O jornalismo abutre dos irmãos Marinho quer carniça argentina

Tempo de leitura: 9 min

Os homens da Forbes estão com fome

27/06/2014 – Copyleft

O jornalismo abutre

Em editorial contra a Argentina, Globo passa recibo de um estreitamento ideológico que consolida sua desqualificação como mediador do debate que o país precisa.

por Saul Leblon, na Carta Maior

Um editorial estampado no jornal O Globo desta semana ( 22/06) esclarece a aparentemente inexplicável lógica das pressões e interesses que ameaçam arrastar a Argentina ao martírio de um novo default.

Com o título ‘Debacle argentina é lição para o Brasil’, o texto elucida a dimensão política do torniquete que pretende extrair de uma nação fragilizada um valor impagável e indevido.

Há 12 anos, 93% dos credores argentinos aceitaram uma moratória decretada pelo então presidente Nestor Kirchner (1950/2010).

A renegociação resultou em um desconto da ordem de 70% sobre uma dívida ao redor de US$ 130 bilhões, herdada do ciclo ditatorial e do naufrágio neoliberal conduzido por Menen & Cavalo, nos anos 90.

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Um grupo recalcitrante se recusou aderir ao pacote .Preferiu vender seus créditos, da ordem de US$ 1,3 bi, equivalente a 1% da dívida total, a dois fundos e 13 investidores.

Desde então, essa fauna especializada em rapinar as entranhas de economias em dificuldade, varreu a Argentina com 99 tentativas jurídicas de receber o valor integral dos títulos adquiridos com deságios elevadíssimos.

Seus integrantes se esponjam na hipótese de transformar carniça em filé-migon.

Outros detentores de 6% de títulos podres, igualmente não renegociados, aguardam nas redondezas.

De olho no assalto dos abutres pioneiros , esperam o resultado para compartilhar do botim.

No último dia 16 , um juiz de Nova York, Thomas Griesa, deu-lhes o sinal encorajador.

Griesa acatou o pleito dos abutres e determinou que tinham o direito de receber a totalidade da dívida de US$ 1,3 bilhão. Mais: o pagamento deveria ser simultâneo ao dos credores que aceitaram o desconto na reestruturação de 2003/2005.

Se a decisão for acatada, o governo argentino terá que desembolsar cerca de US$ 2,2 bi na próxima 2ª feira, dia 30 de junho (cerca de US$ 900 milhões da parcela reestruturada, mais U$ 1,2 bi da rapina)

Não só.

A matilha dos 6% avançaria em seguida sobre a carnificina.

Ao requerer isonomia nas cortes internacionais, imporia um saque da ordem de US$ 15 bilhões às reservas do país que se limitam a US$ 28 bilhões.

Ataques especulativos contra um peso desprovido de lastro viriam na sequência. A capacidade de importação já limitada pela ausência de crédito mergulharia a economia argentina em uma espiral descendente devastadora.

Os próximos dez dias serão decisivos nesse jogo de vida ou morte entre uma nação e uma matilha.

Nesta 5ª feira, a Casa Rosada tentou evitar o assalto.

Com cinco dias de antecedência, depositou US$ 900 milhões referentes à parcela da dívida renegociada e blindou reservas em cofres juridicamente invioláveis ( o BIS).

É nesse ambiente de saque e rapina que deve ser lido o editorial de O Globo, cujo texto dispara contra Cristina, ao mesmo tempo em que mira um eventual segundo mandato da presidenta Dilma, cercando-o de advertências e insolências.

Trechos:

(…)‘Esse desfecho começou a ser desenhado pela postura arrogante do marido de Cristina, Néstor Kirchner, quando era presidente, na imposição de condições draconianas na renegociação da dívida, tornada impagável no rompimento da política de câmbio fixo, em dezembro de 2001.(…) Tudo condimentado por um conhecido discurso nacional-populista, marca registrada do peronismo kirchnerista.

O aprofundamento da crise do país — sem divisas em nível tranquilizador, com inflação em 30% e economia em recessão — marca o esperado esgotamento de um modelo heterodoxo intervencionista, de que resultaram a fuga dos investidores e a marginalização da Argentina no mundo. Apesar disso, aplaudido em Brasília.

