O esculacho na periferia from Luiz Carlos Azenha on Vimeo.
por Danilo Mandioca, via Facebook
Você aí, que foi em uma pá de manifestação no centro, na Paulista, no Palácio do Governo. Que se indigna com a violência da polícia e se orgulha de ter conseguido reverter o aumento da tarifa.
Dá uma olhada nesse vídeo e vê se dá pra notar a diferença de quando o protesto é com a classe média branca e quando ele é sem ela.
Bomba do helicóptero, execução, viatura atirando com a reportagem filmando no local, bala de borracha no rosto, fuzil e escopeta. Essa é a PM de todo dia, essa é a real violência da polícia militar. O que você passou nas manifestações, amigo/a, é fichinha.
De domingo pra cá, já foram dois adolescentes assassinados pela PM na zona norte de SP, a zona com o maior número de instalações militares e de moradores milicos da cidade. E você — assim como eu e todo mundo aqui — não tá sabendo de quase nada, porque não tem Mídia Ninja, não tem MPL, não tem milhões de streamings ao vivo.
Em 2005, em Paris, as revoltas populares começaram assim. Em 2007, na Grécia, também. Em 2012, em Londres, idem. A gente vai ficar citando e felicitando as populações desses países ou vai entender que é a nossa vez e se juntar à população em revolta da zona norte?
Movimento Passe Livre – MPL, Mães de Maio, Rede de Comunidades do Extremo Sul – SP e todos os demais movimentos que há anos estão nas ruas entre outras coisas pelo fim da violência policial: a hora — de um grande levante, de uma chamada geral pra ir pras ruas da zona norte — é essa.
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Leonardo Sakamoto, Pablo Ortellado, Luiz Carlos Azenha e demais blogueiros progressistas de grande alcance: a hora de usar seus canais de comunicação é essa. Já mataram dois, quantos mais esta semana?
Laerte Coutinho, Carlos Lattuf e demais artistas/quadrinistas: a população pobre e negra da zona norte de SP esta sendo chacinada. Vamos usar a arte pra chamar a atenção pra isso?
Sinto calafrios de chegar em casa e primeiro não encontrar notícias sobre a zona norte, depois encontrar só em meios oficiais, e ver pelas redes sociais quase nenhuma mobilização sobre o que está acontecendo.
Posso estar procurando errado, espero que seja o caso. Mas não vi nenhum grande chamado de protesto coletivo e em solidariedade à população do Jardim Brasil, Jaçanã e arredores.
A Polícia Militar não vai acabar do nada. Ou a gente se mexe mais do que o habitual, ou continuaremos apenas lamentando, denunciando e reportando mortes.
Pra mim já deu.
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Comentários
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[…] A revolta do leitor contra ação policial em São Paulo […]
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[…] A revolta do leitor contra a ação policial em São Paulo […]
Vixe
Tem muito “ativista” da periferia aqui bravatando e criticando o PT, Lula, Dilma e quetais.
Onde estavam estes “ativistas” quando o país estava mergulhado numa ditadura militar?
Onde estavam estes “ativistas” quando a ROTA matava indiscriminadamente durante esta mesma ditadura?
É fácil ser “revoltadinho” numa democracia, mas desde que seja contra o trabalhador que trafega numa rodovia, ganhando o pão para levar pra sua casa.
Essa pseudo revolta não passa de manobra articulada pelo PCC.
Não tem nada de “revolta” da periferia.
Se acham que estão “discriminados” e jogados à margem da sociedade, se organizem em partidos (e não em facções criminosas), disputem eleições e coloquem seus representantes para lutar por suas reivindicações.
Leo V
Isso, vamos chamar todo mundo que mora na periferia de criminosos e bandidos. Vamos criminalizar a revolta.
Quem não se organiza na forma partido e não disputa eleições não tem direito de organizar e lutar de outra forma que não mendigar votos, é o que vc diz.
Vixe
Numa democracia o mais correto e certo é se organizar em partidos, sob a batuta da lei, disputar eleições e convencer a maioria de que seus propósitos e idéias são melhores para a sociedade.
Qualquer coisa que use da violência e da baderna é CRIME ORGANIZADO.
…
Vomitando regras de comportamento social fica muito fácil falar pras pessoas o que fazer ou o que deixar de fazer. Dar LIBERDADE a elas de poder construir suas vidas da maneira como melhor entenderem é BEEEEMMM diferente.
