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“Há uma transferência global de poder,
mas é da força de trabalho global
para os donos do mundo:
o capital transnacional,
as instituições financeiras globais.”
(Noam Chomsky)
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Quem são os donos do mundo?
O presente texto foi extraído de “Power Systems: Conversations on Global Democratic Uprisings and the New Challenges to U.S. Empire. Conversations with David Barsamian”.
Publicado pela Metropolitan Books por Aviva Chomsky e David Barsamian.
“Power Systems” é uma coleção de conversas recentes entre Noam Chomsky e David Barsamian, diretor da Alternative Radio.
David Barsamian: O novo imperialismo americano parece substancialmente diferente da variedade anterior, já que os Estados Unidos são uma potência econômica em declínio e, consequentemente, estão vendo uma perda de seu poder político e influência.
Noam Chomsky: Eu acho que não é totalmente verdadeiro falar sobre o declínio americano.
A Segunda Guerra Mundial foi quando os Estados Unidos realmente se tornaram uma potência global.
O país já era a maior economia do mundo por grande margem antes da guerra, mas de certo modo era uma potência regional.
Ele controlava o hemisfério ocidental e fazia algumas incursões no Pacífico.
Mas o Reino Unido era a potência mundial.
A Segunda Guerra Mundial mudou isso.
Os Estados Unidos se tornaram a potência mundial dominante.
Os Estados Unidos possuíam metade da riqueza mundial.
As outras sociedades industrializadas foram enfraquecidas ou destruídas. Os Estados Unidos estavam em uma posição incrível de segurança.
Eles controlavam o hemisfério, assim como o Atlântico e o Pacífico, com uma força militar imensa.
É claro, isso diminuiu.
A Europa e o Japão se recuperaram e ocorreu a descolonização.
Em 1970, os Estados Unidos tinham caído, se quiser dizer dessa forma, para aproximadamente 25% da riqueza mundial – aproximadamente como era, digamos, nos anos 20.
O país continuou sendo a maior potência global, mas não como nos anos 50.
Desde 1970, o quadro está bastante estável, apesar das mudanças, é claro.
Na última década, pela primeira vez em 500 anos, desde a conquista pelos espanhóis e portugueses, a América Latina começou a tratar de alguns de seus problemas.
Ela começou a se integrar.
Os países eram muito separados uns dos outros.
Cada um era voltado separadamente para o Ocidente, primeiro para a Europa e depois para os Estados Unidos.
Essa integração é importante.
Ela faz com que seja difícil apanhar os países um por um.
Os países latino-americanos podem se unir em defesa contra uma força externa.
Outro desenvolvimento, que é mais significativo e muito mais difícil, é que os países da América Latina estão começando individualmente a tratar de seus enormes problemas internos.
Com seus recursos, a América Latina deveria ser um continente rico, particularmente a América do Sul.
A América Latina tem uma quantidade enorme de riqueza, mas ela é altamente concentrada em uma elite pequena, branca, geralmente europeizada, e existe ao lado de uma pobreza e miséria imensa.
Há algumas tentativas de lidar com isso, o que é importante – outra forma de integração – e a América Latina está de certo modo se separando do controle americano.
Há muita conversa sobre um deslocamento global de poder: Índia e China se transformarão nas novas grandes potências, as potências mais ricas.
De novo, é preciso ver isso com reservas.
Por exemplo, muitos observadores comentam sobre a dívida americana e o fato da China ser detentora de grande parte dela.
Há poucos anos, o Japão era detentor de grande parte da dívida americana, mas agora foi superado pela China.
Além disso, toda a estrutura da discussão sobre o declínio americano é enganadora.
Nós somos ensinados a falar sobre um mundo de Estados concebidos como entidades unidas, coerentes.
Se você estudar a teoria das relações internacionais, há o que é chamado de escola “realista”, que diz que há um mundo anárquico de Estados, e esses Estados buscam seu “interesse nacional”.
Isso é em grande parte mitologia.
Há alguns poucos interesses comuns, como sobrevivência.
Mas, em grande parte, as pessoas dentro de uma nação têm interesses muito diferentes.
Os interesses do presidente-executivo da General Electric e os do zelador que limpa seu piso não são os mesmos.
Parte do sistema de doutrina nos Estados Unidos envolve o suposição de que todos nós somos uma família feliz, sem divisões de classe, e todo mundo está trabalhando junto em harmonia.
Mas isso é radicalmente falso.
No século 18, Adam Smith disse que as pessoas que são donas da sociedade fazem as políticas: “os mercadores e manufatureiros”.
O poder atual está nas mãos das instituições financeiras e multinacionais.
Essas instituições têm interesse no desenvolvimento chinês.
Logo, se você for, digamos, o presidente-executivo do Walmart, da Dell ou da Hewlett-Packard, você estaria perfeitamente feliz com a mão de obra barata na China trabalhando sob condições hediondas e com poucas restrições ambientais.
Enquanto a China apresentar o que é chamado de crescimento econômico, tudo bem.
Na verdade, o crescimento econômico da China é um pouco de mito.
A China é, em grande parte, uma linha de montagem.
A China é uma grande exportadora, mas apesar do aumento do déficit comercial americano com a China, o déficit comercial com o Japão, Taiwan e Coreia do Sul caiu.
O motivo é que um sistema regional de produção está em desenvolvimento.
Os países mais avançados da região –Japão, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan– enviaram tecnologia avançada, partes e componentes para a China, que usa a força de sua mão de obra barata para montar os bens e enviá-los para fora do país.
E as empresas americanas fazem o mesmo: elas enviam partes e componentes para a China, onde as pessoas montam e exportam os produtos finais.
Elas são chamadas de exportações chinesas, mas são exportações regionais em muitos casos, e, em outros casos, trata-se de fato dos Estados Unidos estarem exportando para si mesmos.
Assim que rompermos com a estrutura de Estados nacionais como entidades unidas, sem divisões internas dentro deles, nós poderemos ver que há uma transferência global de poder, mas é da força de trabalho global para os donos do mundo: o capital transnacional, as instituições financeiras globais.
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Capriles se reuniu com a empresa de espionagem Stratfor.
Por Charles Nisz, no Opera Mundi, pelo Viomundo
Os Estados Unidos fizeram um esforço de bastidores para unir a oposição venezuelana e tentar tirar Hugo Chávez do poder nas eleições de outubro de 2012, revelam documentos vazados pelo site Wikileaks. O site, criado pelo jornalista e ativista australiano Julian Assange vazou mais de cinco milhões de telegramas da empresa de espionagem norte-americana Stratfor.
A Stratfor alega prover informações para multinacionais com o desejo de investir na Venezuela. Entretanto, a troca de telegramas mostra outro cenário: a empresa trabalhou como uma agência de espionagem, com o objetivo de influenciar a política do país sul-americano, criando condições adequadas para o aumento da influência norte-americana.
Nos emails são mencionados encontros com vários nomes da oposição venezuelana,como o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o candidato derrotado no pleito, Henrique Capriles, Leopoldo Lopez, e o analista político direitista Rafael Poleo.
“Falei com Rafael Poleo poucos dias atrás”, diz uma fonte – segundo os telegramas, seria um proeminente economista venezuelano.
Cobrindo o período de julho de 2004 a dezembro de 2011, vários telegramas trazem conversas e informações sobre a política local. Um dos telegramas trata especificamente da campanha para as eleições presidenciais de 2012. Nele, a agência de espionagem fala de uma “revolução na Venezuela”: unir a oposição, fazer a campanha eleitoral e chamar o povo a votar (o voto é facultativo no país).
Ainda nesse telegrama, a Stratfor reconhece que seus serviços são procurados por atores políticos e a ação se desenrola em dois momentos: no primeiro instante, é feita uma análise da situação. Em um segundo momento, é aplicado um plano de ação, denominado pela empresa de espionagem como “missão”.
Há seguidas referências ao grupo sérvio CANVAS (Center for Applied Non Violent Action and Strategies, na sigla em inglês). O grupo recomenda quais os passos a serem tomados para derrubar Chávez, em um guia de “como fazer uma revolução” dentro dos limites legais e, assim, levar a oposição ao poder.
“Quando alguém nos pede ajuda, como é no caso da Vene (Venezuela), fazemos a pergunta ‘O que fazer?’, ou seja analisamos a situação (o documento de Word que te enviei) e depois vem a “missão” (o que ainda precisa ser feito) e também o conceito operacional – o plano de campanha”, diz o autor do telegrama ao destinatário (veja abaixo).
Segundo o telegrama da Stratfor, “por causa da completa desconfiança entre os diferentes grupos da oposição venezuelana, a empresa teve que fazer a análise inicial”. A empresa diz que “cabe à oposição venezuelana saber aonde quer chegar, ou em outras palavras, depende da oposição perceber que a falta de unidade poderia fazê-los perder a eleição antes mesmo dela ter começado.”
No entanto, a empresa de espionagem afirma em seu site que apenas “dá ferramentas e informações para que os clientes executem seus planos”. Mas no caso venezuelano, “devido à debilidade da direita venezuelana em se unificar”, precisou começar seu trabalho fazendo uma análise do cenário para criar um plano de ação, diz o telegrama.
Militar americano envolvido no episódio do Wikileaks anunciou que se declarará culpado em 10 das 22 acusações que lhe foram feitas, entre as quais passar informação a pessoa não autorizada.
Mas manterá a declaração de “inocente” nos demais 12 crimes de que é acusado, como os de espionagem a favor do inimigo, cuja pena é a prisão perpétua.
Por Marjorie Cohn, Countercurrents*, na Carta Maior
Pela primeira vez Bradley pôde falar publicamente sobre o que fez e porquê. As suas ações, agora conhecidas pelas suas próprias palavras, mostram um jovem soldado muito corajoso.
Quando tinha 22 anos, o cabo Bradley Manning entregou documentos secretos à WikiLeaks. Entre esses documentos, o vídeo conhecido como “Collateral Murder” [Assassinato Colateral], em que se veem militares norte-americanos num helicóptero Apache, assassinando 12 civis desarmados, dos quais dois eram jornalistas da Agência Reuters, e ferindo duas crianças.
“Supus que, se o público, principalmente o público norte-americano, assistisse àquele vídeo, talvez surgisse algum debate sobre os militares e a nossa política exterior em geral, como era aplicada ao Iraque e ao Afeganistão” – disse Bradley diante do tribunal militar que o está a julgar, durante as formalidades da sessão em que se declarou culpado em algumas das acusações. – “Supus que o vídeo pudesse levar a sociedade norte-americana a reconsiderar a necessidade de envolver-se em operações de antiterrorismo, sem nada saber sobre a situação humana das pessoas contra as quais disparamos todos os dias.”