(…) Embora tudo fosse muito previsível, a diplomacia companheira do lulopetismo, à qual se subordina o Itamaraty, levou a política de comércio externo brasileira a concentrar suas apostas em aliados ideológicos latino-americanos, como a Argentina e a Venezuela, esta colocada para dentro do Mercosul numa manobra da Casa Rosada e do Planalto, de que foi vítima o Paraguai.(…)E, assim, o Mercosul tem hoje dentro dele duas bombas de demolição em contagem regressiva. As consequências já começaram a ser colhidas há algum tempo. Por ser mercado estratégico para as exportações brasileiras — hoje, o terceiro em importância, atrás de China e Estados Unidos —, a Argentina, com sua crise, tem agravado a tendência a déficits externos do Brasil’.

Um impecável exemplar de jornalismo abutre.

O recado dos Marinhos espelha, ademais, a esperteza dos que injetam amnésia política na sociedade para depois vender velhas fraudes como floradas frescas da serra.

O martírio argentino é um desses casos cuja origem remete diretamente ao modelo de desenvolvimento ora martelado como alternativa redentora ‘ao populismo’ do ciclo de governos progressistas instalados na América Latina. Entre eles o do PT no Brasil.

Em 2003, quando começou o governo Kirchner, a Argentina era uma espécie de Grécia da América do Sul.

Desacreditada aos olhos de seu próprio povo, balançava como um ‘joão bobo’ nas mãos do capital especulativo interno e externo.

Nestor Kirchner herdou uma taxa de pobreza produzida pelo extremismo neoliberal – lá mais radical do que o de FHC aqui — que afetava mais de 40% dos 37 milhões de argentinos.

A dívida da ordem de US$ 130 bilhões, impagável, corroía todo o seu sistema financeiro.

Fruto mais do desespero do que de uma estratégia, a moratória decretada anteriormente, em 2001, colapsava os mecanismos de crédito e financiamento, sem os quais nenhuma economia funciona.

Os credores sobrevoavam o país à espera do melhor momento para arrancar os seus olhos. E o que lhe restasse de carne ainda.

O assédio era brutal.

A mídia local , aliada dos interesses plutocráticos nativos e internacionais, interditava o debate de qualquer solução alternativa à rendição incondicional.

Poucos eram os aliados internacionais e entre eles não figurava o ministério da Fazenda brasileiro, dirigido então por Antonio Palocci.

Para se ter a dimensão do cerco em torno da Casa Rosada, basta conferir o que a liderança do euro, os banqueiros e o FMI fazem hoje com Atenas, Lisboa e Madrid.

A diferença é que Nestor Kirchner não se dobrou.

E isso o jornalismo abutre não perdoa.

Com o desconto de 70% imposto aos credores, Nestor destinou a receita remanescente a programas sociais e de investimento.

A taxa de pobreza recuou rapidamente.

A economia argentina foi a que mais cresceu no hemisfério ocidental na década passada.

As circunstâncias desse braço de ferro são espertamente omitidas agora.

Não é preciso edulcorar — não se deve edulcorar — os desafios da luta pelo desenvolvimento.

Com a indústria esfarelada nos anos 90 pela ortodoxia da dupla Menem & Cavalo, o renascimento argentino bateu no teto e começou a patinar justamente quando a crise internacional estreitou a sua margem de manobra pelo canal das exportações .

A desordem criada pelo neoliberalismo derrubou os preços das exportações agrícolas do país, comprometendo adicionalmente um fôlego cambial já restrito pela ‘seca’ de crédito pós-moratória.

O jornalismo abutre ataca nessa hora.

E o faz preventivamente, na esperança de apagar as pegadas de seu próprio passivo.

Inclui-se aí a safra de desastres colhidos na Grécia, Espanha, Portugal e outros, ora submetidos ao purgante ortodoxo que os argentinos rechaçaram na moratória de 2003.

É ancorado nessa areia movediça que o editorial dos Marinhos ataca Cristina para, ao mesmo tempo, desossar um provável segundo governo Dilma.

Aqui, de novo, nada a edulcorar.

