Renan de Oliveira: O soldado estuprado, de vítima a reú

Tempo de leitura: 7 min

Setembro 28th, 2011

FARDA NUNCA MAIS

Por Renan Antunes de Oliveira, no JornalJá

Exclusivo – Pela primeira vez soldado de Santa Maria conta sua versão do estupro

Ele era um pracinha que amava a banda Restart e usava calças coloridas como as dos ídolos, mas pro pelotão dele seu gosto é coisa gay. Durou três meses no quartel, até o estupro na frente de 14 colegas – nenhum o ajudou. IPM sob medida recomenda expulsá-lo do Exército.

O pracinha gaúcho de iniciais DPK, 19, enfrenta o Exército na Justiça Militar. Ele tem poucas chances de ganhar, mas pelo menos honra a tradição de luta do uniforme verde-oliva.

DPK está ameaçado de pegar cadeia depois de denunciar ter sido estuprado no quartel por quatro dos 19 colegas de alojamento – os demais disseram que não viram nada acontecer.

“Eu fui violentado e quero Justiça”, afirma DPK, 120 dias depois do incidente, acontecido em 17 de maio no quartel do Parque de Manutenção do 3º Exército, em Santa Maria (RS). Um inquérito policial militar (IPM) concluiu que foi sexo consensual. O caso corre em segredo na 3ª Auditoria Militar.

A ministra dos Direitos Humanos Maria do Rosário mandou o ouvidor nacional de DH Domingos Silveira investigar o IPM. Ela quer “verificar a situação desta violência que está sendo tratada com tamanho desrespeito”.

Durante entrevista no sábado 17, o soldado afirmou que enfrentará a acusação no tribunal. Ele disse que o Exército convenceu seus quatro agressores a mentirem no IPM, oferecendo para eles penas menores em troca de acusá-lo de homossexualismo – o objetivo seria isentar a instituição da responsabilidade sobre o suposto estupro.

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Pelo relato, seu pesadelo começou quando se apagaram as luzes do alojamento do 3º Pelotão, às 10 da noite: “Eu fui atacado de surpresa pelos quatro e não tive como reagir”. Um quinto soldado ficou vigiando a porta e, nos beliches, outros 14 assistiram tudo e nada fizeram.

O soldado revive o drama numa sala também lotada, por advogados, amigos e familiares, inclusive uma prima adolescente. Olha para o chão e continua: “Eles me jogaram de bruços na cama e taparam minha boca pra não gritar”. Exames de DNA comprovaram que três dos quatro acusados o penetraram.

Dia 15, o Ministério Público Militar (MPM) acatou a versão do IPM, denunciando DPK e os demais envolvidos pelo crime de “pederastia e outros atos libidinosos”, artigo 235 do Código Penal Militar, passível de um ano de cadeia e expulsão (no CPM só existe estupro se for entre pessoas de sexos diferentes). A turma dos beliches escapou.

O Exército jogou pesado contra DPK durante o IPM. Oficiais, sob a condição de anonimato, foram revelando aos poucos para jornalistas partes escolhidas do inquérito sigiloso, difamando o jovem como homossexual, aidético, suicida e mentiroso.

Na versão militar, DPK teria inventado a violação para obter indenização financeira. Toda argumentação do IPM tem base nos testemunhos dos recrutas acusados. Ficou a palavra de um contra quatro. DPK passou de vítima a réu.

Dona Ester, 40 anos, mãe do soldado, comanda a defesa dele e partiu para o ataque. Quer responsabilizar o Exército e pedir indenização. Ela contesta a tese central do IPM: “Meu filho não é gay, nunca tentou o suicídio, nem é aidético” – neste caso, exames deram negativos.

Ela afirma que o resultado do IPM teria sido manipulado porque foi antecipado em 70 dias pelo general comandante da guarnição de Santa Maria: “Os militares fizeram uma campanha de mentiras para condenar meu filho” (os citados nesta reportagem foram procurados, mas o único a falar foi o comandante).

A mãe do soldado disse que DPK se queixava de assédio no pelotão desde fevereiro, quando foi ao quartel pela primeira vez usando calça justa e colorida, à moda da banda Restart, a favorita dele.