Bradley disse que se sentiu frustrado por não ter conseguido convencer os seus superiores a investigar os factos que se veem no vídeo “Assassinato Colateral” e outras imagens e escritos de “pornografia bélica” que havia nos arquivos que entregou à WikiLeaks.
“Fiquei muito perturbado, quando não vi qualquer reação diante de crianças feridas.” O que mais perturbou Bradley foram os soldados que se veem no vídeo, que “parecem não dar valor algum à vida humana e referem-se [aos alvos dos tiros], como “filhos da puta mortos” [dead bastards].
Pessoas que se aproximaram para resgatar os feridos também foram alvejadas e mortas. A ação dos soldados norte-americanos que se veem naquele vídeo é tipificada como crime de guerra nos termos das Convenções de Genebra, que proíbe de disparar contra civis; impedir resgate e socorro de feridos; e destruição de cadáveres para impedir que sejam identificados.
Ninguém da WikiLeaks pediu ou o estimulou a dar os documentos, disse Bradley. “Ninguém associado com a Organização WikiLeaks (WLO) pressionou para que lhes desse mais informação. A decisão de entregar documentos à WikiLeaks foi exclusivamente minha.”
Antes de fazer contacto com a WikiLeaks, Bradley tentou interessar o Washington Post a publicar os documentos, mas não recebeu qualquer resposta do jornal. Tentou fazer contacto também com o New York Times, sem sucesso.
Durante os primeiros nove meses de detenção, Bradley foi mantido em cela solitária – o que caracteriza tortura, dado que o isolamento pode levar a alucinações, catatonia e suicídio.
Bradley manteve a declaração de “inocente” nos demais 12 crimes de que os promotores do tribunal militar o acusam, dentre outros o de espionagem a favor do inimigo e colaboração com o inimigo, cuja pena é a prisão perpétua.
As ações de Bradley Manning fazem lembrar o que fez Daniel Ellsberg, que divulgou os “Papéis do Pentágono”, no qual se expunham as mentiras do governo dos EUA e que apressaram o fim da Guerra do Vietname.
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Times e Post recusaram o material que o Wikileaks publicou
O primeiro dia do julgamento de Bradley Manning
é devastador para a imagem da mídia americana
por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, pelo Viomundo
“Comprovado: Bradley Manning é heroi”.
(Michael Moore)
O depoimento de Manning no primeiro dia do tardio julgamento – iniciado depois de mil dias de prisão – trouxe revelações sensacionais sobre o jornalismo que se faz hoje nas grandes corporações de mídia.
Antes de entregar o material ao Wikileaks, Manning fez o percurso clássico.
Tentou o New York Times. Ninguém o ouviu. Tentou o Washington Post. Nada. Tentou o Wikileaks. E foi feita história.
A mídia americana já começa a debater este fiasco extraordinário.
Manning é um heroi, como disse Michael Moore. Ajudou a ver um dos horrores do mundo contemporâneo, a Guerra do Iraque.
E Assange também é, por ter publicado os documentos valiosíssimos que o Times e o Post desprezaram.
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China alega que ataques cibernéticos vieram dos EUA
Agencia Estado
PEQUIM – O Ministério da Defesa da China disse que dois sites militares foram alvos de mais de 100 mil ciberataques por mês no ano passado, com quase dois terços deles originários dos EUA.
Esta foi a declaração mais específica do governo chinês desde que a empresa de segurança de internet Mandiant divulgou um relatório, em fevereiro, que ligava militares chineses a ataques em todo o mundo, inclusive contra corporações e agências governamentais dos EUA.
As alegações chinesas ilustram como os ataques online estão se tornando um grande incômodo para as relações EUA-China. Militares dos EUA e funcionários de segurança interna há muito tempo culpam os militares da China pelos mais graves ataques às redes americanas de computadores.
Em 2011, as autoridades americanas apontaram o dedo para a China, quando um relatório da inteligência dos EUA informou que hackers chineses são os “mais ativos e persistentes autores de espionagem econômica”.
No site do Ministério da Defesa da China, o porta-voz Geng Yansheng não acusou especificamente o governo dos EUA da responsabilidade pelos ataques.
Mas destacou que “essas práticas não são compatíveis com os esforços conjuntos da comunidade internacional para melhorar a segurança na internet. Esperamos que os EUA expliquem e esclareçam”.
Um porta-voz da Casa Branca se recusou a comentar as alegações chinesas.
Em entrevista à Carta Maior, concedida na embaixada do Equador no Reino Unido, Julian Assange fala sobre seu novo livro, que está sendo publicado no Brasil, e analisa o atual momento da mídia mundial.
“O abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema.
Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais.
Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado”, defende.
Por Marcelo Justo – Direto de Londres, na Carta Maior
O fundador de Wikileaks, Julian Assange, recebeu a Carta Maior em um escritório especial que a embaixada do Equador no Reino Unido preparou para que ele converse com a imprensa no momento da publicação no Brasil de seu novo livro “Cyberpunks. A Liberdade e o futuro da internet”. Veste uma camiseta da seleção brasileira, com o número sete e seu nome nas costas: a desenvoltura futebolística combina com seu bom bom humor. O cabelo branco e a pele quase translúcida lhe dá um ar de albino insone, mas os mais de seis meses encerrado nos confins da embaixada e o mais que incerto futuro ante à decisão do governo britânico de não conceder-lhe o salvo-conduto que permitiria que viajasse ao Equador, não parecem pesar muito.
É certo que ele em uma aparentemente merecida fama de recluso e que em seu pequeno quarto na embaixada deve fazer o mesmo que fazia a maior parte do tempo em sua vida livre: ficar grudado em seu computador e na internet. É difícil imaginar a vida de Julian Assange sem a tela do monitor e o ciberespaço. Por isso o livro que começa a ser vendido este mês no Brasil, publicado pela editorial Boitempo, contém algo tão inesperado como a camiseta brasileira: uma visão particularmente cética e mesmo negativa sobre o impacto da internet.
CM: Você fala em seu livro da internet como uma possível ameaça para a civilização. Muitos pensam que a internet é uma arma para o progresso humano que produziu, entre outras coisas, Wikileaks. Sua interpretação não é um pouco pessimista?
Assange: Não resta dúvida que a internet deu poder às pessoas que não o tinham ao possibilitar o acesso a todo tipo de informação em nível global. Mas, ao mesmo tempo, há um contrapeso a isso, um poder que usa a internet para acumular informação sobre nós todos e utilizá-la em benefício dos governos e das grandes corporações. Hoje não se sabe qual destas forças vai se impor. Nossas sociedades estão tão intimamente fundidas pela internet que ela se tornou um sistema nervoso de nossa civilização, que atravessa desde as corporações até os governos, desde os casais até os jornalistas e os ativistas. De modo que uma enfermidade que ataque esse sistema nervoso afeta a civilização como um todo.
Neste sistema nervoso há vários aparatos do Estado, principalmente, mas não unicamente, dos Estados Unidos, que operam para controlar todo esse conhecimento que a internet fornece à população. Este é um problema que ocorre simultaneamente com todos nós. E se parece, neste sentido, aos problemas da guerra fria.
CM: Você é muito crítico do Google e do Facebook que muita gente considera como maravilhosas ferramentas para o conhecimento ou as relações sociais. Para essas pessoas, em sua experiência cotidiana, não importa a manipulação que possa ser feita na internet.
Assange: Não importa porque esta manipulação da informação está oculta. Creio que nos últimos seis meses isso está mudando. Em parte por causa de Wikileaks e pela repressão que estamos sofrendo, mas também pelo jornalismo e pela investigação que está sendo feita. O Google é excelente para obter conhecimento, mas também está fornecendo conhecimento sobre os usuários. Ele sabe tudo o que você buscou há dois anos. Cada página de internet está registrada, cada visita ao gmail também. Há quem diga que isso não importa porque a única coisa que eles querem é vender anúncios. Esse não é o problema. O problema é que o Google é uma empresa sediada nos Estados Unidos sujeita à influência de grupos poderosos. Google passa informação ao governo de maneira rotineira. Informação que é usada para outros propósitos que não o conhecimento. É algo que nós, no Wikileaks, sofremos em primeira mão e que vem ocorrendo com muita gente.
CM: Mas no que concerne o controle do Estado há usos legítimos da internet para a luta contra a pornografia infantil, o terrorismo, a evasão fiscal…
Assange: Indiscutivelmente há usos legítimos e a maior parte do tempo a polícia faz isso adequadamente. Mas nas vezes em que não faz, esses usos podem ser terríveis, aterrorizadores, como está ocorrendo atualmente nos Estados Unidos. É preciso levar em conta que o que chamamos de quatro cavaleiros do apocalipse – a pornografia infantil, o terrorismo, as drogas e a lavagem de dinheiro – são usados para justificar um sistema de vigilância massivo da mesma maneira que usaram armas de destruição em massa para justificar a invasão do Iraque. Não se trata de uma vigilância seletiva de pessoas que estão cometendo um delito. Há uma gravação permanente de todo mundo. Isso é uma ameaça diferente de tudo o que já vivemos antes, algo que nem Goerge Orwell foi capaz de imaginar em “1984”.
CM: No Ocidente, falou-se muito da revolução do Twitter para explicar a primavera árabe. Esse não é um exemplo perfeito do potencial revolucionário da internet?
Assange: A primavera árabe se deveu à ação das pessoas e dos ativistas, desde a Irmandade Muçulmana até outros grupos organizados. A internet ajudou o pan-arabismo da rebelião com pessoas de diferentes países aprendendo umas com as outras. Também ajudou a que Wikileaks difundisse os documentos que deram mais ímpeto ao movimento. Mas se você olha para os manuais dos grupos que coordenavam os protestos, na primeira e última página, recomendavam que não se usasse Twitter e Facebook. Para as forças de segurança as mensagens no Twitter e no Facebook são um documento probatório de fácil acesso para prender pessoas.
CM: O que pode se fazer então?
Assange: A primeira coisa é ter consciência do problema. Uma vez que tenhamos consciência disso, não nos comunicaremos da mesma maneira por intermédio desses meios. Há uma questão de soberania que os governos da América Latina deveriam levar em conta. As comunicações que vão da América latina para a Europa ou a Ásia passam pelos Estados Unidos. De maneira que os governos deveriam insistir que os governos deveriam insistir para que essas comunicações sejam fortemente criptografadas. Os indivíduos deveriam fazer a mesma coisa. E isso não é fácil.
CM: De que maneira um governo democrático ou um congresso pode contribuir para preservar o segredo das comunicações pela internet?