A economia brasileira vive, de fato, como tem reiterado Carta Maior, uma transição de ciclo, cujo passo seguinte exige o amplo debate democrático de alternativas, custos, ganhos e prazos.

Nem o Brasil, nem a Argentina, porém, constituem exceções.Países latino-americanos tidos como mais amigáveis aos mercados, casos do Peru, Colômbia e Chile, por exemplo, vivem igualmente um declive de crescimento por conta do ambiente rarefeito criado pela crise internacional.

O jornalismo abutre releva o custo transversal da desordem instalada pela agenda que comunga.

E nisso está cercado de ilustres companhias.

No ano passado, por exemplo, o Brasil cresceu 2,3% — o dobro da taxa mexicana.

Mas a nota de risco do México foi elevada pela agencia Moody’s, no início de 2014.

E a do Brasil cortada em dois graus.

O que deixou o país abaixo da classificação concedida ao ‘amigável’ presidente mexicano, Enrique Peña Nieto — ‘comprometido com as reformas’, explica o jornalismo comprometido com os interesses que elas ecoam.

Na represália contra a Argentina, o jornalismo abutre de O Globo passa o recibo de um estreitamento ideológico que consolida a sua desqualificação como mediador do debate ecumênico que o Brasil precisa fazer para repactuar as bases do seu desenvolvimento.

A medida dessa marginalidade pode ser aferida por uma fita métrica que desautoriza o veículo dos Marinhos nos seu próprios termos.

Três dias depois que o editorial do Globo fermentava sua vingança contra a Argentina, e por tabela fuzilava Dilma, o editor do Financial Times e principal analista econômico do jornal, Martin Wolf –u m neoliberal assumido, reconhecido e respeitado — publicava um artigo em que defendia o direito dos argentinos à moratória e condenava o cerco abutre contra o país.

Compare-se, abaixo, trechos desse artigo, com o editorial citado , para se ter a medida do grau de beligerância da guerra midiática em curso até outubro.

O artigo de Martin Wolf eleva o jornalismo abutre de O Globo à categoria de ‘mídia urubu-rei’:

Defender a Argentina dos abutres (FT 25/06)

‘Não muito distante da redação do “Financial Times”, em Londres, ficava a prisão Marshalsea, para onde costumavam ser mandados os devedores inadimplentes. No século XVIII, mais da metade dos prisioneiros em Londres eram pessoas encarceradas por dívida não honrada. Em 1869, as penas de prisão por inadimplência foram abolidas e adotadas as leis de falência. Tanto a economia como a sociedade sobreviveram.

As coisas por vezes dão errado. Às vezes, isso deve-se a infortúnios e, outras vezes, a irresponsabilidade. Mas a sociedade necessita uma maneira de permitir que as pessoas possam recomeçar do zero. É por isso que dispomos da opção de declarar falência. Com efeito, nós permitimos que os agentes privados mais importantes em nossas economias – as empresas – desfrutem de responsabilidade limitada. Isso permite que os acionistas sejam blindados das consequências do endividamento de suas empresas.

Também essa ideia foi, quando adotada, acusada de ser uma licença para irresponsabilidade.

Responsabilidade limitada traz problemas, especialmente em empresas extremamente alavancadas (como bancos). A facilidade com que as empresas americanas podem ser blindadas contra seus credores é surpreendente. Melhor isso, porém, do que responsabilidade ilimitada.

Lógica semelhante aplica-se aos países.

Às vezes, seus governos tomam empréstimos em montante superior ao que revelam-se capazes de suportar. Se tomam empréstimos em moeda corrente nacional, podem recorrer a inflação para abater a dívida. Mas, caso endividem-se em moeda estrangeira, essa possibilidade inexiste.

São, geralmente, países com uma história de irresponsabilidade fiscal os que acabam obrigados a tomar empréstimos em moeda estrangeira. A zona do euro colocou seus membros na mesma situação: para cada um dos governos, o euro é praticamente uma moeda estrangeira. Quando os custos do serviço dessas dívidas torna-se muito alto, então uma reestruturação – um calote – torna-se necessário.

Como Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff, da Universidade Harvard, mostraram em “This Time is Different” (dessa vez é diferente), essa é uma velha história.

