Eliara Santana: Parceria Globo Lava Jato desconstruiu nossa democracia, demonizou a política e elegeu falsos heróis
Tempo de leitura: 7 minPor Eliara Santana
Por Eliara Santana*
“A Operação Lava Jato apoiou a eleição de Jair Bolsonaro, tentou interferir no resultado eleitoral e agiu para perturbar o país”.
Quem faz essas afirmações incômodas não é esta que vos escreve, mas o ministro do STF, Gilmar Mendes.
As declarações foram dadas em entrevista à BBC News Brasil no dia 16/02.
Como agora todos estão podendo comprovar o que muitos de nós, jornalistas e pesquisadores de mídia e discurso vínhamos tentando mostrar há bastante tempo – ou seja, os desmandos e o autoritarismo da operação Lava Jato – quero retomar uma abordagem que fiz na minha pesquisa e sobre a qual venho falando bastante: a parceria entre a mídia (com foco no JN) e a Operação Lava Jato.
Essa ideia de “parceria” precisa ser sempre esmiuçada, detalhada, esclarecida para que os brasileiros possam compreender de verdade do que se trata (ou se tratou?) e qual o alcance disso para o Brasil.
O primeiro aspecto na compreensão desse conceito é: quando falamos em parceria entre mídia e Lava Jato, estamos falando da ação conjunta de duas instâncias de poder – mídia (imprensa corporativa) e judiciário (na figura da Lava Jato).
Duas instâncias poderosas sem controle externo, que se unem num trabalho conjunto para combater determinado ator ou determinado grupo, eleito como inimigo, a partir de um repertório construído.
Em linhas bem gerais, repertório é um tema que orienta a condução de uma narrativa. A corrupção foi assim estruturada.
O segundo aspecto é que, sem essa parceria, esse trabalho conjunto e afinado, a Operação lava Jato não tomaria a dimensão que tomou, e seus articuladores não seriam alçados à categoria de “heróis” no imaginário nacional.
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O terceiro aspecto na compreensão do funcionamento dessa parceria é observar o modus operandi, ou seja, os elementos estruturantes desse arranjo.
Para muito além da divulgação de informações que deveriam ser sigilosas, posto que faziam parte de processos em andamento, essa parceria tinha um timing perfeito na divulgação de investigações, nas ações da Força Tarefa mostradas de modo espetacular na TV e nas delações direcionadas, e se esmerou também na construção de uma linguagem simbólica que estruturou todas essas ações conjuntas e garantiu o enaltecimento de determinadas figuras e a criminalização sem defesa de outras.
Feitas essas colocações, vamos tomar o que Gilmar Mendes aponta e mostrar como a parceria mídia (JN) – Lava Jato se efetivou na prática:
“A Operação Lava Jato tentou interferir no resultado eleitoral e apoiou a eleição de Jair Bolsonaro”
1º de outubro de 2018 – Divulgação de trechos de delação do ex-ministro Antônio Pallocci
Era a edição do JN às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial, quando o então candidato do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, estava em segundo lugar na disputa com Jair Bolsonaro, do PSL, com uma tendência de crescimento, o que poderia ser positivo na de levar a disputa para um segundo turno.
Na edição do JN, a chamada:
“O ex-ministro Antonio Palocci diz em delação que o ex-presidente Lula sabia da corrupção na Petrobras e que o então presidente encomendou a construção de sondas para garantir, com recursos ilícitos, o futuro do do Partido dos Trabalhadores e a eleição de Dilma Rousseff. Palocci também disse que as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 custaram quase três vezes o valor declarado. O PT afirma que o ministro Palocci mente”.
Na abertura da reportagem, a construção simbólica para acentuar a corrupção é marcada pela imagem de fundo para ilustrar – a clássica cena vermelha com um tubo de esgoto por onde escorre dinheiro.
A imagem é animada e vai se alterando à medida que William Bonner relata o acontecimento.
Quando ele menciona “recursos ilícitos para o Partido dos Trabalhadores”, há uma explosão de dinheiro, e uma enorme quantidade escorre pelo tubo de esgoto.
Em seguida, a reportagem mostra toda a movimentação em torno do ex-ministro petista.