Assange: Para começar, garantindo a neutralidade do serviço. Do mesmo modo que ocorre com a eletricidade, não se pode negar o fornecimento com base em razões políticas. Com a internet não deveria existir essa possibilidade de controlar o serviço. O conhecimento é essencial em uma sociedade. Não há sociedade, não há constituição, não há regulação sem conhecimento. Em segundo lugar, é preciso negar às grandes potências e superpoderes o acesso à informação de outros países. Na Argentina ou no Brasil a penetração do Google e do Facebook é total. Se os parlamentos na América latina conseguirem introduzir uma lei que consagre a criptografia da informação, isso será fundamental.
CM: Temos falado da revolução do Twitter, mas em termos de meios mais tradicionais, como a imprensa escrita ou a televisão, vemos que há um crescente debate mundial sobre seu lugar em nossa sociedade. O questionamento ao poder de grandes corporações midiáticas como o grupo Murdoch ou Berlusconi na Itália e as leis e projetos na Argentina ou Equador para conseguir uma maior diversidade midiática mostram um debate muito intenso a respeito. O que você pensa sobre essas iniciativas?
Assange: Nós vimos em nossa própria luta como o grupo Murdoch ou o grupo Bonnier na Suécia distorceram deliberadamente a informação que forneceram sobre nossas atividades porque suas organizações têm um interesse particular no caso. Então temos, por um lado, a censura em nível do Estado e, por outro, o abuso de poder de grupos midiáticos. É um fato que os meios de comunicação usam sua presença para alavancar seus interesses econômicos e políticos. Por exemplo, “The Australian”, que é o principal periódico de Murdoch na Austrália, vem sofrendo perdas há mais de 25 anos. Como isso é possível? Por que ele segue mantendo esse veículo. Porque ele é utilizado como uma arma para atingir o governo para que este ceda em determinadas políticas importantes para o grupo Murdoch.
O presidente Rafael Correa faz uma distinção entre a “liberdade de extorsão” e a “liberdade de expressão”. Eu não colocaria exatamente assim, mas temos visto que o abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema. Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais. Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado.
“Neste sistema nervoso há vários aparatos do Estado, principalmente, mas não unicamente, dos Estados Unidos, que operam para controlar todo esse conhecimento que a internet fornece à população. Este é um problema que ocorre simultaneamente com todos nós. E se parece, neste sentido, aos problemas da guerra fria.” J. Assange
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Sistema nervoso; internet; www; rede neural… êpa! Rede?!!
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FrancoAtirador
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É, meu caro, Mário.
Como dizia o mestre Millôr Fernandes:
“Só porque o cara é paranóico,
não significa que não esteja
sendo perseguido”
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LANDO CARLOS
era que não esta na hora de se fazer uma pesquesa para saber quem realmente manda na nossa midia, dos estados unidos e inglaterra eu ja sei
Luca K
Ontem fui ao cinema. Por curiosidade, perguntei lá como estava a procura pela + recente peça de propaganda americana, ‘a hora + escura’. Resposta: “L-O-T-A-D-O”.
Lembrei do documentário q o Jair postou. É triste, mas muito + gente aqui no Brasil msmo verá o filmeco mentiroso sobre o suposto assassinato de Bin laden do q este ou outros bons documentarios. A real eh q a maioria se ‘informa’ vendo o JN e até mesmo ‘filmes-baseados-em-fatos-q-nós-inventamos’ feitos por Hollywood, como a ‘hora + escura’.
Mário SF Alves
Em respeito a ortografia:
1- BraZil com Z até que se justifica, mas quiser com Z não;
2- IMPRESCINDÍVEL entrou com um S além da conta; ou melhor, desnecessário e injustificável.
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Atenciosamente.
ricardo silveira
Um vídeo para ser mostrado nas escolas de todo mundo. Todo ser humano precisa saber do que um outro ser humano é capaz, até para não se tornar uma besta igual. Depois, para se organizar politicamente e lutar para que não surjam governos capazes de cometer esses genocídios para sustentar o capitalismo e sua indústria bélica, ou qualquer outro sistema que represente a barbárie.
A violência urbana que vivemos hoje, é uma deseducação feita pelas mídias…
Urbano
Com os olhos da mente dá para enxergar muito bem, até mesmo por dedução do que já se viu… Aquela menina vietnamita correndo pela pista, com o corpo ardendo em brasa, quem nunca viu? E tenham certeza que, em relação ao que já foi feito, a situação daquela menina foi café pequeno.
Urbano
Com os burros atolados no brejo desde 2008, a ave de rapina agora resolveu enfiar as garras em definitivo na garganta do continente africano. A grande competência capitalista dela são a usurpação e a matança indiscriminada de humanos.
Mário SF Alves
E intrigas, e desova de armamento obsoleto à custa de um sem número de assassinatos, e guerras de rapina, e ilusionismo midiático, e pesquisa profunda de comportamento humano direcionada a mais absoluta alienação política, e golpes de estado, e… assim ad infinitum… ou… até quando a resistência ressurgir.
Dan Moche Schneider
Excelente documentário! O Diabo mora nos detalhes.
Luiz AA do Sacramento
Estou cada vez mais convencido de que Saint Exupèry estava absolutamente certo quando afirmou, a mais de cinquenta anos atrás, de que a espécie humana estaria caminhando para os tempos mais negros da sua história.
Depois do acompanhamento desses relatos , torna-se praticamente impossível acreditar numa sociedade mundial equilibrada.Infelizmente,nós seres humanos,temos una terrível propensão de ignorar a dor e o sofrimento do nosso próximo,mesmo tendo a consciencia de que todos nós somos constituídos da mesma matéria e vulneráveis às mesmas vicissitudes.Lamentavelmente!
Mário SF Alves
Então, Luiz, o cenário tá aí pra quem quizer enxergar. Mas, o interessante mesmo, meu caro, é não perder o sistema de referências, enriquecê-lo a cada dia e ter claro que, não obstante tanta e tamanha desumanidade, a humanidade está fadada à conquista do Universo. Resta saber que humanidade será essa; se a nazistizada [não sois máquinas, homens é o que sois. Chaplin] ou a outra, a que resistirá, a re-humanizada.
xacal
Todos os filme, uns mais outros menos, têm uma frase fundamental, uma fala que o define…pelo menos, eu gosto de pensar assim.
De todo o passeio pelo cinismo da mídia, o sadismo sanguinário das tropas de ocupação, tudo que está a serviço da do rompimento violento dos obstáculos a acumulação capitalista, como foi o caso do Iraque, ficou para mim a frase do Carne Ross, o diplomata responsável pela manutenção do embargo contra o Iraque e que matou milhares de crianças:
“Todos nós temos que prestar contas uns aos outros. É a forma de termo uma sociedade civilizada”.
É isto.
Nos dias de hoje, o capital não reconhece nenhuma forma de prestação de contas, dribla fronteiras, supera barreiras tributárias, ultrapassa espaços geográficos e os modifica, define quem vai ser preso, quem vai ser solto, qual é a renda que teremos, o que vamos consumir, quanto tempo teremos, qual é a distância que você precorrerá para trabalhar, e em suma, quem morre e quem vive.
A mídia é o arauto desta sombria ideia de modernidade…e com tal, também não presta contas a ninguém!
Julio Silveira
Os nazistas migraram da Alemanha.
Nos States uma terra para oportunidades, de oportunistas e preconceituosos por cultura, sempre tiveram seus admiradores ocultos. Aprender que é possivel explorar a democracia criando uma mescla de conceitos bizarra foi um passo. O mundo critico de hoje vê o resultado dessa amalgamada perversão.
Luca K
Tô postando uma lista com alguns documentários interessantes. Infelizmente só um já está legendado. Quem sabe o Jair se interessa por algum e traduz! :-)
“He who controls the past controls the future. He who controls the present controls the past.” ― George Orwell, 1984 (aquele q controla o passado controla o futuro. Aquele q controla o presente controla o passado.)
Reasonable Cause. Se não quiserem ver inteiro pulem para aproximadamente 4:30 para ver a propaganda q convenceu o publico americano sobre a guerra do golfo, a infame estória dos bebês das incubadoras. A “testemunha” merece ou não um oscar?? Talento desperdiçado por Hollywood! http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=e_AQMxvqWho
Estimado Luca K, obrigado pela relação de documentários.
Devo dizer que já vi (e tenho comigo) quase todos os que você mencionou. Ainda não vi AIPAC 101, mas vou vê-lo.
Considero Why we fight e Taxi to the dark side imprescindíveis para uma boa compreensão da mentalidade dos dirigentes políticos dos EUA. Os mesmos podem também ser encontrados com legendas em português, para os que têm dificuldade de entender o inglês. Não sei se ainda estão disponíveis em português no Youtube. De todas formas, há legendas disponíveis em opensubtitles.org.
Quanto aos documentários relacionados com o 11/09, há outros que também são excelentes, como Loose Change e In plane site. Há cerca de um mês, revisei e corrigi as legendas em português para Loose Change e o publiquei no Youtube com o título de Mudança Livre. Em poucas horas, fui penalizado com o bloqueio do vídeo e a proibição de postar outros com mais de 15m. No entanto, fiz a postagem do mesmo no Vimeo (pode ser acessado pelo link: http://racismoambiental.net.br/2013/01/84017/). Se você ainda não o viu, recomendo muito que o veja. Vale a pena.
Obrigado novamente pelas sugestões.
Mário SF Alves
“Quanto aos documentários relacionados com o 11/09, há outros que também são excelentes, como Loose Change e In plane site. Há cerca de um mês, revisei e corrigi as legendas em português para Loose Change e o publiquei no Youtube com o título de Mudança Livre.”
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Estou assistindo esse, no link a seguir, conforme sugerido.
http://racismoambiental.net.br/2013/01/84017/
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Igualmente IMPRESCINDÍVEL. E o que é mais importante, ZERO/suspeita quanto à origem e produção ser cortina de fumaça e/ou teoria conspiratória.
Valeu Jair. Sobre ‘Loose Change’, sim, eu já assisti. É bom, mas me lembro q há alguns argumentos equivocados. Não lembro mais exatamente quais.
O bom do ae911truth.org e seu trabalho eh q os caras são muito profissionais e cuidadosos. Dois tios meus engenheiros foram convencidos vendo os vídeos desse grupo. Entretanto, admito q para o cidadão leigo, uma apresentaçao + dinâmica e acessível tende a prender + a atençao.
Abs
Lino Bocchini: O julgamento do caso da Falha « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] O documentário A Guerra Que Você Não Vê […]
Rogério Madureira
A pergunta que não estamos nos fazendo é “por que diabos permitimos esse tipo de governo fazer as coisas que faz?” Isso é a Alemanha nazista, desta vez, na pele dos americanos e ingleses.
