Lutando para provar sua inocência, Henrique Pizzolatto mostra as notas comprovando que o “mensalão do PT” pagou à Globo: R$ 6.793.387,81

Tempo de leitura: 3 min
A entrevista de Pizzolatto ao Viomundo

Da Redação

Como o ex-presidente Lula disse à época, em entrevista ao Fantástico, quando fazia uma viagem ao Exterior, o chamado “mensalão” do PT foi caixa dois.

Caixa dois que o ministro Onyx Dornelles Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil, admitiu mais recentemente: recebeu R$ 300 mil da JBS e pagou R$ 189 mil em multa.

Ah, mas Lorenzoni é do DEM e serve a Jair Bolsonaro.

O caso dele não foi parar no STF, mas foi tratado na instância própria, a Justiça Eleitoral, que o encaminhou à PGR por tratar-se de deputado federal com foro privilegiado.

A PGR fechou o acordo — e caso encerrado.

Mas, no caso do caixa dois petista, diferentemente do mensalão tucano em Minas Gerais, não houve desmembramento, ou seja, remessa dos autos de quem não tinha foro privilegiado, para a primeira instância.

[No mensalão tucano, que a mídia inicialmente chamava de mensalão mineiro, para poupar o PSDB, houve comprovadamente desvio de dinheiro público, de empresas estatais como a Cemig, o Companhia Energética de Minas Gerais, mas alguém ouviu falar o nome do tesoureiro do PSDB de Minas?]

Era preciso julgar todos os 40 réus do PGR Antonio Fernando em conjunto, no STF, pulando instâncias, caso contrário seria impossível remeter a opinião pública à ideia do Ali Babá (Lula) e os quarenta ladrões.

A Globo trabalhou como ninguém pelo mensalão, acolhendo as teses do relator Joaquim Barbosa sem levantar qualquer dúvida ou crítica.

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Predecessor do juiz/promotor Sergio Moro, o ministro/promotor Barbosa não só abraçou uma versão “torta” do domínio do fato — versão denunciada como errônea pelo criador da própria teoria, o alemão Claus Roxin — como insistiu na tese de que a direção do PT teria desviado dinheiro público, do Banco do Brasil.

Porém, já está provado que o dinheiro nunca foi do BB, mas da Visanet, empresa constituída pela Visa em parceria com bancos brasileiros para promover cartões de crédito com sua bandeira.

Mais: uma auditoria comprovou que 90% do dinheiro supostamente desviado foi gasto em atividades promocionais, inclusive em comerciais que foram ao ar em empresas do Grupo Globo.

A tese do “promotor” Joaquim Barbosa levou o então ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, o diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto, o presidente do PT José Genoino e o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, a serem denunciados por “formação de quadrilha” — aliás, eles foram absolvidos desta acusação específica, mas só depois de terem ardido na fogueira pública cujas chamas foram assopradas pela Globo, Veja e adjacências.

As duas frases de Joaquim Barbosa, ditas acima, não correspondem à verdade.

Dentre as provas da defesa, um singelo ofício do Banco do Brasil assegurando que “a origem, propriedade e gestão dos recursos do Fundo de Incentivo Visanet pertenciam à Companhia Brasileira de Meios de Pagamento (CBMP) — VISANET” (hoje Cielo).

Não, o Banco do Brasil, embora acionista da Visanet, não colocou dinheiro no Fundo de Incentivo, conforme auditoria do próprio banco atestou: “De acordo com o regulamento de constituição e uso do Fundo de Incentivo Visanet, a CBPM sempre se manterá como legítima proprietária do fundo, devendo ser os recursos destinados exclusivamente para ações de incentivos aprovadas pela Visanet, não pertencendo os mesmos ao BB — Banco de Investimentos e nem ao Banco do Brasil”.

Mas, e os milhões em dinheiro público que o PT teria desviado do Banco do Brasil para comprar votos (nunca provado), fazendo pagamentos mensais a deputados da oposição (nunca provado), para comprar a reforma da Previdência — que a oposição mais do que muitos petistas queria aprovar?

