Cacau Pereira: Reforma administrativa cria 200 mil empregos precários para o Centrão preencher e deixa metade da população brasileira sob risco de perder Saúde e Educação
Tempo de leitura: < 1 minDa Redação
Cálculos oficiais indicam que a reforma administrativa poderá criar mais de 200 mil cargos precários no governo federal, que poderiam ser preenchidos sem concurso público, afirma Cacau Pereira, pesquisador do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), advogado com especialização em Direito Público e Previdência Complementar.
De acordo com o que ele disse ao Viomundo, a reforma tem o potencial de enfraquecer os serviços públicos considerados essenciais, como Saúde e Educação, com o potencial de prejudicar a maioria dos brasileiros adultos, tanto os que estão abaixo da linha da pobreza quanto os que estão desempregados e subempregados.
Eles não teriam condições de pagar por serviços privatizados, que a reforma administrativa permitirá em praticamente todas as esferas.
Para Cacau, o Brasil está na contramão de outros países do mundo, como a Espanha, que depois de privatizar praticamente todo o sistema de Saúde decidiu reestatizá-lo para poder combater a pandemia de covid-19.
É muito importante assistir à entrevista completa do advogado, para entender os argumentos contra mais esta tentativa do governo Bolsonaro e do Centrão de desmilinguir o Estado brasileiro.
Comentários
Nelson
Há muitos anos, fiquei a par de um dado bastante revelador que a mídia hegemônica faz questão de pouco ou nada divulgar a respeito. O dado apontava que não chegava a 2% o contingente de trabalhadores brasileiros que ganhavam ordenados acima de 10 salários mínimos.
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E este percentual não deve ter evoluído. Pelo contrário, deve ter diminuído. Então, podemos afirmar que não é somente a “maioria dos brasileiros adultos” que não terão “condições de pagar por serviços privatizados”, mas a imensa maioria dos brasileiros.
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Isto porque, mesmo um cidadão que ganhe 6, 8, até 10 salários mínimos, certamente, vai se ver em apuros caso tenha que sustentar sua família e ainda pagar saúde, educação, previdência, saneamento e outros serviços a empresas privadas.
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É de imaginarmos, então, o que acontecerá com a grande maioria dos trabalhadores que devem ganhar até 3 ou 4 salários mínimos mensais.
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Isto posto, deixo uma sugestão ao Azenha e à Conceição. Que publiquem, neste Viomundo, uma reportagem que venha atualizar a estatística das faixas de salários pagos na economia brasileira. Creio que uma entrevista com um(a) técnico(a) do Dieese vai nos municiar como todos esses dados.
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Seria interessante expor também os números relativos ao setor público e das empresas estatais. Os dados viriam nos mostrar o quanto o trabalhador brasileiro é aviltado na contrapartida que recebe em troca do trabalho que presta.
robertoAP
É Urgente….Urgentíssimo,…. mandar o Capitão Ladrão para o IMPICHO e depois pra CADEIA, antes que esse monstro desintegre o país ao nível molecular.
Nelson
Caro amigo. Isto os donos do poder, o grande capital, também quer. Tanto que estão a “fazer a cama” do Bozo para embretá-lo e, a seguir, derrubá-lo facinho, facinho, com um simples piparote.
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Mas, os donos do poder querem se desfazer apenas de seu “animador de picadeiro”, nas palavras de Roberto Requião. De seu governo, eles não querem se desfazer, pois o desmantelamento do Estado brasileiro, objetivo primordial do Golpe de Estado de 2016, prossegue mesmo que o slogan seja “Brasil acima de tudo”.
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Então, o impedimento tem que ser aplicado em todo o governo para que o povo brasileiro possa colocar no comando do país um projeto nacional-popular, barrando definitivamente este entreguismo abjeto que está nos condenando à condição de párias pelo resto dos tempos.
Zé Maria
Errou ou acertou?
Por Juremir Machado da Silva, no Correio do Povo
O historiador israelense Yuval Harari virou celebridade mundial publicando livros.
Uma façanha.
Ele pratica a provocação erudita, o texto fácil de ler e as projeções (ou previsões?) arriscadas.
Em “Homo Deus, uma breve história do futuro” (2015), ele abre dizendo que os três maiores males da história da humanidade estão controlados: fome, pestes e guerras.
Errou ou acertou?