Luís Carlos
Excelente documentário. Mostra que existem jornalistas que fazem as perguntas que devem ser feitas. Deve deixar muitos jornalistas de grandes veículos envergonhados. Por outro lado, expõem a vilania e indecência da prática de muitos jornalistas, que apóiam versões oficiais compactuando com assassinatos. Estes jornalistas são cúmplices de assassinatos e extermínios. Arrotam discurso moralista e dormem diariamente sem pesar algum por ajudarem a matar crianças. Os grandes veículos de comunicação formam a maior rede ditatorial, autoritária e corrupta do mundo. Ainda dizem falar em nome da liberdade… …só da liberdade do grande capital em mentir, roubar e matar.
FrancoAtirador
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O vídeo pode ser também assistido no canal YouTube.
Aproveite, antes que a S.O.P.A. congele na P.I.P.A.
A film about the noted American linguist/political dissident and his warning about corporate media’s role in modern propaganda.
Directors: Mark Achbar, Peter Wintonick
Stars: Noam Chomsky, Mark Achbar, Edward S. Herman
Luca K
O livro é ótimo, acho até q já está disponível em portugues. E tem um outro dele sobre o mesmo tema, ‘Necessary Illusions”.
Valeu por postar.
Noir Dias Moreira
Filme fundamental para exibição a todas as turmas de jovens formandos em jornalismo e principalmente no Brasil.
Parabéns pelo filme e pelo post.
Mário SF Alves
Prezado Jair,
Antes de mais nada, gostaria de agradecer pela importantíssima colaboração ao aclareamento das ideias. O jogo é por demais bruto. Inimaginavelmente bruto. Lembro-me do que disse Marx: “nada do que é humano me é estranho”.
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Nada me é estranho e nem mesmo as possíveis justifivativas, a exemplo das apresentadas pelos “embutidos”. Fico pensando no que alegariam os representantes do neo-conservadorismo fascista frente a uma denúncia tão grave como essa. É bem provável que alegassem:
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Ah! Essas conclusões [e realidade mostrada no documentário/denúncia de mais este holocausto] são fantasias de comunista [uai? mas, isso não acabou lá com a ex-URSS?]; são produto de visão ideológica esquerdista; é crítica parcial, ideologizada, que ignora os imperativos da geopolítica Ocidental.
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Como desmentí-los? Eis a questão! Você já pensou sobre isso?
Willian
“Homo sum: humani nihil a me alienum puto” – “Sou homem; nada do que é humano me é estranho”
Terêncio, não Karl Marx.
Mário SF Alves
Terencio… Interessante… este pensamento tem tudo a ver com Marx.
Se “o espírito é o mais excelso produto da matéria”, conforme observado pelo Engels em meados do Século XIX; se a matéria [não o preconceito sobre ela] não foi sequer cientificamente ainda plenamente compreendida; logo, que se dirá da maioria dos humanos, onde sequer houve tempo, condição e/ou vontade para a elaboração da consciência que elevaria seu espírito.
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“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.” Agora, sim, Karl Marx.
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E seguindo a mesma rota:
“As ideias dominantes numa época nunca passaram das ideias da classe dominante.” Karl Marx
FrancoAtirador
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Pior, Mário.
A Mídia Murdoquiana, aqui destas plagas do Hemisfério Sul,
sequer faria, como não o faz, um mínimo gesto de contrição.
O que significa dizer que continua ‘embutida’ pelo Pentágono.
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FrancoAtirador
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Tags: MÍDIA EMBUTIDA PELO PENTÁGONO & OS MENTIRÕES HISTÓRICOS
28 fev. 2003
Guerra no Iraque
REVISTA VEJA
• Os americanos enfrentam algum risco numa eventual guerra?
SIM. Apesar do incomparável poderio militar, OS SOLDADOS AMERICANOS E OS MORADORES DOS PAÍSES DA REGIÃO PODEM SER ATINGIDOS POR ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS.
“•Os americanos enfrentam algum risco numa eventual guerra?
SIM. Apesar do incomparável poderio militar, OS SOLDADOS AMERICANOS E OS MORADORES DOS PAÍSES DA REGIÃO PODEM SER ATINGIDOS POR ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS.”
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Pois é, prezado Franco,
Taí mais uma deplorável evidência de “os fins continuam justificando os meios”. E o que é ainda pior, e a essência do problema, nem os fins se justificam mais. O Ocidente surtou! E a (in)Veja foi à reboque.
Mário SF Alves
Então. Gostaria que você tirasse um tempinho para pensar sobre o seguinte:
“O que a pior elite do mundo [a capacha], via PiG local, mídia fora-da-lei, tem nos “dito” [torrado nossa paciência] a todo instante é: a vocês, brasileiros democratas, socialistas, comunistas ou liberais só existe uma saída; e é aquela que há tempos foi descoberta e posta em prática pelo Fidel, Che Guevara e Camilo Cienfuegos”.
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Diante disso, e sem firulas, sem verborragias, sem pretensão intelectual, sem intelectualismo barato e sem intelectualóides feagaceanos, basta-nos a REALIDADE; a mesma que bastou ao Fidel e ao Guevara. Seríamos capazes de alcançá-la?
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Seríamos capazes de fazer dela a base de conquista nosso próprio destino? Seríamos capazes de, não obstante a perniciosa e conhecida campanha midiática neoudenista, seguirmos rumo à consolidação da Democracia neste que um dia poderá ser o nosso Brasil?
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Sorte a nossa que ainda podemos sonhar e pensar.
E vamos juntos até – no mínimo – à descoberta da chave [coletiva] que nos permitirá desatar o nó górdio que atrela o Brasil ao insensato e desumano regime Casa Grande-BraZil-Eterna-___
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Obrigado.
FrancoAtirador
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Meu caro Mário SF Alves.
Lembrei-me de uma entrevista concedida, há muito tempo,
pelo imprescindível Oscar Niemeyer, à TV Brasil:
“Eu não gosto muito de falar disso,
mas a única alternativa é a Revolução.
Acontece que aqui não se pode fazer revolução,
porque todo brasileiro é um revolucionário
que quer fazer a sua própria revolução…”
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renato
O Tempo, infelizmente o tempo…
Tomara que seja a tempo.
Mas alguém sempre o sabe, Deus
esteja com eles.
Rodrigues
Copiei a sinopse de outro blog para que se possa saber sobre o que especificamente trata o documentário – que vale muito a pena ser assistido!
“John Pilger revela como os meios de comunicação agem de modo orquestrado para beneficiar as políticas imperialistas dos Estados Unidos, por exemplo, e de seus agentes no Oriente Médio (Israel).
A vida humana nada conta para estas potências imperialistas (ou sub-imperialistas) nem para a mídia que as defende.
Nada está acima dos interesses econômicos ou estratégicos militares dos estados e grupos econômicos que exercem a hegemonia política no planeta. As cenas das atrocidades cometidas no Iraque, no Afeganistão e na Palestina são amostras do grau de perversidade a que se pode chegar com o objetivo de garantir privilégios.”
Rodrigues
Aliás, excelente trabalho de tradução e legendagem!
Jair de Souza
Muito obrigado, Rodríguez, por ter trazido à tona as palavras que escrevi para introduzir o documentário quando o postei no Youtube pela primeira vez.
Luca K
Parabéns + uma vez ao Jair pelo trabalho de tradução!
Vi um pouco e parece muito bom, assistirei todo logo q o tempo permitir.
Jair, posso sugerir + alguns documentários?
;-)
renato
Uma aberração..
Este realmente é o Mundo comandado pelo principe
da Mentira.
Jair de Souza
Gostaria de chamar a atenção dos que forem ver (rever) este valiosíssimo documentário para uma incorreção que cometi na tradução para a legendagem. É por volta dos 8m de rodagem, quando é dito em inglês que o plano de bombardear o Iraque seria seguido de “deception in massive amounts”. Só agora me dei conta de que traduzi “deception” como “decepção”, mas na verdade este termo do inglês equivale em português a “enganação”. Desta forma, passa a ter muito mais sentido o que o texto original quer expressar: “The plan would be followed by deception in massive amounts”, ou seja: O plano seria acompanhado de enganação em grande escala.
Perdoem-me por este erro, fiz esta tradução em 2009, com a máxima urgência, a partir de uma solicitação dos coordenadores do excelente portal DocVerdade. No entanto, creio que, apesar deste e de outros erros cometidos, a tradução garantiu que milhares de pessoas pudessem aceder ao conteúdo deste importantíssimo documentário.
renato
Continua prestando um grande Serviço.
Parabens.
Vou passar isto para todos os E-mails
que possuo com sua permissão.
Documentário “A guerra que você não vê” | Blog dos Desenvolvimentistas
[…] Documentário “A guerra que você não vê” Opine No Viomundo […]
Comentários
A Guerra que Você não vê |
[…] http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-documentario-a-guerra-que-voce-nao-ve.html […]
O documentário “A guerra que você não vê” | Sistema, Capitalismo, Escravidão e outras desgraças…
[…] Fonte: http://www.viomundo.com.br/denuncias/o-documentario-a-guerra-que-voce-nao-ve.html […]
FrancoAtirador
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“Há uma transferência global de poder,
mas é da força de trabalho global
para os donos do mundo:
o capital transnacional,
as instituições financeiras globais.”
(Noam Chomsky)
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Quem são os donos do mundo?
O presente texto foi extraído de “Power Systems: Conversations on Global Democratic Uprisings and the New Challenges to U.S. Empire. Conversations with David Barsamian”.
Publicado pela Metropolitan Books por Aviva Chomsky e David Barsamian.
“Power Systems” é uma coleção de conversas recentes entre Noam Chomsky e David Barsamian, diretor da Alternative Radio.
David Barsamian: O novo imperialismo americano parece substancialmente diferente da variedade anterior, já que os Estados Unidos são uma potência econômica em declínio e, consequentemente, estão vendo uma perda de seu poder político e influência.
Noam Chomsky: Eu acho que não é totalmente verdadeiro falar sobre o declínio americano.
A Segunda Guerra Mundial foi quando os Estados Unidos realmente se tornaram uma potência global.
O país já era a maior economia do mundo por grande margem antes da guerra, mas de certo modo era uma potência regional.
Ele controlava o hemisfério ocidental e fazia algumas incursões no Pacífico.
Mas o Reino Unido era a potência mundial.
A Segunda Guerra Mundial mudou isso.
Os Estados Unidos se tornaram a potência mundial dominante.
Os Estados Unidos possuíam metade da riqueza mundial.
As outras sociedades industrializadas foram enfraquecidas ou destruídas. Os Estados Unidos estavam em uma posição incrível de segurança.