Resultado da perícia

O perito Fernando Cesar Guarany só não conseguiu validar R$ 7,3 milhões, 10% da fortuna que teria sido desviada pelo PT, depois de analisar as notas emitidas e os serviços comprovadamente realizados.

A não ser que a Globo tenha… emitido notas falsas.

Neste caso, se aplicado o “domínio do fato” à direção da Globo, ela teria de ser condenada junto com os petistas, por embolsar dinheiro sabidamente sujo.

A acreditar nas notas fiscais, o hoje denominado Grupo Globo embolsou R$ 6.793.387,81 do “mensalão do PT”, em dinheiro público!

Foi para comprar reportagens positivas no Jornal Nacional? Para evitar que Lula fosse atacado? Para deixar Lula fora das acusações? Ou para pagar por aquela entrevista que ele deu ao Fantástico?

Tudo isso é tão verossímil quanto a teoria de Joaquim Barbosa de que o dinheiro da Visanet era do Banco do Brasil, talvez o pilar central da acusação.

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Comentários

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Zé Maria

“A Folha Tem Medo de Lula”

Viúva inconsolável de Moro,
a Folha, com inovação metodológica,
transforma o julgamento de um cidadão
pelo Poder Judiciário numa imitação
barata de paredão do BBB.
Obriga leigos a prolatar sentenças
por telefone, como se fossem juízes,
mesmo sem terem sequer tido
condições de ler os processos.
E fabrica sob medida uma
pesquisa para ser replicada
no Jornal Nacional e na Rede Globo.

Por Dilma Rousseff, na Fórum: (https://t.co/qxG4zMmMwS)

A maioria dos colunistas e parte do próprio noticiário da Folha de S. Paulo têm mostrado que Bolsonaro ficou assustado com a devolução dos direitos políticos do ex-presidente Lula, a ponto de defender a vacina e usar máscara, contrariando sua própria natureza de negacionista.
Mas o que ficou claro nos dois últimos dias é que também a Folha está com medo de um Lula que, com suas condenações anuladas e diante da justa e provável declaração de suspeição de Moro pelo STF, retoma seu protagonismo natural na política brasileira e pode ser ele mesmo candidato à presidência e/ou liderar um processo de reconquista da democracia e reconstrução do país.

Na edição de domingo, a Folha fabricou um longo texto cujo único objetivo é tentar manter a perseguição jurídica movida contra o ex-presidente Lula, na contramão da decisão e da tendência do STF.
O jornal produziu uma espécie de “cozido” em que mistura e repete todas as acusações forjadas, fabricadas e inventadas no contexto do lawfare promovido para me destituir do governo e, depois, impedir Lula de ser candidato a presidente em 2018, quando era favorito.

A Folha destaca processos que nunca tiveram andamento, inquéritos que não prosseguiram porque Lula sequer foi interrogado, acusações que prescreveram, ações que foram arquivadas por falta de provas a pedido do ministério público, denúncias rejeitadas, por ineptas, pela Justiça federal e até pelo TRF-3.
A intenção óbvia é manter a narrativa midiática persecutória que a própria Folha construiu, junto com o resto da mídia comercial brasileira.

A fragilidade do texto publicado domingo só é superada pela grosseira manipulação de uma pesquisa que a Folha mandou seu instituto de opinião fabricar sob medida para ser manchete da edição desta segunda-feira.
Nesta pesquisa, o Datafolha transforma os seus cerca de 2 dois mil entrevistados em juristas amadores, porque os induz, de maneira totalmente indevida e absurda, a se colocar no papel de juízes para decidir se Lula é culpado ou inocente num dos julgamentos a que foi submetido.
Justamente o julgamento que o STF acaba de declarar nulo, sem valor jurídico.

