezes menor do que valiam as riquezas que ela controlava. A Vale do Rio Doce foi entregue por, pasme, R$ 3,3 bilhões.
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Pasme ainda mais, pois FHC recebeu cerca de 1/3 em moedas podres e em torno de 1/3 foram financiados aos “compradores” pelo BNDES. Apenas 1/3 teriam entrado em dinheiro.
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Contudo, é incrível, mas o roubo ao povo brasileiro e a seu futuro pode até ter sido bem maior. Há quem avalie que a Vale do Rio Doce controlava riquezas num montante quase três vezes maior.
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Em revista lançada em 2010, na qual fez um balanço das privatizações no Brasil, o Senge-PR avaliou que as riquezas controladas pela Vale do Rio Doce chegavam a R$ 8 trilhões.
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Mas, desviando o olhar do rabo de seu próprio partido, o senhor Graziano tem o desplante de detonar os governos do PT pela “roubalheira que bancaram” e por terem desferido “ataque ao patriotismo” e, numa cara de pau impressionante, característica muito presente nos tucanos, ainda vibrar porque a “honestidade venceu a corrupção”.
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Diante disso tudo, fica até bastante ameno qualificar um ser desses como desprezível.
robertoAP
Esse sujeito é um tremendo otário e babaca, típico Looser e Sucker, como são chamados os trumpistas das terras do norte.
É tanta ignorância concentrada que nem dá para comentar essa anta.
abelardo
Políticos hipócritas, sem moral, sem honra e sem dignidade jamais teria coragem de confessar a merdas que fizeram em seus mandatos e em sua decisões. Porém, como o mundo inteiro já sabe, eles preferem enfiar a cara no buraco e tentar jogar a culpa em terceiros. O fim da carreira, da vida fácil, das mordomias somadas a proximidade do ostracismo e conta que demora, mas sempre chega, além de trazer o pânico e o desespero também revela o lado ridículo e insensato dos perdedores.
Zé Maria
A Corrupção da Lava-Jato
Por Carlos Frederico Barcellos Guazzelli (*), no SUL21
O Código Penal Brasileiro denomina “corrupção” ao suborno do funcionário público,
em razão de suas funções, por particular – prevendo em dois dispositivos diferentes
as modalidades “ativa” e “passiva” destas condutas criminosas.
Como aquela, no artigo 333, caput, define o comportamento de “…oferecer ou
prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício…” – estipulando para sua prática a pena de reclusão
de dois a doze anos, mais multa. Já a segunda contempla os atos, definidos no artigo
317, caput, de “…solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente,
ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem…”, puníveis com as mesmas penas.
A acepção técnico-jurídica do termo, restrita a estes dois tipos penais, não impediu,
no entanto, na linguagem e no senso comuns, sua extensão a todas as distintas ações
criminosas praticadas por servidores públicos, em conluio com terceiros, contra a
administração pública, e o erário, em especial.
Mesmo no âmbito político ou acadêmico, os atos de corrupção, assim genericamente
compreendidos, são encarados como formas de expressão do patrimonialismo, isto é,
da relação espúria entre o público e o privado – que se costuma atribuir,
comodamente, e não sem alguma dose de cinismo, às heranças de nosso passado
ibérico…
Importa aqui destacar o sentido original e histórico da corrupção, entendida como
fenômeno sociológico, antes que jurídico – para melhor compreendê-la e, sobretudo,
identificar alguns usos discursivos a que ela se presta, com conhecidos propósitos e
resultados nefastos.
Segundo diversos estudiosos, até pouco tempo, historicamente falando, a palavra em
questão não designava os atos referidos nos parágrafos anteriores – mas, isto sim, as
suas consequências.
Assim, mais importante que tais condutas, consideradas em si mesmas – o que
certamente é essencial para fins jurídicos – releva considerar o efeito que causam
no corpo social: a corrupção consiste, nem tanto nelas, e mais propriamente na
degeneração que causam.
Por isso, a adoção do termo: “corrupção” é sinônimo de putrefação, apodrecimento,
corrosão – e este é, na origem, o seu significado pleno.
Aliás, é exatamente devido ao estado corrompido que provocam nas instituições
do Estado, que aquelas ações e omissões são previstas como “crimes contra a
Administração Pública”.
O que se procura defender com sua incriminação – aquilo que em direito se chama
o “bem juridicamente tutelado” – é justamente a integridade das instituições estatais,
impedindo que estes comportamentos as apodreçam ou corroam, isto é, que as
“corrompam”.
A invocação das distinções semânticas ora aludidas, como anunciado acima, parece
pertinente nestes dias, diante das novas, e mais detalhadas revelações do escândalo
conhecido como “Vaza Jato” – os inúmeros e espantosos diálogos, gravados por um
“hacker”, entretidos em redes sociais por Moro, Dallagnoll e o restante da corte
curitibana [sic] da justiça federal, antes tão incensada por suas ações repressivas,
seletivas e abusivas, a pretexto de “combater a corrupção”.
A simples leitura, ou escuta, destas conversas absolutamente escabrosas, permite
concluir, sem maiores dificuldades, que as tropelias cometidas por seus
interlocutores – os membros da famosa “força tarefa da operação lava-jato” –
importaram em verdadeira CORRUPÇÃO DO SISTEMA JUDICIAL. [Grifado]
De fato, as gritantes ilegalidades praticadas durante suas famosas investigações,
contra réus, indiciados ou meros suspeitos – muito especialmente contra seu
principal alvo, o ex-presidente Lula – provocaram efeitos deletérios que se estenderam,
e se estenderão por muito tempo, projetando-se além de suas vítimas imediatas.