Ao todo, mais de 9 minutos para expor a corrupção endereçada, a corrupção ligada a um grupo específico. Às vésperas do primeiro turno da eleição presidencial.
Voltando a 2021, vemos pelos trechos vazados das conversas dos procuradores que eles não estavam nem um pouco convencidos da importância da denúncia de Palocci. Mesmo assim, Moro decidiu tirar o sigilo e divulgar trechos a SEIS dias do primeiro turno da eleição presidencial.
3.out.2018
Jerusa Viecili, 10:51:55 - Dúvida: vamos fazer uso da delação do palocci? Isso foi discutido?
• Januário Paludo, 10:52:44 - O que palocci trouxe parece que está no Google.
• Jerusa, 10:52:59 – Fazer uso Significa Aceitar o acordo da PF […]
• Deltan Dallagnol, 11:01:38 – Explica melhor Je? Vc cogitaria não usar? Feito o acordo, creio que temos que tentar extrair o melhor dele e lutar para ele não receber benefícios diante da improbabilidade de que haja resultados úteis. Contudo, não me parece em uma primeira reflexão boa a estratégia de negar valor sem diligências. Essa foi a estratégia da PF na discussão pública sobre o acordo da Odebrecht [fechado em 2016 e criticado pela PF], que me pareceu indevida (ressalvadas as distinções óbvias com o acordo da Ode) […]
• Jerusa, 11:02:41 – perguntei pq foi comentado, antes, que nao usariamos. foi ao menos isso que me falaram com relacao aos termos de belo monte [hidrelétrica de Belo Monte, citada na delação]. ou seja, a ideia nao é minha.
• 11:03:15– sem falar que os relatos dele sao muito ruins […]
À época, em 2018, quando questionado pela liberação a apenas SEIS dias do primeiro turno de uma eleição que vinha já bastante polarizada, Moro disse:
“Não deve o juiz atuar como guardião de segredos sombrios de agentes políticos suspeitos de corrupção. Retardar a publicidade do depoimento para depois das eleições poderia ser considerado tão inapropriado como a sua divulgação”.
Um mês depois da liberação dos trechos da delação de Palocci, Sérgio Moro abandona a magistratura para se tornar ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, que havia ganhado a eleição.
Em outros trechos de conversas dos procuradores, o procurador Paulo Roberto Galvão comentou, a colegas em um grupo de mensagens do aplicativo Telegram divulgada pelo The Intercept em 2019: “Russo comentou que embora seja difícil provar ele é o único que quebrou a omertá petista”.
“Russo” é o apelido de Sergio Moro. Omertá é o código de honra de mafiosos italianos.
“A Operação Lava Jato agiu para perturbar o país”
4 de março de 2016 – o ex-juiz Sergio Moro autoriza a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor para a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
O ex-presidente não havia sido intimado a depor e, portanto, não havia negativa da parte dele – não havia, portanto, qualquer motivação legal para a condução coercitiva.
O assunto dominou a edição do JN naquela noite, e a manchete anunciava que “PF leva Lula para depor a investigadores da Lava Jato em SP”.
Ou seja, nada de dimensionar o significado de uma condução coercitiva em que o réu não havia oferecido resistência.
Foram várias reportagens, com destaque para a ação dos procuradores, muito espaço para o procurador Carlos Fernando dizer que havia muitos motivos “para investigar o senhor Luis Inácio”, e nenhum espaço para o contraponto da defesa.
Nas mensagens apreendidas pela Operação Spoofing e agora divulgadas, há falas sobre a condução coercitiva de Lula, e em uma delas a procuradora Carol afirma:
“Pessoal, fiquei pensando que precisamos definir melhor o escopo pra nós dos acordos que estão em negociação. Depois de ontem, precisamos atingir Lula na cabeça (prioridade número 1), pra nós da PGR”.
No mesmo dia, segundo diálogos agora tornados públicos, os procuradores da força-tarefa combinaram a divulgação de uma nota a favor do então juiz Sergio Moro, que foi questionado por determinar a condução coercitiva do petista.
Um dos procuradores afirma que a nota era necessária para “não deixarmos um amigo apanhar sozinho”.
