08/05/2012 20h46 > Atualizada 08/05/2012 22h51
Após depoimento, parlamentares questionam atuação de Gurgel no caso Cachoeira
Maurício Savarese — Do UOL, em Brasília
Deputados e senadores que integram a CPI do Cachoeira levantaram dúvidas nesta terça-feira (8) sobre a atuação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, nas investigações dos negócios do contraventor Carlinhos Cachoeira. O questionamento está relacionado à paralisação do inquérito ligado à Operação Vegas, que investigou o empresário entre 2007 e 2009 e apontou sua ligação com políticos.
As dúvidas surgiram depois do depoimento do delegado Alexandre Souza, responsável pela Operação Vegas na Polícia Federal. O depoimento foi realizado em sessão secreta, mas, de acordo com integrantes da comissão, o delegado afirmou que a mulher de Gurgel, a subprocuradora da República Cláudia Sampaio, recebeu o inquérito em 2009 e, depois de um mês, não arquivou nem encaminhou a investigação ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde parlamentares detêm foro privilegiado.
A Operação Vegas não foi concluída exatamente por causa dessa paralisação, mas serviu de ensejo para a Operação Monte Carlo, que foi deflagrada apenas em 2012. Esta operação resultou na prisão de Carlinhos Cachoeira.
“O delegado não afirma, mas ficou no ar: o procurador-geral não sabia? Se sabia, por que nada fez?”, questionou o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS). “Talvez seja o caso de chamá-la a depor na CPI, vamos avaliar.” Para o deputado Rubens Bueno (PPS-PR), “pareceu ser esse o recado do delegado, embora ele não tenha sido explícito”.
O procurador-geral foi convidado a depor na CPI mas recusou o convite, alegando que um depoimento seu poderia futuramente torná-lo impedido de atuar nos inquéritos abertos que tratam do caso. Em nota, disse que os documentos da Operação Vegas, recebidos em 2009, eram insuficientes e que só pôde acionar o STF ao receber o material da Operação Monte Carlo, em março deste ano.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que “não há nenhuma justificativa para essa demora de três anos” para abrir um inquérito. E cobrou explicações de Gurgel: “Ele vai ter de se explicar. Esse depoimento resulta na conclusão de que Gurgel deve depor à CPI”. Os parlamentares devem discutir a possibilidade de ouvir o procurador-geral em uma reunião administrativa no próxio dia 17.
Entre os principais afetados pela Operação Vegas estão o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO), prefeitos de Goiás e até jornais de Goiânia, que teriam recebido pagamentos do contraventor, de acordo com parlamentares que participaram da reunião. Na quinta-feira (10), falará à CPI o delegado responsável pela Monte Carlo, Matheus Rodrigues.
Apoie o VIOMUNDO
Em outra sessão falarão à CPI, também em sigilo, os procuradores da República Daniel de Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, que acompanham a operação pelo Ministério Público Federal. Depois deles e do depoimento do próprio Cachoeira haveria possibilidade de chamar a subprocuradora a depor.
Demóstenes no primeiro escalão
Segundo parlamentares que ouviram o delegado, Demóstenes foi retratado como mais que “um simples empregado”. Em mais de mil horas de conversas do contraventor que foram gravadas, entre 2007 e 2009, o senador aparece diversas vezes – inclusive pedindo que Cachoeira bancasse despesas suas com um avião. O depoimento de Souza ainda teria deixado implícito que Cachoeira atuou como sócio oculto da construtora Delta, que tem contratos com diversos Estados e também com o governo federal e que está sendo investigada pela PF.
“Não podemos revelar o que disse o delegado, mas saio mais convencido de que o senador Demóstenes e os deputados Leréia e Sandes Júnior faziam parte dessa organização criminosa”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). “Não vejo possibilidade alguma de o Senado mantê-lo [Demóstenes] presente entre nós. Não resta nenhuma dúvida do envolvimento dele.”
O deputado Teixeira concordou. “Os fatos que o delegado trouxe sobre o senador Demóstenes confirmam o que já circulava, mas reforçam a convicção da responsabilidade dele”, disse. “Os deputados tinham uma interação menor com o Cachoeira. O principal braço político, ficou claro, era o Demóstenes, que funcionava como uma espécie de organizador dos interesses da quadrilha.”
Leia também:
Siga-nos no 
Comentários
Paulo
Caros palpiteiros, o PGR nao quer depor na CPI apenas por capricho, existe impedimento legal, ver arts. 134 a 138 do Codigo de Processo Civil.
Hildermes José Medeiros
É aquela história, parodiando celebre frase: um Procurador Geral da República não precisa apenas ser isento, mas também é imperioso que pareça isento. Esse o problema do procurador Roberto Gurgel. Não parece nem um pouco isento, e quanto mais explica sua indesculpável atitude de segurar por quase três longos anos a documentação da Operação Vega da Polícia Federal, atrasando e criando obstáculo para a continuação da investigação, fica cada vez mais claro que no mínimo foi um ato onde o procurador prevaricou. Agrava, essa desconfiança sobre sua isenção, quando se sabe que os envolvidos são os mesmos da Operação Monte Carlos que prendeu Carlinhos Cacheira e membros de sua quadrilha, com o envolvimento do Senador Demóstenes Torres, que levou a instauração de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito-CPMI no congresso. Essa gente, tendo em conta as acusações de que são objeto nas investigações da Polícia Federal são capazes de tudo que é crime, inclusive crime de sangue, subornando e extorquindo pessoas. Numa coisa, entretanto o Procurador Roberto Gurgel está mais do que certo: políticos envolvidos no mensalão estão preocupados com a sua atuação no Supremo Tribunal Federal-STF. Fica a pergunta: com essa isenção toda mostrada pelo procurador Roberto Gurgel, não é para ficar preocupado, quando se sabe que os acusados na Operação Vega são os mesmos da Operação Monte Carlos, que são os investigados pela CPMI, onde não quer prestar esclarecimentos, apegando-se ao que diz possa ser um dano (para quem?), que provocará seu afastamento do julgamento do Mensalão. Seria descabido ao menos questionar se existe nesse caso razões ideológicas ou partidárias, ou até mesmo julgar que tanto empenho deva-se a uma encomenda? Até parece que tem uma missão, não parece que esteja na realidade preocupado tão somente com suas responsabilidades de procurador. Tem uma tarefa a cumprir, que nada mais seria do que condenar os políticos envolvidos no mensalão, já que não é mais segredo para ninguém que pessoas e órgãos de mídia, particularmente Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira, a Veja e a Globo muito contribuíram para montagem da peça acusatória que tem por base notícias plantadas na mídia, por esta alardeadas e utilizadas pelo procurador. Confiar e acreditar na isenção do procurador Roberto Gurgel sem nada perguntar, depois de tudo que veio à tona, só quem está interessado em atingir os políticos envolvidos no processo do chamado Mensalão a qualquer preço. Esses ficarão seguros. Porque os acusados, todos execrados e achincalhados na peça acusatória de sua autoria, chamados de quadrilheiros para lá, que está nos autos para julgamento do STF e seu manifesto interesse e receio de ser afastado do julgamento, certamente, e com razão, estão muito preocupados. A CPMI tem mais é que convocar o procurador Roberto Gurgel para depor. Seu depoimento será valioso. Mesmo não existindo ninguém acima de qualquer suspeita, sem ser suspeito de nada, o procurador muito ajudaria comprovando sua isenção. Ao menos isso.Na isenção está o calcanhar de aquiles do procurador Roberto Gurgel.