O rol destes abusos merece ser sempre lembrado: desde a condução coercitiva
do líder petista, e a quebra e divulgação ilícita de seu sigilo telefônico, até sua
condenação absurda, em processo nulo, por corrupção passiva com a confessada
ausência de “ato de ofício determinado”; passando pela insólita instalação do “juízo
universal” de Curitiba, para todas as ações penais envolvendo supostos casos de
corrupção na Petrobras – e, sobretudo, pelo manifesto conluio entre juiz,
procuradores e policiais federais, que agiam de forma coordenada e combinada,
escolhendo investigados, forjando provas, acertando movimentos, planejando prisões
para obter “colaborações premiadas”.
Cabe enfatizar aqui: todos estes comportamentos, por violarem frontal e
irreparavelmente as garantias constitucionais do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, tiveram como resultado – além das
evidentes injustiças praticadas contra dezenas, senão centenas de pessoas,
a começar, diga-se sempre, por Lula, o principal visado – a corrosão parcial (sic)
do sistema de justiça.
Tratam-se, pois, no seu sentido amplo, que se buscou resgatar no início do artigo,
de verdadeiros atos de corrupção de um novo tipo: a CORRUPÇÃO INSTITUCIONAL.
Este estado de contaminação do aparato judicial é fruto direto e imediato do uso
ilegal que Moro, Dallagnoll & Cia fizeram das instituições estatais, a fim de promover,
escorados nos poderes externos e internos que os sustentaram, os escusos propósitos
de destruir o “sistema político”.
Por mais censuráveis que sejam, e de fato o são, os atos praticados por esta turma – que o ministro Gilmar Mendes prefere chamar de “gangue” – não podem ser encarados
apenas como “desvios de conduta” de servidores e agentes de estado; na verdade,
eles revelam uma distorção institucional anterior e grave.
Como já se teve oportunidade de salientar neste mesmo espaço, em mais de uma
oportunidade, desde o ano de 2015, as ações abusivas da famosa “força tarefa”
curitibana foram ensejadas e legitimadas pelos tribunais superiores – malgrado
não tenham faltado inúmeras advertências de advogados, professores e, mesmo,
magistrados, do país e até do exterior.
Como se demonstrou naquelas colunas, tais ilegalidades deitam raízes na forma
inusitada com que o próprio Supremo conduziu a Ação Penal 470, o caso batizado
indevidamente como “mensalão”.
Ademais, ao longo dos processos deflagrados contra a maior liderança popular
brasileira – cuja destruição política, se não pessoal, diga-se sempre, constitui o objeto
declarado das investigações conduzidas pela “República de Curitiba” – em diversas
oportunidades as instâncias superiores, inclusive a Suprema Corte, trataram de
legitimar os denunciados abusos perpetrados pelos investigadores conluiados,
embalados pela massiva e sistemática campanha midiática, que os erigiu como
heróis perante a audiência vidiotizada [sic] pela articulação discursiva do “combate
à corrupção”. E isto em nome da “excepcionalidade” dos fatos, ou de sua “gravidade”,
tudo a recomendar a adoção de critérios também “excepcionais” – mesmo que isso
importasse no afastamento de princípios constitucionais e regras legais…
A troca de mensagens entre os “jovens turcos” de Curitiba, não deixa margem a
dúvidas quanto ao seu objetivo escancarado de criminalização do PT e seus aliados e,
principalmente, a prisão de Luís Inácio – a quem tratam injuriosamente de “nine” – e
seu consequente afastamento do processo eleitoral, o qual, por isso mesmo,
redundou na assunção à presidência da República de um completo despreparado.
Este propósito foi-se evidenciando a cada ilegalidade praticada, e a maior parte
da comunidade jurídica – de modo particular os constitucionalistas e penalistas –
empenhou-se em destacá-lo em inúmeros artigos, palestras, entrevistas e atos
públicos, sem encontrar eco nos tribunais.
Importa destacar que todos o fizeram – inclusive o autor destas linhas –
não por serem dotados de poderes divinatórios, ou mesmo por informações privilegiadas e coisas do gênero; mas apenas porque, mercê dos instrumentos
da razão e da experiência, descortinaram as ações do ilegal do consórcio estabelecido
na 13ª Vara Criminal de Curitiba, a partir do exame de seus resultados evidentes.
Utilizando-se, pois, do método racional do cientista que, estudando a manifestação
externa de um fenômeno, deduz a ocorrência dos fatores causais responsáveis
por sua produção. Da mesma forma, a ampla e permanente visibilidade dos atos
de investigação, sistematicamente “vazados” às grandes redes de rádio e televisão,
permitia-lhes inferir a forma abusiva e ilegal com que foram produzidos – agora
amplamente revelada para pasmo geral.
Se é verdade que a revelação das malsinadas conversas traz alguma satisfação
intelectual aos que denunciavam, à época de sua prática, as barbaridades jurídicas
perpetradas pelo ex-juiz camicia nera [sic] e seus acólitos, pela inédita confirmação
de sua ocorrência – inclusive de seus detalhes sórdidos e escatológicos – não se pode deixar de registrar que elas provocam, sobretudo, um misto de indignação e asco,
pela maneira com que o sistema de justiça não apenas permitiu sua produção,
como até mesmo as legitimou e ampliou.
(*) Defensor Público Aposentado; Coordenador da Comissão Estadual da Verdade/RS (2012-2014).
https://www.sul21.com.br/colunas/carlos-frederico-guazzelli/2021/02/a-corrupcao-da-lava-jato
Zé Maria
Só falta esses Lavajatistas Recalcados dizerem que o Mal existe por Culpa do Bem.
Zé Maria
O Graziano sempre foi um Ruralista Tucano Sem-Vergonha,
Aproveitador de Circunstâncias e Manipulador das Redes.
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