Alojamento do 3º pelotão

Segundo o IPM, 20 soldados estavam no alojamento na hora do incidente, contando com DPK. Um ficou de sentinela. Os quatro acusados pelo ataque encostaram três beliches, improvisando a cama onde deitariam DPK. A sessão de sexo durou 30 minutos.

Os outros 14 recrutas, interrogados pelo capitão Newmar Schmidt, disseram não ter visto nem ataque nem orgia. “Muitos viram e nenhum me ajudou”, insiste DPK. “Durante três meses os carinhas do pelotão fizeram piadas, passavam a mão na minha bunda, mas nunca pensei que chegariam a tanto”, relembra. Ele acha que o assédio começou mesmo por causa do figurino Restart. “O pessoal aqui diz que minha roupa é coisa de gay”.

Peritos encontraram esperma dos soldados JS, JPR e VRS nas ceroulas de DPK (os nomes completos não podem ser citados por causa do segredo de Justiça).

O último a ser ouvido no inquérito foi DPK. Ele manteve que foi violentado. No interrogatório, Schmidt perguntou se para subjugá-lo os supostos agressores usaram “correntes, cordas, fios de luz ou de nylon”? Resposta: não. Para intimidá-lo, se usaram “baioneta, faca, pistola, revólver, fuzil, escopeta, metralhadora”? Resposta: não.

O capitão relata nos autos um exame feito pelo enfermeiro do hospital da guarnição, que levantou as cobertas e deu uma olhada no traseiro do soldado. A conclusão deste perito: “Seu corpo não exibe marcas compatíveis com a resistência que teria oferecido”. Exames independentes feitos pela família não foram aceitos pelo IPM.

Juntando os nãos, a ausência de marcas no corpo e a confissão dos acusados por DPK, o IPM fechou redondo na tese da orgia gay.

Foi brincadeira de rapazes, diz general

“Houve crime, mas não foi estupro”, disse em entrevista na segunda-feira o general Sérgio Etchegoyen, comandante da 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria. “O IPM foi conduzido de forma isenta pelo oficial encarregado”.

Uma versão completa do incidente já tinha sido dada pelo general em sigilo aos deputados da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha, em sete de julho. Lá, ele disse que tudo fora “uma espécie de luta corporal de brincadeira entre os rapazes”. Etchegoyen disse ainda que apenas “constatou-se lesão leve no ânus do soldado DPK, o que por si só não comprova o alegado estupro” – falava 50 dias depois do ocorrido, antecipando em 70 o resultado do IPM.

O depoimento foi distribuído aos jornais por um deputado petista. A revelação enfureceu o general. Na segunda, por telefone, ele lamentou que “um tema tão sórdido tenha sido levado a público pelo deputado. Ele diz o que quer porque tem imunidade, mas eu tenho um compromisso com a privacidade com meus subordinados”.

Na batalha pela mídia, tudo já indicava que DPK seria transformado em réu no IPM. A boataria na cidade cresceu tanto que em 29 de agosto, duas semanas antes da conclusão do inquérito, o MPM divulgou uma nota preventiva, isentando o Exército das acusações de tentar “abafar o caso ou descaracterizá-lo”.

O promotor Jorge César de Assis, o mesmo que depois aceitou a denúncia, afirmou que “… as Forças Armadas estão entre as instituições que detém a maior credibilidade perante a opinião pública” e que “não há nenhum indício de que estejam fazendo isto” (abafando ou descaracterizando).

A escaramuça do hospital

Depois do ataque, DPK não quis mais sair da cama. No dia seguinte, quarta 18 de maio, um sargento estranha sua apatia e logo descobre tudo, alertando superiores. O soldado é internado no hospital da guarnição, onde seria periciado pelo tal enfermeiro. Um aspirante a oficial anota que ele parecia deprimido e suicida, receitando antidepressivos.

Um recruta do mesmo pelotão é destacado para vigiá-lo no leito, mas piora as coisas porque o ameaça: “Se falar, você vai se ferrar”.