Dr. Rosinha: “Alguns segmentos da imprensa terão de ser investigados, sim” « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Paulo Teixeira: “Gurgel deve depor na CPI” […]
Mancini
Li o seguinte comentário no Estadão s/ engavetador gurgel:”O fato da matéria do ‘brindeiro gurgel’ está na seção do mensalão é deveras engraçado, ou cínico, fica a dúvida. Problemas como um câncer que nasceu no Planalto Central e ‘mestastaseou’ pelo País, que venha ser a CPMI do Cachoeira, ou, por enquanto, melhor e mais importante o que está no em torno da mesma, demonstra a incompetência ou a atitude deliberada se proteger alguém ou um grupo de velhacos! O mensalão é problema do Supremo e as consequências políticas já ocorreram. A ligação entre uma coisa e outra, se puder haver, é no aspecto da corrupção. A República Brasileira corre um sério risco com atores do naipe de um brindeiro gurgel, um gilamar dantas, um peluso, ou de toda a tralha corporativa que ganhar 32 mil por mês. Os gangsteres do legislativo não merecem maiores comentários. Seria bom a população ir para as ruas e todos os dias. Mas, não se sabe o porque, a nossa mistura genética, legou-nos um temperamento dócil e complacente. E não tem que chamar milico nenhum! E duro seria mudar uma cláusula pétrea da CF, e se adotar a pena de morte para quem furta dinheiro público. Todas as mazelas nascem a partir daí. Ou quase todas.” http://refazenda2010.blogspot.com
Roberto Locatelli
Prevaricação – É um dos crimes praticados por funcionário público contra a administração em geral que consiste em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. A pena prevista é de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Art. 319 do Código Penal.
lulipe
Mas não foi o Lula que o indicou para o cargo, estão reclamando de quê?
Luís
Bob Gurgel = Brindeiro 2.0
Carlos Antonio Lopes
Alguém sabe dizer como se destitui um Procurador Geral da República?Já passou da hora do Gurgel ser afastado por improbidade!!!Ele deve depor sim, e como réu da CPI!!!
Bonifa
Se a CPMI chegar à conclusão de que ele é culpado, o Senado Federal pode instaurar um processo contra ele por prevaricação, que lhe renderá a imediata cassação do cargo e entre um a quatro anos de prisão.
Jr. Dalprà
Ao dizer que é interesse político a sua convoação à CPI do Cachoeira/Veja, O Gurgel escolheu um lado, certo?
Marat
Ele agora deu para se comportar como um sargentão sem compostura. Parece até que estamos no início do século XX…
Cláudio
Ley de Medios, já ! ! !
Cláudio
“Se você não for cuidadoso, os jornais farão você odiar as pessoas que estão sendo oprimidas, e amar as pessoas que estão oprimindo” – Malcolm X (1925-1965)
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.” – Joseph Pulitzer (1847-1911)
Alberto Santos Neto
Este procurador geral, o Roberto Gurgel, deveria ser convocado à depor na CPI e sair de lá já destituido do seu cargo de procurador e ser afastado do serviço público.
LUIZ FORTALEZA
Não foi esse Gurgel que levou ao STF o suposto mensalão? Agora que ficou sendo suposto mesmo, pq esse Gurgel tá parecendo que era cúmplice…
Marcio H Silva
Sempre falei que este sujeito tinha culpa no cartório…..
Yarus
Tabelinha da corrupção.
Depois os colonistas do PIG ficam se “dizendo” traídos.
1º lugar DEM.
2º lugar PMDB.
3º lugar PSDB…
http://2.bp.blogspot.com/-w127Po_nbzw/T4G6wBuejLI/AAAAAAAAIyg/k3tZG_d_Zys/s1600/Corrupcao_Partidos.jpg
José DF
O que a CPI do Cachoeira tem a ver com o julgamento do mensalão, dr. Gurgel? O atestado de idoneidade conferido pela globo serve para nada.
Debaixo desse angu tem caroço…
Fabio Passos
Este gurgel nem parece um procurador da República.
gurgel parece mais um politico do psdb, dem ou pps: alvaro dias, agripino maia, artur virgílio… demóstenes torres(!) rsrs
O Brasil quer saber porque gurgel escondeu o envolvimento de demostenes torres com o crime organizado.
Bonifa
O pavor do Procurador em comparecer para depor na CPMI do Cachoeira é tanto, que tem dado motivos para toda espécie de especulação. Ainda mais agora, que ele aderiu publicamente à tese da Oposição, segundo a qual a Situação quer que ele compareça unicamente para ser “fragilizado”, “fragilizando” por tabela o julgamento do Mensalão, onde será o acusador. Um Procurador Geral da República não pode ser fragilizado se cumpre seu dever de atender a chamado do Congresso Nacional. O que se observa é que se ele estivesse seguro do acerto de suas atitudes e condutas, não existiria razão para temer ser fragilizado. Ao contrário, sairia bem fortalecido. Por outro lado, sua adesão à tese oposicionista, que é uma tese frágil, quase absurda (ninguém pode dizer que não há interesse legítimo em convocá-lo, por parte de membros da comissão que só estão interessados no bom andamento das investigações e que pouco ou nada têm que ver com mensalão) e suscetível de ser vista como escapismo, deixa à mostra uma indisfarçável tendência política, o que o desabona consideravelmente. As especulações são várias. O simples andamento da inquirição revelaria situações insustentáveis para ele? A ligação por ele mesmo feita através da mídia entre o mensalão e o processo Cachoeira não seria uma sinalização? Deixem-me em paz aqui que os deixarei em paz por lá. Já que os vazadores confessos da comissão bradaram que nada será feito em segredo, torpedeando despudoradamente uma premissa institucional do Congresso Nacional, isto já não seria uma prevenção para impedir a convocação do Procurador, alegando-se possível quebra de sigilo, e seu conseqüente impedimento de ser o acusador também do processo Cachoeira? O que se espera da Comissão é que ela não tergiverse diante destes espinhos iniciais. Que ela cumpra com seu dever e convoque o Procurador.
Marat
O momento de se tirar as mordomias dos oligarcas é agora. Por que não começar com mais um que usa do público para satisfazer suas vontades privadas, como esse tal de Gurgel?
Marat
O Gurgel, quando tem que ver algo contra os da dita esquerda, se comporta como uma Ferrari… já contra os da direitona oligárquica, comporta-se como um Gurgel mesmo!
Marcio H Silva
Marat, mãozinha pra cima no seu comentário…..
Rudá
Gurgel Motores S.A.
foi uma fabricante de automóveis brasileira, desenvolvidos pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel. Com a proposta de produzir veículos 100% nacionais, o empresário montou em 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo a fábrica de carros que levava o seu nome (mudou sua sede para Rio Claro, em 1975).
A montadora produziu aproximadamente 43 mil veículos genuinamente brasileiros durante seus 27 anos de existência.
O registro da marca Gurgel encontrava-se expirado no INPI desde 2003. Em 2004, o empresário Paulo Emílio Freire!!!! Lemos, pelo valor de R$ 850,00, resgistrou para si a marca Gurgel e o antigo logo. A família Gurgel não foi consultada e por isso decidiu mover uma ação judicial contra o empresário.
M de carro
M de Procurador
Observatório 74
Luciano Prado
Gurgel perdeu as condições para o exercício do cargo. O Conselho Nacional do Ministério Público deve atuar no caso.
jõao
Carta aberta ao Ministro Ayres Brito
Enviado por luisnassif, qua, 09/05/2012 – 12:30
Autor:
Luis Nassif
Em respeito ao STF, fechei o post para comentários.
Ministro Ayres Brito,
Em que mundo o senhor vive? O senhor tem feito o jogo do jornalismo mais vergonhoso que já se praticou no país, usurpado os direitos de centenas de pessoas que buscavam na Justiça reparação contra os crimes de imprensa de que foram vítimas. E não para, não se informa, não aprende, não consegue pisar no mundo real, dos fatos.