Um mundo onde, para os países e seus credores, a opção seja pagar tudo ou não pagar nada seria tão ruim quanto aquele mundo do século XVIII onde os devedores tinham de escolher entre a fome e a prisão. Um procedimento melhor precisa agora ser encontrado.

Como argumentei, à época, a Argentina viu-se nessa posição na virada do século. Era difícil sentir muita simpatia pelo país, vitimado por má gestão governamental crônica antes de seu calote em dezembro de 2001 e que iria sofrer ainda mais depois disso. Mas havia se tornado impossível honrar o serviço de sua dívida pública de US$ 132 bilhões a um custo tolerável. Além disso, os credores tinham sido recompensados pela possibilidade de um default. Mesmo em seu ponto mais baixo, em setembro de 1997, o diferencial entre os títulos argentinos denominados em dólares e os treasuries americanos estava perto de três pontos percentuais.

Um credor compensado pelo risco de um default não pode ficar surpreso diante de uma situação assim. A solução é diversificar sua carteira de investimentos.

Embora o princípio da reestruturação da dívida soberana faça bastante sentido, na prática é difícil implementá-lo.

Nenhum tribunal pode arrestar e então liquidar a totalidade dos ativos de um país. Esse limbo legal cria dois perigos opostos: o primeiro é ser muito fácil para um país ignorar suas dívidas; o segundo é que isso é muito difícil. A história argentina ilustra os dois perigos: diante de um governo intransigente, os detentores de 93% da dívida não honrada aceitaram trocar seus papéis por dívida com valor nominal enormemente reduzido; mas os que rejeitam essa troca [os intransigentes], impediram uma solução clara. A confusão persistiu durante mais de 12 anos após o calote.

Como primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, em 2002, Anne Krueger ofereceu uma proposta de mecanismo de reestruturação da dívida soberana. Ela argumentou que o processo poderia ser retardado ou bloqueado, se alguns credores intransigentes reivindicassem o pagamento integral.

As ideias de Krueger eram mais supranacionais do que os governos – especialmente o dos EUA – podiam aceitar. Mas foram pelo menos adotadas “cláusulas de ação coletiva”. Porém essas cláusulas poderiam não impedir o êxito dos intransigentes que exigem pagamento integral por parte da Argentina, e que têm à frente Paul Singer, da Elliott Management. Como observou recentemente o FMI, essas cláusulas “normalmente só vinculam os detentores de uma mesma emissão [de dívida]”. Um credor intransigente pode “neutralizar a implementação dessas cláusulas” se acumularem uma posição de bloqueio, normalmente superior a 25%.

Além disso, acrescenta o FMI, os tribunais americanos interpretaram uma “provisão padrão” constante desses contratos (a denominada cláusula “pari passu”) como exigência de que um país devedor realize o pagamento integral de uma dívida não honrada, caso efetue qualquer pagamento de dívida reestruturada.

Não sou advogado, mas, para mim, a ideia de tratamento igualitário significa tratar casos semelhantes da mesma forma. Entretanto, credores que aceitaram uma reestruturação e credores intransigentes não são casos semelhantes. Obrigar os devedores a tratá-los igualmente parece errado. Além disso, é absurdo o argumento segundo o qual os investidores intransigentes estão ajudando os argentinos a punir corrupção governamental. Cabe aos argentinos escolher o governo que desejam. E o pior é que, se a Argentina for obrigada a pagar integralmente os credores intransigentes, quem terá de arcar com isso serão os argentinos. Isso é extorsão apoiada pelo Judiciário americano.

A questão imediata é: como a Argentina poderia encontrar uma solução satisfatória para esses casos? Uma possibilidade é eliminar a cláusula “pari passu”. Outra é introduzir cláusulas mais fortes de ação coletiva, especialmente as que cobrem todos os títulos em poder de credores. Outra é deixar de emitir títulos em Nova York. Outra possibilidade seria alterar a lei americana. Outra possibilidade, como observa José Antonio Ocampo, da Universidade Columbia, é reavivar a ideia de um mecanismo global. Essas duas últimas opções parecem muito improváveis.

