Mark Weisbrot: Lucros financeiros explicam a bajulação da mídia estrangeira ao Brasil

Tempo de leitura: 5 min

Contrariando todas as expectativas (da comunidade financeira internacional), a Argentina é uma história de sucesso que o economista Mark Weisbrot, do Centro de Pesquisa Política e Econômica, em Washington, não se conforma em ver deturpada pela imprensa internacional.

Mark é o autor, em parceria com Tariq Ali, do script de “South of the Border”, filme de Oliver Stone que trata, justamente, das distorções da cobertura feita por jornalistas dos Estados Unidos sobre os países ao sul da fronteira.

Oliver Stone embarcou em uma viagem pela América do Sul, na qual entrevistou Hugo Chávez, Lula, Fernando Lugo, Evo Morales, Nestor Kirchner…

Entre outros momentos inesquecíveis do filme, Kirchner relatou a Oliver Stone a conversa franca que teve com o ex-presidente George Bush, na qual o texano explicou, com todas as letras, que os Estados Unidos promoviam guerras porque é bom para a economia. Sem culpa e sem desculpas.

Mas o assunto aqui é outro: Mark é o que se pode chamar de um especialista em América Latina desde os tempos da universidade. Ele fez parte do movimento estudantil que incendiou os campus estadunidenses durante o governo de Ronald Reagan, em protesto contra os massacres em El Salvador e Nicarágua, promovidos no primeiro por um regime aliado de Washington e no segundo pela guerrilha de direita apoiada por Washington. Na época, segundo Mark, mais de cem mil norte-americanos visitaram os dois países, para ver de perto o que estava acontecendo. Muitos, ao voltar para casa, passaram a pressionar o governo. Na imprensa e nos livros de história, ninguém se lembra disso.

Mark garante: foi aquele movimento popular que obrigou a Casa Branca a partir para a clandestinidade, especialmente na Nicarágua, o que resultou no escândalo Irã-Contras. O escândalo, que abalou o governo de Ronald Reagan, se deu quando foi revelado que os Estados Unidos vendiam armas clandestinamente ao Irã e desviavam o dinheiro para ajudar o movimento dos Contra, que tentava derrubar o governo sandinista.

Assim, combater as versões apresentadas pela imprensa não é exatamente uma novidade para Mark, economista nascido e criado em Chicago. É uma batalha que continua e é travada diariamente. No caso da Argentina, ele explica:

— Eles não saíram da crise aumentando as exportações. Isso é  muito importante, porque se aplica agora a países da zona do euro. Vamos começar do começo. No fim de 2001, a Argentina suspendeu o pagamento de quase toda a dívida externa e abandonou a taxa fixa de câmbio e, por isso, enfrentou uma grave crise financeira. Mas ela durou apenas três meses. Foram três meses muito difíceis. A Argentina perdeu 5% do PIB. Mas, depois disso, começou a crescer. Nos seis anos seguintes, o crescimento foi de 63%, em termos reais, corrigidos pela inflação.

A agricultura — e as exportações agrícolas, em particular — tiveram participação muito pequena neste crescimento, entre 2002 e 2010, diz ele.

— Se você analisar a economia real e pensar na quantidade de tudo o que a Argentina produz – aço, soja, serviços –  em termos reais, ajustados para a inflação, a exportação de produtos agrícolas, especialmente a soja e todos os produtos da soja, contribuem muito pouco. As exportações significaram apenas 12% do crescimento econômico destes anos todos. Então, algo mais respondeu pelos outros 88%: consumo doméstico e investimento doméstico.

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O que nos leva a concluir que houve um grande aumento de renda, dentro do país, para sustentar o consumo e o investimento.

“Claro”, diz Mark, “houve um grande aumento da renda per capita e uma grande redução da desigualdade. E como fizeram isso? Colocando o crescimento como prioridade. Por isso eles adotaram uma polícia fiscal expansionista, uma política monetária expansionista e mantiveram uma taxa de câmbio estável e competitiva. Não foi apenas a desvalorização da moeda que tornou as exportações mais baratas. É todo um programa de políticas macroeconômicas orientadas para o crescimento e para o emprego. Não foi um crescimento baseado em exportações e não foi um boom de commodities, tampouco. Eu vou publicar outro estudo sobre isso. Nós investigamos todos os produtos da soja e é uma grande quantidade de coisas. Mas em termos de valor, em relação ao crescimento da economia na última década, não houve crescimento. Ficou praticamente estável”.