Dia 19 de maio. DPK liga pra mãe, mas não conta nada: “Eu tive vergonha”. No quinto dia, 22 de maio, a mãe ouve boatos de um estupro no quartel. Num palpite, ela manda o marido apurar – a fama do quartel é ruim desde 2006, quando dois soldados foram expulsos por violentar um terceiro na padaria da guarnição.

Seu Luiz encontra o filho escondido sob cobertores, com as mãos no rosto. Chorando, DPK conta tudo pro pai. Dona Ester se materializa no hospital. Em modo de combate ao lado do filho, interroga todos que vê pela frente. O subtenente Jorge Bernardes faz o papel de assistente social. Ele explica candidamente aos pais que “o menino participou da ‘cerimônia do sabonete’ durante o banho. Caiu, quem se abaixa para juntar já era”. E que não tinha dúvidas: “O filho de vocês é gay”.

Dona Ester diz uns palavrões para Bernardes, acampa no quarto do filho e expulsa de lá o sentinela. Os militares tentam tirá-la do quartel, mas ela se recusa a sair. O general Etchegoyen oferece transferir DPK para o QG, promete que lá seria tratado como filho por oficiais mais velhos. Dona Ester também não aceita. O general disse que cedeu às exigências dela porque “era compreensível o sentimento de mãe”.

No último dia dele no hospital, 25 de maio, um capitão aparece com ordens para transferi-lo em carro oficial e fardado para outra unidade militar. Dona Ester bate pé: “Daqui ele só sai comigo e vai para casa”. Ela ganhou de novo. Licenciado, sempre recebendo o soldo de R$ 473 mensais, o filho está desde então na casa dos pais.

De volta pra casa

E como vai indo o soldado DPK?”Tô maus, mas vou levando, vou superar”.Na entrevista ele vestia calça justa, tênis Nike e jaqueta escura – nada colorido. Seu cabelo é o moicano estilizado da hora. Magro, 1m80, pele bem morena, apesar do sobrenome e sangue de imigrantes alemães. O soldado fala baixo, com voz grave. Tem um tique nervoso que o faz jogar os lábios muito pra frente ao falar, fazendo biquinho.

Seus melhores amigos são as irmãs de 9 e 7 anos. A mãe conta que ele ainda brinca com elas de esconde-esconde. E Samuel, com quem vai ao culto da Igreja Quadrangular nas quartas.

Na sala lotada, DPK se vê forçado a responder se é gay ou não – mesmo que quisesse sair do armário seria difícil, ainda mais com a curiosa prima adolescente refestelada numa poltrona.

Ele demora segundos. Todos na sala com respiração suspensa. Mas a voz grave e firme vem do biquinho: “Sou hétero”. Ao lado dele, o pai relaxa os ombros, parecendo respirar aliviado.

“Meu filho não é gay” atesta dona Ester, percebendo que a tese do homossexualismo é central na disputa jurídica. Ela ainda desafia: “E se fosse? Poderia ter sido estuprado?”.

Os advogados dele querem provar que o soldado é retardado mental e que o Exército falhou em perceber isto nos exames de ingresso. Se for declarado incapaz, voltará a ser considerado vítima de violação.

A mãe concorda. Ele ouve ser chamado de retardado e nem pisca. O pai ajuda: “Meu filho nunca conseguiu ser aprovado na escola depois da 5ª série do primeiro grau”.

Pais e advogados desencavaram pareceres de professores, laudos de exames neurológicos e testes psicológicos extras do menino lá na escola primária. Um psiquiatra de Santa Maria atestou retardamento e déficit de atenção por hiperatividade.

O pai quer que o drama termine logo para mudar-se da cidade e fugir do escândalo.

DPK revela o sonho que tinha de permanecer no Exército depois do serviço obrigatório, mas sabe que agora não será mais possível.

A mãe fecha o papo: “Esta farda você não veste mais”.