Eles controlavam o hemisfério, assim como o Atlântico e o Pacífico, com uma força militar imensa.
É claro, isso diminuiu.
A Europa e o Japão se recuperaram e ocorreu a descolonização.
Em 1970, os Estados Unidos tinham caído, se quiser dizer dessa forma, para aproximadamente 25% da riqueza mundial – aproximadamente como era, digamos, nos anos 20.
O país continuou sendo a maior potência global, mas não como nos anos 50.
Desde 1970, o quadro está bastante estável, apesar das mudanças, é claro.
Na última década, pela primeira vez em 500 anos, desde a conquista pelos espanhóis e portugueses, a América Latina começou a tratar de alguns de seus problemas.
Ela começou a se integrar.
Os países eram muito separados uns dos outros.
Cada um era voltado separadamente para o Ocidente, primeiro para a Europa e depois para os Estados Unidos.
Essa integração é importante.
Ela faz com que seja difícil apanhar os países um por um.
Os países latino-americanos podem se unir em defesa contra uma força externa.
Outro desenvolvimento, que é mais significativo e muito mais difícil, é que os países da América Latina estão começando individualmente a tratar de seus enormes problemas internos.
Com seus recursos, a América Latina deveria ser um continente rico, particularmente a América do Sul.
A América Latina tem uma quantidade enorme de riqueza, mas ela é altamente concentrada em uma elite pequena, branca, geralmente europeizada, e existe ao lado de uma pobreza e miséria imensa.
Há algumas tentativas de lidar com isso, o que é importante – outra forma de integração – e a América Latina está de certo modo se separando do controle americano.
Há muita conversa sobre um deslocamento global de poder: Índia e China se transformarão nas novas grandes potências, as potências mais ricas.
De novo, é preciso ver isso com reservas.
Por exemplo, muitos observadores comentam sobre a dívida americana e o fato da China ser detentora de grande parte dela.
Há poucos anos, o Japão era detentor de grande parte da dívida americana, mas agora foi superado pela China.
Além disso, toda a estrutura da discussão sobre o declínio americano é enganadora.
Nós somos ensinados a falar sobre um mundo de Estados concebidos como entidades unidas, coerentes.
Se você estudar a teoria das relações internacionais, há o que é chamado de escola “realista”, que diz que há um mundo anárquico de Estados, e esses Estados buscam seu “interesse nacional”.
Isso é em grande parte mitologia.
Há alguns poucos interesses comuns, como sobrevivência.
Mas, em grande parte, as pessoas dentro de uma nação têm interesses muito diferentes.
Os interesses do presidente-executivo da General Electric e os do zelador que limpa seu piso não são os mesmos.
Parte do sistema de doutrina nos Estados Unidos envolve o suposição de que todos nós somos uma família feliz, sem divisões de classe, e todo mundo está trabalhando junto em harmonia.
Mas isso é radicalmente falso.
No século 18, Adam Smith disse que as pessoas que são donas da sociedade fazem as políticas: “os mercadores e manufatureiros”.
O poder atual está nas mãos das instituições financeiras e multinacionais.
Essas instituições têm interesse no desenvolvimento chinês.
Logo, se você for, digamos, o presidente-executivo do Walmart, da Dell ou da Hewlett-Packard, você estaria perfeitamente feliz com a mão de obra barata na China trabalhando sob condições hediondas e com poucas restrições ambientais.
Enquanto a China apresentar o que é chamado de crescimento econômico, tudo bem.
Na verdade, o crescimento econômico da China é um pouco de mito.
A China é, em grande parte, uma linha de montagem.
A China é uma grande exportadora, mas apesar do aumento do déficit comercial americano com a China, o déficit comercial com o Japão, Taiwan e Coreia do Sul caiu.
O motivo é que um sistema regional de produção está em desenvolvimento.
Os países mais avançados da região –Japão, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan– enviaram tecnologia avançada, partes e componentes para a China, que usa a força de sua mão de obra barata para montar os bens e enviá-los para fora do país.
E as empresas americanas fazem o mesmo: elas enviam partes e componentes para a China, onde as pessoas montam e exportam os produtos finais.
Elas são chamadas de exportações chinesas, mas são exportações regionais em muitos casos, e, em outros casos, trata-se de fato dos Estados Unidos estarem exportando para si mesmos.
Assim que rompermos com a estrutura de Estados nacionais como entidades unidas, sem divisões internas dentro deles, nós poderemos ver que há uma transferência global de poder, mas é da força de trabalho global para os donos do mundo: o capital transnacional, as instituições financeiras globais.
Tradutor: George El Khouri Andolfato
(http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/noam-chomsky/2013/02/06/quem-sao-os-donos-do-mundo.htm)
http://www.alternativeradio.org/
FrancoAtirador
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Capriles se reuniu com a empresa de espionagem Stratfor.
Por Charles Nisz, no Opera Mundi, pelo Viomundo
Os Estados Unidos fizeram um esforço de bastidores para unir a oposição venezuelana e tentar tirar Hugo Chávez do poder nas eleições de outubro de 2012, revelam documentos vazados pelo site Wikileaks. O site, criado pelo jornalista e ativista australiano Julian Assange vazou mais de cinco milhões de telegramas da empresa de espionagem norte-americana Stratfor.
A Stratfor alega prover informações para multinacionais com o desejo de investir na Venezuela. Entretanto, a troca de telegramas mostra outro cenário: a empresa trabalhou como uma agência de espionagem, com o objetivo de influenciar a política do país sul-americano, criando condições adequadas para o aumento da influência norte-americana.
Nos emails são mencionados encontros com vários nomes da oposição venezuelana,como o prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, o candidato derrotado no pleito, Henrique Capriles, Leopoldo Lopez, e o analista político direitista Rafael Poleo.
“Falei com Rafael Poleo poucos dias atrás”, diz uma fonte – segundo os telegramas, seria um proeminente economista venezuelano.
Cobrindo o período de julho de 2004 a dezembro de 2011, vários telegramas trazem conversas e informações sobre a política local. Um dos telegramas trata especificamente da campanha para as eleições presidenciais de 2012. Nele, a agência de espionagem fala de uma “revolução na Venezuela”: unir a oposição, fazer a campanha eleitoral e chamar o povo a votar (o voto é facultativo no país).
Ainda nesse telegrama, a Stratfor reconhece que seus serviços são procurados por atores políticos e a ação se desenrola em dois momentos: no primeiro instante, é feita uma análise da situação. Em um segundo momento, é aplicado um plano de ação, denominado pela empresa de espionagem como “missão”.
Há seguidas referências ao grupo sérvio CANVAS (Center for Applied Non Violent Action and Strategies, na sigla em inglês). O grupo recomenda quais os passos a serem tomados para derrubar Chávez, em um guia de “como fazer uma revolução” dentro dos limites legais e, assim, levar a oposição ao poder.
“Quando alguém nos pede ajuda, como é no caso da Vene (Venezuela), fazemos a pergunta ‘O que fazer?’, ou seja analisamos a situação (o documento de Word que te enviei) e depois vem a “missão” (o que ainda precisa ser feito) e também o conceito operacional – o plano de campanha”, diz o autor do telegrama ao destinatário (veja abaixo).
Segundo o telegrama da Stratfor, “por causa da completa desconfiança entre os diferentes grupos da oposição venezuelana, a empresa teve que fazer a análise inicial”. A empresa diz que “cabe à oposição venezuelana saber aonde quer chegar, ou em outras palavras, depende da oposição perceber que a falta de unidade poderia fazê-los perder a eleição antes mesmo dela ter começado.”
No entanto, a empresa de espionagem afirma em seu site que apenas “dá ferramentas e informações para que os clientes executem seus planos”. Mas no caso venezuelano, “devido à debilidade da direita venezuelana em se unificar”, precisou começar seu trabalho fazendo uma análise do cenário para criar um plano de ação, diz o telegrama.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/wikileaks-eua-tentaram-unir-direita-venezuelana-em-2012.html
FrancoAtirador
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A rara coragem de Bradley Manning
Militar americano envolvido no episódio do Wikileaks anunciou que se declarará culpado em 10 das 22 acusações que lhe foram feitas, entre as quais passar informação a pessoa não autorizada.
Mas manterá a declaração de “inocente” nos demais 12 crimes de que é acusado, como os de espionagem a favor do inimigo, cuja pena é a prisão perpétua.
Por Marjorie Cohn, Countercurrents*, na Carta Maior
Pela primeira vez Bradley pôde falar publicamente sobre o que fez e porquê. As suas ações, agora conhecidas pelas suas próprias palavras, mostram um jovem soldado muito corajoso.
Quando tinha 22 anos, o cabo Bradley Manning entregou documentos secretos à WikiLeaks. Entre esses documentos, o vídeo conhecido como “Collateral Murder” [Assassinato Colateral], em que se veem militares norte-americanos num helicóptero Apache, assassinando 12 civis desarmados, dos quais dois eram jornalistas da Agência Reuters, e ferindo duas crianças.
“Supus que, se o público, principalmente o público norte-americano, assistisse àquele vídeo, talvez surgisse algum debate sobre os militares e a nossa política exterior em geral, como era aplicada ao Iraque e ao Afeganistão” – disse Bradley diante do tribunal militar que o está a julgar, durante as formalidades da sessão em que se declarou culpado em algumas das acusações. – “Supus que o vídeo pudesse levar a sociedade norte-americana a reconsiderar a necessidade de envolver-se em operações de antiterrorismo, sem nada saber sobre a situação humana das pessoas contra as quais disparamos todos os dias.”
Bradley disse que se sentiu frustrado por não ter conseguido convencer os seus superiores a investigar os factos que se veem no vídeo “Assassinato Colateral” e outras imagens e escritos de “pornografia bélica” que havia nos arquivos que entregou à WikiLeaks.
“Fiquei muito perturbado, quando não vi qualquer reação diante de crianças feridas.” O que mais perturbou Bradley foram os soldados que se veem no vídeo, que “parecem não dar valor algum à vida humana e referem-se [aos alvos dos tiros], como “filhos da puta mortos” [dead bastards].
Pessoas que se aproximaram para resgatar os feridos também foram alvejadas e mortas. A ação dos soldados norte-americanos que se veem naquele vídeo é tipificada como crime de guerra nos termos das Convenções de Genebra, que proíbe de disparar contra civis; impedir resgate e socorro de feridos; e destruição de cadáveres para impedir que sejam identificados.
Ninguém da WikiLeaks pediu ou o estimulou a dar os documentos, disse Bradley. “Ninguém associado com a Organização WikiLeaks (WLO) pressionou para que lhes desse mais informação. A decisão de entregar documentos à WikiLeaks foi exclusivamente minha.”