Assim, a comparação com o Brasil é inevitável. Enquanto a imprensa mundial trata a Argentina como um filho desgarrado, que se perdeu no deserto, o Brasil tem recebido a bajulação reservada às novas estrelas, às grandes revelações da economia contemporânea. Mark, sempre com aquele olhar cínico, quer dizer, clínico, pondera com a maior tranquilidade. Diz que a imprensa mundial adora o Brasil porque as empresas financeiras ganham muito dinheiro investindo no país, que tem as taxas de juros mais altas do mundo.

Por isso ele diz que não adianta nada o país reclamar da política expansionista norte-americana, que está promovendo a queda do dólar — como fez a presidente Dilma Rousseff, em visita à Casa Branca. Cabe ao Brasil, diz ele, reduzir os juros para que as instituições financeiras internacionais não tenham tanto interesse em afogar o país com dólares.

Apesar de levar em conta a história de cada país para entender o ritmo das mudanças em cada lugar, Mark compara a atuação do Banco Central da Argentina com a do BC brasileiro. Mas antes, o histórico:

— O volume de investimento externo, na Argentina, tem sido muito pequeno nos últimos nove anos. Especialmente se comparado com Brasil, Chile e México. Além disso, a Argentina não pode tomar dinheiro emprestado no mercado de bonds. Isso é importante porque se você lê a imprensa financeira, esses dois fatores são sempre destacados como os mais importantes para qualquer governo: agradar os estrangeiros que querem fazer investimentos diretos no país e agradar os compradores de bonds para ter uma boa nota de crédito. A Argentina não fez nenhum dos dois e teve o crescimento mais rápido do hemisfério. Reduziu a pobreza em dois terços, a pobreza extrema mais ainda. Eles têm um índice recorde de emprego e gastaram muito dinheiro em programas sociais. Eles têm o maior programa de transferência de dinheiro, tipo o Bolsa Família, só que muito maior, é o maior da América Latina.

E continua:

— O FMI pressionou a Argentina durante anos. De 2002 a 2005. Não deu dinheiro algum ao país. Na verdade, tirou dinheiro. O FMI, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento. Enquanto a Argentina estava na pior, eles estavam drenando o país. Tirando dinheiro. Pressionaram para o país pagar mais aos credores. Mas a Argentina se recusou. Não queria pagar mais do que tinha condições de pagar e se ver em uma crise cambial. Queria ter certeza de que teria o dinheiro que não poderia tomar emprestado. Eles foram muito cuidadosos e colocaram o interesse da maioria em primeiro lugar. Eles também queriam que a indústria do país se recuperasse e adotaram uma política na qual mantiveram o que chamaram de taxa de câmbio estável e competitiva, administrada pelo Banco Central. Isso também contrariou a ortodoxia estabelecida. Hoje, na América Latina — no Brasil, por exemplo — o Banco Central basicamente visa a inflação e isso tem sido uma política muito prejudicial ao Brasil, já que o BC usa o câmbio para combater a inflação. Então, basicamente, nos últimos oito ou nove anos, o governo de seu país conseguiu manter a meta de inflação elevando o valor da moeda e, em consequência, reduzindo os preços de importação e exportação. Isso prejudicou a indústria e o crescimento geral da economia. A Argentina adotou uma política oposta. Eles queriam ter uma taxa de câmbio estável e competitiva e usaram o Banco Central para isso. Eles não disseram: “Deixe o Banco Central fazer o que o setor financeiro quer”.

Mark, um otimista inveterado, contemporiza e lembra que houve grandes avanços no Brasil, apesar da dificuldade que o governo encontra para enfrentar os interesses do setor financeiro.

— Primeiro, de 2004 até agora a economia brasileira cresceu duas vezes mais rápido do que ela cresceu nos 25 anos anteriores, anualmente. Isso ainda não é o [crescimento] que você teve nos anos 60 e 70. Mas é bem mais do que nos anos Cardoso (do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso). A renda per capita cresceu 3,5% nos oito anos do Cardoso. Nos governos Lula, ela cresceu cerca de 22%.