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Comentários

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mfs

Parece que quase todo mundo aqui faz como o pessoal lá de fora quando há denúncia do P.I.G. contra o governo do PT: as opiniões prevalecem sobre as provas. Como é que posso saber, a partir de alguns poucos depoimentos colhidos e sintetizados pela imprensa, o que realmente aconteceu? O que se espera é que o julgamento dê ampla oportunidade para que acusadores e acusado(s) possam provar seu ponto-de-vista. No mais, é tudo palpite baseado em ressentimento.

Alexandre Lins

O problema nao eh sexual, mas sim que as nossas "forcas armadas" nao esqueceram o que eh TORTURA!
Eh necessario reparar a dignidade deste jovem, que sonhava em uma Forca Armada Democratica, colocando na cadeia os culpados e aqueles que encobriram este ATO DE TERROR!

Leoncio

Rede Globo e PT nao querem saber disso, nem a pau.

"Com apenas 8 anos criança adotada por casal de lésbicas faz tratamento para troca de sexo"

O garoto Thomas Lobel – da Califórnia – de oito anos de idade, esta sendo motivo de polêmica com a mudança de sexo com direito a tratamento à base de hormônios que tem feito.

O menino que é filho de uma casal de lésbicas iniciou o processo ainda quando tinha apenas 8 anos de idade.

Com o apoio e defesa das mães, hoje o menino tem sua identidade como Tammy.

As responsáveis dizem que a decisão de começar o processo de mudança de sexo na infância é melhor devido aos casos de transtorno de identidade na puberdade, o que ocasiona muitos suicídios.

“Sou uma menina”.

Segundo as mães Pauline Moreno e Debra Lobel, essa foi uma das primeiras frases que “Tammy” aprendeu a falar, elas também contaram que aos sete anos ele fez a ameaça de mutilar seu próprio órgão genital, foi então que veio o incentivo maior da parte delas para a iniciação do processo médico, devido o diagnóstico de transtorno de gêneros.

A cidade de Berkeley, onde Tammy vive, é uma das quatro nos Estados Unidos (Boston, Seatle e Los Angeles são as outras) onde há um hospital com programas para crianças transexuais.
http://noticias.gospelmais.com.br/crianca-8-anos-

E viva o KIT GAY, a carta capital e as novelas da rede globo!!

    ana

    viva a babaquice. a sua claro. você também faz parte do tea party?

    Leoncio

    Babaquice né?

    Aqui a criança, de OITO ANOS DE IDADE (o antes e o depois):
    http://imageshack.us/photo/my-images/97/275457630

    Isso é uma monstruosidade, um crime!

    Danilo

    Monstruosidade é seu preconceito.

Gilberto Silva

A Dilma poderia fazer um grande favor ao pais :
ACABAR COM O SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO E LIBERAR A VENDA DE ARMAS DE FOGO SEM RESTRIÇÕES.
A melhor maneira de um povo se defender é saber que todo mundo esta armado, assim diminui os crimes com certeza.
A tese é defendida por especialistas do mundo inteiro : Porque atacaram o Iraque e não A Coréia ? Resp : A Coréia tem a bombinha…..

NilvaSader

Muita sordidez.

Marc

Prestei serviço militar e vi casos de consumo de drogas, homossexualismo, bulling e brigas, mas estupro nunca.
Me desculpem, mas a história esta estranha, sei que este blog é de esquerda e os militares não são muito populares aqui, mas devemos ter calma; com certeza, algum tipo de violência aconteceu mas acho que um estupro coletivo esta meio fora de propósito.
Os pais estão cumprindo seu papel em defender o filho e não acho que estejam interessados em dinheiro.
Meu palpite é que começou como uma "brincadeira" que saiu do controle, virou violência e ganhou publicidade, agora todos os envolvidos vão radicalizar suas posições e a verdade vai ficar em segundo plano.

O trecho em que a vitima fala “Durante três meses os carinhas do pelotão fizeram piadas, passavam a mão na minha bunda, mas nunca pensei que chegariam a tanto” me deixou cismado, num quartel onde a maioria são jovens com os hormônios em polvorosa e cada um tentando ser mais macho que o outro, não entra na minha cabeça alguém aceitar uma "passada de mão na bunda". Alem disso foram muitos os envolvidos e não estamos em uma ditadura sanguinária em que impera o medo e a lei do silencio.

