Em 99, Bolsonaro prometeu que “ia sonegar tudo”, lembra colunista

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Da Redação

Diminuir Jair Bolsonaro e abrir espaço para a ascensão do tucano Geraldo Alckmin passa a ser, agora, um dos principais objetivos da mídia — além de, logicamente, justificar a exclusão de Lula do pleito de 2018.

É nesse contexto que se deve entender a ação da Folha de S. Paulo, que foi aos cartórios em busca dos bens da família Bolsonaro (nunca fez o mesmo com Fernando Henrique Cardoso, por motivos óbvios).

Descobriu que o deputado federal e os três filhos controlam imóveis avaliados em R$ 15 milhões em bairros nobres do Rio.

“Em um dos casos, a ex-proprietária vendeu uma casa em condomínio à beira-mar na Barra a Bolsonaro com prejuízo – pelo menos no papel – de R$ 180 mil em relação ao que havia pago quatro meses antes. O filho mais velho do presidenciável, Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro, negociou 19 imóveis nos últimos 13 anos. Os bens dos Bolsonaro incluem ainda carros que vão de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão, como consta na Justiça Eleitoral e em cartórios. Quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior do Rio – valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual. Desde então, a sua única profissão é a política. Já são sete mandatos como deputado federal”, resumiu o diário conservador paulistano.

Hoje, no mesmo jornal, o colunista Leandro Colon escreve que “é corriqueira no país a prática de um comprador de um imóvel registrar na escritura um valor abaixo do que realmente pagou. A trapaça permite dar um olé na cifra correta do imposto de transmissão do bem, esconder o lucro imobiliário ou omitir a evolução de um patrimônio”.

Lembrou que em 1999, numa entrevista à TV Bandeirantes, Bolsonaro afirmou: “Conselho meu e eu faço: eu sonego tudo que for possível. Se puder, não pago, porque o dinheiro vai pro ralo, pra sacanagem. Prego sobrevivência. Se pagar tudo o que o governo pede, você não sobrevive”.

Os apoiadores de Bolsonaro dizem que ele representa “o novo” e o deputado federal faz campanha como campeão da luta contra a corrupção dos outros.

A mídia só não mencionará a presença do nome do deputado moralista na lista de Furnas (R$ 50 mil do esquema de propinas montado por Aécio Neves em Minas Gerais, a partir do dinheiro de empresas fornecedoras da estatal), porque a própria mídia espalhou a mentira de que a lista era forjada — quando foi periciada pela Polícia Federal e declarada autêntica, o que não implica que os valores ali declarados tenham de fato sido pagos.

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O petebista Roberto Jefferson confirmou que recebeu os R$ 75 mil atribuídos a ele na lista. O deputado estadual mineiro Antonio Júlio, também listado, foi outro que confirmou ter recebido doações pelo esquema de Furnas. “Quem está falando que não recebeu, está mentindo. Eu recebi, sim. Mas o dinheiro não ficou comigo”, afirmou

Além disso, Bolsonaro recebeu R$ 200 mil da JBS para sua campanha de 2014. Ele disse que devolveu o dinheiro a seu partido da época, o PP. Mas, em seguida, o PP remeteu o mesmo valor ao deputado a partir do fundo partidário. Em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro admitiu que o PP recebeu propina. “Qual partido não recebe?”, afirmou.

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Comentários

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Julio Silveira

Se não fossem tão sordidos eu diria que deveria ser dificil para os seguidores do hidrofobo serem confrontados com o que seu idolo tenta esconder, mas, como são o que são, certamente dirão que a culpa são das informações e dos informadores. Rsrsrs.
Também deveria estar cada vez mais dificil para os coxinhas imbecis desnacionalizados, que defenderam o golpe, se olharem no espelho sem sentir remorso ou vergonha pelo nivel de ignorancia multipla que demonstraram quando escolheram apoiar demolidores sordidos antigos dos direitos da soberania popular. Mas, como são o que são, imbecis desnacionalizados, preconceituosos, como sempre, culpam e culparão as vitimas pela propria estupidez.

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