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Comentários

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luiz claudio

Este deve ser outro americano idiota que não consegue ver o brasil evoluir,eles soltam esta no intuito de jogar o nosso país para baixo,ele tinha que nos comparar logo com a argentina,ora no intuito de acirrar nossa rivalidade,nosso país ainda não é aquele paraíso,mas devagar estamos melhorando,compara-nos com a coreia,os outros brics,preparem-se amigos a partir de agora seremos sempre vitimas de comentários tendenciosos e maliciosos,afinal estamos evoluindo e isto incomoda o eterno competidor olímpico,afinal de conta eles não querem ser melhores,e sim os melhores do mundo,o number one,a hiper-potência,a demonização do brasil está começando.

    razumikhin

    “Lula é o cara; Lula é um grande democrata.” Hehehe. Quanto elogio verdadeiro…

José Roberto

Olá Reinaldo

Meu amigo porpôs você ir morar na Agentina e ele vir para o Brasil.

Sds

    Willian

    Se der pra morar em Palermo…estamos aí.

    Fabio Passos

    Desejamos que teu amigo sare logo desta imensa dor de cotovelo pelos 36% de vantagem da Cristina Hirchner sobre hermes binner. rsrs
    E avisa ele prá parar de ler o clarín e o la nación… o esgoto só vai fazer a dor aumentar.

huluky

22% ela se referia a uma taxa anual de crescimento.

luiz pinheiro

Não sei de onde o Mark Weisbrot tirou esse dado sobre o crescimento de 22% da renda per capita a partir do governo Lula. Pelos dados oficiais, o PIB do Brasil cresceu de cerca U$ 550 bilhões no fim de 2002 para U$ 2,5 trilhões hoje – uma expansão de mais de 350%. A renda per capita evoluiu de menos de U$ 3 mil/ano para quase U$ 13 mil/ano – ou seja, mais que quaduplicou. Além disso, a média anual do desemprego aqui está em torno de 6% pelo IBGE e 11% pelo Dieese. Na Argentina, os índices variam entre 8,5% e 17%.

augusto2

claudio, diretamente sobre o foco de teu comentario,vi um texto recente de Craig roberts que contem um detalhe sobre o qual nao havia sequer pensado.
É a tese de que a mudança geo estrategica recente da ‘ defesa’ e dos interesses nacionais do imperio do oriente medio para a Asia com alteraçoes
de bases militares e tal, é um plano do CFR,e think tanks congeneres que vai criando uma demonizaçao lenta mas certa da CHina em algo como dez, doze anos. Tal como fizeram com o irã porem mais sutil. Mas visando o que? A garantia de que as
verbas ja trilionarias do orçamento continuem fluindo para o depto de defesa… coisa que nao ocorrerá se houver distensao e clima de paz.

Para entender os êxitos da Argentina (escondidos pela mídia) « Marcos Aurélio

[…] por Heloisa Villela (Do blog Vi o mundo, aqui) […]

CLÁUDIO LUIZ PESSUTI

Eu dou risada para quem acha que a inflação está controlada no Brasil.Certamente são aqueles que não frequentam supermercados, não tem filhos na escola, não tem que garantir plano médico pras filhas, não tem que pagar impostos, que são reajustados anualmente, etc.Aí , baseiam a inflação em produtos como tomate e berinjela.Ora, estes produtos sobem de preço, mas também abaixam.Aí, falam quando abaixa o preço “a inflação está sob controle”.Só que produtos mais elaborados e serviços em geral não recuam .Podem parar de aumentar, mas não recuam.Já viram passagem de ônibus diminuir?

    Rafo

    Uma observação no tocante as passagens de ônibus, o fator corrupção está diretamente envolvido em seus aumentos.

    Daniel

    Inflação zero é praticamente impossível de se conseguir, Sem contar os interesses contrários que desejam uma inflação nas alturas (era altamente lucrativo para um comerciante comprar um produto por 1 real, esperar alguns dias e depois vender o produto por 5 reais, diferença causada pela inflação galopante de outrora).