Militarismo é militarismo desde sempre em todo o lugar do mundo, é um ambiente que aplica a disciplina pra valer, é duro, muitas vezes perverso, o bom senso passa longe e a sensibilidade não tem vez.

    cronopio

    Não há estupro no exército? Como assim? Abaixo, links com vídeos de outros deslizes disciplinares:
    http://www.youtube.com/watch?v=jO539oJgv3A
    http://www.youtube.com/watch?v=tIQ8NHX4cc4&fe

    E fazem tudo com dinheiro público…

    Gustavo

    Ou seja o que vale é a sua verdade, as outras versões são mentiras, é óbvio que devem acontecer estupros em quartéis, dãããã a questão é que a insituição militar abafa os casos, afinal, parte dos oficiais é da geração da Ditadura, aonde estão os corpos? Os torturadores militares? etc, etc, etc…mas claro é muito mais cômodo acreditar em papai noel e sentar no natal em frente a lareira esperando o presente, que mundo lindinho…

    ana

    se o blog fosse de direita não revelaria essa barbárie, né, senhor Marc

    carlos

    "num quartel onde a maioria são jovens com os hormônios em polvorosa e cada um tentando ser mais macho que o outro, não entra na minha cabeça alguém aceitar uma "passada de mão na bunda". "
    Vc mesmo falou de bullying mais acima, e agora desdiz o que disse… decide aê, fera.

Zé Augusto

Quando li essa história, automaticamente me vi no lugar dos pais.

Só posso dizer uma coisa : Que a Senhora Maria do Rosário vá até o fim nessa história. Sob pena de ao não fazê-lo ser mais uma omissão petista. E hoje já não sei se o PT se preocupa com omissões. Elas em breve preencherão laudas, mas há sempre esperança de que possam se redimir. Ainda que seja só pelos pais envolvidos nisso.

Nada mais.

    Jamil

    A omissão do PT neste caso já está em curso, pois o tal general que comanda por lá já deveria ter sido afastado por absoluta negligência no comando. Um alojamento de soldados, recrutas ainda, deve ser monitorado ininterruptamente por superiores encarregado da tropa. Pra que servem os cabos, sargentos, tenentes, etc, se nada sabem, nada vêem. O que será que esse pessoal graduado cheios de galões fazem nos quartéis? Vide o que aconteceu recentemente numa base aérea em Recife onde uma moça foi morta dentro do quartel num festim promovido pelos sentinelas. Cadê o oficial-de-dia? Quem vai pagar essa conta da irresponsabilidade desse pessoal?

    ana

    omissão do PT? de fato, só gargalhando.

Douglas

Dizia Georges Clemeceau, que não era um pacifista :"A justiça militar está para a justiça assim como a música militar está para a música."
Os milicos sempre fizeram isso e sempre fazem.É tradição no Brasil, afinal a tradição escravista passa pelo exército, assim como seus valores nucleares: o direito de absolutamente abusarem de qualquer pessoa mais fraca e desarmada.
Além disso Chibata, Canudos, o que faziam com os pracinhas em Canudos que marchavam a pé, os comandantes roubavam os suprimentos e lucravam. E no Contestado ? Guerra do Paraguai, o que aconteceu com quem foi e voltou e da segunda guerra mundial que não era de carreira ? Trote também é isso, sempre violento e sempre esse rito de violência ligada a certo tesão homossexual reprimido, apresado num armário gigante e que explode de tempos em tempos e em que todos os jovens são arremeçados quando tem de servir obrigatoriamente num dos poucos serviços miltiares obrigatórios do mundo.

Antonio

Com essa palhaçada toda, não há credibilidade que aguente. O que esses caras querem esconder? Não seria melhor ter feito as coisas de forma correta, com punição exemplar para os envolvidos na barbaridade? Fazendo a coisa certa, a reputação do quartel, do Exército, do Comandante teriam saido ilibadas. Para que se sujar por tão pouco? Não estou dizendo que o sofrimento do rapaz que foi currado pelos colegas é pequeno, pelo contrário. Os sofrimentos físico, moral e o trauma psicológico são irreparáveis. Mas caberia aí uma apuração isenta, mesmo para inibir outros acontecimentos do tipo. Acobertar a coisa é viagem sem volta.