Segundo ele, o açúcar mata mais atualmente do que a pólvora.
Certo ou errado?
Num subcapítulo inicial, “Armadas invisíveis”, ele conclui que “a era na qual a humanidade se via impotente diante de epidemias naturais provavelmente chegou ao fim”.
Foi salvo pelo advérbio?
Harari relembra as piores pandemias.
A Peste Negra, ou bubônica, começada em 1330, matou entre 75 milhões e 200 milhões de pessoas.
Florença perdeu 50 mil dos seus cem mil habitantes.
Ninguém sabia o que fazer:
“Até a era moderna, a culpa pelas doenças foi atribuída ao ar viciado, a demônios maliciosos ou a deuses raivosos; não se suspeitava da existência de bactérias e vírus”.
Os espanhóis trouxeram a varíola para o México em 1520.
A doença chegou com o escravo Francisco de Eguía.
Em dois meses, morreu um terço dos 250 mil habitantes de Tenochtitlán [*].
A esquadra espanhola chegou ao México, que contava 22 milhões de pessoas, num mês de março.
Em dezembro, sobravam apenas 14 milhões.
Sessenta anos depois, eram só dois milhões.
Essa foi a maior contribuição europeia para o Novo Mundo.
No Havaí, a turma do britânico James Cook introduziu doenças que reduziram a população de meio milhão de pessoas para 70 mil.
A gripe espanhola dizimou 5% da população mundial, algo em torno de 50 milhões de pessoas.
Se não tiverem sido cem milhões.
Só na Índia foram 14 milhões.
Harari sustenta que hoje o problema é o excesso de peso, não a fome, e que se morre mais de suicídio que de guerras:
“Tanto a incidência como o impacto das epidemias decresceram dramaticamente nas últimas décadas”.
A ciência conseguiu controlar rapidamente, na medida do possível, a SARS, o Ebola e até a AIDS.
Harari alertava para o surgimento de novas doenças por mutação de patógenos que “pulem dos animais para os homens”.
Acertou em cheio?
Qualquer pandemia passou a ser “uma indesculpável falha humana”?
“A biotecnologia nos capacita a derrotar bactérias e vírus, porém simultaneamente faz com que os próprios seres humanos se tornem uma ameaça sem precedentes”.
Acerto ou erro?
Não é a medicina humana que garante a salvação com a descoberta, no caso do Covid-19, de várias vacinas em oito meses?
Toda epidemia é política?
Harari afirma que as “grandes epidemias vão continuar a pôr a humanidade em perigo no futuro se, e somente se, a própria humanidade as criar, a serviço de alguma ideologia brutal”.
Ler Yuval Harari tranquiliza ou apavora?
O inimigo é invisível ou bem humano?
Se a humanidade quiser, com os meios disponíveis, vacina a população mundial inteira em seis meses em esforço de guerra.
Por que não o faz?
O vírus da ganância não deixa.
[(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f9/Tenochtitlan_Glyph_ZP.svg/170px-Tenochtitlan_Glyph_ZP.svg.png)]
*[Tenochtitlán foi, desde o Século 14, a Capital do Império Asteca durante o período Pós-Clássico da Mesoamérica.
Essa importante e esplendorosa Cidade Asteca foi fundada em 1325, numa ilha do lago salgado de Texcoco, no que agora compreende o Planalto Central Mexicano, localizando-se onde atualmente é a Cidade do México.
Tenochtitlán foi invadida pela Espanha em 1521 e completamente destruída pelos Colonos Espanhóis em 1524.]
[(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/47/Tenochtitlan-Tacubaya.png/560px-Tenochtitlan-Tacubaya.png)
(https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c6/Murales_Rivera_-_Markt_in_Tlatelolco_3.jpg/600px-Murales_Rivera_-_Markt_in_Tlatelolco_3.jpg)]
https://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/harari-errou-ou-acertou-1.647946
Zé Maria
E a Imprensa de Mercado (Globo e Mídia FasciPaulista) vendendo a tal Deforma
como ‘necessária ao crescimento’, que
na realidade é a Destruição da Prestação
Estatal (Federal, Estadual e Municipal)
de todos os Serviços Públicos Essenciais
e Gratuitos à População Pobre.
O (des)governo Bolsonaro/Guedes/Mourão
é direcionado para privilegiar os Ricaços e
os políticos corruptos que o apoiam a soldo.
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