Antes de fazer contacto com a WikiLeaks, Bradley tentou interessar o Washington Post a publicar os documentos, mas não recebeu qualquer resposta do jornal. Tentou fazer contacto também com o New York Times, sem sucesso.
Durante os primeiros nove meses de detenção, Bradley foi mantido em cela solitária – o que caracteriza tortura, dado que o isolamento pode levar a alucinações, catatonia e suicídio.
Bradley manteve a declaração de “inocente” nos demais 12 crimes de que os promotores do tribunal militar o acusam, dentre outros o de espionagem a favor do inimigo e colaboração com o inimigo, cuja pena é a prisão perpétua.
As ações de Bradley Manning fazem lembrar o que fez Daniel Ellsberg, que divulgou os “Papéis do Pentágono”, no qual se expunham as mentiras do governo dos EUA e que apressaram o fim da Guerra do Vietname.
*Tradução: Esquerda.net
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21679
FrancoAtirador
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Times e Post recusaram o material que o Wikileaks publicou
O primeiro dia do julgamento de Bradley Manning
é devastador para a imagem da mídia americana
por Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, pelo Viomundo
“Comprovado: Bradley Manning é heroi”.
(Michael Moore)
O depoimento de Manning no primeiro dia do tardio julgamento – iniciado depois de mil dias de prisão – trouxe revelações sensacionais sobre o jornalismo que se faz hoje nas grandes corporações de mídia.
Antes de entregar o material ao Wikileaks, Manning fez o percurso clássico.
Tentou o New York Times. Ninguém o ouviu. Tentou o Washington Post. Nada. Tentou o Wikileaks. E foi feita história.
A mídia americana já começa a debater este fiasco extraordinário.
Manning é um heroi, como disse Michael Moore. Ajudou a ver um dos horrores do mundo contemporâneo, a Guerra do Iraque.
E Assange também é, por ter publicado os documentos valiosíssimos que o Times e o Post desprezaram.
Íntegra em:
http://www.viomundo.com.br/politica/paulo-nogueira-times-e-post-recusaram-o-material-que-o-wikileaks-publicou.html
FrancoAtirador
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China alega que ataques cibernéticos vieram dos EUA
Agencia Estado
PEQUIM – O Ministério da Defesa da China disse que dois sites militares foram alvos de mais de 100 mil ciberataques por mês no ano passado, com quase dois terços deles originários dos EUA.
Esta foi a declaração mais específica do governo chinês desde que a empresa de segurança de internet Mandiant divulgou um relatório, em fevereiro, que ligava militares chineses a ataques em todo o mundo, inclusive contra corporações e agências governamentais dos EUA.
As alegações chinesas ilustram como os ataques online estão se tornando um grande incômodo para as relações EUA-China. Militares dos EUA e funcionários de segurança interna há muito tempo culpam os militares da China pelos mais graves ataques às redes americanas de computadores.
Em 2011, as autoridades americanas apontaram o dedo para a China, quando um relatório da inteligência dos EUA informou que hackers chineses são os “mais ativos e persistentes autores de espionagem econômica”.
No site do Ministério da Defesa da China, o porta-voz Geng Yansheng não acusou especificamente o governo dos EUA da responsabilidade pelos ataques.
Mas destacou que “essas práticas não são compatíveis com os esforços conjuntos da comunidade internacional para melhorar a segurança na internet. Esperamos que os EUA expliquem e esclareçam”.
Um porta-voz da Casa Branca se recusou a comentar as alegações chinesas.
As informações são da Dow Jones.
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia,china-alega-que-ataques-ciberneticos-vieram-dos-eua,145602,0.htm
FrancoAtirador
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Entrevista: JULIAN ASSANGE
Em entrevista à Carta Maior, concedida na embaixada do Equador no Reino Unido, Julian Assange fala sobre seu novo livro, que está sendo publicado no Brasil, e analisa o atual momento da mídia mundial.
“O abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema.
Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais.
Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado”, defende.
Por Marcelo Justo – Direto de Londres, na Carta Maior
O fundador de Wikileaks, Julian Assange, recebeu a Carta Maior em um escritório especial que a embaixada do Equador no Reino Unido preparou para que ele converse com a imprensa no momento da publicação no Brasil de seu novo livro “Cyberpunks. A Liberdade e o futuro da internet”. Veste uma camiseta da seleção brasileira, com o número sete e seu nome nas costas: a desenvoltura futebolística combina com seu bom bom humor. O cabelo branco e a pele quase translúcida lhe dá um ar de albino insone, mas os mais de seis meses encerrado nos confins da embaixada e o mais que incerto futuro ante à decisão do governo britânico de não conceder-lhe o salvo-conduto que permitiria que viajasse ao Equador, não parecem pesar muito.
É certo que ele em uma aparentemente merecida fama de recluso e que em seu pequeno quarto na embaixada deve fazer o mesmo que fazia a maior parte do tempo em sua vida livre: ficar grudado em seu computador e na internet. É difícil imaginar a vida de Julian Assange sem a tela do monitor e o ciberespaço. Por isso o livro que começa a ser vendido este mês no Brasil, publicado pela editorial Boitempo, contém algo tão inesperado como a camiseta brasileira: uma visão particularmente cética e mesmo negativa sobre o impacto da internet.
CM: Você fala em seu livro da internet como uma possível ameaça para a civilização. Muitos pensam que a internet é uma arma para o progresso humano que produziu, entre outras coisas, Wikileaks. Sua interpretação não é um pouco pessimista?
Assange: Não resta dúvida que a internet deu poder às pessoas que não o tinham ao possibilitar o acesso a todo tipo de informação em nível global. Mas, ao mesmo tempo, há um contrapeso a isso, um poder que usa a internet para acumular informação sobre nós todos e utilizá-la em benefício dos governos e das grandes corporações. Hoje não se sabe qual destas forças vai se impor. Nossas sociedades estão tão intimamente fundidas pela internet que ela se tornou um sistema nervoso de nossa civilização, que atravessa desde as corporações até os governos, desde os casais até os jornalistas e os ativistas. De modo que uma enfermidade que ataque esse sistema nervoso afeta a civilização como um todo.
Neste sistema nervoso há vários aparatos do Estado, principalmente, mas não unicamente, dos Estados Unidos, que operam para controlar todo esse conhecimento que a internet fornece à população. Este é um problema que ocorre simultaneamente com todos nós. E se parece, neste sentido, aos problemas da guerra fria.
CM: Você é muito crítico do Google e do Facebook que muita gente considera como maravilhosas ferramentas para o conhecimento ou as relações sociais. Para essas pessoas, em sua experiência cotidiana, não importa a manipulação que possa ser feita na internet.
Assange: Não importa porque esta manipulação da informação está oculta. Creio que nos últimos seis meses isso está mudando. Em parte por causa de Wikileaks e pela repressão que estamos sofrendo, mas também pelo jornalismo e pela investigação que está sendo feita. O Google é excelente para obter conhecimento, mas também está fornecendo conhecimento sobre os usuários. Ele sabe tudo o que você buscou há dois anos. Cada página de internet está registrada, cada visita ao gmail também. Há quem diga que isso não importa porque a única coisa que eles querem é vender anúncios. Esse não é o problema. O problema é que o Google é uma empresa sediada nos Estados Unidos sujeita à influência de grupos poderosos. Google passa informação ao governo de maneira rotineira. Informação que é usada para outros propósitos que não o conhecimento. É algo que nós, no Wikileaks, sofremos em primeira mão e que vem ocorrendo com muita gente.
CM: Mas no que concerne o controle do Estado há usos legítimos da internet para a luta contra a pornografia infantil, o terrorismo, a evasão fiscal…
Assange: Indiscutivelmente há usos legítimos e a maior parte do tempo a polícia faz isso adequadamente. Mas nas vezes em que não faz, esses usos podem ser terríveis, aterrorizadores, como está ocorrendo atualmente nos Estados Unidos. É preciso levar em conta que o que chamamos de quatro cavaleiros do apocalipse – a pornografia infantil, o terrorismo, as drogas e a lavagem de dinheiro – são usados para justificar um sistema de vigilância massivo da mesma maneira que usaram armas de destruição em massa para justificar a invasão do Iraque. Não se trata de uma vigilância seletiva de pessoas que estão cometendo um delito. Há uma gravação permanente de todo mundo. Isso é uma ameaça diferente de tudo o que já vivemos antes, algo que nem Goerge Orwell foi capaz de imaginar em “1984”.
CM: No Ocidente, falou-se muito da revolução do Twitter para explicar a primavera árabe. Esse não é um exemplo perfeito do potencial revolucionário da internet?
Assange: A primavera árabe se deveu à ação das pessoas e dos ativistas, desde a Irmandade Muçulmana até outros grupos organizados. A internet ajudou o pan-arabismo da rebelião com pessoas de diferentes países aprendendo umas com as outras. Também ajudou a que Wikileaks difundisse os documentos que deram mais ímpeto ao movimento. Mas se você olha para os manuais dos grupos que coordenavam os protestos, na primeira e última página, recomendavam que não se usasse Twitter e Facebook. Para as forças de segurança as mensagens no Twitter e no Facebook são um documento probatório de fácil acesso para prender pessoas.
CM: O que pode se fazer então?
Assange: A primeira coisa é ter consciência do problema. Uma vez que tenhamos consciência disso, não nos comunicaremos da mesma maneira por intermédio desses meios. Há uma questão de soberania que os governos da América Latina deveriam levar em conta. As comunicações que vão da América latina para a Europa ou a Ásia passam pelos Estados Unidos. De maneira que os governos deveriam insistir que os governos deveriam insistir para que essas comunicações sejam fortemente criptografadas. Os indivíduos deveriam fazer a mesma coisa. E isso não é fácil.
CM: De que maneira um governo democrático ou um congresso pode contribuir para preservar o segredo das comunicações pela internet?
Assange: Para começar, garantindo a neutralidade do serviço. Do mesmo modo que ocorre com a eletricidade, não se pode negar o fornecimento com base em razões políticas. Com a internet não deveria existir essa possibilidade de controlar o serviço. O conhecimento é essencial em uma sociedade. Não há sociedade, não há constituição, não há regulação sem conhecimento. Em segundo lugar, é preciso negar às grandes potências e superpoderes o acesso à informação de outros países. Na Argentina ou no Brasil a penetração do Google e do Facebook é total. Se os parlamentos na América latina conseguirem introduzir uma lei que consagre a criptografia da informação, isso será fundamental.