Principalmente viver sem medo de um bando de sádicos e assassinos sustentados pelo governo.
betovisk
Amigo sou trabalhador..assim como vc…porém sou filho de militar(não sou revoltadinho)por mais que tentamos exigir nossos direitos não conseguimos pois a classe do planalto central fala mais alto….todos os governos são despreparados para lidar com o social no Brasil…o pt e sua reputação de honestidade esta mostrando todos os dias que não difere de outros partidos
em seus quadros esta cheio de mensaleiros(safados)ladrões no alto e baixo clero da capital….
Vixe
Engraçado…
Me expliquem:
O que um “jovem” de 17 anos e seu irmão de dez anos, faziam num bar, onde se praticava a perturbação do sossego alheio à uma hora da manhã?
Quem não quer se molhar, que não saia na chuva…
diego
e o que ele estava fazendo de errado no bar pra ser morto?
Vixe
Tomando leite e comendo biscoitos é que não era…
Leo V
Acho que os leitores do Reinaldo Azevedo começaram a frequentar este site.
Vixe
Pois é…
É típico de leitores do R.A. desqualificar pessoas e não idéias…
denis dias ferreira
Cara, por acaso você é uma freirinha?
Vixe
Freirinha?
Não.
Sou um trabalhador morador da periferia que sabe diferenciar marginais de trabalhadores.
E estes que ‘protestavam” incendiando bem alheio, assaltando pessoas presas no congestionamento e fazendo barulho e arruaça nas madrugadas, não se enquadram na categoria “trabalhadores”…
Não daqueles que levantam cedo pra defender o pão de cada dia.
Estes se trabalham, com certeza é para o crime organizado…
Tem muito malaco posando de “ativista social” lá e aqui…
Péricles
E onde voce leu que os garotos estavam num bar?
Por favor antes de vomitar intolerancia, leia muito bem as noticias antes de tirar conclusões a esmo.
Os meninos estavam nas proximidades do bar a caminho da casa do pai de um amigo e a plena Luz do dia.
demetrius
Nada como terminar a reportagem com a versão da polícia.
Givaldo
A PM virou a Geni da vez, segundo a maioria aqui, toda violência da periferia é culpa da PM.A maioria dos jovens, seja da periferia ou não, são vítimas da violência gratuita praticada por outros jovens e delinquentes juvenis que estão destruindo famílias todo santo dia. Anteontem uma garota de 18 anos levou um tiro na nuca bestamente durante uma tentativa de assalto na Dutra, mas como deve ser de classe média, p/ alguns aqui, deve ser vítima de um “problema social”. PM bandido e assassino deve ser preso como qualquer outro delinquente, assim como foi o que executou o jovem na ZN, mas daí querer generalizar e achar que ela é composta integralmente por bandidos e agressores fardados é demais. Quase td dia morre PM, na maioria das vezes executados em assaltos ou qdo são descobertos que são PM em algum “bico” e não vejo nenhum post ou entidade para expôr os problemas e a falta de segurança que estes homens enfrentam. Mas qdo o vagabundo assalta ou barbariza pessoas, é p/ a PM que td mundo liga. Não invertamos os valores, pois é fácil perceber a “Solidariedade Seletiva” da Presidenta,dificil é perceber qdo embarcamos numa CRÍTICA SELETIVA.
Leo V
Givaldo,
seu comentário é uma expressão viva de que a corporação PM se iguala a tal da “bandidagem”. Você pede tratamento igual.
É disso que se trata, com a diferença que a PM é violência oficial, com salvaguarda para suas ações, com as raras exceções que ganham por algum motivo destaque midiático.
IPTU em São Paulo: Nem tudo é o que parece – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] A revolta do leitor contra ação policial em SP […]
Hélio Pereira
As imagens deixam claro de onde parte a violência contra a Periféria.
Fica dificil pedir aos “manos” do Capão Redondo,Jardim Ângela,São Luis e Campo Limpo,pra confiarem na Justiça,pra que não partam pra ações violentas contra a PM,pois ao pedir paz na Periféria,passamos a impresão de conivência com a Repressão imposta pelo Governo do Estado.
O MP não toma nenhuma atitude pra coibir a violência em SP,o Ministro da Justiça,”Zé Cardoso” é um INUTIL,que sai em Defesa da Rede Globo,de Latifundiários e ate em defesa de Alckmin,mas não ve nada de mais na violência contra os Jovens da Periféria,pelo contrário,oferece ajuda Federal,pra aumentar a repressão contra quem exige o fim da violência Policial.
