Ildo Sauer: EUA querem destruir o preço do petróleo; Brasil ajuda!
Tempo de leitura: 6 minDepois do Saddam, o pré-sal
“O governo trata Libra como se fosse uma padaria ou pizzaria.”
publicado pelo Jornal dos Economistas, da Conrecon/Sindecon/RJ
Professor titular da USP e um dos mais reconhecidos cientistas brasileiros na área de energia, Ildo Sauer foi diretor de gás e energia da Petrobras durante o primeiro governo Lula. Nessa entrevista, critica o leilão de Libra e propõe um modelo alternativo.
P: Como você avalia o modelo criado pelo Brasil para exploração e utilização dos recursos do pré-sal? O país vai utilizar bem essa riqueza?
R: Não. O modelo de concessões formulado pelo governo neoliberal de FHC, numa época em que ainda se justificava no discurso a possibilidade de um risco genérico exploratório para encontrar petróleo, não era o melhor. Naquele tempo, o modelo adequado seria a partilha da produção, com a Petrobras comandando.
Eu defendi transformar concessão em partilha. No momento em que se conclui com sucesso a definição de uma nova província de petróleo no pré-sal, nem o modelo de concessão nem o de partilha servem.
Quando já há uma confirmação de sucesso e com pouco investimento se pode descobrir o volume de petróleo disponível a ser produzido, o melhor modelo é o monopólio público de uma empresa puramente estatal ou o modelo de prestação de serviços em que uma empresa, preferencialmente uma estatal híbrida igual à Petrobras, é contratada para fazer o serviço de delimitação do volume de recursos. Depois se contrata essa empresa num regime de prestação de serviços, remunerando-a adequadamente por todos os custos.
Nós temos 50 bilhões de barris já confirmados, mas podemos chegar a 100, 200 ou 300 bilhões.
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O governo não autorizou o custo pequeno, da ordem de US$6 bilhões a US$7 bilhões, para que a Petrobras, fazendo cerca de cem poços na área do pré-sal de Santa Catarina ao Espírito Santo, definisse o volume total de petróleo. Essa informação é essencial para delinear um projeto estratégico para o país do que fazer com o petróleo.
O governo está promovendo o sucateamento das duas grandes riquezas do povo brasileiro: o petróleo e, mais importante, a Petrobras, uma construção histórico-social capaz de intervir sobre a natureza e dela arrancar um elemento essencial para a sociedade, a energia.
P: O que motiva o governo a fazer os leilões?
R: O governo precisa de dólares para contrabalançar a situação macroeconômica. O baixo índice de crescimento da economia brasileira, associado à potencial fuga de dólares, fazem com que o Brasil precise do fluxo de dólares para manter o equilíbrio das contas externas. Por isso, decidiu que vai antecipar o leilão de Libra.
A segunda motivação talvez seja ideológica, no sentido de subordinar os recursos naturais à lógica do interesse privado.
Não sei se há também interesses menores do ponto de vista da base de apoio econômico e político ao governo, dinheiro para campanha e para enriquecimento de figuras ligadas ao processo de poder, que está em xeque agora no Brasil depois que o povo foi às ruas.
P: Qual seria a melhor alternativa?
R: Havia uma alternativa mais inteligente para resolver o problema macroeconômico: contrata-se a Petrobras, que delimita o campo de Libra e produz. Ah, faltam US$ 50 ou 60 bilhões para desenvolver o campo. Faz parceira internacional negociada politicamente a partir do governo. Chama a China, eventualmente a Índia e outros parceiros, e investe, produz e controla o ritmo de produção.
Em contrapartida, a China recebe o petróleo a 80 ou 90% do preço internacional e antecipa o dinheiro do investimento, coloca no Brasil o dinheiro necessário para equilibrar as contas externas.
Libra vai produzir cerca de dois milhões de barris por dia, 700 milhões por ano. Se vender o petróleo a US$90 por barril e custar US$20 para produzir, sobram US$70 por barril.
São US$50 bilhões por ano que estão em jogo, ao longo de 20 anos de produção, supondo que as reservas sejam de 15 bilhões de barris, como esperado.
Com US$50 bilhões por ano você mantém as contas externas com afluxo de US$10 ou 15 bilhões em moeda, os outros US$35 ou 40 bilhões usa para investir em infraestrutura.