No poder judiciário, o senhor tornou-se o principal responsável pelo aprofundamento inédito dos vícios jornalísticos. Sua falta de informação, sua atração pelo aplauso fácil, fez com que olhasse hipnotizado para os holofotes da mídia e, ao acabar com a Lei de Imprensa sem resolver a questão do Direito de Resposta, deixasse de cumprir seu dever constitucional de zelar pelos direitos individuais de centenas de vítimas de abusos da imprensa.
Centenas de pessoas sendo massacradas pelo jornalismo difamatório e o senhor ainda vem com essa história de defender a mídia das decisões de juízes de primeira instância.
Tomo meu caso.
Por conta das ligações de Roberto Civita com Daniel Dantas, fui alvo de ataques difamatórios da revista Veja. Entrei com direito de resposta na Vara de Pinheiros. Caiu com a juíza Luciana Novakoski Ferreira, uma magistrada sem nenhuma sensibilidade para com a reputação alheia, capaz de considerar como meras ironias os piores ataques difamatórios.
A juíza alegou que a inicial de meu advogado estava incorreta, por não especificar os crimes cometidos pela revista. Com toda a bagagem, de juíza de inúmeras ações de Direito de Resposta contra a Veja, ela não sabia que Direito de Resposta não exige especificação de crime – cuja tipificação entra em outro tipo de ação.
O advogado apelou para a Segunda Instância e, por unanimidade, os desembargadores determinaram que voltasse para a Vara de Pinheiros e que a juíza proferisse sua sentença – fundamental para dar andamento à ação.
A juíza recusou-se outra vez, e aí recorrendo ao álibi Ayres Brito: alegou que a Lei de Imprensa tinha revogado o Direito de Resposta. Volta para a Segunda Instância que, por unanimidade, constata o óbvio: o direito de resposta é norma constitucional.
Volta para a juíza, a esta altura com 3 anos de atraso. E ela alega que o STF eliminou a lei de imprensa e não regulamentou novo procedimento. E que não cabia a um juizado criminal apreciar a ação.
Agora os advogados da Abril pedem a anulação da ação alegando que, devido ao tempo decorrido, não há mais o que reparar.
Aí tenta-se a Vara da Freguesia do Ó para outras ações contra a Abril. Mais de dois anos e não chegou sequer às mãos dos juízes, que fogem de casos de mídia como o diabo da Cruz. E vem o senhor defender o mau jornalismo do quê?
Repito: o senhor é responsável direto pelo aumento do descalabro da mídia, os assassinatos de reputação que pegavam indistintamente culpados e inocentes, que arrasaram com a vida de centenas de pessoas. Não extirpou o Direito de Resposta, porque é norma constitucional. Mas fez pior: anulou um direito constitucional, sentando em cima do vácuo da lei.
O senhor não entendeu que, ao contrário do que propaga, a mídia não precisa ser defendida do Judiciário; é o Judiciário que precisa ser defendido do mau jornalismo. Ele intimida e corrompe. Intimida com ataques e dossiês; corrompe ao oferecer visibilidade a magistrados de espírito fraco.
O senhor deveria por um minuto sair de sua redoma, de seu mundo do faz-de-conta e passar o que passaram as vítimas desse jornalismo, testemunhar o abalo que esses ataques produziram em famílias, em mães, filhos, avós, entender por um minuto sequer o sentimento de indignação e impotência de ver direitos básicos sendo pisoteados a cada ataque difamatório sem que a Justiça se manifeste. E, depois, olhar para a esperança de justiça – o Supremo Tribunal Federal – e se deparar com o senhor, com sua insensibilidade e desinformação.
Por tê-lo como desinformado, não desejo para o senhor um centésimo do que esses assassinos de reputação provocaram em centenas de vítimas.
Se tiver estômago, se não afetar sua alma poética, leia parte dos ataques que Roberto Civita encomendou a seus jagunços: está aqui no endereço https://sites.google.com/site/luisnassif02/acaradaveja
mello
Gurgel acaba de mostrar publicamente seu engajamento político -partidário ao grupo demotucanopepessista. Não dá para permanecer Procurador Geral, tem que ser destituído , por prevaricação.
Fabio Passos
Agora só falta um laudo do molina no jn da globo atestando a idoniedade de gurgel.
O sujeito sentou encima das denúncias contra demóstenes e não quer dar explicações… nem os coitados idiotizados pelo PIG vão acreditar nisso.
silvinho
…Mas que procurador mala esse hein! Foi buscar guarida justametne no Jornal Nacional, instrumento do PIG.
Até parece que ele está no MPF pra realizar os desejos e atender os interesses de alguns setores da mídia. Nunca vi um procurador ser tão politizado como esse. Deve ter aprendido com Gilmar dantas Mendes.
Não estou aqui pra fazer defesa do Palloci, porém vale lembrar que no caso de ex-ministro, o procurador foi agil como uma lebre. Lembram-se?
Marcio H Silva
e na vegas, ãgil como uma tartaruga…..
ricardo silveira
Até para tirar a dúvida, o Procurador tem que depor, se não era suspeito, com o apoio da Globo, tornou-se suspeitíssimo. Por que engavetou inquérito que incrimina a oposição? Uma oposição que há dez anos conspira e ocupa o espaço público com total apoio da mídia, por meio de factóides para enfraquecer o governo legítimo e voltar ao poder. Tem que depor, como tem que depor o senhor Gilmar Mendes que participou de uma palhaçada de grampo sem áudio com o suposto amigo Demóstenes e pôs em perigo a estabilidade democrática. Na CPMI o senhor Gilmar teria a oportunidade para provar que não fez parte do ato criminoso, que foi apenas vítima.
Gustavo Pamplona
Sério? Não foi o que o Jornal Nacional disse agora pouco…
Ai, ai, ai… ver esta PTralhada imaginar coisas… coitadinhos… hahahahhahahaha
—-
Desde Jun/2007 vendo a PTralhada imaginar coisas no “Vi o Mundo”! ;-)
Cláudio
Atenção ‘trolls’ filhotes de D’u$$ & SSia: O tempo é este, a hora é agora e todo dia é dia D combater o neonazi$$mo renascido de 45. M(á s)orte ao PiG ! ! !
Yarus
“#VejaBandida: Boicote aos patrocinadores da imprensa corrupta
Lembre-se que o movimento “Cansei”, criado para derrubar o do Presidente Lula e voltar com da elite arcaica ao poder, foi debelado pelo boicote às empresas que patrocinavam aquele golpe.
Eis a lista de anunciantes, na semana, da revista Veja, ligada à organização de Carlinhos Cachoeira:”
http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2012/05/vejabandida-boicote-aos-patrocinadores.html
Marcelo de Matos
Em que pesem as abalizadas opiniões de Paulo Henrique Amorim, Fernando Collor, Carlos Sampaio (PSDB/SP), que também é procurador, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Paulo Teixeira (PT-SP), sou contra a convocação de Gurgel. Há muita dispersão: Alguns querem transformar a CPMI numa investigação contra a Veja; outros, contra a Delta e o governo federal (PAC), que seria o grande contratante da empreiteira; outros, ainda, contra os governadores Cabral e Agnelo. Há denúncia de que a Delta venceu concorrência até em Itanhaém-SP, com documentos forjados. O foco, porém, deve ser o Estado de Goiás onde houve nomeação de servidores públicos a mando de Cachoeira, falsificação de documentos para concorrências públicas, influência de Demóstenes sobre a atuação de seu irmão Procurador Geral da Justica. O post diz: “Entre os principais afetados pela Operação Vegas estão o senador Demóstenes, os deputados Carlos Alberto Leréia e Sandes Júnior e prefeitos de Goiás”. Então, mãos à obra.