Jason_Kay

Só faltou dizer que os agressores também são homossexuais.

    Leider_Lincoln

    Claro que são, ô imbecil! Ou você acha que "homossexual" é só o passivo? Aprendeu isso aonde, na Uniban? Na verdade, como o cara foi estuprado, os únicos homossexuais são os estupradores…

    Jason_Kay

    Um "homem" que consegue sentir desejo e tem ereção olhando outro homem, nao pode ser hétero, isso não existe.

    Gays fazendo papel de ativos (que também devem ser passivos nas horas "vagas"), estupraram o rapaz.

    cronopio

    "Passivos" são os colegas que assistiram a tudo calados e seus superiores, que tentaram abafar o caso. Como se no exército isso não fosse comum…

    El Cid

    próximo troll …

    cronopio

    Esse comentário foi lamentável, pior do que defender o golpe de 64. Recomendo cuidados psiquiátricos.

Ligeovanio-MA

“verificar a situação desta violência que está sendo tratada com tamanho desrespeito”.
Até lembrei da célebre frase da senhora Roriz: "eu quero defender toda aquela corrupção"

L.Andre

Se é contra o estado ou orgãos que os represente vamos lutar. Afinal o estado esta sempre errado, não importa se fomos nós que cometemos os crimes. Contra o estado SEMPRE.

João

O soldado sofre de retardo mental e os espertos militares não perceberam quando do alistamento. Respondendo ao Zeca, o exército é responsável por tudo que acontece dentro dos seus muros, chama-se responsábilidade objetiva e tem obrigação de indenizar sim. Se você está tão preocupado com os impostos que paga deveria protestar contras a existência da Justiça Militar que consome milhões de reais por ano e não serve pra nada, a não ser acobertar os crimes dos militares.

KIKO

Caso o cidadão Zeca não saiba, o que eu duvido, o exército (as forças armadas) é responsável pelo recrutamento do seu efetivo para o serviço militar obrigatório (não consigo entender como isso ainda existe) e sendo assim, é o responsável por tudo que acontece com seus recrutas. Agora, este indício de que o recruta tenha problemas mentais e tenha escapado aos diversos exames de seleção, é um caso gravíssimo e precisa de atribuir responsabilidades aos responsáveis por esta seleção. Quanto ao fato do sujeito ocultar a pederastia para adentrar aos quadros do exército, é uma coisa corriqueira e os responsáveis pela seleção estão acostumados a isso, pois alguns homossexuais sonham em pertencer a vida na caserna e muitos conseguem entrar. No chuveiro de quartel é aquele espetáculo geral, mas sem deixar cair a fantasia. Pobre do DPK que deve ter se exaltado no frisson e os "colegas" tiveram a confirmação da sua fraqueza!!!

Gerson Carneiro

Eu tentei fugir
Não queria me alistar
Eu quero lutar,
Mas não com essa farda.

Núcleo Base – Ira

Micuim

Que horror, Zeca, que horror!

eunice

Este ano – no meu trabalho – ouvi de colegas homens, uma descrição do tal "Chá" no exército. É coisa comuníssima no exército brasileiro e relatado por qualquer rapaz minimamente liberal. Inclusive um dos que comentavam disse: Nessa hora o que se tem a fazer é torcer para acabar logo. Acontece muito em Minas, com meninos ingênuos de sítios que são chamados a servir o exército. É o trote do exército. Que o exército se ferre é minha torcida. Só assim se discutirá esse crime horrendo, antigo, e disfarçado de brincadeirinha.

Morvan

Boa tarde.
Esta história é muito importante para desnudar (sem trocadilhos) "aqueles que nos protegem"(Sic!).

Foi brincadeira de rapazes, diz general

“Houve crime, mas não foi estupro”, disse em entrevista na segunda-feira o general Sérgio Etchegoyen, comandante da 3ª Divisão do Exército, em Santa Maria. “O IPM foi conduzido de forma isenta pelo oficial encarregado…”.
[Etchegoyen] disse ainda que apenas “… constatou-se lesão leve no ânus do soldado DPK, o que por si só não comprova o alegado estupro” – falava 50 dias depois do ocorrido, antecipando em 70 o resultado do IPM.