Mas num mundo de fluxos internacionais de capital, um mecanismo viável para a reestruturação da dívida soberana não é um acessório opcional. É possível que a Argentina seja um caso excepcional. É mais provável que a interpretação da cláusula “pari passu” e a possibilidade de arrestar ativos vá, agora, dificultar a reestruturação de dívidas. Um mundo onde, para os países e seus credores, a opção seja pagar tudo ou não pagar nada seria tão ruim quanto aquele onde os devedores tinham de escolher entre a fome e a prisão. Um procedimento melhor precisa agora ser encontrado’ (FT-25/06).

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Comentários

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Christian Fernandes

É até fácil resolver essa.

Os Marinho não se doem todos pelos pobrezinhos dos especuladores?

Então, não irão reclamar se expropriarmos seus gordos bens de origem parasitária para que os abutres não fiquem sem o seu caviar.

8,7 + 8,7 + 8,6 = 26 bilhões de Obamas, dá e sobra para uns Citation novinhos em folha e para um cartão de despedidas chiquetoso dizendo “E não voltem!”.

Daí, a gente bota os Marinho para viver de Bolsa-Família, já que eles sempre dizem ser um luxo insuportável para o cidadão-de-bem-pagadô-de-imposto.

Aproveita e bota, também, o Ali Kamel para comer de cuia sentado no chão, já que geladeira a prazo e louça não servem para resgate da extrema pobreza.

Mardones

A comparação do Globo com o FT é a mostra cabal de que o PIG é a direita e faz política de baixíssimo nível.

“Cabe aos argentinos escolher o governo que desejam. E o pior é que, se a Argentina for obrigada a pagar integralmente os credores intransigentes, quem terá de arcar com isso serão os argentinos. Isso é extorsão apoiada pelo Judiciário americano.”

Alicio

Caro Nadja, só há uma forma de enquadrar esses “FORAS DA LEI” midiático, é votando maciçamente nos candidatos a senador e deputado federal do PT e do PC do B, além é claro na presidenta Dilma, tu talvez irá me questionar, porque não vamos para as ruas?, respondo, ir para as ruas não resolverá o problema, o problema é politico, e só com aprovação de leis rígidas e justas acabaremos com a “CARRUPÇÃO, A USURPAÇÃO E A POBREZA”, infelizmente, se as pessoas nas ruas resolvesse o problema, em 1984 as passeatas do movimento (DIRETAS JÁ), teria naquele ano, extinguido com a “DISCREPANCIA” do regime militar, onde não votávamos para presidente da republica, infelizmente, o projeto das diretas já, não foi aprovado no congresso nacional, é no congresso nacional, onde se muda as coisas e não nas ruas, nas ruas, quem saem vitoriosos são os nossos carrascos (mídia, golpistas e especuladores), entendeu agora porque falo em politica?, o Brasil, é um dos países onde a população não participa da politica, através de plebiscito, projeto de iniciativa popular, porque o sistema politico eleitoral é arcaico e elitista, onde os ricos e poderosos mandam e desmandam, é preciso uma ampla reforma, onde um candidato pobre e um rico, tenham as mesmas condições de disputa, o sistema que temos, os ricos e poderosos, nunca sairão do poder, é nas casas legislativas (senado e câmara federal), bem como nas assembleias legislativas estaduais, e nas casas legislativas municipais, que eles estão instalados, e que faz “REFEM”, o presidenta da republica, o governador e o prefeito, pois esses dependem das aprovações das leis para governar, e propiciar progresso e melhoria para toda a população.

FrancoAtirador

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Jornalismo Abutre Perde a Pose,
Mas Não Perde a Cara-de-Pau

DOMINGO, 29 DE JUNHO DE 2014
Portal CTB, via Blog do Saraiva13

O papel desempenhado pela velha mídia desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo em 2007 beira o ridículo de tão contrário á realização do megaevento no país, colocando em dúvida a capacidade dos brasileiros em organizar eventos de grande porte e jogando sempre no time do quanto pior melhor, parecendo torcer para dar tudo errado, inclusive para a seleção brasileira perder.
Mas o tempo colocou tudo no seu devido lugar.