A procuradora Carol completa: “Coitado de Moro.. Não tá sendo fácil. Vamos torcer pra esta semana as coisas se acalmarem e conseguirmos mais elementos contra o infeliz do Lula”.
Há vários outros trechos de conversas apreendidas na Operação Spoofing que corroboram fortemente as afirmações feitas por Gilmar Mendes e mostram que sem o espetáculo midiático a embasar as ações, elas não teriam obtido todo o sucesso que conquistaram.
Organizações Globo e Lava Jato
Os diálogos recentemente liberados deixam claro também que a parceria se estruturava muito bem com parceiros preferenciais, aqueles privilegiados que recebiam as informações das ações e até davam conselhos aos procuradores sobre como agir. E essa “forte união” foi sendo construída cuidadosamente, em várias etapas.
Em 18 de março de 2015, o então e ainda desconhecido juiz Sergio Moro recebeu o prêmio de “Personalidade do Ano” do jornal “O Globo”, por conta do trabalho na Operação Lava-Jato.
Com todas as honras, o então juiz de primeira instância da 13ª Vara de Curitiba recebeu o prêmio das mãos do vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, e do diretor de Redação de O Globo, Ascânio Seleme.
A Operação Lava Jato ganhava fôlego e exposição, e as grandes manifestações contra a recém-reeleita presidenta Dilma Rousseff ganhavam corpo na mesma medida.
Em 21 de junho de 2016, o jornalista global Vladimir Netto, que desde sempre fazia as reportagens sobre a Lava Jato, lançou um livro contando os “bastidores” da operação. O primeiro evento de lançamento foi em Curitiba.
Naquele momento, já estava muito forte o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.
Segundo reportagem divulgada no jornal O Globo à época, o jornalista “descreve de forma eletrizante cada operação policial” e “não esconde sua admiração pelo juiz Sergio Moro e pelos procuradores e policiais federais que estão na linha de frente da investigação”.
Ainda segundo o jornal, Netto diz que Moro mostra “rigor e coragem” e que conduz o caso “com maestria”.
Resumindo: um jornalista, responsável por cobrir uma operação complexa e que mexeu com vários atores políticos, declara abertamente a admiração por um dos envolvidos – o juiz que julga o outro lado envolvido – e narra as operações policiais de forma “eletrizante”.
Será que toda essa empolgação não comprometeu o relato jornalístico? A notícia construída?
Curiosamente, Vladimir Netto parou de cobrir a Lava Jato quando a casa começou a ruir, a partir das denúncias do The Intercept e sobretudo com a Operação Spoofing. E ele não fez a reportagem anunciando o fim melancólico da operação, em fevereiro deste ano.
Em novos vazamentos divulgados pelo The Intercept, em fevereiro deste ano, há conversas frequentes do coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, com Vladimir Netto, que “aconselhou” o procurador a não emitir nota após a condução coercitiva de Lula, que foi autorizada por Sergio Moro em 4 de março de 2016.
Depois, o procurador Dallagnol acabou enviando ao jornalista a nota a ser divulgada para que ele a validasse.
Há ainda muito material a ser analisado e divulgado, mas esses trechos que já circulam dimensionam, muito, muito bem, o papel que essa parceria entre a mídia (sobretudo a Globo) e a Lava Jato teve na desconstrução da nossa democracia, na demonização da política e na construção de falsos heróis.
*Eliara Santana é jornalista e doutora em linguística pela PUC/MG
Eliara Santana
Eliara Santana, jornalista, doutora em Estudos Linguísticos, pesquisadora do Observatório das Eleições.
Comentários
Zé Maria
Notícias STF
03/03/2021
TCU terá Acesso a Diálogos da Operação Spoofing
para Instruir Requerimento Contra Sérgio Moro
O TCU abriu processo administrativo para apurar
se há conflito de interesse pelo fato de Moro
ter atuado como juiz e agora ser Sócio de
Administradora Judicial do Grupo Odebrecht.
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou
que sejam fornecidas ao ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU),
cópias de nove documentos constantes da Reclamação (RCL) 43007, na qual
garantiu à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso às mensagens
trocadas entre procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro,
reveladas na Operação Spoofing.