    Então considerando que a inflação está dentro de níveis “civilizados” – em especial em comparação com os anos 80 e 90 – pode-se dizer que a inflação está sob controle.

Willian

O que o pessoal aqui pensa é que, se com esta política econômica da Dilma estamos bem, imagina se implantássemos as ideias argentinas, estaríamos muito melhor. Se existe uma coisa que me deixa triste é o governo do PT não seguir as ideias econômicas da blogosfera progressista. Se o PT seguisse, estaríamos livres dele há anos. Topam um abaixo assinado?

Roberto Locatelli

Parece que finalmente o Governo Dilma resolveu continuar a baixa da taxa Selic que ocorreu no Governo Lula. E foi além: está enfrentando os bancos para que os juros bancários caiam também.

O caminho é esse. O Governo deveria estar acelerando mais nessa direção. Mas trata-se de um Governo centrista…

    Filipe Rodrigues

    Centrista porque o eleitor brasileiro despreza o Congresso, não dá a mesma importância para o legislativo como dar ao executivo e quer a presidente fazendo milagres.

José Roberto

Mostrei esse artigo para um amigo argentino que sabe português: ele gargalhou.
Depois disse que alguns brasileiros concordavam com o teor desse artigo: ele gentilmente convidou-os a irem morar na Argentina, inclusive o autor deste texto.

Preciso falar mais?

Abraço

    Willian

    Num artigo sobre a economia argentina o autor se absteve de mostrar os números da mesma. Nem mesmo inflação ou juros. Talvez ele tenha achado que isto enfraqueceria seus argumentos. Os juros estão em 11,15% ao ano, já a inflação, bem, este é um segredo até mesmo para os argentinos.

    CLÁUDIO LUIZ PESSUTI

    Ora, o mesmo pode se dizer do Brasil.Se você for ouvir alguns dos apoiadores acríticos do governo petista, o estrangeiro poderá achar que,realmente, o Brasil está melhor que a Inglaterra…

    Reinaldo

    Sim, precisa perguntar tb aos outros 40 milhões de argentinos que têm tanta credibilidade quanto seu amigo.
    É a mesma coisa que pescar um indivíduo qualquer da classe mérdia paulistana que vai dizer que o Brasil vai de mal a pior e acreditar nesse gato pingado.

    Mário SF Alves

    É isso aí, companheiro. Estatística, estatística e estatística, e claro, desde que o tamanho da amostra seja representativo em relação ao tamanho da população. Valeu! Sem isso é puro blá-blá-blá de Tucano tucanorum.

Fabio

Pede para o Mark passar um ano na Argentina depois ele diz como esta a economia se tem inflação desemprego e etc.. Já perguntei aqui no site se alguem sabe quantas vezes as empresas nacionais argentinais já foram privatizadas e nacionalizadas pode ser desde a época do Peron ou mais longe ainda, é um modo deles de administrar o pais ,( sempre com um bode expiatório).
Tanto a Argentina como o Brasil já tiveram épocas melhores de riqueza e pobreza agora é um momento de expansão econômica mas depois volta para mesma merda , foi assim com habitação,salário,educação e saúde.A Argentina e o Brasil viviam do passado, vamos ver se muda.

Cesar Ricardo

Ótimo texto. Parece-me que a Dilma não está abaixando a cabeça para o sistema financeiro selvagem, conforme os governantes anteriores faziam no nosso país. Por isso que que a mídia reacionária é contra ela e todo governo de esquerda. Leiam também o texto de Mauro Santayana (publicado no site Conversa Afiada),que fala justamente sobre o relação do Estado e Economia e correlaciona a política da Dima nesse contexto. Para a leitura do texto clique no link abaixo:

http://www.conversaafiada.com.br/politica/2012/05/12/santayana-e-dilma-a-moeda-sob-controle-politico/

Rafael

Isso senhores é conhecido por todo mundo. A dilma sabe muito bem, Lula sabe isso pereitamente. A questão aqui é que a mídia tem um poder tremendo, gigantesco. Tenho certeza pelo que vi do governo Lula e do governo Dilma tomariam esse caminho, o problema, a questão é ter que considerar enfrentar esse pessoal e perder um mandato, perder a chance de mudar ou iar aos poucos conforme o país evolui, conforme a condições de país melhora, isso dá subsídio para o governo então enfrentar esse pessoal. Acredito que seja isso que está acontecendo. Na Argentina a mídia não é tão poderosa ou engano meu lá tiveram coragem de enfrentar esse elite parasita.