Bonifa
Não se deve avançar deixando para trás dúvidas sérias e inquietantes. As dúvidas deixadas pelo comportamento do Procurador são estonteantes, desnorteadoras. Vasculhar todo o terreno tem como premissa dirimir as dúvidas do início da batida. Por isso, é fundamental que o Procurador seja convocado a depor. Além disso, se essa CPMI vai ter que enfrentar sérias e poderosas pressões, não ficaria bem que cedesse a pressões poderosas logo no começo.
pperez
A dimensão desta CPMI difere de todas as outras.
O esquema desenhado por Cachoeira com tentaculos no mundo corporativo legal e criminoso,nos tres poderes da república e na imprensa golpista com apoio de arapongas é comparavel ao das grandes organizações mafiosas internacionais.
Se a comissão não tiver coragem e determinação para desbaratar isto tudo e os responsaveis julgados e presos, não tenho duvidas que células criminosas remanescentes se reorganizarão novamente !
José Neto
Alguém já achou os grampos do Cachoeira com o Policarpo? no index dos cds eu não achei nada, estaria o brasil247 blindando a Veja, Daniel Dantas, Gilmar Mendes?
Gerson Carneiro
Eu acho que o Gurgel não deveria ter saído do ramo de fabricação de carros elétricos.
Cláudio
Aos ‘trolls’ de plantão, neste e em outros ‘blogs’ progressistas: Apesar de você$$ (neonazi$$tas & SSia), amanhã (ou depois) há de ser outro dia… Você, SSabujo do Império do crime, vai pagar, e é dobrado, cada $$abujice engolida nesse meu penar.
Duarte
Peraí a mulher do cara recebe a documentação, e esta segura? Tá na cara que fizeram cair na mão dela pra ser enterrada. Ela tb deveria sentar e depor. Imaginem se o brindeiro gurgel fizesse o mesmo com o mensalão?
Paulim br
No serviço público não tem uma lei ou norma que poíbe marido e mulher de serem chefes um do outro? Ou isso só vale para meros mortais?
PedroAurelioZabaleta
Gurgel já se ferrou. Não escapa.
Agora falta o Gilmar Dantas e o outro Mello (que gosta de soltar “empresários de jogos de azar”).
Eta 2012 maravilhoso.
Luís CPPrudente
Éhhhhh! Gilmar Dantas não vai poder dar mais facilidades e HCs para os seus amigos!!!!
Será que ele ainda pode dar aula numa certa faculdade e fazer palestra sobre crimes num certo instituto que vende palestras para o STF e outros órgãos da justiça?
João Da Silva
Não tem como entrar em contato com o Brasil 247, para que o mesmo envie cópias dos 40 Gb da Operação Montecarlo para o AZENHA; Eduardo Guimarães; Rodrigo Vianna; Nassif; PHA; Altamiro Borges? Pois baixar 40 GB no Torrent demora bastante, ainda mais com apenas o 247 “Seedando” Já vi na lista de quem está baixando, por exemplo: A Rede Record; Jornais do DF, etc… Alguém que tem Facebook poderia fazer esta solicitação no Facebook do 247…. Já que não conseguimos mais acessar o site do 247 em condições normais.
Luciano Mendonça
Só pra relaxar. A quem possa interessar, Sandes Junior não é dupla caipira, filhos de Xororó. Sandes Junior é Deputado Federal que foi ao tororó beber água e achou pela Cachoeira que não deixou mais. Só falta rosquinhas Mabel no caso.
pretextato
Luciano, tira esse Sandes do nosso querido Dique do Tororó, aqui em Salvador. Já basta as carniças que tem aqui como Acm Neto, Jutahy e outros em menor estado de decomposição.
João Da Silva
Azenha, Exclusivo: todos os 40 GB de arquivos da Monte Carlo (vazados pelo Brasil 247)
247 – O Brasil 247 obteve, na noite desta terça-feira 8, um total de 40 Giga com documentos da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, responsável pela prisão do contraventor Carlos Cachoeira.
São quatro links: um com todos os arquivos e outros três separados por áudios, vídeos e textos, disponibilizados via torrent. Para saber como baixar arquivos torrent, leia este tutorial: http://www.portalcab.com/faq/baixando_arquivos_torrent.php
Todos os arquivos:
http://thepiratebay.se/torrent/7255959
Agora, separados em partes:
CDs:
http://thepiratebay.se/torrent/7255972
DVDs:
http://thepiratebay.se/torrent/7255949
PDFs:
http://thepiratebay.se/torrent/7255967
Rubens
É NAMORO OU AMIZADE?
Amigo de Cavendish mantém contrato com governo de MG
Senador tucano foi padrinho de casamento de Georges Sadala
Publicado no Jornal OTEMPO em 09/05/2012
CAROLINA JARDIM
Contrato. O senador Aécio Neves foi padrinho de Sadala, que se casou em dezembro de 2007
Um dos braços direitos de Fernando Cavendish – dono da Delta, empresa alvo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga o bicheiro Carlinhos Cachoeira – e amigo íntimo do ex-governador Aécio Neves (PSDB) mantém contrato milionário com o governo de Minas Gerais.
Georges Sadala Rihan é proprietário da Gelpar, empresa que integra o consórcio Minas Cidadão, responsável pela implantação e gestão de Unidades de Atendimento Integrado (UAI) em seis municípios mineiros: Betim, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia e Varginha.
O contrato com o consórcio Minas Cidadão, no valor de R$ 311.121.048, foi assinado com a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag) na segunda gestão do então governador Aécio Neves, que havia renunciado para se candidatar ao Senado. Aécio é padrinho de casamento do empresário.
Além da Gelpar, a concessionária é formada pelas empresas Shopping do Cidadão Serviços e Informática, Alternativa Consultoria e B2BR Business. A contratação vai até 2030, com previsão legal de prorrogação até 2045. Segundo a assessoria do governo de Minas, o edital da licitação foi previamente submetido ao Ministério Público Estadual (MPMG).
Amizade. Imagens divulgadas na revista “Caras”, em dezembro de 2007, mostram a amizade entre Aécio e Sadala. Nas fotos, o senador e sua ex-esposa Andréa Falcão aparecem ao lado do empresário e sua noiva, a advogada Ana Paula, no dia do casamento. Logo em seguida, Aécio participou de uma festa no apartamento de Fernando Cavendish, em Ipanema, no Rio.
Sadala ficou mais conhecido pelo público por meio de fotos divulgadas recentemente no blog do deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ). Nas imagens, ele aparece ao lado de Cavendish, do governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) e de integrantes do primeiro escalão do governo num restaurante de luxo, em Paris. Em uma das fotos, eles posam com guardanapos brancos na cabeça.
Segundo informações publicadas por Anthony Garotinho, Sadala era um empresário “mal-sucedido”, “falido” e que teria registrado crescimento patrimonial astronômico durante a gestão de Sérgio Cabral no Rio de Janeiro, constituindo oito empresas entre dezembro de 2007 e abril de 2011.
No mesmo período, Sadala firmou contrato com o governo de Minas. A parceria foi formalizada em dezembro de 2010.
Rubens
Azenha, o site Brasil 247 está afirmando que disponibilizou toda a investigação da Operação Monte Carlo. Não confio muito neste site, mas aparentemente não estão blefando. O artigo é esse:
247: 40 Giga de informação da Operação Monte Carlo
Exclusivo: Brasil 247 obtém toda a investigação da Polícia Federal sobre o maior escândalo político dos últimos tempos no País; publicação começa agora; grampos, diálogos e vídeos inéditos; saiba aqui o que nem a CPI sabe
Vassil Oliveira _247 – Brasil 247, com exclusividade, obteve os documentos de toda a investigação feita pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. São 40 Giga de textos, grampos telefônicos, campanas e vídeos capturados de personagens ligados direta ou indiretamente à quadrilha chefiada pelo contraventor Carlinhos Cachoeira.
