Tinga sofre racismo no Peru e reage com altivez: “Trocaria meus títulos pelo fim do preconceito”
12 fev 2014
do Impedimento, sugerido pelo FrancoAtirador
O meio-campista Paulo César Tinga entrou no segundo tempo da partida no Peru para ajudar o Cruzeiro a empatar com o Real Garcilaso, que vencia de virada. O que se viu depois da entrada do cruzeirense foram cenas de racismo escancarado, que persistem no futebol e precisam ser coibidas com punição aos clubes envolvidos.
Quando Tinga pegava na bola, uma parte da torcida suficiente para ser ouvida através das câmeras de televisão, imitava sons de macaco. “Uh Uh Uh UH.” Repetidas vezes. Ao final da partida, a reportagem da Globo ouviu o zagueiro Dedé e o próprio Tinga. As declarações de ambos foram de extrema lucidez e altivez. “Um país sul-americano com gestos racistas”, criticou Dedé. “O Tinga pega na bola e a torcida faz som de macaco. Isso não existe”.
Tinga se disse chateado, mas declarou que tentou não escutar as ofensas em campo. “Joguei durante anos na Alemanha e nunca passei por isso. Agora acontece em um país parecido com o nosso, cheio de mistura”, disse. “Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito contra esses atos racistas e trocar por um mundo por uma igualdade entre todas as raças e todas as classes do mundo”, completou o jogador do Cruzeiro, que já havia sido vítima de racismo em 2005, quando jogava pelo Internacional.
Em 2013, a UEFA decidiu endurecer as penas aos clubes contra atos racistas de torcedores, jogadores e dirigentes. O máximo que a entidade que comanda o futebol europeu fez até agora foi fechar parcialmente os estádios de clubes como Zenit, Olympiacos e CSKA Moscou, além da aplicação de multas. Ainda é pouco, embora seja um passo. A Conmebol estuda reproduzir particularidades europeias, como a final da Libertadores em campo neutro com um jogo só. Está na hora de copiar as coisas boas e punir o Real Garcilaso pelo que aconteceu na noite desta quarta-feira.
Depois da partida, a conta oficial da Libertadores no Twitter divulgou uma mensagem em duas partes: “Sobre el tema de Racismo en el: #RealGarcilaso y #Cruzeiro. La Confederación Sudamericana de fútbol, se referirá al tema y a posibles sanciones pertinentes, rogamos tranquilidad a los hinchas de Cruzeiro. Sin embargo, sabemos que es repudiable. Por su atención, Gracias.”
Da Redação
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Comentários
FrancoAtirador
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Conheça a história dos dois jogadores negros
mais revolucionários do futebol nordestino
Este 20 de novembro (data da morte de Zumbi dos Palmares) é o Dia Nacional da Consciência Negra, que celebra a inserção do negro na sociedade brasileira. Aproveitando o mote, eis a história de dois jogadores que mudaram o futebol nordestino para sempre. E que abriram as portas do esporte mais popular do mundo.
Teófilo Batista de Carvalho, o Lacraia, foi um dos fundadores do Santa Cruz (nascido em 1914) e o primeiro negro a atuar no futebol pernambucano. Por causa dele o escudo do clube tem a cor preta.
E muito por causa dele o time é historicamente ligado ao povo.
Essa ligação umbilical está no hino do Santa, como deixa claro este trecho:
Esta multidão tamanha
Gente pobre que te aclama
Lembra o ouro que se apanha
Nos cascalhos e na lama
Esse ouro é sangue, é vida
É delírio, raça, e amor
A bandeira tão querida
A bandeira tricolor
Lacraia foi tão marcante no Santa Cruz que chegou a ser capitão e técnico do time ao mesmo tempo.
Com ele no comando o Santa conquistou uma das maiores vitórias da sua história.
Em 1917, a equipe chegou a estar perdendo por 5×1 e conseguiu, só no segundo tempo, virar para 7×5.
O outro personagem é Apolinário Santana, mais conhecido como Popó.
Um meio-campista que rompeu as barreiras na Bahia e tornou-se o primeiro negro a atuar profissionalmente no estado.
Mais que isso, Popó liderou o Ypiranga na lutra contra o racismo no futebol.
O meia-armador atuou em onze times da Bahia.
E foi o grande jogador do estado entre as décadas de 1920 e 1930.
Depois que morreu, em 1955, Popó acabou sendo homenageado por um time da Ladeira da Fonte das Pedras, próximo à Fonte Nova: o Popó Bahiano.