O fornecimento de cópias restringe-se a documentos juntados aos autos
pela própria defesa de Lula e que já foram tornados públicos.
Conflito de interesse
O ministro do TCU solicitou formalmente acesso aos diálogos para instruir processo
de acompanhamento instaurado por requerimento do Ministério Público
junto ao Tribunal, após notícias de que Moro teria se tornado sócio da empresa
de Consultoria Alvarez & Marsal, Administradora Judicial das Empresas do Grupo
Odebrecht em Processo de Recuperação Judicial, e orientado procuradores
do Ministério Público Federal [MPF] em questões relativas a informações
constantes nos sistemas daquela empresa.
Para o representante do Ministério Público no TCU, o fato de o então juiz ter,
em um primeiro momento, atuado em processo judicial com repercussões
na esfera econômica e financeira da empresa e, posteriormente, auferir renda,
ainda que indiretamente, pode configurar conflito de interesse do agente,
em afronta aos deveres de fidúcia, lealdade e diligência que regem a atuação
do administrador judicial.
Atribuição do TCU
Em sua decisão, o ministro Lewandowski explica que, embora o objeto
desta reclamação esteja limitado à obtenção, por parte de Lula, de elementos
de convicção contidos no material arrecadado na operação policial que possam
subsidiar a sua defesa, nada impede que sejam fornecidas cópias de documentos
constantes dos autos aos interessados, desde que não estejam cobertos pelo segredo
de Justiça.
Lewandowski observou que, na qualidade de órgão auxiliar do Congresso Nacional,
responsável pela fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e respectivas entidades, compete ao TCU, dentre outras
atribuições, “julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e
as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade
de que resulte prejuízo ao erário público”, constituindo dever dos poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário, segundo o relator, “apoiar o controle externo no exercício
de sua missão institucional”.
Íntegra da Decisão:
(http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/noticiaNoticiaStf/anexo/PedidoTCUrcl43007.pdf)
https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=461596
Zé Maria
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Delegado da Polícia Federal, Perseguido por Lavajatistas,
denuncia os Podres dos Delegados da PF na FTLJ Curitiba.
Patifes da Força-Tarefa não apenas faziam Grampos ilegais,
como quebravam o Sigilo de Correspondências Eletrônicas.
(https://www.conjur.com.br/dl/peticao-lewa-fanton.pdf)
https://www.conjur.com.br/2021-mar-02/delegado-pf-perseguido-lavajatistas-acesso-aos-dialogos
Zé Maria
https://apublica.org/2019/06/moro-teria-ignorado-investigacao-da-pf-sobre-provas-ilegais-em-caso-odebrecht/
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/EuiLsHfXEAAKtrd?format=jpg
MÍDIA E DEMOCRACIA, A FARSA DA LAVA-JATO
Com os Jornalistas Altamiro Borges, Fátima Lacerda, Cristina Serra e Marcelo Auler
Apresentação: Silvio Tendler, Cineasta Brasileiro.
Introdução: Patrícia Quinteiro, Cantora, Compositora e Intérprete.
Reflexão: Eduardo Tornaghi, Poeta, Ativista e Ator.
Mediação: Janine Malanski, Historiadora.
No Canal “Estados Gerais da Cultura”: (https://youtu.be/SpMJ1jaThyo)
Zé Maria
Entrementes, no Ano anterior ao Golpe em Dilma Rousseff …
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6 de julho de 2015 – Chat FT MPF Curitiba 2
Deltan Dallagnol – 11:17:28 – Caros não juntem as info da Ode antes de conversarmos
Dallagnol – 11:17:45 – Moro vai esperar para info em HCs
Dallagnol – 11:17:53 – “E estou falando com JN”
Athayde Costa – 11:20:36 – Cf passou para o Estadao
Costa – 11:21:39 – Brincadeirinha…..
Costa – 11:22:36 – to tentando com a tim os extratos de 2009 tb
Dallagnol – 11:29:52 – “Limite pra passar pro JN é17h”
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6 de julho de 2015 – Chat pessoal
Deltan Dallagnol – 11:18:20 – Oi NOME [de Mulher] SUPRIMIDO ,
devo passar pra Vc ou pra [outro NOME SUPRIMIDO] aquele material?