Não é a primeira vez que os fatos derrotam manipulação efetuada pela mídia tradicional.

Em 1984 na campanha Diretas Já, a Globo só passou a noticiar a mobilização popular contra a ditadura quando ficou impossível ignorar o fato e os dias da ditadura estavam contados.
[Vide reportagem “GLOBO CENSUROU DIRETAS-JÁ, DIZ BONI”: (http://www.viomundo.com.br/arquivo/buraco-negro/globo-censurou-diretasja-diz-boni) e (http://migre.me/kaAdJ)]

No ano passado, a mídia começou a atacar as manifestações de junho, depois tentaram a cooptação e mudaram de posição apoiando, depois retornaram à criminalização.

Em relação à Copa, os ataques passaram a ser sistemáticos.
Da construção dos estádios à reforma aos aeroportos, tudo era negativo.

A reacionária revista Veja, da família Civita, chegou a estampar na capa de 25 de maio de 2013 que os estádios ficariam prontos somente em 2038.
Já na edição de quarta-feira (25) estampou: “Só alegria até agora”.
Chamada que traiu o desejo claro dos editores em que aconteça alguma desgraça em prejuízo do Brasil.

Diariamente os jornalões e os telejornais apontavam os problemas, os atrasos nas construções e a falta de estrutura e de preparo do país para organizar um evento desse porte.
Até uma semana antes da abertura da Copa no dia 12, só noticiavam desgraças e pouco falavam inclusive da seleção.

“A imprensa brasileira já vinha fazendo lentamente o caminho de volta para a realidade ao reconhecer que a Copa do Mundo no Brasil é, até aqui, um grande sucesso e uma ampla coleção de recordes.
Até a revista Veja, que há alguns anos abandonou o jornalismo, já ensaiou o processo de transição do pessimismo para a celebração, caso os fatos continuem a desafiar suas próprias previsões”, acentua Luciano Martins Costa no Observatório da Imprensa.

Luciano refere-se ao “mea culpa” feito nesta quinta-feira (26) pelo Jornal Nacional, da Globo, última a assumir o sucesso da Copa no Brasil.

Mais uma vez na história a mídia comercial se viu obrigada a se render, inclusive aos apelos comerciais do evento, mas principalmente porque estava ficando muito estranho os posicionamentos midiáticos sobre o país.

Como justificar a torcida contra a seleção brasileira?

“A Globo não diz quem alimentou o pessimismo e o noticiário negativo sobre o Brasil nos dias que antecederam o início da Copa do Mundo.
De repente, ninguém sabe, ninguém viu quem estimulou o espírito de porco e quem animou o complexo de inferioridade a se manifestar”, questiona o jornalista Luciano.
[Vide artigo “Quem vai adotar os vira-latas?”: (http://migre.me/kazXj)]

“Com a chegada da Copa, cerca de 19 mil profissionais de mídia de diversos países do mundo desembarcaram no Brasil.
Por si só, esse número já mostra o fracasso da imprensa tradicional brasileira”, revela Helena Sthephanowitz.

Segundo ela, “quase ninguém quis comprar suas reportagens e matérias por falta de confiança na narrativa.
Todos quiseram ver com seus próprios olhos, fazendo suas próprias reportagens, tanto esportivas como sobre outros acontecimentos”.
[Vide artigo “Perda de credibilidade e de negócios: Globo é a grande derrotada da Copa”: (http://migre.me/kazAB)]

O que a mídia comercial não previu era que 3,6 bilhões de pessoas estariam ligados na Copa do Mundo de 2014.
Sendo cerca de 600 mil turistas estrangeiros somente no Brasil.

A velha mídia perde a pose, mas não a cara-de-pau.