Criaria a Metrobras que seria a dona e operaria os metrôs de todas as cidades com mais de 500 mil habitantes no país. O Brasil poderia estabelecer uma parceria com a China que estabeleceria fábricas de trens no Brasil. Essa espécie de escambo não danificaria o equilíbrio da taxa de câmbio.
E nessa escala, os recebíveis do próprio sistema de transporte garantiriam o financiamento.
Eu estou dando um exemplo. O mesmo podia acontecer para trens de alta velocidade interestaduais, portos, vias navegáveis. Esse seria o modelo para o pré-sal em geral, não só Libra.
Acima de tudo o ritmo de produção tem que ser coordenado com a OPEP. Você não pode jogar dois bilhões de barris de petróleo no mundo sem coordenação. Do contrário, há um problema da renda petrolífera desaparecer. Está no horizonte uma ameaça geopolítica contra a OPEP e a Rússia comandada pelos EUA, que quer difundir a tecnologia do shale gas. Tem um petróleo e gás barato vindo daí.
P: Você acha que no médio e longo prazo o preço do petróleo vai cair em função do shale gas?
R: O shale não tem força para destruir a hegemonia do petróleo nas próximas cinco décadas, mesmo sabendo que a China tem recursos potenciais até superiores que os dos EUA.
P: Mas já há estudos dizendo que o shale pode tornar os EUA autossuficientes.
R: Sim, mas é efêmero. Por quanto tempo vai ser autossuficiente? Até a semana que vem, depois vai ter que voltar à mesa. Há uma ameaça no horizonte sobre o preço do petróleo como construído historicamente a partir de 2005 pela OPEP, a partir da hegemonia da OPEP no controle do recurso natural.
Em 1960, 84% do petróleo estava nas mãos das multinacionais, 14% nas mãos da URSS, e 2% nas empresas nacionais. Em 2010 era o contrário: 92% nas mãos dos governos, de empresas estatais ou híbridas. Com o controle político, eles conseguiram impor o preço.
O shale agora se apresenta como uma nova ameaça. O papel do Brasil nesse sentido é absolutamente destrutivo da geopolítica dos países que querem extrair renda do petróleo, que é o grupo em que o Brasil está entrando. O modelo que o governo está colocando em Libra e o modelo aprovado no Congresso ou são absolutamente ingênuos, ou destituídos de visão geopolítica estratégica, ou oportunistas, para satisfazer interesses menores no governo.
P: Se você partir do princípio de que a demanda dos EUA cairá, em função do shale, derrubando o preço do barril, não seria melhor para o Brasil explorar logo o pré-sal, e nesse sentido a entrada de empresas internacionais não é importante para acelerar o financiamento?
R: Não acho. O shale não tem dimensão para tomar o lugar do petróleo. Essa é uma possibilidade muito pequena. Depende do modelo de coordenação da indústria mundial do petróleo, via OPEP. Se a OPEP tiver capacidade de coordenação da produção do petróleo líquido, o shalenão vai tomar o lugar. A Arábia Saudita vive exportando dois ou três milhões de barris por dia.
Não precisam exportar 10 milhões. A Rússia também. Eles têm fôlego para enfrentar a guerra com o shale americano.
O problema é que um cachorro louco igual ao que o governo brasileiro está criando, leiloando um campo subordinado apenas à lógica microeconômica, sem levar em conta tudo isso, é um tiro no pé porque vai destruir o preço do petróleo no mundo.
Nem Libra nem os outros podem produzir rapidamente, porque tem que ter coordenação da produção para manter o preço do petróleo com renda elevada.
Os EUA apostam na estratégia de desestabilizar o Oriente Médio, invadindo Síria, Iraque, Líbia, desestabilizando o Irã e jogando shale no mundo. Eles estão tentando extirpar a renda acumulada pelos produtores de petróleo e deslocar esse excedente econômico para as esferas das empresas comandadas a partir da lógica imperialista americana e europeia, as empresas de produção de commodities, produtos, automóveis, informática e serviços.
O Brasil não compreendeu isso e está operando com uma lógica microeconômica, do contrato, do negócio, como se estivesse lidando com uma padaria. É como se a Petrobras fosse a grande filha do povo e o governo tivesse tornado essa filha anoréxica ao asfixiá-la com os preços dos derivados. A Petrobras está sem caixa. E agora o governo quer pegar a terra que pertence ao povo e a filha do povo, que é a Petrobras, e colocar numa espécie de casamento arranjado como faziam as antigas oligarquias. E quem se beneficia disso é o eventual vencedor do leilão. O governo trata Libra como se fosse uma padaria ou pizzaria.