Dallagnol – 11:18:28 – Ele deu uma melhorada até
Dallagnol – 11:18:48 – Pergunto pq ele me perguntou a respeito…
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:19:40 – Oi dr deltan. Aquele o sr deve passar pra mim
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:19:48 – Imagino que ele tenha ficado sabendo depois né
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:20:00 – Obrigada por me contar
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:20:40 – Ele te perguntou do material hoje
ou na sexta?
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:20:48 – Pq conversamos na quinta
Dallagnol – 11:21:23 – Sexta depois de eu te ligar, mandou uma msg
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:21:47 – Então é pra mim mesmo,
eu pedi primeiro , ele deve ter me ouvido conversar com a editora rs
Dallagnol – 11:21:59 – como nao falamos pra mais ninguém, imaginei que Vc falou…
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:22:08 – Pois é! Eu não falei!
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:22:32 – Mas tudo bem, fica entre nós
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:22:40 – Posso passar ai ou quer definir um horário
Dallagnol – 11:23:08 – Vamos nos falando. Mas te passo hoje com certeza.
Qual o limite de horário?
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:23:28 – Umas 17h no máximo.
Senão aperta o fechamento da matéria e pode não ir ao ar por conta disso
Dallagnol – 11:23:32 – Qdo for lá, queria entender melhor esse negócio
do [outro] NOME SUPRIMIDO…
Dallagnol – 11:23:40 – Ok
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:23:44 – A gente conversa lá
Dallagnol – 11:30:15 – Pode passar 17h lá. Se ficar pronto antes, aviso
NOME [de Mulher] SUPRIMIDO – 11:30:35 – Combinado
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9 de novembro de 2015 – Chat DD-‘NOME SUPRIMIDO’
Assessor 1 – 11:33:56 – Acho que ele fica no Rio, mas preciso confirmar.
De qualquer forma, quer mesmo fazer contato com ele?
Almoço com João Roberto Marinho, conversa com Merval… [SIC]
Não sei, talvez seja “aproximação” demais com a Globo.
Assessor 3 – 11:35:00 – concordo. qual é o objetivo, exatamente, dr?
Deltan Dallagnol – 11:59:08 – “Faz tempo que quero falar com Merval.
Um sexto sentido. Não costumo seguir intuição, mas essa me acompanha
há uns meses.”
Dallagnol – 12:16:15 – … Vc liga lá por favor e tenta conseguir um espaço?
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27 de novembro de 2015 – Chat FT MPF Curitiba 2
Deltan Dallagnol – 12:42:27 – “Caros esqueci de contar algo importante…
Na correria, passou. Mas tem que ficar restrito.
Almocei na quarta com João Roberto Marinho.
É ele quem, segundo muitos, manda de fato na globo.
Responsável pela área editorial do grupo.
A pessoa que mais manda na área de comunicação no país.
Quem marcou foi Joaquim Falcao.
Para evitar repercussão negativa, foi na casa do Falcao.
Falei do grupo, do trabalho e das medidas.
Falei da guerra de comunicação que há no caso.
Ele ouviu atentamente e deu seu apoio às 10 medidas.
Vai abrir espaço de publicidade na globo gratuitamente.”
Andrey Mendonça – 13:04:03 – Parabens Deltinha!
Januário Paludo – 13:04:20 – Bah!!!
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Íntegra da Reportagem com Outros Diálogos em:
(https://theintercept.com/2021/02/09/namoro-lava-jato-rede-globo)
Israel Just da Rocha Pita
O pior é que estes canalha sabem do canalhice que fizeram com LULA DILMA e o PT, como está tudo sendo provado, e que Lula não cometeu nenhum crime, mais são incapazes de reconhecerem e pedir desculpas. Por isso vão arder no fogo dos inferno. Me entristece é que depois de velho (75 anos) descubro que o Brasil se tornou literalmente um país onde os BANDIDOS se dão muito bem.
Mario Gallo
Tudo que essa operação a jato revelou foi o Macunaíma ser reconhecido no mundo inteiro.
Esse ex juiz não passa de um anti-heroi. Enganou gregos e troianos de uma vez só.