(http://saraiva13.blogspot.com.br/2014/06/velha-midia-perde-pose-mas-nao-cara-de.html)

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http://imgur.com/xZeevsN

Jose Roberto Paranhos da Silva

É nessa hora que devemos agradecer ao presidente Lula por pago nossa dívida externas a esses abutres que tanto nos sugaram! Se josé Serra tivesse ganhado em 2002,hoje não teríamos a Petrobrás,BB,CEF,BNDS e estaríamos devendo mais de trilhões,ou seja dívida impagável! Hoje estamos numa posição muito confortável,FMI não vem mais “falar grosso”em nosso País e nem ditar regras como no governo do anti soberano FHC! Só para ter uma ideia: No ano passado a petrobrás teve um lucro líquido em mais de R$25 bi,ou seja,em 6 anos pagaria toda essa dívida da Argentina! Para o desespero da globo e do mercado internacional o BNDS poderia quitar essa dívida da Argentina com garantia. Hoje temos um crédito com o FMI mais de U$15 bi.De devedor passamos a ser credor e não precisamos de vender nossos patrimônio,pelo contrário compramos o banespa,banco votorantim,pasadena,caixa de São Paulo e temos “outra petrobrás”(pré sal),dívida externa de 67% caiu para 35% em relação dívida-PIB e sem contar que só nos PACs 1 e 2 foram investidos mais de R$5 trilhões.

sergio

Ficaram milionários depois do Golpe de 64 é querem voltar a mandar e mamar.
Estão morrendo de medo do PT continuar no poder e a Globo ser fatiada como foi o Clárin na Argentina.

Urbano

A grande obra do banditismo neoliberal é dessa pra pior. É tal qual o empresário bandido, que leva sua própria empresa à falência, a fim de ficar mais rico. Assim mesmo age o neolibelês do terceiro mundo; todos. A mutreta é tão escancarada, tão a vista e tão escroque, que não dá para livrar a cara de nem mesmo unzinho.

Francisco (o anônimo)

O episódio é esdrúxulo:

1) Cobra imediatamente (até segunda-feira de manhã cedo), sem Ministro “amigo” do STF, a divida de 1,5 bilhão do Sistema Globo com a Receita Federal. É pagar sem pio e sem chiada (quem não tem competência que não se estabeleça…).

2) Emprestar essa grana (o 1,5 bi que o Sistema Globo deve a mim) a fundo perdido para o nosso parceiro comercial estratégico.

3) Manda um bilhete para essa juíza gringa e lembra a ela o seguinte: a maior divida do mundo é a dos EEUU. Diz a ela que ela está criando os precedentes que orientarão a conduta do mundo com relação ao seu país no dia em que ele cometer o tropeço mais desejado da História.

4) Manda uma conta com todos os custos, diretos e indiretos, do regime militar argentino aos EEUU. A CIA tem dividas perfeitamente mensuráveis com as gerações presentes e futuras do povo argentino – e latino.

5) Aproveita o embalo e manda um office boy na mansão dos Marinho cobrar o bilhão que eles devem ao ECAD…

Mário SF Alves

Um editorial como este, com tal finalidade, decerto foi elaborado para ser publicado, divulgado, veiculado, pela grande mídia corporativa, ILEGALMENTE partidária, e, [também] por isso, fora da lei.

Mas, afinal, um editorial como este, quem o elabora?

Difícil admitir que sejam meros jornalistas empregados da referida corporação.

O simulação do real e respectiva intenção de virtualização da realidade embutida no dito editorial cumpre uma função, tem um propósito e é um propósito publicamente inconfessável.
Até aí, nada de novo no reino totalitário do neoliberaZismo. Nada além da mesmice de sempre: a velha, surrada e prepotente manipulação dos leitores. Culpa deles mesmos, leitores; culpa daqueles leitores/consumidores, que, em pleno Século XXI, ainda consumem aparência como se fosse essência. Culpa deles mesmo. Culpa da grande parte dos leitores que consomem lixo produzido por entidades cuja ÚNICA ÉTICA é o lucro a qualquer preço.

Em contraposição à distopia reinante, uma nova utopia.
Em contraposição à hegemonia virtual, ou seja, à anti-realidade reinante, uma contra-hegemonia.

E essa nova utopia responde – mesmo que na ausência de qualquer sentimento de bondade ou, como se diz, de sentimentalismo – pelo simplíssimo e conhecidíssimo nome de DEMOCRACIA.

Alvíssaras!

nadja

Até quando iremos ficar inertes a isso? Pq não nos organizamos e vamos às ruas pedir FORAREDEPODRE!

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