Em 2002, o ex-jogador também batizou o troféu de campeão baiano, denominado Apolinário Santana.
A importância de Popó é tamanha que ele acabou se transformando em um raríssimo exemplo de jogador homenageado com nome de rua, localizada no bairro do Engenho Velho da Federação, originado de um quilombo.
Jogador baiano Apolinário Santana, o Popó:
Contra o racismo desde a década de 1920.
(http://br.esporteinterativo.yahoo.com/blogs/nordeste-merece/conhe%C3%A7a-hist%C3%B3ria-dos-dois-jogadores-negros-mais-revolucion%C3%A1rios-191910263.html)
camila lobo
muito triste odeio pessoas assim ,isso doi magoa , mas de uma coisa eu tenho certeza o que se faz aqui paga aqui na terra .
Otto
Mas, e se fosse na Venezuela?
FrancoAtirador
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Mas não foi na Venezuela.
Já não se pode dizer o mesmo do Brasil.
Parte da torcida do Grêmio, no Rio Grande do Sul,
é contumaz contra jogadores negros do Inter.
E uma tal organizada neonazista G.A.S. pratica racismo
inclusive contra os próprios torcedores gremistas.
(http://www.youtube.com/watch?v=YHhOHm1DVC8)
A torcida do Juventude, de Caxias do Sul-RS, também o fez,
contra o mesmo Tinga. Por isso, o time foi punido pela CBF.
E, obviamente, não se restringe às torcidas gaúchas.
Há anos vem se registrando casos no País inteiro.
Veja alguns dos principais casos de preconceito sofridos por atletas brasileiros:
1. Na partida contra o Ituano, pelo Campeonato Paulista, o atacante Neymar, do Santos, voltou a acender uma polêmica no futebol: o racismo. O jogador questionou o técnico Roberto Fonseca, da equipe adversária, se o mesmo havia o chamado de macaco. Porém, sem ter certeza, Neymar voltou atrás e decidiu não polemizar.
Essa não é a primeira vez que o craque brasileiro se envolve em uma suspeita de racismo. Em um amistoso contra a Escócia, em março de 2011, o craque marcou os dois gols da vitória brasileira e foi intensamente vaiado pela torcida adversária. Durante a partida, um torcedor alemão infiltrado na parte da arquibancada com o maior número de brasileiros atirou uma banana em campo, em provocação ao jogador. Relembre outros atletas que também sofreram com preconceito
2.Poucas horas mais cedo, outra polêmica. O lateral-direito Daniel Alves, que atua no Barcelona, ficou indignado com as manifestações da torcida do Real Madrid, no clássico entre as equipes e desabafou sobre a perseguição que sofre nos gramados espanhóis por meio do Twitter.
”É incômodo. E não estou me referindo a este local, pontualmente. Normalmente vivo isso em todos os estádios que vou. Se luta de todas as formas para que não aconteça isso nos campos, mais ainda não conseguimos nada.”
3. Outro caso que teve bastante repercussão é o do ex-zagueiro Antônio Carlos. Quando jogava no Juventude, ele esfregou os dedos no braço enquanto olhava para o volante Jeovânio, do Grêmio, em uma partida do Campeonato Gaúcho de 2006. Ele negou, mas pegou 120 dias de suspensão, e, curiosamente, ele encerrou sua carreira com a camisa 10 do Santos, cujo dono mais famoso é o Rei Pelé, um jogador negro.
4. Um dos casos mais notórios de racismo no futebol é o de Grafite. O atacante, então no São Paulo, foi xingado de “negro de m…” pelo zagueiro Desábato, que jogava no Quilmes, da Argentina, em uma partida pela Libertadores de 2005. Na ocasião, o jogador do Tricolor empurrou a cara do adversário e foi expulso, enquanto o defensor teve sua prisão decretada ainda no gramado do Morumbi e ficou detido por dois dias em uma delegacia. Posteriormente, Grafite retirou as queixas contra Desábato.
5. Depois de ir para Rússia, o lateral Roberto Carlos sofreu com racismo mais de uma vez. Em março, a torcida do Zenit atirou bananas em sua direção, e, em junho, o jogador deixou o campo mais cedo na vitória por 3 a 0 do Anzhi sobre o Krylya Sovetov pelo mesmo motivo.
6. Quando jogava no Palmeiras, o zagueiro Danilo ofendeu o defensor Manuel, do Atlético-PR, em uma partida de Copa do Brasil. Na ocasião, ele proferiu o insulto “macaco do c…” para se referir ao adversário. Como punição, ele ficou suspenso por 11 jogos do Campeonato Brasileiro. Julgado quase três anos depois, o atleta foi multado em mais de R$ 350 mil.
