Trombadinhas do impeachment não podem esquecer do banqueiro que pagou lua-de-mel de Aécio

Tempo de leitura: 3 min

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Aécio e Esteves no Waldorf, em Manhattan

O parlamentar e o banqueiro

Janio de Freitas, na Folha

Apesar de menos escandalosa, a prisão do banqueiro André Esteves é tão ou mais importante, em vários aspectos, do que a prisão do senador Delcídio do Amaral. Até agora, as empreiteiras e um ou outro fornecedor da Petrobras compunham a imagem dos grandes patrocinadores da corrupção. A entrada em cena de um poderoso banqueiro necessitado de silenciar um delator não é a “ponta de um iceberg”: é um grão no terreno arenoso da corrupção brasileira em sua verdadeira extensão.

As relações capitalistas adotam predominantemente, no Brasil, procedimentos à margem da lei e da ética. Qualquer que seja o setor de atividade, é inexpressiva a parcela que não se vale, com permanência, de vantagens ilegais. A verdade mais brasileira é que são práticas comuns a sonegação, a fraude, caixa dois, adulterações, produtos irregulares, e a corrupção com subornos que evitam fiscalizações e apagam multas, ou, no outro extremo, asseguram negócios, preços assaltantes e contratações ilícitas.

No setor financeiro, as manobras irregulares de especulação são o mais regular. Agora mesmo começa a despontar um caso gravíssimo de manobras cambiais de bancos dos Estados Unidos, ou sobretudo destes, inclusive com a moeda brasileira. O Banco Central tem muito a dizer a respeito, e o dever de dizê-lo, mas faz papel de espectador desinteressado. Trata-se, no entanto, de corrupção em altos bilhões.

Nota da coluna do Giba Um, disseminada no twitter pela Cynara Menezes

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A menção a André Esteves na reunião com Delcídio do Amaral, para salvarem-se ambos do perigo personificado por Nestor Cerveró, é só um flash das relações capitalistas no Brasil. Personagem de prestígio aqui e no exterior, André Esteves é conhecido também como abastecedor financeiro de alguns políticos, não só em campanhas eleitorais. O poder político é um dos seus negócios.

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O pasmo causado pelo novo passo da Lava Jato não decorreu da prisão, sem precedentes, de um senador em exercício do mandato. Estão no Senado outras presenças a atestar que não há motivo para tamanho estarrecimento com a busca de um senador pela Polícia Federal. O espantoso veio sobretudo de ser Delcídio do Amaral, embora já estivesse citado em vazamento antigo da Lava Jato. Mas, parlamentar eficiente e bem conceituado mesmo pela oposição ao PT e ao governo, inclusive como negociador, Delcídio do Amaral figuraria em toda lista dos bons senadores.

O que o sereno Delcídio pretendeu, com André Esteves, foi livrar-se da acusação de um crime por meio de outro. Mas a falta de percepção com que o imaginaram diz mal de ambos. Era lógico que, à fuga de Nestor Cerveró desejada pelo parlamentar e pelo banqueiro, a família preferiria a delação premiada de seu chefe, para com ele gozar, pelo resto da vida, o saldo de riqueza que o acordo de delação deixa ao delator.

Fosse a fuga de perseguido político, aqui não poderia haver comentário reprovador. Auxílio à fuga de corrupto, por si mesma inaceitável, agrava-se porque os próprios Delcídio e Esteves seriam beneficiados, livrando-se, sem fugir, de acusações a que estavam sujeitos. Seu plano vale como uma confissão de culpa.

Por mais que os trombadinhas do impeachment explorem contra o governo a prisão de Delcídio do Amaral – houve até quem dissesse que agora a Lava Jato “caiu dentro do gabinete da presidente Dilma”– o efeito de fato é a perda do líder hábil da bancada governista no Senado. Tudo o que compromete Delcídio é estritamente pessoal. No mais, as coisas seguirão, com as mesmas dificuldades e as mesmas urgências.

PS do Viomundo: A Folha digital relacionou André Esteves como um dos “empresários do PT”, como se ele não mantivesse relações com tucanos graúdos, como Persio Arida, que na ausência dele assumiu a presidência do Pactual. É a mesma tática de colocar Eduardo Cunha exclusivamente no colo do PT.

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Quem é o homem que, segundo Delcídio Amaral, está por trás de Fernando Baiano?

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Comentários

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Urbano

Treze anos se vasculhando o PT e o Eterno Presidente Lula, o Justo, e mesmo com todos os auês, além de vereditos fabricados (que nem plantados foram, pois não germinariam) durante todo esse tempo, os cinco dedos de uma mão quase dobram em relação aos que saíram dessa linha de montagem na condição de culpados. E agora em apenas três dias de febre alta, em decorrência do surto de justiça, e já temos quantos envolvidos, direta ou indiretamente, com o consórcio mais sujo que o tsunami de lama proporcionado pela vala do rio envenenado?

    Urbano

    E vala essa como a cria, provavelmente mais importante, com o dna (daninho, nefasto e asqueroso) do tal consórcio.

FrancoAtirador

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BTG PACTUAL TEM PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA NO UOL DO GRUPO FOLHA
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Junto com Bradesco, Santander, alguns Fundos de Pensão e a Petrobras,
o BTG Pactual é Sócio da Sete Brasil, Fornecedora de Sondas de Petróleo,
e está em negociação com credores para reestruturação da Dívida da Empresa.
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O BTG Pactual também tem 5,9% das Ações do UOL,
Empresa do Grupo Folha que edita a Folha de S.Paulo.
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(http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/11/1710765-andre-esteves-e-um-dos-banqueiros-mais-influentes-do-brasil.shtml)
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FrancoAtirador

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Vírus ataca Computadores das Redações da Mídia Jabaculê
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e impede a Digitação das Letras a-e-c-i-o-b-t-g no Teclado.
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(http://sensacionalista.uol.com.br/2015/08/26/virus-que-faz-sumir-nome-do-aecio-de-noticias-intriga-tecnicos)
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