Um impressionante conjunto de fatos que compõem todo o quebra-cabeças do maior escândalo político dos últimos tempos no Brasil.
Acesse, nos links abaixo, os primeiros documentos do conjunto obtido com exclusividade por Brasil 247. Em seguida, tem mais!
No primeiro vazamento, dois CDs da operação Monte Carlo
Ao todo, são 21 CDs contendo centenas de arquivos de áudio cada um; nos dois primeiros, há inúmeras conversas envolvendo o araponga Dadá. O primeiro arquivo disponibilizado pelo 247 contém dois CDs da Polícia Federal, com centenas de gravações.
No CD 00139, os alvos são Major Silva (61 8133-3021) e Raimundo (61 9327-0256), assessores de Carlos Cachoeira. Dezenas de conversas envolvem o araponga Dadá.
No segundo CD, 00478, são sete alvos e centenas de gravações também. É importante que o leitor busque o index.html, onde é possível encontrar áudios, transcrições e descrições das conversas pela PF.
Baixe esses dois primeiros CDs aqui:
http://www.adrive.com/public/8pwaEv/CD_fl.000139%20e%20CD_fl.000478.zip
E por este link, confira o conteúdo dos 21 CDs com gravações da Operação Monte Carlo: http://thepiratebay.se/torrent/7254305
Organograma da quadrilha
Planilha da PF aponta nomes de pessoas que seriam ligadas a Cachoeira: https://docs.google.com/file/d/0B5pVV5g_nXq6QlJCWTdjMDdDaGM/edit
Os vídeos do araponga Jairo
Acostumado a filmar, Jairo Martins, araponga que era fonte de Veja, também foi filmado. Assista ao vídeo em que Jairo Martins é filmado pela Polícia Federal. E ouça os comentários dos policiais sobre seus movimentos: https://docs.google.com/open?id=0B5pVV5g_nXq6WUQzVVRaMDM2YmM
Volume da busca e apreensão
Terceiro lote divulgado pelo 247 inclui a parte do inquérito referente às operações de busca e apreensão. Seguem agora uma série de arquivos em PDF. É a parte referente às ações de busca e apreensão contra todos os alvos da Operação Monte Carlo. Baixe aqui: https://docs.google.com/open?id=0B94I8m9jP6Scdk9kMVl2T25LVlk
431 diálogos entre os comparsas de Carlinhos Cachoeira e com o próprio bicheiro
Numa das conversas, em 5 de janeiro de 2011, quando estava em Miami, contraventor Cachoeira trata da ocupação de cargos no governo de Goiás e cita várias vezes “Marconi”. Baixe aqui: https://docs.google.com/open?id=0B5pVV5g_nXq6MDM1a29qWFZuMkE
Cláudio
Sugiro que se divulgue, antecipada e suficientemente, a agenda da CPMI, principalmente sobre as sessões que venham a ser transmitidas via TV, como a TV Câmara, por exemplo (aqui retransmitida em sinal aberto pela TV Assembléia), que vi reapresentar já uma sessão na madrugada seguinte ao acontecimento. E da qual (transmissão/sessão) ficou-me, não sei se eu já estava mais dormindo que acordado, a impressão de ter ouvido algum dos participantes (que eu penso ter sido o Delegado Protógenes) falar em “ramificações internacionais”. O bicheiro tava querendo expandir o negócio da contravenção ou alguem tava importando (de onde?) criminosamente algum bagulho ? Nesses tempos de mírdia global(izada), será que da água suja dessa Cachoeira vai dar por tela na cabeça ? Simples quimeras, apenas fantasias ? Ou quem será o nosso Hércules ?
Paciente
Esse Gurgel é o seguinte: ou é demitido porque seu comportamento é criminalmente suspeito, ou se demite por ser incomensuravelmente incompetente.
Três anos para passar uma resma de papel de um escaninho para outro, amigo, é dose…
Fabio Passos
Muito suspeito o comportamento deste Gurgel.
Ainda mais depois da desculpa esfarrapada para não ir como convidado a CPI.
E agora com rede globo e quadrilha veja tentando livrar a cara dele… é quase uma confissão de culpa! rsrs
Tem de ir prestar explicações, sim.
Eduardo Guimarães
O bicho vai pegar. Falei com integrante da CPMI e ele disse que o PT vai pra cima. Amanhã o assunto será o PIG
pretextato
Acabo de ouvir na CBN que o Gurgel afirma que quem quer chamá-lo para depor na CPI deve estar envolvido no mensalão ou é amigo de algum mensaleiro, que estaria atuando no sentido de retirá-lo do julgamento do mesmo mensalão. Acho que deputados e senadores deveriam cobrar os nomes a que ele, Gurgel, se refere pois tal argumento atingirá a todos os integrantes da CPMI. É bom que se diga que um expoente da oposição, no caso o dep. Onix Lorenzoni, é dos integrantes da Comissão que entende que o Gurgel deveria depor. O Lorenzoni é um dos maiores acusadores de petistas na questão do mensalão.
Fabio Passos
Sério? Esta é a defesa de gurgel? Exatamente a mesma da quadrilha veja?
Caramba! Cada vez o sujeito se enterra mais. rsrs
ricardo
Fala sério! Pois eu aposto que terminarão com o rabo entre as pernas. Enfrentar ao um só tempo a imprensa investigativa e o ministério público exige uma força que o bonde dos desesperados não tem e não terá.
Maria Dirce
O mais vergonhoso é a Globo abraçar Gurgel e o defende-lo veementemente, como se ele fosse um coitadinho e distraído em seus afazeres não viu em sua gaveta ´o crime, só qdo saiu na mídia!!!Esse vídeo mostra o que é a Globo>Saudades do Brizola que queria cassar a concessão da Globo, que limpeza teria feito pro País.
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/videos/t/edicoes/v/governo-e-oposicao-discordam-de-sigilo-no-depoimento-na-cpi-do-cachoeira/1938678/
Fabio Passos
A rede globo está desesperada tentando abafar a CPI e impedir o avanço das investigações. É descarado o esforço para livrar a cara de civita, policarpo, gurgel…
Os bandidos do PIG estão apavorados.
Estes pilantras tem de pagar por sua sociedade com o crime organizado.
Werner Piana@SAGGIO_2
ou o país encara este desafio de colocar a midia em seu lugar, dentro da lei ou vamos partir pra outra e entregar a chave pra bandidagem.
Um País de Todos ou um País da Bandidagem?
Elias
Quando lembro Florestan Fernandes na fila de um hospital público para se tratar de um câncer, pergunto-me que honras querem defender esses abutres que se vendem por fogões, geladeiras e escusos depósitos em contas milionárias?
FrancoAtirador
.
.
Se é fato que o PGR Bob Gurgel foi o último a saber,
então quem deve depor é a mulher dele, Cláudia Sampaio,
a subprocuradora da República que foi a primeira a saber.
.
.