P: As regras dos leilões dizem que a Petrobras é operadora de todos os poços. Essas regras são ruins para a Petrobras?
R: O governo está proletarizando a Petrobras. Asfixiou seu fluxo de caixa com a política de preços. Então a Petrobras não tem poder de barganha de entrar num leilão e valorizar a sua capacitação tecnológica. Tem dois valores em disputa: o petróleo e a capacitação da Petrobras.
E o governo está vendendo as duas por um preço aviltado pela política recente. Então a Petrobras ser operadora é quase ser escravizada em favor do capital financeiro, em vez de usar esse potencial para gerar valor para a sociedade brasileira.
Se ela for prestadora de serviço, recebendo de US$ 15 a 25 por barril, ela vai ganhar dinheiro, pagar bem seus quadros e melhorar a tecnologia. E o governo, vendendo petróleo para a China a 90% do valor, sobrariam entre 65 e 75 dólares por barril, que viram renda para o Tesouro investir em programas nacionais, fazer uma Metrobras, uma Portobras, reforma agrária, reforma urbana, investir em educação e saúde pública, e coordenar o fluxo de capitais para não tornar o Brasil um país rentista, manter o país gerando valor pelo trabalho.
Veja também:
Nazareno Godeiro: Dilma entrega Libra a famílias Rockefeller e Rothschild
Comentários
Hell Back
Se entendi direito, o petróleo que antes era visto como uma solução, trará ainda mais problemas!
Ione
Quem garante que não há um infiltrado pseudocientista soprando no ouvido de Dilma?
Já vimos e continuamos vendo isso, ou não é?
Bernardino
-Calma, vocês ainda não viram o povinho que vou colocar lá dentro!ESSA resume o tipo de politicos que aqui temos seja esquerda ou direita sao antipatriotas é o que sempre falei o DNA portugues,deleterio à formaçao de uma verdadeira NAÇÃO
Bem lembrado JULIO SILVEIRA sua piada resume muito bem o CONTEXTO BRASILEIRO de antes e de HOJE!!!
É melhor um Getulio Vargas,Nacionalista e que nunca foi de esquerda do que essa cambada de pseudo esquerdistas,frouxos e apegados ao poder como carrapatos,entregando os dedos da NAçÃO pra nao perderem os anéis DELES
ISSO é VERGONHOSO!!!!
A polêmica na rede sobre o leilão de Libra – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] Ildo Sauer: EUA querem destruir o preço do petróleo. Brasil ajuda! […]
FrancoAtirador
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Vazamento em Frade saiu barato para a Chevron
Por Fernando Brito, no Tijolaço
Quase dois anos depois, o Ministério Público fechou acordo com a Chevron para encerrar os processos que a petroleira americana respondia na Justiça brasileira por danos ao meio-ambiente.
(http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-09-13/chevron-vai-pagar-r-95-milhoes-para-compensar-danos-ambientais-de-vazamentos-no-campo-de-frade)
A empresa se comprometeu a atender as exigências do Ibama e da ANP e a pagar R$ 95 milhões para “medidas compensatórias”.
Como a ANP já havia multado a Chevron em R$ 35 milhões, a conta toda – se é que não vai ter desconto disto que já foi pago – fica em R$ 130 milhões.
Como Frade produzia 70 mil barris/dia de petróleo, que anda a 107 dólares por barril – em oito dias de produção vai-se embora o prejuízo dos gringos. E sobra troco.
Brasileiro é tão bonzinho…
Antonio -SC
Acho, Azenha, que deverias abrir espaço/entrevista para os defensores do modelo proposto pelo atual governo. O Ildo Sauer não é de confiança.
fernando
Não é mesmo. Ele falta com a verdade quando esconde que o shale gas tem um custo inviável abaixo dos 100 dolares o barril.
Portanto, interessa aos EUA ( veja esta tentação de invadir a Síria ) que o preço fique acima de 100 dólares.