Eu não tenho condições de dizer pros “manos” que estão errados,não vou pedir que fiquem de cabeça baixa,vendo seus amigos serem massacrados todos os dias,não vou incentivar a reação justa do Povo da Periféria,mas darei a eles todo apoio se resolverem Reagir pra valer.
Romanelli
então ..e estes policiais, de onde são, de Alphavile ?
Claro que houve abuso. que tem que ser apurado e punido ..mas evidente tb que isso não é reportagem, sequer RASCUNHO pode ser chamado ..é um LIXO que só serve pra insuflar as massas incautas ..um instrumento que não serve como fonte de informação ..pra mim faltou ouvir todas as partes, esmiuçar mais os fatos, os personagens.
Sim, moro na periferia, convivo com ela todo dia ..a coisa aqui é dura cumpadi ..é um tal de SALVE-SE quem puder que nem te conto ..gente esquecida, revoltada, amontoada, vivendo de forma precária, inumana mesmo.
Mas no meio dessa gente, o que tem de BANDIDO colega, de gente desonesta que vende ou aluga lote invadido e/ou apto no Cingapura, ladrão de propriedade alheia, nem te conto.
..gente disposta a qq coisa pra viver mal e porcamente, até matar ou morrer bestamente ..vizinho que cata filho de vizinho por um par de tênis, um boné ..dá medo, dá medo até de dizer bom dia ..sair depois das 9:00, isso quando não tem pancadão ou sambão, raramente ..todos vivendo com MEDO de seus vizinhos, pode isso ??!!
A unica coisa que sei é que o Poder Político, público, independente de partido, desde sempre é ausente, e quando aparece, já esta ANOS atrasado, ou acena com políticas demagógicas, como estas muletas, sexistas e racistas que já nos acostumamos a ver (e vem mais cota por aí, agora pro Parlamento).
Aliás, por se falar nisso, francamente, vocês acham mesmo correto o PAÍS ter priorizado nas últimas décadas o curso universitário privado e precário, e a industria automobilística de carro vagabundo e caro, com seus lucros abusivos, SUBSÍDIOS, incentivos e isenções ?
Não teria sido muito mais DIGNO termos estabelecido um programa de formação profissional mediana (pedreiro, encanador, eletricista, pintor, serralheiro, marceneiro etc) e de ERRADICAÇÃO destes guetos e favelas ?
e por se falar nelas, nas favelas, agora circula estatística MENTIROSA que diz que 65% dos moradores delas já são classe média ..é mesmo ? então aonde foram parar os pobres ? Nos jardins ? ..pior que estes imbecis não conseguem nem discernir o que seria ascensão social de aumento do poder aquisitivo ..tá difícil
Leo V
No meio do Jardim Paulista também tem um monte de bandido.
Que discursinho reaça de justificar violência estatal difamando os alvos dessa violência num genérico ‘tem um monte de bandido no meio’.
Casio
Sinto muito mas a maioria das pessoas que estão nos protestos e que publicam artigos nunca foram pobres, o que o leitor escreveu é o que acontece na periferia, os moradores só querem paz, as mães e pais querem seus filhos longe das drogas, longe dos traficantes algo difícil porque são vizinhos,longe de más pessoas que levam seus filhos a cometerem crimes, longe dos bailes funk porque o tráfico trabalha nesses locais, os mais velhos querem a Polícia na periferia mas querem de forma efetiva, o que acontece é que a Polícia entra e vai embora, assim as boas pessoas nunca ficaram satisfeitas pois sempre que a Polícia e os bons se vão as más pessoas que oprimem as boas voltam ao poder.
Ruy Braga: Ressentimento leva jovens do "precariado" a enfrentar polícia nas ruas – Viomundo – O que você não vê na mídia
[…] A revolta do leitor contra ação policial em São Paulo […]
Casio
Sinto muito mas os jovens se enfrentam no dia a dia das periferias, cansei de ver na minha quebrada moto sendo roubada e depois ouvir dizer que a moto estava na outra comunidade, chegando ao cúmulo de o proprietário ter que ir lá e pedir para os “donos” da quebrada determinarem que fulano devolva a moto, isso quando não morre por tiro do ladrão e isso acontece e muuuito mas como não envolve diretamente a Polícia não tem repercussão. Sinto dizer mas a palavra reaça só está na boca de pessoas cultas e intelectuais que nunca foram pobres, só sabe o que rola na periferia quem mora na periferia. Pergunte a um pai ou mãe que não é envolvido com o crime o que eles querem na periferia…Paz. E paz com tráfico e drogas a vontade é impossível.