Com esta inovação metodológica, a Folha transforma o julgamento de um cidadão pelo Poder Judiciário numa imitação barata de paredão do BBB.
Obriga leigos a prolatar sentenças por telefone, como se fossem juízes, mesmo sem terem sequer tido condições de ler os processos.
E fabrica sob medida uma pesquisa para ser replicada no Jornal Nacional e na Rede Globo.

Com a Lava Jato desmoralizada pelo vazamento legalmente autorizado de seus abusos e com a decisão do ministro Fachin, a Folha assume o papel de viúva inconsolável de Moro.
Espera com isso influenciar no julgamento da suspeição do juiz, buscando absolver quem liderou crimes contra a imparcialidade da justiça e o sagrado direito de defesa. Assim, a Folha se volta para a manipulação mais descarada e culpa Lula.
Pratica essa ignomínia porque tem medo.
O medo ao ex-presidente Lula leva a Folha ao desespero.
E o desespero faz a Folha querer, novamente, interditá-lo.
Mais uma vez subestima a inteligência e a memória do povo deste País.

https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1374182529306083329
https://revistaforum.com.br/debates/a-folha-tem-medo-de-lula-por-dilma-rousseff/

abelardo

Penso que a justiça brasileira se mostra como fraudulenta e inconfiável por conta de algumas poucas dezenas de juízes integrantes de tribunais superiores, de procuradores da PGR, dos MPs, do CNJ e PF. Avalio que em dados momentos recentes deixaram até impressão de que formaram uma espécie de coligação do mal ou um bando de malfeitores, que trabalhavam para um comando maior. Imagino que se corromperam ao corromper a constituição e seus juramentos. Ainda gera controvérsias as possíveis razões pelas quais colocaram em riscos seus currículos e suas histórias. Talvez por atração ao partidarismo ou a seletividade ou ao preconceito ou a parcialidade ou a ambição ou a ganância ou as mordomias ou ao status ou aos penduricalhos supérfluos da mesma forma como foram encantadores os supérfluos penduricalhos, que indígenas ingênuos receberam de mercenários espertos. A diferença é que na justiça não há ingênuos, mas há algumas poucas autoridades que mancham a honra, a reputação e o nome de uma instituição secular onde milhares de membros éticos e responsáveis talvez tenham algum tipo de impedimento intimidatório, que os aconselhem a não seguir com seus protestos e criticas.

Zé Maria

.
“Bonat também deu Orientações a Procuradores da Lava Jato” em Curitiba”

As mensagens apreendidas na investigação contra hackers de autoridades
já haviam comprovado que o ex-juiz Sérgio Moro atuava como coordenador
da ‘lava jato’.
Porém, novos diálogos mostram que a estreita ligação entre o órgão acusador
e o julgador permaneceu após Moro deixar a magistratura, por meio de seu
substituto na 13ª Vara Federal de Curitiba, o juiz Luiz Antônio Bonat.

Conjur, via DCM: (https://www.diariodocentrodomundo.com.br/substituto-de-moro-tambem-deu-orientacoes-a-procuradores-da-lava-jato)

Zé Maria

.
Olha só: Não foi só o Barbosa que
escondeu Expedientes Judiciais …
.
Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba
ocultou Processo da Defesa de Réu.

Segundo o Advogado do Acusado,
só o Juiz tinha acesso aos autos secretos.

“Sergio Moro, nem Luiz Antonio Bonat,
lembraram de vincula-lo à ação penal principal.
Bonat também esqueceu de enviar os autos
para a Seção Judiciária do Distrito Federal.
Nesse ponto, pelo menos, Moro não esqueceu
de avisar os Procuradores da República
que tinha algo estranho nos diálogos.
Para isso, sua memória funcionava bem!”

Íntegra da Reportagem de Luiza Calegari,
editora da revista Consultor Jurídico (ConJur):

https://www.conjur.com.br/2021-mar-22/advogado-descobre-outro-processo-secreto-lava-jato

marco

Onde tem “trairagem” o Zé Cardoso tá dentro.

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