CM: Temos falado da revolução do Twitter, mas em termos de meios mais tradicionais, como a imprensa escrita ou a televisão, vemos que há um crescente debate mundial sobre seu lugar em nossa sociedade. O questionamento ao poder de grandes corporações midiáticas como o grupo Murdoch ou Berlusconi na Itália e as leis e projetos na Argentina ou Equador para conseguir uma maior diversidade midiática mostram um debate muito intenso a respeito. O que você pensa sobre essas iniciativas?
Assange: Nós vimos em nossa própria luta como o grupo Murdoch ou o grupo Bonnier na Suécia distorceram deliberadamente a informação que forneceram sobre nossas atividades porque suas organizações têm um interesse particular no caso. Então temos, por um lado, a censura em nível do Estado e, por outro, o abuso de poder de grupos midiáticos. É um fato que os meios de comunicação usam sua presença para alavancar seus interesses econômicos e políticos. Por exemplo, “The Australian”, que é o principal periódico de Murdoch na Austrália, vem sofrendo perdas há mais de 25 anos. Como isso é possível? Por que ele segue mantendo esse veículo. Porque ele é utilizado como uma arma para atingir o governo para que este ceda em determinadas políticas importantes para o grupo Murdoch.
O presidente Rafael Correa faz uma distinção entre a “liberdade de extorsão” e a “liberdade de expressão”. Eu não colocaria exatamente assim, mas temos visto que o abuso que grandes corporações midiáticas fazem de seu poder de mercado é um problema. Nos meios de comunicação, a transparência, a responsabilidade informativa e a diversidade são cruciais. Uma das maneiras de lidar com isso é abrir o jogo para que haja um incremento massivo de meios de comunicação no mercado.
Tradução: Katarina Peixoto
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21646
Mário SF Alves
“Neste sistema nervoso há vários aparatos do Estado, principalmente, mas não unicamente, dos Estados Unidos, que operam para controlar todo esse conhecimento que a internet fornece à população. Este é um problema que ocorre simultaneamente com todos nós. E se parece, neste sentido, aos problemas da guerra fria.” J. Assange
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Sistema nervoso; internet; www; rede neural… êpa! Rede?!!
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FrancoAtirador
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É, meu caro, Mário.
Como dizia o mestre Millôr Fernandes:
“Só porque o cara é paranóico,
não significa que não esteja
sendo perseguido”
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LANDO CARLOS
era que não esta na hora de se fazer uma pesquesa para saber quem realmente manda na nossa midia, dos estados unidos e inglaterra eu ja sei
Luca K
Ontem fui ao cinema. Por curiosidade, perguntei lá como estava a procura pela + recente peça de propaganda americana, ‘a hora + escura’. Resposta: “L-O-T-A-D-O”.
Lembrei do documentário q o Jair postou. É triste, mas muito + gente aqui no Brasil msmo verá o filmeco mentiroso sobre o suposto assassinato de Bin laden do q este ou outros bons documentarios. A real eh q a maioria se ‘informa’ vendo o JN e até mesmo ‘filmes-baseados-em-fatos-q-nós-inventamos’ feitos por Hollywood, como a ‘hora + escura’.
Mário SF Alves
Em respeito a ortografia:
1- BraZil com Z até que se justifica, mas quiser com Z não;
2- IMPRESCINDÍVEL entrou com um S além da conta; ou melhor, desnecessário e injustificável.
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Atenciosamente.
ricardo silveira
Um vídeo para ser mostrado nas escolas de todo mundo. Todo ser humano precisa saber do que um outro ser humano é capaz, até para não se tornar uma besta igual. Depois, para se organizar politicamente e lutar para que não surjam governos capazes de cometer esses genocídios para sustentar o capitalismo e sua indústria bélica, ou qualquer outro sistema que represente a barbárie.
Djijo
Está também no https://www.youtube.com/watch?v=10iiUYLOd7E, fácil para baixar.
Theo
Obrigado pelas legendas, Jair de Souza.
Bene
A violência urbana que vivemos hoje, é uma deseducação feita pelas mídias…
Urbano
Com os olhos da mente dá para enxergar muito bem, até mesmo por dedução do que já se viu… Aquela menina vietnamita correndo pela pista, com o corpo ardendo em brasa, quem nunca viu? E tenham certeza que, em relação ao que já foi feito, a situação daquela menina foi café pequeno.
Urbano
Com os burros atolados no brejo desde 2008, a ave de rapina agora resolveu enfiar as garras em definitivo na garganta do continente africano. A grande competência capitalista dela são a usurpação e a matança indiscriminada de humanos.
Mário SF Alves
E intrigas, e desova de armamento obsoleto à custa de um sem número de assassinatos, e guerras de rapina, e ilusionismo midiático, e pesquisa profunda de comportamento humano direcionada a mais absoluta alienação política, e golpes de estado, e… assim ad infinitum… ou… até quando a resistência ressurgir.
Dan Moche Schneider
Excelente documentário! O Diabo mora nos detalhes.
Luiz AA do Sacramento
Estou cada vez mais convencido de que Saint Exupèry estava absolutamente certo quando afirmou, a mais de cinquenta anos atrás, de que a espécie humana estaria caminhando para os tempos mais negros da sua história.
Depois do acompanhamento desses relatos , torna-se praticamente impossível acreditar numa sociedade mundial equilibrada.Infelizmente,nós seres humanos,temos una terrível propensão de ignorar a dor e o sofrimento do nosso próximo,mesmo tendo a consciencia de que todos nós somos constituídos da mesma matéria e vulneráveis às mesmas vicissitudes.Lamentavelmente!
Mário SF Alves
Então, Luiz, o cenário tá aí pra quem quizer enxergar. Mas, o interessante mesmo, meu caro, é não perder o sistema de referências, enriquecê-lo a cada dia e ter claro que, não obstante tanta e tamanha desumanidade, a humanidade está fadada à conquista do Universo. Resta saber que humanidade será essa; se a nazistizada [não sois máquinas, homens é o que sois. Chaplin] ou a outra, a que resistirá, a re-humanizada.
xacal
Todos os filme, uns mais outros menos, têm uma frase fundamental, uma fala que o define…pelo menos, eu gosto de pensar assim.
De todo o passeio pelo cinismo da mídia, o sadismo sanguinário das tropas de ocupação, tudo que está a serviço da do rompimento violento dos obstáculos a acumulação capitalista, como foi o caso do Iraque, ficou para mim a frase do Carne Ross, o diplomata responsável pela manutenção do embargo contra o Iraque e que matou milhares de crianças:
“Todos nós temos que prestar contas uns aos outros. É a forma de termo uma sociedade civilizada”.
É isto.
Nos dias de hoje, o capital não reconhece nenhuma forma de prestação de contas, dribla fronteiras, supera barreiras tributárias, ultrapassa espaços geográficos e os modifica, define quem vai ser preso, quem vai ser solto, qual é a renda que teremos, o que vamos consumir, quanto tempo teremos, qual é a distância que você precorrerá para trabalhar, e em suma, quem morre e quem vive.
A mídia é o arauto desta sombria ideia de modernidade…e com tal, também não presta contas a ninguém!
Julio Silveira
Os nazistas migraram da Alemanha.
Nos States uma terra para oportunidades, de oportunistas e preconceituosos por cultura, sempre tiveram seus admiradores ocultos. Aprender que é possivel explorar a democracia criando uma mescla de conceitos bizarra foi um passo. O mundo critico de hoje vê o resultado dessa amalgamada perversão.
Luca K
Tô postando uma lista com alguns documentários interessantes. Infelizmente só um já está legendado. Quem sabe o Jair se interessa por algum e traduz! :-)
“He who controls the past controls the future. He who controls the present controls the past.” ― George Orwell, 1984 (aquele q controla o passado controla o futuro. Aquele q controla o presente controla o passado.)
Why we fight part 01-documentario legendado português
http://www.youtube.com/watch?v=A1vzc_HEj-E
War Made Easy: How Presidents & Pundits Keep Spinning Us to Death
http://www.youtube.com/watch?v=2ykd6gOk8vM
PARA ENTENDER MELHOR OS ATAQUES DO 11/9 E PQ A VERSÃO OFICIAL É FALSA.
ZERO An Investigation Into 9/11
http://www.youtube.com/watch?v=8XRMrMdn0NQ&feature=related
AE911Truth Experts Speak Out
https://www.youtube.com/watch?v=YW6mJOqRDI4
DOCUMENTARIO DA BBC SOBRE A OPERAÇÃO GLADIO. ASSISTAM!
https://www.youtube.com/watch?v=yXavNe81XdQ
O LOBBY ISRAELENSE E A POLITICA EXTERNA AMERICANA
https://www.youtube.com/watch?v=N294FMDok98
AIPAC 101 – EXCELENTE E CURTO
https://www.youtube.com/watch?v=IqM2EXFdOnM
Reasonable Cause. Se não quiserem ver inteiro pulem para aproximadamente 4:30 para ver a propaganda q convenceu o publico americano sobre a guerra do golfo, a infame estória dos bebês das incubadoras. A “testemunha” merece ou não um oscar?? Talento desperdiçado por Hollywood!
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=e_AQMxvqWho
TAXI TO THE DARK SIDE
http://www.youtube.com/watch?v=–GCkdWlHdk&feature=related
Jair de Souza
Estimado Luca K, obrigado pela relação de documentários.
Devo dizer que já vi (e tenho comigo) quase todos os que você mencionou. Ainda não vi AIPAC 101, mas vou vê-lo.
Considero Why we fight e Taxi to the dark side imprescindíveis para uma boa compreensão da mentalidade dos dirigentes políticos dos EUA. Os mesmos podem também ser encontrados com legendas em português, para os que têm dificuldade de entender o inglês. Não sei se ainda estão disponíveis em português no Youtube. De todas formas, há legendas disponíveis em opensubtitles.org.
Quanto aos documentários relacionados com o 11/09, há outros que também são excelentes, como Loose Change e In plane site. Há cerca de um mês, revisei e corrigi as legendas em português para Loose Change e o publiquei no Youtube com o título de Mudança Livre. Em poucas horas, fui penalizado com o bloqueio do vídeo e a proibição de postar outros com mais de 15m. No entanto, fiz a postagem do mesmo no Vimeo (pode ser acessado pelo link: http://racismoambiental.net.br/2013/01/84017/). Se você ainda não o viu, recomendo muito que o veja. Vale a pena.
Obrigado novamente pelas sugestões.
Mário SF Alves
“Quanto aos documentários relacionados com o 11/09, há outros que também são excelentes, como Loose Change e In plane site. Há cerca de um mês, revisei e corrigi as legendas em português para Loose Change e o publiquei no Youtube com o título de Mudança Livre.”
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Estou assistindo esse, no link a seguir, conforme sugerido.
http://racismoambiental.net.br/2013/01/84017/
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Igualmente IMPRESCINDÍVEL. E o que é mais importante, ZERO/suspeita quanto à origem e produção ser cortina de fumaça e/ou teoria conspiratória.
