Ricardo Mello: Ataque ao STF pode acelerar ida de Bolsonaro para cadeia e enterra anistia. VÍDEO
Tempo de leitura: < 1 minRicardo Mello (@oricardomello) é jornalista, especializado em reportagens investigativas com ênfase em política e segurança pública. Foi repórter da RecordTV, Sbt e Globo, onde atuou como repórter investigativo do Fantástico. Hoje se dedica a explicar, na internet, os acontecimentos da política numa linguagem simples, para a compreensão de todos.
*Este texto não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.
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Comentários
Zé Maria
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NÃO É UM CASO ISOLADO, É TERRORISMO DA DIREITA BOLSONARISTA
https://www.instagram.com/theinterceptbrasil/p/DCb1CfRsKM5/
Zé Maria
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Pior é que há Parlamentares [de Direita, é Óbvio,]
atentando Contra o Estado Democrático de Direito.
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“Essa é a aberração… parlamentares que apoiam Golpe de Estado!”
https://bsky.app/profile/malvezzirenato.bsky.social/post/3lb3ozs6p722i
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Zé Maria
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https://bsky.app/profile/alemdalenda.bsky.social/post/3layyv2jmac2u
Zé Maria
“Bolsonaro Tenta se Afastar do Homem-Bomba de Brasília. Vai Colar?”
“A Julgar pelo que Afirmaram 3 Personagens-Chave
para a Investigação e suas Consequências, Parece
Improvável”
[Reportagem: André Barrocal, Especial de Brasília | CartaCapital ]
A julgar pelo que afirmaram três personagens-chave para a investigação e suas consequências, parece improvável.
Alexandre de Moraes, ministro do STF;
Paulo Gonet, procurador-geral da República; e
Andrei Rodrigues, diretor da Polícia Federal,
veem conexão entre o ataque de FWL [Tiu França]
e o clima de extremismo fomentado por Bolsonaro,
sendo o 8 de Janeiro um desdobramento desse cenário.
“Quero lamentar essa mediocridade das pessoas que,
por questões ideológicas, banalizam [o caso da bomba],
dizendo o absurdo de que foi, por exemplo, um mero suicídio”,
declarou Moraes na sessão do STF de quinta-feira 14.
Ele não citou o ex-capitão, mas ficou evidente a quem se referia
ao acrescentar:
“Essas pessoas não são negacionistas só na área saúde,
são negacionistas do Estado de Direito e devem ser
responsabilizadas e serão responsabilizadas.”
Moraes, que é relator do inquérito sobre o 8 de Janeiro,
também assume o caso do homem-bomba.
“Fica claro que o desrespeito às instituições continua
a ter sinistros desdobramentos”, afirmou Gonet,
na mesma sessão.
Como procurador-geral, ele é o único autorizado
a processar Bolsonaro por crimes comuns no STF.
Quando a PF finalizar o inquérito do 8 de Janeiro,
caberá a Gonet decidir se levará o ex-presidente
ao banco dos réus.
Em 2023, Gonet participou do julgamento do TSE
que condenou Bolsonaro a 8 anos de inelegibilidade
por abuso de poder político.
Na ocasião, afirmou que “o chamado à desconfiança
nas eleições (…) provocou reações de desabrida e
descomedida desconfiança de parcela da população
sobre a legitimidade dos resultados nas urnas”.
Mais: que os atos pró-Bolsonaro na porta de quartéis
e em rodovias decorreram do “chamado à desconfiança”
e que “estão ainda presentes e nítidas as imagens do
dia 8 de Janeiro último de destruição e de acinte
aos poderes constituídos”.
Em maio deste ano, Gonet acusou perante ao STF um casal de empresários
de Santa Catarina (mesmo estado do homem-bomba) acusando-os de
financiar bloqueios de rodovias após a eleição de 2022.
Na denúncia, ele argumentou que os atos antidemocráticos culminaram
no ápice em 8 de Janeiro de 2023.
Já Andrei Rodrigues, chefe da Polícia Federal, declarou em coletiva recente
que o episódio do homem-bomba “não é um fato isolado, mas conectado
a várias outras ações investigadas pela PF”.
Segundo ele, Luiz [Tiu França] estava em Brasília no início de 2023 e teria
deixado mensagens citando pessoas envolvidas nos atos do 8 de Janeiro.
A ex-esposa de Luiz também relatou que o alvo do ataque era Moraes,
a quem Bolsonaro insultou publicamente em 2021:
“Sai, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha”.