Marcio H Silva

Este artigo mostra como a nossa mídia é tendenciosa, xiita e despreparada para avaliar as políticas econômicas de nossos vizinhos.
Nunca divulgaram o crescimento Argentino nos últimos anos, bem como nunca comentaram sobre os programas sociais de distribuição de renda.
Dilma não tinha saída. Tinha que atacar os bancos. Com isto o pagamento de nossa dívida interna vai ficar mais suave.

Cláudio

“não se conforma em ver [a história de sucesso da Argentina ser] deturpada pela imprensa internacional”. O PiG é internacional. Nem nisso conseguem ser originais os coloni$$taSS em suas macaquices, mírdia de controle remoto.

“os Estados Unidos promoviam [promovem] guerras porque é bom para a economia. Sem culpa e sem desculpas.”. Incrível ! Não são os mesmos, à la $$ão DemóSStene$$, os propalado$$ ‘defensores’ da democracia no mundo inteiro ? Sem culpa e sem desculpas ! ! ! . . . Realmente, tão incrível quanto as ligações do bicheiro com o $$enador e o ‘repórter’ golpi$$ta da partidária imprensa golpiSSta 1º de abril de 1964, quando a mentira e a canalhice passaram a torturar os brasileiros através dos macaco$$ amestrados pelos ianque$$.

Parece que a Argentina é um bom exemplo para além da Ley de Medios. No caso brasileiro, a máfia, associação criminosa entre imprensa e capitoli$$mo, possivelmente tem um terceiro SSócio (aqueles ‘intocáveiSS’ de pijama) e ramificações no Poder judiciário.

Ley de Medios, já ! ! ! Comissão da Verdade, já ! ! !

Fabio Passos

Sem dúvida.
Cortar os lucros pornográficos do capital vagabundo significa enfrentar a ira da mídia-lixo-corporativa internacional.

A mídia-corporativa é a máquina de propaganda do neoliberalismo e dos interesses das oligarquias financeiras.

Grécia: Cada vez mais próxima de uma saída à Argentina « Viomundo – O que você não vê na mídia

[…] outro caminho para a Grécia?  Sim, embora a mídia nacional e internacional tenha medo de falar naquele país que começa com a letra A. Ah, e quando dizem que a presidente Dilma Rousseff enfrentou corajosamente os bancos no Brasil, […]

Jotapeve

Concordo inteiramente com o texto. Isto mostra que a Dilma está certa em focar na queda dos juros. Este dinheiro que os bancos deixam de lucrar vem diretamente para o consumo interno e consequentemente no aquecimento dos investimentos e da economia como um todo. Espero que a presidenta continue neste rumo pois fará muito bem ao país.

Mário SF Alves

No que tange ao Brasil, respeitadas as circunstâncias históricas, sociológicas e políticas, e, acrescidas a isso, as diferenças geoeconômicas entre Brasil e Argentina, o fundamental na análise do Mark é:

1) Jogar por terra o mito do agronegócio como sendo motor da economia;
2) Refletir sobre as soluções econômicas aplicadas na Argentina pós-Kirchner e idealizá-las como sistema de referência para a solução da crise na Europa;
3) Contribuir para firmar posição quanto a necessidade de o Brasil não postergar por muito mais tempo a etapa seguinte: O DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO.

Alexandre

Interessante.
Temos que ler de um norte americano que o nosso vizinho do sul tem um programa de transferência de renda melhor que o nosso.

Shame on you, PIG !

Guerson

Sim, sim, cara-pálida! Mas o ilustre economista não se referiu nenhuma vez à inflação. Moro na fronteira com a Argentina e sei muito bem disso: os preços aumentam, em média ao mês, 6%. E aí, faltou alguma coisa na reportagem ou não? – Nem tudo vai bem na terra dos Kirchner!

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