Sem a tv isso não seria possível.
Ninguém é 100% mas querem que o Lula seja. É de uma cara de peroba gigantesca do povo.
Não foi o homem do baú que salvou o banco dele com dinheiro público.
Não duvido em nada que tenha as patas da Globo na posse do pré sal. É muito petróleo e além do petróleo tem a tecnologia do pré sal que americanos vinham espionando o Brasil e a Petrobrás há anos antes da lava jato. Tecnologia valiosa.
O pré sal foi descoberto no governo Lula. Para 2014 tem um tempo razoável.
Tá aí o herói de brasileiro, o Macunaíma.
Nem criança acredita em cara que usa a cueca por cima da calça. É muito ridículo.
Só tem um jeito de vencer a globo. É não assistir ou diminuir 90% o acesso a está bosta.
Ficar aumentando o jaba de jornalista global é ser marionete.
Pq será que o Faustão disse que vai embora. O Jaba diminuiu. Por discordar do patrão que não é.
Zé Maria
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A Parceria da Globo com os Patifes do MPF contra o PT
vem, pelo menos, desde a Ação Penal 570 (Mensalão),
passou pelas 2013 June Journeys, nas Manifestações
contra a PEC 37 (*) que limitava o Poder de Investigação
descontrolado do Ministério Público, e culminou
na Parceria Promíscua com a FTLJ de Curitiba/PR.
* (http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2013/06/grupo-se-reune-em-brasilia-contra-pec-37-que-limita-atuacao-do-mp.html)
()
(https://oglobo.globo.com/brasil/protesto-em-sp-contra-pec-37-reune-cerca-de-30-mil-pessoas-8784592)
(https://ogimg.infoglobo.com.br/in/8784737-e97-0f3/FT1086A/652/Protesto-Basta-SP-4.jpg)
(https://www.camara.leg.br/tv/407107-em-semana-de-manifestacoes-sociais-parlamentares-continuam-a-discussao-da-pec-37)
(https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2013/06/pec-37-e-pontual-e-nao-altera-estrutura-do-sistema-diz-especialista-2389)
(https://congressoemfoco.uol.com.br/especial/noticias/em-primeiro-turno-camara-rejeita-pec-37)
(http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/camara-derruba-pec-que-tentava-limitar-o-poder-de-investigacao-do-mp.html)
.
“No caso da PEC 37, o objeto da disputa – o poder de investigar –
também tem ligações com o jornalismo.
Assim, não é de se estranhar que os veículos de comunicação
procurados pelo MP tenham, em sua maioria afirmado
que apoiariam a posição contrária à PEC,
conforme relato dos dirigentes entrevistados:
“O pessoal da Globo veio aqui [no MP] e disse:
não se preocupe, nós estamos fechados”.
E que a maior parte do que a imprensa publicou sobre PEC 37
tenha sido efetivamente contrário à proposta.”
Íntegra em:
(https://www.conamp.org.br/images/bkp/artigos/Lemos_PEC37_GTSociedadeCivil_Compolitica2015.pdf)
(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-62762016000300702)
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Zé Maria
ANPR articulou com a Globo fazer pressão na Câmara dos Deputados
usando as Manifestações de Junho de 2013 como Bandeira Intimidatória
“Manifestantes têm exibido cartazes contra a emenda[PEC 37]”
https://oglobo.globo.com/brasil/ministerio-publico-pede-votacao-imediata-da-pec-37-8785452
Zé Maria
https://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2021/02/lava-jato-3-800×327.jpg
Vladimir Netto, Repórter da Globo, Filho da Miriam Leitão,
virou Assessor de Imprensa da Força Tarefa de Patifes.
5 DE MARÇO DE 2016
19:27:31 Dallagnol: … “com base em seu olhar [do Repórter da Globo]
tiramos 2 itens inteiros [da Nota dos Procuradores] …
19:27:41 Dallagnol: Obrigado Vladimir!”
19:29:57 [Vladimir] Netto … “De nada! Fico feliz em ajudar.
Já soltaram a nota? Ainda dá tempo de sair no JN” [SIC]
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Amigo é pra essas coisas, DD ?
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