Jandui
A única tese que pode salvar Gurgel, li lá no “blog do planalto”:
tese b) Gurgel deu o ‘tombo’ no, então, presidente do supremo Gilmar Dantas. Afinal, seria entregar o galinheiro pra raposa.
joão33
o gurgel faz parte da corja que instalou-se no pais quando o fhc abriu as portas para a bandidagem , vejam no blog do novo jornal de minas , o livro a justiça tucana , o psdb , dem ,pps , aparelhou o ministério público , procuradorias , tribunais de contas , tj , stf , stj , etc , com infiltrados ,juntamente com o pig , impedem que sejam investigadas suas grandes maracutaias.veja o inquérito que o gurgel ainda está sentado em cima do aécio , do arruda , do agripino entre outros. nos estados onde o psdb , dem , pps , passou tambem os procuradores alinhados com o gurgel sentam em cima de todos os crimes dessa corja.
Luis Fernando
Infelizmente, caso continuem aprovando as sessões secretas, causa um ar de desconfiança em todos nós, pois essa CPI é de interesse nacional, do povo, dos eleitores, dos pagadores de impostos, dos cidadãos de bem.
Não se pode permitir que depoimentos importantes fiquem presos numa sala fechada onde as informações legítimas serão nulas. Não podemos aceitar que essa investigação corra em sigilo. O sigilo é a base da receita para se fazer uma bela massa redonda.
Romanelli
..e com apoio do PT e base ..aqui, quase que um atestado de ..bom, xá pra lá ..quem tem, tem
e vc viu o que a senadora “Katia Flavia Abreu” alegou (aquela do agro-negócio)?
que era pra preservar as INVESTIGAÇÕES ..orrrra, mas as investigações já terminaram ..e o depoimento era justamente pra falar delas pro POVO
mas a julgar pelos últimos acontecimentos é que vai ficar bom pro Carlos Drumond que já dizia, ou deveria ter dito;
os do PSDB que amavam o BC, que amavam os do PT, que amava Meireles, que amava PMDB, que amava Cabral, que amava Roberto Rodrigues, que amava JBS, que amava Delta, que amava Cachoeira, que amava Demostenes, que amava o Demo, que não amava ninguém..
http://www.youtube.com/watch?v=wnbr-_92rBw
eu hein
Bonifa
Toda a oposição e a “imprensa horrível” e mais o deputado Miro Teixeira estão bradando para que as seções sejam abertas ao público. Vazamento é uma coisa, o deputado Miro até se expressou como um vazador confesso, quando falou: “Amanhã tudo isso vai vazar. Melhor que fosse tudo oficialmente aberto”. Pois é, vazamento é uma coisa, mas quebrar o sigilo de justiça oficialmente pela CPMI é uma avenida ilumunada, aberta para a anulação de todo o processo. É a última esperança da oposição e da “imprensa horrível”: A anulação do processo.
Pedro Soto
A mídia quer o fim do sigilo da CPMI para montar o circo e manipular à vontade.
Quem tem o poder democrático de decidir, por exemplo, se o PGR vai ser convocado ou não são os parlamentares, eleitos pelo povo para isso, e não os representantes da meia-dúzia de famílias que pensam que mandam no país.
maria olimpia
Bonifa,
Quebrar o sigilo, com certeza, é a porta aberta para anular a CPMI.
Isso é tudo que a oposição e a mídia querem. Você está certíssimo.
Como pode ter alguém que não se dá conta disso? Pelos comentários dá para sentir que muitos querem a mesma coisa sem refletir que estão entrando no jogo sutil da mídia e oposição.
Romanelli
por favor ..vc poderia me esclarecer
.alguém sabe de algum caso de “meia virgindade” ou “meio grávida” ..terá sido este o primeiro episódio narrado que envolve aquela casa ?
http://www.youtube.com/watch?v=r8I0o35ro2I
JORGE
Azenha
O Dr. Gurgel, para não aceitar sequer um convite do Senado Federal, data venia, fornece munição suficiente para o Senado Federal investigá-lo, tamanha é a desconfiança geral de crime de prevaricação, no mínimo, salvo fundamentação inequívoca convicção de que o STF (diga-se ex-presidente Gilmar Mendes à época presidente e amigo pessoal do Senador Demóstenes, ex-DEM), poderia atrapalhar a investigação como um todo mais complexo. Isso dito aqui por mera especulação.
Diz a Constituição Federal em seu artigo 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
…..omissis
…..omissis
XI – Aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República antes do término do seu mandato.
Portanto, é melhor que o cidadão Gurgel tenha mais respeito para com o Congresso Nacional e, por extensão,
com o povo brasileiro. Quem não teme e ele não é insubstituível na acusação, ou seja, tem substituto legal definido por. A desculpa não cola.
Um abraço
Um abraço.
Alexandro
Se liga Polícia Federal! Onde tem Serra, tem Cachoeira!
A Operação Monte Carlo, que desmontou a gangue baseada na tríplice aliança Cachoeira-Demóstenes-Veja, se analisada mais a fundo e em seus pormenores pode nos levar a algumas constatações bastante esclarecedoras.
É atribuído como um dos grandes feitos políticos de José Serra a implantação dos medicamentos genéricos no Brasil. Mais uma mentira de um cérebro oco de idéias, um ladrão de conquistas alheias, de brasileiros que realmente lutam para melhorar a vida dos brasileiros. Cada vez que é dado a Serra os créditos da implantação dos genéricos, a confiança do Sr. Adib Jatene no país deve ir por água abaixo.
Pois bem. Além das conhecidas estripulias no negócio de jogos ilícitos de Cachoeira, o contraventor (caio em gargalhada toda vez que leio este adjetivo na grande mídia, pois se este caso estivesse ligado apenas a petistas e governistas o tratamento dado seria o realmente merecido, a saber, BANDIDO) também atua no ramo de medicamentos genéricos com seu laboratório sediado no seu estado natal.
Nas gravações feitas pela Polícia Federal, vimos o moleque de recados do braço político da gangue, Demóstenes Torres, atuando junto à ANVISA com o intuito de encurtar os trâmites legais de aprovação de registros de medicamentos da empresa de Cachoeira junto ao órgão, chamando “na chincha” o presidente da ANVISA e se necessário até o Ministro da Saúde.
Por que toda esta introdução? Trabalho numa grande empresa farmacêutica nacional, especializada na fabricação de genéricos, e é comum a todos que trabalham no setor indagações de terceiros sobre as ligações de José Serra com a indústria nacional de medicamentos genéricos. É sabido que muitas empresas, de uma forma no mínimo estranha obtiveram informações privilegiadas sobre a aprovação da Lei dos Genéricos em meados do ano 2000 (quando Serra, então melhor ministro da Saúde da história da humanidade, o mesmo que na campanha de 2010 propôs como forma de resolver os problemas da saúde pública massificar as práticas de mutirões de saúde como solução para todos os males que o setor enfrenta), podendo assim se preparar com antecedência para colocar seus produtos no mercado e abocanhar uma fatia maior dos lucros de um setor que cresce 20% ao ano, em um mercado bilionário.
No caso específico da empresa em que trabalho, uma pergunta recorrente de terceiros, é a se Serra é um dos controladores “ocultos” da empresa. O real dono da empresa, pelo menos presumo que o seja, tem ligações históricas com o PSDB. Na campanha de 2010, enquanto descia as escadas rumo ao restaurante interno da empresa para ir almoçar quem encontro? José Aníbal, então nome forte da tropa de choque da campanha de Serra. Temos internamente até um cargo de “aspone”, responsável por fazer as “relações institucionais” da empresa com o poder (aham, relações institicionais né… senta lá Claudia, hehehe).
Toda essa historinha verídica que conto à vocês é para termos idéia de onde uma investigação, doa a quem doer, poderia chegar. Existe uma máfia dentro da ANVISA, uma máfia dentro da indústria nacional de genéricos, e todas as perspectivas destes ilícitos, caso investigados, poderiam chegar a uma só pessoa. ELE!
maria olimpia
Alexandro,
Seu comentário confirma as minhas suspeitas e das de muita gente.