O ministro Gilmar Mendes, também na sessão do STF de quinta-feira (14),
reforçou:
“A reconstituição dos eventos nacionais recentes demonstra que o ocorrido
na noite de ontem [13] infelizmente não é um fato isolado.”
Mendes lembrou que, nos últimos anos, atentados contra as instituições
têm sido cometidos por simpatizantes de extrema-direita, inspirados por
figuras de liderança.
Em outubro de 2022, o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro,
recebeu policiais com tiros e granadas para evitar a prisão.
Em dezembro, bolsonaristas vandalizaram Brasília e tentaram invadir a
sede da PF, em resposta à prisão de um indígena pró-Bolsonaro que
pregava resistência violenta à posse de Lula.
O saldo desses eventos: nenhum preso.
George Washington de Oliveira Souza, em depoimento à Polícia Civil
de Brasília, revelou que, em dezembro de 2022, preparou uma bomba,
instalada por aliados em um caminhão-tanque no aeroporto.
A explosão foi evitada graças à rápida ação da polícia, avisada por
um motorista de caminhão que viu o artefato.
Souza e seus cúmplices foram condenados à prisão por causa do plano.
A bomba havia sido montada em um acampamento em frente ao QG
do Exército, onde simpatizantes de Bolsonaro pediam intervenção militar.
Dali saíram vários participantes do quebra-quebra de 8 de Janeiro.
Ao afastar o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, no dia
da insurreição, Moraes destacou que o acampamento estava
“infestado de terroristas”.
No dia seguinte àquela insurreição, Moraes reuniu-se com os chefes
das Forças Armadas.
Disse que, por menos do que havia acontecido, brasileiros haviam sido
torturados e mortos.
Também lembrou que Bolsonaro havia saído do Exército pela ‘porta dos
fundos’, nos anos 80, em razão de planejar ataques a bomba em busca
de reajuste salarial.
https://www.cartacapital.com.br/politica/bolsonaro-tenta-se-afastar-do-homem-bomba-de-brasilia-vai-colar/
Leia também:
“A Hora H”
“A Polícia Federal (PF) está Perto de Concluir
os Últimos Inquéritos Contra Jair Bolsonaro,
que Sonha com a Anistia”
íntegra em:
https://www.cartacapital.com.br/politica/a-hora-h/
.
Zé Maria
https://bit.ly/3Z78qu9
Falando em Fogos e Bombas no Supremo,
onde anda a Terrorista Winter e ‘os 300′[*]
de Extrema-Direita que em 13 de Junho de
2020, durante o [des]governo Bolsonaro
(2019-2022), bombardearam, à noite,
o Prédio do STF ?
*À época, ‘os 300′ [Trezentos] eram só ’30’ [Trinta]…
.
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https://ichef.bbci.co.uk/ace/ws/624/cpsprodpb/16135/production/_112912409_72de279c-41de-4681-87e9-423345f99479.jpg.webp
14/06/2020
BBC
O fim de semana foi agitado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Na manhã de sábado, uma operação do Governo do Distrito Federal desmantelou o acampamento dos “300 do Brasil”, coordenado por Sara Winter, no estacionamento do Ministério da Justiça, na Esplanada.
Participaram da ação integrantes da Polícia Militar do DF, do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal). Spray de pimenta foi usado para dispersar alguns dos manifestantes, que se recusavam a deixar o local.
Faixas, lona e estruturas metálicas foram retirados.
Também foi removida a tenda do “QG Rural” [!!!] de Brasília,
um estande mantido por produtores rurais [!!!] pró-Bolsonaro,
e instalado próximo ao Ministério da Agricultura.
Ainda no sábado, militantes bolsonaristas dos “300 do Brasil” e de
outros grupos tentaram invadir o Congresso Nacional e chegaram
a subir na parte de cima do edifício principal do prédio que abriga
o Legislativo — a área é de acesso restrito ao público.
No sábado à noite, mais uma manifestação: desta vez, usando fogos
de artifício, disparados em direção ao prédio do STF.
A defesa de Sara Winter nega envolvimento dela neste episódio.
[…]
Após a prisão, Sara Geromini (nome verdadeiro da militante) foi levada para a Superintendência Regional da PF em Brasília, onde deu depoimento por cerca de uma hora. Ela e os outros cinco líderes do movimento que foram detidos deverão permanecer presos, a princípio, por cinco dias.
Segundo a PGR, o objetivo das prisões temporárias é “ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso”.
Segundo a defesa de Sara Winter, a prisão se deu por causa do lançamento de fogos de artifício contra o prédio do STF, ocorrido na noite de sábado. A alegação, no entanto, não bate com as datas do processo: as prisões foram pedidas pela PGR ainda na sexta-feira (12), embora tenham sido autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes no domingo (14).