Uma perguntinha recorrente: se fosse um familiar do exmo. sr. Sérgio Etchegoyen, a ser violado, não importando a sua orientação sexual, como V. Sa. se comportaria, sr. Sérgio Etchegoyen?
Oh, sorte a minha e a de minha família, de não termos nunca necessitado da proteção desta "patriótica e respeitadíssima instituição". Ah, ah, ah.

Sim, cadeia para os "homens"(?) responsáveis pelo estupro não seria pedir muito.
Calhordas.

Morvan, Usuário Linux #433640.

    Cassio

    General Sórdido! Chefiando uma quadrilha de canalhas.

Wanderson Aguilar

Pra que serve mesmo a tal farda verde-oliva?

Há sim pra oprimir os mais fracos!

Bela tradição essa das nossa forças armada…vergonha…muita vergonha dessas pessoas e dessa institução.

Marko

E assim caminha o "gloriooooso" exército nacional.
Aquele mesmo exército q não reconhece o caráter sabidamente gay d um d seus patronos e não vê guerras desde 1870 – sim, pq em 1918 e 1944, não fossem respectivamente as estruturas dos exércitos francês e americano, ao qual estavam atrelados e subordinados os militares e unidades brazucas q combateram na França e na Itália nos 2 conflitos mundiais; nem d ter exercido o mero papel simbólico d único exército latino-americano nas II Guerras Mundiais este exército poderia contar vantagem…

No entanto, neste mesmo século passado, esteve 36 anos (1930-45 / 1964-85) d forma explícita e direta, e mais outros tantos anos (como o período Dutra) tutelando, mandando e desmandando na Pátria como "guardiões" (sabemos bem do q)…

E q, sem ter aprendido ou (talvez por não ter) pago por nada disto, Deu nisto aí…
Uma (des)organização q recruta doente mentais pra servirem aos enrustidos q a (de)formam…

zeca

Esta historia esta estranha, a familia com tudo pronto para processar o exercito (o que o exercito tem com isso, mesmo se ocorreu o estupro – que duvido! – tem que processar quem estuprou. Mais um querendo ganhar as custas da viuva (e quem paga somos nós com os impostos!). Se tivesse um estupro, vc acha que os 20 caras ninguem ia entrar em contradição!. Seria impossivel esconder. Alem disso não existem sinais de agressao (qdo isso ocorre, o cara tenta se devender, dando cotovelada, pernada, pondo a cara a bater…e nada) Obvio que ocorreu um sexo consensual (tiveram ate tempo de montar uma cama silenciosamente) e que deve ter passado um pouco do limite e depois ele não gostou…muito estranho esse rapaz …

    Aline C Pavia

    Nunca prestou serviço militar né filho? Dispensado de alistamento né?
    Perdeu uma EXCELENTE oportunidade de ficar com a boca fechada.
    Que isso nunca aconteça com um filho seu.

    Morvan

    Boa tarde.
    Zeca, se o ocorrido tivesse sido com um familiar seu (não que eu jamais desejasse tal sofirento para alguém), você manteria a sua tese de sexo consensual?

    Morvan, Usuário Linux #433640.

    joao

    Como assim o Exército não é responsável? O fato ocorreu no ALOJAMENTO! E depois, veja que a PERÍCIA foi feita por um "ENFERMEIRO" da corporação. Como se isso não fosse suficiente, aparentemente o rapaz tem problemas mentais. É uma história no mínimo nauseante e que, pelo jeito, ocorre com muita frequencia no meio militar (vide a declaração da "cerimônia do sabonete"). É muita hipocrisia junta!