Urbano
O que foi que o danoso ferrando henriqueaux falou mesmo para ela naquele fatídico dia 1º de janeiro de 2011? Ou a data foi outra? Ou a personagem terá sido horse face?
tiago carneiro
Claro que ajuda. Nossa FHC de saias, boca de sovaco segunda, está ai para isso: fantasiada de esquerda rosa, entregar todas as riquezas que restam a preço de banana. Claro, com o aval dos ”esquerdistas” e dos Tijolaços e Paulo Henrique Pelego Amorins da vida.
Julio Silveira
Sabe, meu caro, tá difícil a gente identificar esquerda e direita neste país de políticos ambidestros. E alguns jornalistas que seguem convenientemente a politica nacional com perfil sonso.
Julio Silveira
Acho que essas coisas só podem ser explicadas na verdade por trás de um conto que circula por aí, de que Deus quando criava o mundo resolveu colocar tudo de bom e do melhor, tesouros minerais, tesouros vegetais e animais, concentrados num pedaço de sua criação, que mais tarde viria a ter diversos nomes começando com Pindorama, depois Terra de Vera Cruz para a seguir ser Terra de Santa Cruz e finalmente Brasil. Os anjos observando essa concentração e acreditando ser um descuido do criador chamaram sua atenção.
-Mestre o Sr. não está excedendo em benefícios nessa região e descuidando das demais? Deus, Sábio, então falou.
-Calma, vocês ainda não viram o povinho que vou colocar lá dentro!
Julio Silveira
Pessoal peguem leve, eu não acredito que Deus não goste do Brasil, até acredito que seja Brasileiro, quem não gosta dele e da maioria que ele gosta e a elite Brasileira. Apesar de rezarem a ele todos os dias, mas acho que é mais por receio das punições no além.
Mardones
O governo não admitir que o caixa de Petrobrás está escasso por erro na política econômica. O que o levou a decisão de manter o preço do combustível abaixo do preço internacional.
E até aqui, parece-me que este mesmo vai usar o leilão de Libra para tentar tapar esse buraco na Petro.
O problema é que temos visto ser adotado um modelo de investimento dos lucros dessa exploração inadequado às necessidades do país, como apontou o professor.
Mais ainda: como não sabemos o que estava escondido nas espionagens dos EUA contra o Brasil, então não podemos dizer que o nosso governo esteja jogando o jogo do governo Obama, no sentido de afetar o preço do petróleo.
Mais uma vez, o governo não discute adequadamente o tema tão importante e ficamos sem saber se vamos desperdiçar mais uma oportunidade de explorar nossas riquezas em favor dos interesses do povo.
Jorge Nogueira Rebolla
Uma alteração que deveria ocorrer é a proibição da exportação de petróleo cru. Para sair, apenas derivados.
O mesmo deveria ocorrer com os demais minerais, a carne e os grãos.
Agregar valor antes de entregar.
Ricardo Candido
Aqui no no Rio de Janeiro está em construção o COMPERJ, complexo petroquimico.
jaime
“O governo precisa de dólares para contrabalançar a situação macroeconômica. O baixo índice de crescimento da economia brasileira, associado à potencial fuga de dólares, fazem com que o Brasil precise do fluxo de dólares para manter o equilíbrio das contas externas.”
Que ótimo!
Além desta “bela” notícia do leilão, o artigo nos informa que também as contas externas do país estão na pindaíba.
E o Lula dizia que não entendia de economia, por isso indicou a Dilma.
E eu achava que quem entendia de jogar o país no buraco era o FHC.
Mas não estão indo uns 200 bilhões por ano no pagamento de juros da dívida?
Desculpe perguntar. Eu só queria entender.
marcus r da silva
Putz o cara e professor da USP ex diretor da Petrobas. fala este monte de asneira isso Romanelli da uma aula pra esse simplório será que ele não sabe que faliram a Petrobas e vamos trocar nossa depedencia externa pela China e suas bugigangas só rindo seu professor da Usp
Romanelli
deixo ver..
Faltam US$ 50 bi pra findar os investimentos, segundo o professor ..só o lucro dum ano daria US$ 49 bi (700 milhões barris x US$ 70 lucro por barril) por 20 anos ..ou seja, o GOVERNO estaria vendendo um campo que exige o investimento dum unico ano de lucro ? ..até aqui, penso, é pouco, MERRECA
hum ..e o outro lado, por quanto será o valor estimado do LEILÃO ? a tal venda antecipada ? não tá faltando esta informação ?
