Mulheres Sem Terra ocupam área para denunciar Codevasf: Não cumpriu acordo e impede acesso à água
Tempo de leitura: 2 minMulheres Sem Terra ocupam área da CODEVASF na Bahia reivindicando terra e água
Empresa não cumpriu o acordo feito com as famílias, e agora as impede de ter acesso a água
Comunicação MST-BA
Na manhã deste domingo (10), cerca de 300 famílias Sem Terra que vivem no Acampamento Terra Nossa, localizado na região norte em Juazeiro/BA, ocuparam uma área que pertence a empresa CODEVASF (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), para denunciar a empresa que impede as famílias de acesso à água.
As famílias estão acampadas desde o dia 23 de abril sem acesso a água para plantio e produção de alimentos.
A área se encontra em terras devolutas com cerca de 4 mil hectares e está a 800 metros do projeto salitre da CODEVASF, que tem 51 mil hectares de espelho d’água.
A privatização da água praticada pela CODEVASF privilegia as grandes empresas e grandes empresários, garantindo abundância hídrica para o agronegócio, através dos perímetros irrigados, excluindo a agricultura familiar e o pequeno produtor.
Passa a ser desumano, criminoso e inconstitucional diante da forma com que as famílias se encontram. São trabalhadores e trabalhadoras, crianças e idosos que estão sem acesso a água para cuidar dos afazeres diários e plantar.
Há um acordo de 2008 estabelecido entre CODEVASF, INCRA, Governo Federal e o MST de assentar 1.000 famílias em 13.000 hectares de terra adquiridos através da empresa, o que infelizmente não aconteceu.
E hoje após 16 anos apenas 192 famílias estão assentadas e pouco mais de 5.500 hectares regularizados.
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A CODEVASF não cumpriu o acordo feito com as famílias, e agora as impede de ter acesso a água que é um bem comum e de garantia universal.
O MST reafirma a importância da agricultura familiar, que precisa ter espaço nos perímetros irrigados com acesso a terra e água, semeando a resistência e o sonho de se produzir e cultivar alimentação saudável em terras públicas e que hoje estão destinadas exclusivamente ao agronegócio.
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Comentários
Zé Maria
Isso ocorreu na Bahia?
Não foi na Palestina?
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