    Nilo

    Voce com seu preconceito não entendeu nada vou tentar explicar algumas coisa pra você. O exército é óbviamente responsável pela segurança e preservação da integridade desse rapaz, pois estava sob sua custódia, e precisa urgentemente ser processado e com o nosso judiciário corr.. esse rapaz vai ganhar uns 10 mil pelo que fizeram com ele, talvez destruído a sua vida. Pelo pouco que li sobre o caso já será bom se ele não se matar. Eles não entram em contradição porque "ninguem viu nada" entendeu? Quer saber um comentário infeliz como o seu é pra ser ignorado. Acho que deveria rever o que você escreveu e pensar se isso acontecesse com alguém da sua família por ex. você também ia dizer "óbvio que ocorreu sexo concessual…" Só posso desejar que este tipo de coisa não aconteça de novo.

    Scan

    Pelo jeito, tens grande familiaridade com estupros, né?
    Esse deve achar que o Herzog se enforcou, afinal "não foram encontradas escoriações e marcas de violência".
    O Exército, claro, não tem nada com isso.
    Ah, os partidários da ditabranda…

    Almeida

    " A família com tudo pronto para processar o exército?" Voce leu o relato dele?,
    " 20 caras e ninguém ia entrar em contradição"? kkkk

    Está se vendo que voce não entende nada de como é feito um IPM.

    Este caso deve ser tratado pela justiça comum, isto sim !!!

    O general tem o "fato " como brincadeira entre os rapazes, e depois de revelado seu depoimento por um deputado… reage e diz lamentar: que “um tema tão sórdido tenha sido levado a público !!!

    Samyra

    "deve ter passado um pouco do limite e ele não gostou"… Então quer dizer que se você aceita fazer sexo consensual com 4 pessoas (que no caso são soldados) e eles resolvem "passar dos limites", tá tudo certo, … afinal… ajoelhou tem que rezar, né? Se você aceita fazer sexo, aceita submeter-se a todo e qualquer tipo de violência. Fico imaginando que tipo de limite é esse…

    Deve ser o mesmo quando uma mulher denuncia o marido por violência e o marido diz "no começo ela tava gostando"…

    O que é sempre estranho pra mim e impressionante, é como as história de violência sexual são semelhantes. Impressionante como os supostos agressores são sempre do time "eu só fiz porque fulano(a) aceitou", enquanto a suposta vítima é um indivíduo de "moral duvidosa" e meio que merecia.

    Lamentável.

    Jason_Kay

    "Então quer dizer que se você aceita fazer sexo consensual com 4 pessoas"

    Essa menina fala isso assim, transar com 4 pessoas de uma vez só como se fosse a coisa mais natural…

    Que mundo é esse meu amigo.

    edv

    Um mundo que tem, dentre outras coisas, Jason_Kays!
    Ué?!

    Samyra

    O que é sempre estranho pra mim e impressionante, é como as história de violência sexual são semelhantes. Impressionante como os supostos agressores são sempre do time "eu só fiz porque fulano(a) aceitou", enquanto a suposta vítima é um indivíduo de "moral duvidosa" e meio que merecia.

    Lamentável.

    marcelo

    E vocÊ pode concluir TUDO isso com base apenas nas informações de um dos lados? Ou será que você é o "perito" do Exército que examinou a vítima?

    Luiz Reis

    Rapaz, você parece saber bem o que aconteceu por lá… então para você está tudo óbvio? O rapaz aceitou e houve sexo consensual… a palavra dele e as evidências de violência nada valem, não? Espero, sinceramente, que você tenha uma situação qualquer na vida que venha a ser acusado, embora vítima. Estarei torcendo, pode ter certeza.

    cronopio

    Vamos fazer assim, então Zeca: cortamos os privilégios dos militares (com o as pensões familiares, etc) e revertemos o dinheiro para suas vítimas e para a educação, não sai um centavo do nosso bolso e ainda nos livramos de um bando de vagabundos que há anos mamam impunemente nas tetas da república. Que tal?

    ana

    estranho é você

    Creuza Maciel

    Que triste, Zeca! Voce perdeu uma grande oportunidade de mostrar dignidade e humanismo…. (mas nao se mostrarr o que nao se tem, ne?)

Vinicius Garcia

E o exercito como instituição, continua se sentindo acima da lei e da justiça nesse país, é o que dá anistiar torturador.

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