Serrote
Já postei em outros lugares e repito aqui: Onde tiver uma bandalheira grande, não demora muito e ALGUÉM aparece.
Andrade, Amaury
Azenha, perguntemos a esse deputado: POR QUÊ AINDA NÃO CONVOCOU? QUE TA FALTANDO PARA CONVOCAR?
Tá com cagaço deputado? convoque c@#$$$%**@!lho.
Daniel Bacellar
Essa é fácil de responder: deputados não convocam ninguém, individualmente. O vazamento do depoimento secreto e as afirmações de que Gurgel deveria depor servem para nós, sociedade, pressionarmos para que a CPMI convoque o Sr. Gurgel a se explicar.
pedro luiz
Já começou o empurra, empurra para não dar em . . . . Será mais uma pizza com marmelada na república Brasilis. Não tem jeito o interesse mesquinho e individual prevalecerá mais uma vez. Pergunto, cadê a OAB, a toda poderosa que não aparece para comentar na mídia esse caso?. O ex-ministro da justiça agora virou defensor de Contraventor e de seus quarenta ladrãoes e a OAB vai dizer o quê.Nossos jovens vendo, ouvindo, comentando essa sujeirada toda vão ter gosto pela política, como?, quando?. mas é o Estado de direito, e nossos jovens por aí…, pois a justiça é cega para quem interessa ser. Mais uma para cima do povão, que paga caro para viver na democracia deles.
Bonifa
Para quem acredita que a História acabou, não existe mais razão para preservar a biografia.
Vinicius Garcia
O maior estrago já está acontecendo, ter que se defender e defender a outros é quase como um atestado de parcialidade, e esse fato não poderá ser desfeito no futuro. O rei está nu, como se diz no conto.
Quanto a Gurgel, bem esse terá muito a se explicar, e ainda bem que o rumo está assim, mostra que dessa CPMI alguma coisa boa vai surgir.
robsonfs9
Qual será a reação do deputado Roberto Freire quando ler que “Sandes Júnior” irão depor na CPMI?
HAHAHAHAHA
Julio
o bob freire dirá: isso é uma ignominia…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Paciente
Ele vai dizer que Sandes Junior tem que cantar “abre a porta Mariquinha…”, e não tem nada que se meter em política.
Gonzaga
Este post do Eduardo Guimarães merece ser repercutido em todos os blogs “sujos”,,,
.
Globo faz defesa inepta de Civita e aumenta suspeitas
Posted by eduguim on 09/05/12 • Categorized as Análise
Há algumas semanas, recebi ligação de um amigo que veio me sugerir uma estratégia, de que blogueiros que cobram investigação das suspeitas contra a Veja por seu envolvimento com o bicheiro Carlinhos Cachoeira concentrassem o foco na revista. Para esse amigo, seria um erro de estratégia disparar contra outros veículos da grande mídia.
À época, até achei que aquele amigo poderia ter razão. Ainda assim, disse-lhe que achava perda de tempo porque tinha quase certeza de que outros veículos tentariam proteger o “Publisher” da Editora Abril e sua revista por saberem que se as culpas de um e da outra fossem provadas, a regulação da mídia se tornaria inevitável.
À época, Globo, Folha, Estadão e todos os telejornais ainda hesitavam em meramente noticiar as relações entre o editor de Veja Policarpo Júnior, Cachoeira e sua quadrilha. Todavia, conforme as escutas da Polícia Federal envolvendo o editor da revista foram surgindo, a imprensa, a televisão e até parlamentares que integram a CPI começaram a tocar no assunto.
Com a reportagem da Record no último domingo, a qual apresentou os motivos que considerável parcela dos membros da CPI já enxergam para investigar a Veja, o jornal O Globo publicou editorial ontem fazendo uma defesa desabrida de Roberto Civita. O texto foi publicado sob o título “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”.
Além de defender o “publisher” da Abril, o jornal da família Marinho partiu para o ataque. Acusou blogs e órgãos de imprensa que cobram investigação das estranhas relações da Veja com a quadrilha de Cachoeira.
Como sempre fazem os grandes meios de comunicação ligados à oposição ao governo federal quando a imprensa é questionada por meios de comunicação alternativos, O Globo acusou sem dar nomes, limitando-se rotular a todos, indistintamente, como “chapas brancas”.
Desafio O Globo ou qualquer ser vivo a provar que este blog recebe um único benefício do PT ou do governo federal. Abro todos os meus sigilos, contanto que o sujeito que escreveu esse editorial abra os dele.
Vamos em frente, pois.
Não foi só honestidade que faltou ao editorial; faltou competência. O texto não resiste ao mínimo de contraditório, razão pela qual esse e outros grandes veículos ligados ao PSDB, ao DEM e ao PPS jamais deram espaço para que alguém expusesse as razões para as cobranças contra a Veja. E muito menos deu espaço às evidências que pesam contra ela.
Para mostrar como foram ineptos a defesa e o ataque feitos por O Globo, reproduzo o editorial em tela parágrafo por parágrafo (em negrito), porém apondo comentário do blog após cada um deles (sem negrito).
—–
O Globo
8 de maio de 2012
Editorial
Roberto Civita não é Rupert Murdoch
Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista “Veja”, na esteira do escândalo Cachoeira/Demóstenes/Delta.
Por falta de provas, o editorialista não dá nomes aos bois e nem faz acusação explícita de que os tais “blogs e veículos de imprensa chapa branca” seriam pagos pelo PT – faz, tão-somente, insinuação. E, à diferença do que fazia quando Lula estava no poder, não diz mais que são linha auxiliar do governo, tornando óbvia a intenção de não comprar briga com Dilma.
A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo.
Sempre insinuando de forma covarde, o texto apenas sugere que o PT teria organizado alguma coisa. E ao dizer que a “operação” tem “características”, mostra que está chutando. Além disso, oculta que Veja fazia reportagens que eram comemoradas pela quadrilha de Cachoeira, como mostram as escutas da PF.
É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Roussef, com a liberdade de expressão.
Essa é um dos trechos mais hilariantes . Quem escreveu foi o mesmo jornal que em 25 de novembro de 2010, por exemplo, ao comentar entrevista que o então presidente Lula deu a blogueiros, afirmou que ele “elegeu a grande imprensa como alvo principal” e “não poupou críticas aos jornais”. De resto, por que o Globo diz ter medo se o caso Cachoeira só envolve a Veja? A menos que o jornal saiba algo que ainda não sabemos…
A manobra se baseia em fragmentos de grampos legais feitos pela Polícia Federal na investigação das atividades do bicheiro Carlinhos Cachoeira, pela qual se descobriu a verdadeira face do senador Demóstenes Torres, outrora bastião da moralidade, e, entre outros achados, ligações espúrias de Cachoeira com a construtora Delta.
Fragmentos de grampos?! Ora, a reportagem da TV Record do último domingo (que reproduzo ao fim do post) mostra claramente a quadrilha comemorando efusivamente as matérias que a revista soltava sob seu mando. Isso mesmo, os tais “trechos” mostram Cachoeira MANDANDO Policarpo publicar matérias contra adversários dos seus negócios ilegais.
As gravações registraram vários contatos entre o diretor da Sucursal de “Veja” em Brasília, Policarpo Jr, e Cachoeira. O bicheiro municiou a reportagem da revista com informações e material de vídeo/gravações sobre o baixo mundo da política, de que alguns políticos petistas e aliados fazem parte.
A maior prova de que o editorial mente reside em que, até hoje, nem O Globo, nem Folha, nem Estadão e muito menos a própria Veja publicaram os tais “fragmentos”. E não publicaram porque ninguém que leia ou ouça o pouco que já vazou envolvendo Policarpo concordará com a premissa do jornal.