7. Outro caso em gramados brasileiros foi o de Máxi Lopez, que jogava no Grêmio, com o volante Elicarlos, do Cruzeiro. Na ocasião, o atacante teria xingado o adversário de “mono”, que significa macaco, em espanhol, e por pouco não saiu preso do Mineirão.
8. Ex-Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras, o atacante Obina sofreu com o racismo em uma partida da Copa do Brasil diante do Juventus, do Acre, em 2010. Em um treino do Galo na capital acreana, alguns torcedores adversários insultaram o jogador com gritos de “macaco”, o que gerou descontentamento do atleta. Em resposta aos ofensores, Obina igualou um recorde de Luis Fabiano e marcou cinco gols em sua estreia com a camisa alvinegra e o time venceu por 7 a 0.
(http://estadiovip.com.br/44334/os-piores-casos-de-racismo-no-futebol)
(http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2005/11/04/ult59u97527.jhtm)
(http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/racismo-no-brasil/9679-ze-roberto-acusa-torcida-do-gremio-de-racismo-e-asqueroso)
(http://br.esporteinterativo.yahoo.com/fotos/casos-de-racismo-no-futebol-slideshow/torcida-do-juventude-x-tinga-pelo-brasileir%C3%A3o-de-2005-o-meio-campista-tinga-ouviu-v%C3%A1rias-ofensas-r-photo-1329245525.html)
(http://racismo-no-brasil.info/mos/view/Casos_pol%C3%AAmicos_de_racismo_no_esporte)
roberto
Essa é muito boa, super piada à peruana. Como é que eles poder xingar um negro, quando 99% da população peruana é meio índia,meio mulata e meio negra, ou seja, completamente mestiça, com 0% de raça caucasiana branca ?
FrancoAtirador
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Meia dúzia de fascistas dão o mote
e a macacada albina imbecil faz coro.
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Mauro Assis
O Peru, como de resto quase todos os países andinos, é um país profundamente dividido: de um lado o pessoal da costa ou das regiões mais ricas, que tem uma origem mais européia e a turma que vive nos Andes, de origem indígena.
Prá vc ter uma ideia, a grande maioria dos habitantes de Lima não conhece Cuzco ou Machu Picchu, que são dois dos maiores destinos turísticos do planeta.
No jogo em questão não tinha “macaco albino”, só gente andina,. A turma da costa nem sabe que esse time existe.
Vai ver que eles, sendo discriminados em seu próprio país, elegeram o Tinga prá dar o troco.
FrancoAtirador
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Os fascistas sempre vão dizer que foi brincadeira de índio.
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ZePovinho
Logo o Peru,um país apinhado de louros de olhos azuis…….
morais jose
absurdo o que houve tinga pra mim sempre será um branco de alma enquato esses peruanos leigos nem na libertadores deveriam estar, não desmerecendo os indios, pois bem são muito parecidos com eles.
tiao
Só pra lembrar ao dignissimo povo peruano: A seleção peruana de 1970 tinha em sua maioria jogadores negros,inclusive o tecnico,o grande Didi.
sergioa
O que falta é união dos jogadores.
Quando ocorre uma vergonha destas, os jogodores dos dois times deveriam se retirar de campo imediatamente, ou simplesmente o juiz apitar, apontar o centro do campo, e declarar como vencedor do jogo o time do jogador que foi alvo de racismo ou qualquer outro tipo de preconceito.
E os reais macacos da história, quem sabe aprendam que não são capazes de se conter, que fiquem em casa atrás da televisão. Lá eles podem fazer o que quiserem…
FrancoAtirador
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O Fascismo se espalha como praga, de Norte a Sul, de Leste a Oeste.
Os Macacos Albinos resolveram agora urrar nos Estádios de Futebol.
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Mauricio Bernardi
O perigo é as torcidas organizadas, ou parte delas, serem cooptadas por grupos de direita.
FrancoAtirador
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Há anos vêm se infiltrando.
(http://www.youtube.com/watch?v=YHhOHm1DVC8)
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Gersier
Essa CBF é uma VERGONHA.Os times brasileiros que disputam a sul americana e a libertadores,enfrentam lá fora,SACANAGENS da arbitragem,dos jogadores adversários e da torcida e ela não toma ATITUDE nenhuma.
Fernando
1492
O terrível encontro.
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