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Obrigado.
Luca K
Valeu Jair. Sobre ‘Loose Change’, sim, eu já assisti. É bom, mas me lembro q há alguns argumentos equivocados. Não lembro mais exatamente quais.
O bom do ae911truth.org e seu trabalho eh q os caras são muito profissionais e cuidadosos. Dois tios meus engenheiros foram convencidos vendo os vídeos desse grupo. Entretanto, admito q para o cidadão leigo, uma apresentaçao + dinâmica e acessível tende a prender + a atençao.
Abs
Lino Bocchini: O julgamento do caso da Falha « Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] O documentário A Guerra Que Você Não Vê […]
Rogério Madureira
A pergunta que não estamos nos fazendo é “por que diabos permitimos esse tipo de governo fazer as coisas que faz?” Isso é a Alemanha nazista, desta vez, na pele dos americanos e ingleses.
Luís Carlos
Excelente documentário. Mostra que existem jornalistas que fazem as perguntas que devem ser feitas. Deve deixar muitos jornalistas de grandes veículos envergonhados. Por outro lado, expõem a vilania e indecência da prática de muitos jornalistas, que apóiam versões oficiais compactuando com assassinatos. Estes jornalistas são cúmplices de assassinatos e extermínios. Arrotam discurso moralista e dormem diariamente sem pesar algum por ajudarem a matar crianças. Os grandes veículos de comunicação formam a maior rede ditatorial, autoritária e corrupta do mundo. Ainda dizem falar em nome da liberdade… …só da liberdade do grande capital em mentir, roubar e matar.
FrancoAtirador
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O vídeo pode ser também assistido no canal YouTube.
Aproveite, antes que a S.O.P.A. congele na P.I.P.A.
(http://www.youtube.com/watch?v=pskjzl2czKg)
Fernando Garcia
Bem, talvez todo mundo por aqui já assistiu/leu, mas vale a pena postar:
Documentário Canadense baseado no livro Manufacturing Consent
http://www.youtube.com/watch?v=Ci_1Ghk0CIc
Manufacturing Consent: Noam Chomsky and the Media
A film about the noted American linguist/political dissident and his warning about corporate media’s role in modern propaganda.
Directors: Mark Achbar, Peter Wintonick
Stars: Noam Chomsky, Mark Achbar, Edward S. Herman
Luca K
O livro é ótimo, acho até q já está disponível em portugues. E tem um outro dele sobre o mesmo tema, ‘Necessary Illusions”.
Valeu por postar.
Noir Dias Moreira
Filme fundamental para exibição a todas as turmas de jovens formandos em jornalismo e principalmente no Brasil.
Parabéns pelo filme e pelo post.
Mário SF Alves
Prezado Jair,
Antes de mais nada, gostaria de agradecer pela importantíssima colaboração ao aclareamento das ideias. O jogo é por demais bruto. Inimaginavelmente bruto. Lembro-me do que disse Marx: “nada do que é humano me é estranho”.
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Nada me é estranho e nem mesmo as possíveis justifivativas, a exemplo das apresentadas pelos “embutidos”. Fico pensando no que alegariam os representantes do neo-conservadorismo fascista frente a uma denúncia tão grave como essa. É bem provável que alegassem:
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Ah! Essas conclusões [e realidade mostrada no documentário/denúncia de mais este holocausto] são fantasias de comunista [uai? mas, isso não acabou lá com a ex-URSS?]; são produto de visão ideológica esquerdista; é crítica parcial, ideologizada, que ignora os imperativos da geopolítica Ocidental.
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Como desmentí-los? Eis a questão! Você já pensou sobre isso?
Willian
“Homo sum: humani nihil a me alienum puto” – “Sou homem; nada do que é humano me é estranho”
Terêncio, não Karl Marx.
Mário SF Alves
Terencio… Interessante… este pensamento tem tudo a ver com Marx.
Obrigado, Willian.
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Se “o espírito é o mais excelso produto da matéria”, conforme observado pelo Engels em meados do Século XIX; se a matéria [não o preconceito sobre ela] não foi sequer cientificamente ainda plenamente compreendida; logo, que se dirá da maioria dos humanos, onde sequer houve tempo, condição e/ou vontade para a elaboração da consciência que elevaria seu espírito.
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“Não é a consciência do homem que lhe determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a consciência.” Agora, sim, Karl Marx.
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E seguindo a mesma rota:
“As ideias dominantes numa época nunca passaram das ideias da classe dominante.” Karl Marx
FrancoAtirador
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Pior, Mário.
A Mídia Murdoquiana, aqui destas plagas do Hemisfério Sul,
sequer faria, como não o faz, um mínimo gesto de contrição.
O que significa dizer que continua ‘embutida’ pelo Pentágono.
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FrancoAtirador
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Tags: MÍDIA EMBUTIDA PELO PENTÁGONO & OS MENTIRÕES HISTÓRICOS
28 fev. 2003
Guerra no Iraque
REVISTA VEJA
• Os americanos enfrentam algum risco numa eventual guerra?
SIM. Apesar do incomparável poderio militar, OS SOLDADOS AMERICANOS E OS MORADORES DOS PAÍSES DA REGIÃO PODEM SER ATINGIDOS POR ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS.
(http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/iraque/faq.html)
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Mário SF Alves
“•Os americanos enfrentam algum risco numa eventual guerra?
SIM. Apesar do incomparável poderio militar, OS SOLDADOS AMERICANOS E OS MORADORES DOS PAÍSES DA REGIÃO PODEM SER ATINGIDOS POR ARMAS QUÍMICAS E BIOLÓGICAS.”
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Pois é, prezado Franco,
Taí mais uma deplorável evidência de “os fins continuam justificando os meios”. E o que é ainda pior, e a essência do problema, nem os fins se justificam mais. O Ocidente surtou! E a (in)Veja foi à reboque.
Mário SF Alves
Então. Gostaria que você tirasse um tempinho para pensar sobre o seguinte:
“O que a pior elite do mundo [a capacha], via PiG local, mídia fora-da-lei, tem nos “dito” [torrado nossa paciência] a todo instante é: a vocês, brasileiros democratas, socialistas, comunistas ou liberais só existe uma saída; e é aquela que há tempos foi descoberta e posta em prática pelo Fidel, Che Guevara e Camilo Cienfuegos”.
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Diante disso, e sem firulas, sem verborragias, sem pretensão intelectual, sem intelectualismo barato e sem intelectualóides feagaceanos, basta-nos a REALIDADE; a mesma que bastou ao Fidel e ao Guevara. Seríamos capazes de alcançá-la?
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Seríamos capazes de fazer dela a base de conquista nosso próprio destino? Seríamos capazes de, não obstante a perniciosa e conhecida campanha midiática neoudenista, seguirmos rumo à consolidação da Democracia neste que um dia poderá ser o nosso Brasil?
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Sorte a nossa que ainda podemos sonhar e pensar.
E vamos juntos até – no mínimo – à descoberta da chave [coletiva] que nos permitirá desatar o nó górdio que atrela o Brasil ao insensato e desumano regime Casa Grande-BraZil-Eterna-___
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Obrigado.
FrancoAtirador
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Meu caro Mário SF Alves.
Lembrei-me de uma entrevista concedida, há muito tempo,
pelo imprescindível Oscar Niemeyer, à TV Brasil:
“Eu não gosto muito de falar disso,
mas a única alternativa é a Revolução.
Acontece que aqui não se pode fazer revolução,
porque todo brasileiro é um revolucionário
que quer fazer a sua própria revolução…”
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renato
O Tempo, infelizmente o tempo…
Tomara que seja a tempo.
Mas alguém sempre o sabe, Deus
esteja com eles.
Rodrigues
Copiei a sinopse de outro blog para que se possa saber sobre o que especificamente trata o documentário – que vale muito a pena ser assistido!
“John Pilger revela como os meios de comunicação agem de modo orquestrado para beneficiar as políticas imperialistas dos Estados Unidos, por exemplo, e de seus agentes no Oriente Médio (Israel).
A vida humana nada conta para estas potências imperialistas (ou sub-imperialistas) nem para a mídia que as defende.
Nada está acima dos interesses econômicos ou estratégicos militares dos estados e grupos econômicos que exercem a hegemonia política no planeta. As cenas das atrocidades cometidas no Iraque, no Afeganistão e na Palestina são amostras do grau de perversidade a que se pode chegar com o objetivo de garantir privilégios.”
Rodrigues
Aliás, excelente trabalho de tradução e legendagem!
Jair de Souza
Muito obrigado, Rodríguez, por ter trazido à tona as palavras que escrevi para introduzir o documentário quando o postei no Youtube pela primeira vez.
Luca K
Parabéns + uma vez ao Jair pelo trabalho de tradução!
Vi um pouco e parece muito bom, assistirei todo logo q o tempo permitir.
Jair, posso sugerir + alguns documentários?
;-)
renato
Uma aberração..
Este realmente é o Mundo comandado pelo principe
da Mentira.
Jair de Souza
Gostaria de chamar a atenção dos que forem ver (rever) este valiosíssimo documentário para uma incorreção que cometi na tradução para a legendagem. É por volta dos 8m de rodagem, quando é dito em inglês que o plano de bombardear o Iraque seria seguido de “deception in massive amounts”. Só agora me dei conta de que traduzi “deception” como “decepção”, mas na verdade este termo do inglês equivale em português a “enganação”. Desta forma, passa a ter muito mais sentido o que o texto original quer expressar: “The plan would be followed by deception in massive amounts”, ou seja: O plano seria acompanhado de enganação em grande escala.
Perdoem-me por este erro, fiz esta tradução em 2009, com a máxima urgência, a partir de uma solicitação dos coordenadores do excelente portal DocVerdade. No entanto, creio que, apesar deste e de outros erros cometidos, a tradução garantiu que milhares de pessoas pudessem aceder ao conteúdo deste importantíssimo documentário.
renato
Continua prestando um grande Serviço.
Parabens.
Vou passar isto para todos os E-mails
que possuo com sua permissão.
Documentário “A guerra que você não vê” | Blog dos Desenvolvimentistas
[…] Documentário “A guerra que você não vê” Opine No Viomundo […]
Rogério Floripa
Baixar o Documentário – A Guerra Que Você Não Vê – http://bit.ly/12k4STE
FrancoAtirador
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MENTIRÕES
“Quando se usam símbolos separados dos seus significados,
os quais passam a ter uma existência por conta própria,
os fatos já não têm mais importância alguma.” Plim, Plim…
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abolicionista
“Radiação atômica não causa doenças”, New York Times.
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