A constatação animou alas radicais do partido a dar o troco. O presidente petista, Rui Falcão, chegou a declarar formalmente que a CPI do Cachoeira iria “desmascarar o mensalão”.
Em que isso absolve a Veja? Quer dizer que está proibido provar que a tese do mensalão é uma farsa? E se surgirem provas no âmbito de uma investigação da imprensa pela CPI? Ora, se não existir nada que desmascare a tese, por que se preocupar? Do que O Globo, Veja e o resto da mídia oposicionista têm medo? Quem não deve, não teme. Certo?
Aos poucos, os tais blogs começaram a soltar notas sobre uma suposta conspiração de “Veja” com o bicheiro. E, no fim de semana, reportagens de TV e na mídia impressa chapas brancas, devidamente replicados na internet, compararam Roberto Civita, da Abril, editora da revista, a Rupert Murdoch, o australiano-americano sob cerrada pressão na Inglaterra, devido aos crimes cometidos pelo seu jornal “News of the World”, fechado pelo próprio Murdoch.
A comparação que o editorial rechaça se deve às semelhanças entre Roberto e Rupert. Eles não têm só os primeiros nomes e as aparências (vide foto acima) parecidos. Há evidências de que usam métodos igualmente parecidos, e essa dúvida só pode ser dirimida através daquilo que esse e outros veículos parecem querer evitar desesperadamente.
Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia.
O que garante ao editorialista de O Globo que a Veja não só invadiu a privacidade alheia como foi ainda mais longe? E onde fica a liberdade de expressão, o teste de hipóteses que o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, sempre defendeu?
Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância.
Balela. Ba-le-la. Relação entre jornalista e fonte protegida por sigilo e aceita como lícita, quase sempre envolve vítimas ou testemunhas de crimes. E, mesmo quando envolve criminosos, é relação fortuita. Quando um bandido diz que quer dar beijo no repórter, comemora o resultado das informações que passou, quando repórter e fonte trocam centenas de telefonemas, vão a restaurantes, mantêm relação que dura anos a fio, algo está muito errado.
Como inexiste notícia passada de forma desinteressada, é preciso extremo cuidado principalmente no tratamento de informações vazadas por fontes no anonimato.
Cuidado que, como mostram os aperitivos das 200 ligações telefônicas entre Policarpo, Cachoeira e a quadrilha, não existiu.
Até aqui, nenhuma das gravações divulgadas indica que o diretor de “Veja” estivesse a serviço do bicheiro, como afirmam os blogs, ou com ele trocasse favores espúrios. Ao contrário, numa das gravações, o bicheiro se irrita com o fato de municiar o jornalista com informações e dele nada receber em troca.
Quem pinça um trecho mínimo do que já vazou são o Globo, a Veja e os veículos aliados a esses dois. É por isso, repito, que todos esses veículos escondem do público o que a reportagem da TV Record de domingo passado mostrou. Por que escondem? Porque é mentira grosseira que “Nenhuma das gravações indica que o diretor de Veja estivesse a serviço do bicheiro”.
Estabelecem as Organizações Globo em um dos itens de seus Princípios Editoriais: “(…) é altamente recomendável que a relação com a fonte, por mais próxima que seja, não se transforme em relação de amizade. A lealdade do jornalista é com a notícia”.
Ora, bolas, mas é exatamente isso que mostram gravações que já vazaram: que havia uma relação de amizade entre o “Poli”, Cachoeira e companhia limitada.
E em busca da notícia o repórter não pode escolher fontes. Mas as informações que vêm delas devem ser analisadas e confirmadas, antes da publicação. E nada pode ser oferecido em troca, com a óbvia exceção do anonimato, quando necessário.
De novo: as gravações mostram a quadrilha comemorando as matérias da Veja e até MANDANDO Policarpo publicar matérias do interesse de Cachoeira, escolhendo até a seção da revista onde deveriam sair. E a reprodução da reportagem da TV Record, reproduzida abaixo, PROVA isso.
O próprio braço sindical do PT, durante a CPI de PC/Collor, abasteceu a imprensa com informações vazadas ilegalmente, a partir da quebra do sigilo bancário e fiscal de PC e outros.
Cadê a prova de que quem passou ao PT informações que o partido divulgou durante a CPI de PC/Collor era uma quadrilha como a que hoje está todinha vendo o sol nascer quadrado? Que comparação escandalosa é essa?
O “Washington Post” só pôde elucidar a invasão de um escritório democrata no conjunto Watergate porque um alto funcionário do FBI, o “Garganta Profunda”, repassou a seus jornalistas, ilegalmente, informações sigilosas.
O Washington Post não fez favores a uma quadrilha (favores que ela comemorava) ao publicar denúncias sobre o envolvimento de Richard Nixon no assalto ao conjunto de escritórios Watergate.
Só alguém de dentro do esquema do mensalão poderia denunciá-lo. Coube a Roberto Jefferson esta tarefa.
E daí? Roberto Jefferson não era um bicheiro, era um parlamentar. E, que se saiba, a jornalista Renata Lo Prete, que extraiu dele a denúncia sobre o mensalão, não vivia de namorico consigo. E, mesmo que assim fosse, não era um bandido com a ficha de Carlinhos Cachoeira. E tampouco se sabe de que ela publicava reportagens que ele comemorava. Além, é claro, daquela que gerou o escândalo do mensalão.
A questão é como processar as informações obtidas da fonte, a partir do interesse público que elas tenham. E não houve desmentidos das reportagens de “Veja” que irritaram alas do PT.
Aí a mentirada se tornou tosca ao impensável. Quer dizer que o PT não desmentia as reportagens da Veja? O que será que esse editorialista fumou antes de escrever? Os desmentidos são fartos. Que O Globo cite alguma denúncia que este blog lhe providencia o desmentido do partido.
Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.
Bajular Dilma não adianta nada. A própria imprensa (Folha) veiculou que ela ficou irritadíssima ao perceber que foi usada pela quadrilha de Cachoeira no caso do Ministério dos Transportes. E o fato de até hoje nenhum ministro demitido estar sendo processado mostra que Dilma errou ao demitir com base em notícias de jornais e revistas, erro que este blog cansou de avisar que ela estava cometendo.
—–
Não se pode fazer como Veja, Globo e congêneres e condenar antes da investigação. O que se quer é que tudo seja investigado, simplesmente porque há indícios. É altamente suspeito que esses veículos resistam tanto. Se não têm nada a temer, devem exigir ser investigados. Até para que não pairem dúvidas. O que Globo, Veja e companhia têm a esconder?
*
Caso ainda não tenha assistido, assista, abaixo, aos trechos das gravações que envolvem Veja e decida por si mesmo, leitor, se é verdade o que essa defesa inepta de Roberto Civita pelo Globo tenta vender àqueles de quem esconde informações.
.
Bonifa
Beleza de análise, a do Eduardo. Em sua total incapacidade de imaginar as diferenças, o Globo, através de seu escriba, julga a todos por seus próprios modelos e valores. É um exemplo muito bom de etnocentrismo. Incapacidade, incompetência para se movimentar numa sociedade que é bem outra, diferente dos tempos em que o Doutor Roberto mandava mais que o presidente da República. É um jornal que sobrevaloriza o passado, não entende o presente e tem medo do futuro.
maria olimpia
Ou seria CONIVENCIA ?
Marcio H Silva
“Não podemos revelar o que disse o delegado, mas……”
Não podem revelar porque? este assunto é de interesse de todo o povo brasileiro. temos sim que tomar conhecimento do que está acontecendo, ou teremos que contratar o kaka e o jairo para grampear esta CPI?
Deixe seu comentário