Desde o fim de maio, Sara Winter vinha fazendo provocações a Alexandre de Moraes. Em redes sociais, ela disse que levantaria informações sobre o ministro; que procuraria pessoas próximas a ele, e que descobriria detalhes sobre a vida do integrante do STF. “Nunca mais vai ter paz na sua vida”, disse ela a respeito do ministro.
Principal organizadora do acampamento na Esplanada dos Ministérios, Winter admite que muitos dos integrantes do grupo andam armados.
No fim de maio, Winter foi alvo de busca e apreensão em outra operação da Polícia Federal, determinada pelo Supremo – mas, naquela ocasião, o procedimento fazia parte do “inquérito das fake news”.
Poucos dias depois, em 31 de maio, o grupo dos “300 do Brasil” realizou um protesto com tochas e máscaras em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal.
[…]
As prisões de Winter e dos outros cinco militantes aconteceram no âmbito do chamado “inquérito das manifestações antidemocráticas”:
uma investigação pedida pelo procurador-geral da República, Augusto Aras,
em 20 de abril, para investigar pessoas que passaram a organizar
manifestações contra o regime de democracia representativa, em vigor no
país.
Entre os alvos do inquérito estariam inclusive deputados federais que apoiam
o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) — e é por isso que o
caso tramita no STF. O procedimento é sigiloso.
O inquérito foi aberto pelo STF no dia seguinte ao pedido da PGR, 21 de abril,
e tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
O ministro Alexandre é também o relator do inquérito das Fake News,
que também envolve pessoas do entorno do presidente Bolsonaro.
A decisão de Aras de pedir a abertura do inquérito aconteceu após os protestos de 19 de abril em Brasília: na ocasião, Jair Bolsonaro rompeu o isolamento social em vigor no Distrito Federal para cumprimentar manifestantes em frente ao Quartel General do Exército.
Muitos deles levavam faixas pedindo o fechamento do Congresso e pregavam uma “intervenção militar”, além de pedir o retorno do AI-5, medida que endureceu o regime militar.
À época da abertura do inquérito, Alexandre de Moraes disse que eram “gravíssimos” os fatos apresentados pela Procuradoria-Geral da República.
“É imprescindível a verificação da existência de organizações e esquemas de financiamento de manifestações contra a Democracia e a divulgação em massa de mensagens atentatórias ao regime republicano, bem como as suas formas de gerenciamento, liderança, organização e propagação que visam lesar ou expor a perigo de lesão os Direitos Fundamentais, a independência dos Poderes instituídos e ao Estado Democrático de Direito, trazendo como consequência o nefasto manto do arbítrio e da ditadura”, escreveu Alexandre de Moraes em nota, à época.
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14/06/2020
G1.Globo
“Na noite deste sábado (13), cerca de 30 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro lançaram fogos de artifícios contra o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ação durou ao menos cinco minutos.
Os apoiadores de Bolsonaro ofenderam com xingamentos pesados os ministros da Corte, inclusive o presidente Dias Toffoli.
Em tom de ameaça, perguntavam se os ministros tinham entendido o recado e mandaram que eles se preparassem.
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17/06/2020
Congresso Em Foco
IBANEIS DIZ QUE PM DO DISTRITO FEDERAL
SABIA DE ATAQUE AO STF E NADA FEZ
O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse à Folha de S. Paulo que a Polícia Militar do Distrito Federal [PMDF] sabia que aconteceriam os ataques com fogos de artifício contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e nada fez para impedi-los. Esse foi o motivo da demissão do subcomandante da PMDF, Sérgio Luiz Ferreira de Souza.
Segundo Ibaneis, a PM soube que o grupo 300 do Brasil estava com armamentos e “outros tipos de munições” para atacar o STF e ainda assim não agiu para impedir.
“Tivemos as informações de que no tal acampamento dos 300 estava sendo preparado com armamentos, com outros tipos de munições, um ataque a instituições da República, como de fato ocorreu no sábado no Supremo. Por isso, o fechamento. O que estava se colocando ali era um ataque muito claro aos Poderes da República, em especial ao STF, por isso a decisão de fechamento”,
afirmou em entrevista ao jornal.
Na mesma entrevista, após ser questionado sobre o motivo de o presidente Jair Bolsonaro não ter sido multado por não ter usado máscara durante manifestações, assim como aconteceu com o ministro Abraham Weintraub, o governador tomou o gravador das mãos da repórter da Folha de S. Paulo e tentou apagar a entrevista.
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