..fosse fácil como o professor dá a entender seria um crime de lesa pátria o que se esta cometendo, fora que os Chineses tb estariam aqui pra comprar parte destes blocos, não ?
sei não, mas acho que careço de mais dados pra poder entender ?
Ainda mais nas contradições sobre se LIMITAR a exploração, entrar em acordo com a OPEP e desconsiderar o consumidor CHINA que, até aonde sei, ainda esta aqui assentado neste planeta TERRA
E ainda tem outra alternativa não citada, a de se cobrar IMPOSTO pela exportação, cobrando do consumidor no estrangeiro, compensando aqui todo tipo de eventual mamata não prevista, ou será que não é possível tal qual ainda acontece com a CVRD, que quando repassa imposto, repassa só por cima de nós brasileiros ?
e sobre a tal METROBRAS, tirando a letargia ESTATAL que nos acompanha desde a infância, interessa mesmo sabermos investir BEM, e convenhamos, prum país que acaba de CARIMBAR verba independente de outros indicadores e METAS acompanhando (tipo leitos por habitantes, universidade por mil estudantes etc) acho que aqui tb não somos fortes, ainda mais se seguirmos o professor que propõe trem de Alta Velocidade sabendo que em NENHUM LUGAR DO MUNDO ele, em si, se mantém sem subsídio cruzado
e por se falar nisso, pra equilibrarmo-nos, nem uma palavrinha sobre o nosso verdadeiro problema, a falta de refinarias que ajudaria a conter a sangria das contas externas?
Leandro_O
Os EUA estão alucinados à procura de aumentar suas reservas de petróleo para dar lastro À sua própria economia, porque sem isso ela iria para o buraco em pouco tempo. Com o ataque de 11/09 eles conseguiram fôlego para o dólar e derrubaram agora o Euro, impedindo tal moeda de concorrer internacionalmente, visto que em 2000 Saddam já queria transacionar petróleo em Euro. Hoje o Yuan da China está se despontando e logo conseguirá um alcance maior do que o que o Euro queria em 1999. Os EUA estão de cabelo em pé e desesperados. Não à toa querem ampliar sua dominância no Oriente Médio.
Hildermes José Medeiros
Tá difícil. Tudo róseo caso adotas as medidas que diz o professor, que tornaria necessário mudar toda a legislação, na realidade voltar ao monopólio estatal. Com o Congresso, ou apesar dele? No papo até faz sentido, danado é combinar com os russos. Onde o apoio político para tanta mudança, contrariando tantos interesses envolvidos, internos e externos? Quer dizer que Dilma e Lula estão entregando o petróleo brasileiro, mesmo tendo conseguido retirar o pré sal do regime de concessão e tornar a Petrobras única operadora? É um pouco demais…As questões com a China seriam essa tranquilidade referida? A economia mundial está em baixa, e o preço do petróleo varia mas não cai. Recuperando-se a economia nos próximos anos, como fica? Gás de xisto, deve ficar claro, não passa de fonte alternativa aos usos menos nobres do petróleo, mais fonte de calor, tanto é assim que o preço do petróleo que o tornou viável (?) quase nem piscou em sua presença. Danado é ter a ilusão que com tais ameaças consigamos melhores condições de negociação, como se os próximos leilões não sejam na realidade fruto de negociação já realizada, e os recursos que possibilitarão sejam desprezíveis, que só as multis e os países importadores se beneficiarão. É difícil diante de tanto nacionalismo, que poria a todos de joelhos diante das possibilidades do pré sal brasileiro, mas não dá para dizer que não seria melhor, caso possível, porque seria.
Matheus
Petróleo brasileiro, mais uma vez, vai criar empregos, arrecadação, desenvolvimento tecnológico e serviços públicos… nos EUA, China e Inglaterra.
Fabio Passos
É evidente que existem ações de Estado que permitem explorar Libra sem a necessidade de entregar nossa riqueza aos abutres.
O petróleo é riqueza do povo brasileiro, que sequer está informado corretamente sobre a entrega de seu patrimônio.
Este leilão é um absurdo.
Dilma firmou compromisso contra privatizações… será que ela pensa que o povo esqueceu?
O governo, o PT e toda a esquerda vão pagar muito caro por virar as costas aos seus eleitores.
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