FrancoAtirador
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Foi a dupla Serra/Kassab que transformou as Subprefeituras de São Paulo
em verdadeiros, mas ilegítimos, Quartéis-Generais da Polícia Militar Paulista,
ao nomearem 30 Coronéis da Reserva da PM para subprefeitos de São Paulo.
Isso foi semelhante às tais UPPs do Cabral, na cidade do Rio de Janeiro,
porque agiam clandestinamente como os Agentes da Repressão na Ditadura Militar.
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22/08/2012
Especialista fala da militarização nas subprefeituras de São Paulo
Por José Francisco Neto, da Redação Brasil de Fato
Policiais militares estão cada vez mais infiltrados nos setores da administração pública no Estado e na capital paulista.
Atualmente, 30 dos 31 subprefeitos de São Paulo são coronéis da reserva da PM.
Todos foram indicados pelo ex-comandante da corporação Álvaro Camilo que se afastou do cargo para concorrer à uma vaga na Câmara Municipal, pelo Partido Social Democrata (PSD), de Gilberto Kassab.
Essa política de militarização das subprefeituras começou em 2008, com a indicação do coronel Rubens Casado para a subprefeitura da Mooca, na segunda gestão do prefeito Gilberto Kassab.
De la pra cá, o número de policiais na máquina municipal multiplicou.
Além das subprefeituras, eles se encontram em órgãos como a Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Transportes, Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), serviço funerário, serviço ambulatorial e defesa civil.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o analista criminal e especialista em segurança pública, Guaracy Mingardi, critica esse modelo de militarização da administração pública adotado pela prefeitura.
“O que o coronel tem que se habilitar é para gerir o batalhão e a área policial. É isso que ele tem que fazer. Isso que em princípio eles deveriam ter aprendido.”
Mingardi, além de ser há 25 anos analista criminal, também é cientista político e membro da Comissão Nacional da Verdade.
Brasil de Fato – O que representa pro senhor essa militarização na máquina pública?
Guaracy Mingardi – É uma tentativa errada de fazer funcionar a máquina pública. Na verdade, o que acontece, é que partiram do princípio que o coronel sabe mandar, o que é uma bobagem. Mandar numa estrutura militar e numa estrutura civil são coisas diferentes. O que precisava nessas administrações regionais, por exemplo, era ter ou bons administradores ou sujeitos que possuam traquejo político, e os coronéis não tem nem uma nem outra coisa. Eles foram escolhidos, não porque eram bons, mas por serem coronéis. Esse é o erro. Foram escolhidos porque tinham determinado cargo. Jogaram muita coisa na mão deles e muitos não têm a capacidade administrativa na área civil, muito menos traquejo político.
Brasil de Fato – Atualmente, os coronéis estão em 30 das 31 subprefeituras. Qual o risco, já que eles são praticamente síndico das cidades?
Guaracy Mingardi – O risco maior de eles estarem nas subprefeituras é que as cidades ficam desassistidas por falta de capacidade da parte deles. E outra coisa é que você desestimula o servidor civil, dizendo que pra tudo os coronéis são melhores, e se dá um poder para a corporação da polícia militar que ela nunca teve. O que o coronel tem que se habilitar é pra gerir o batalhão e a área policial. É isso que eles têm que fazer. Isso que em princípio eles deveriam ter aprendido, mas muitos não têm nem a condição de fazer isso. Agora imagina se vão ter condições pra gerir outra coisa além daquilo que supostamente eles aprenderam. Gerir um comando de área de um batalhão é completamente diferente de gerir uma administração de uma área civil.
Brasil de Fato – Qual o interesse do prefeito de São Paulo em nomear militares na administração das cidades?
Guaracy Mingardi – Primeiro é aquela história boba: já que a prefeitura está fazendo a “operação delegada” [“bico oficial” em que policiais militares trabalham para a Prefeitura nas horas vagas] -, você precisa por coronel, porque aí eles têm poder de comando sobre os PM´s. Mas se eles não estão na ativa, não tem poder de comando nenhum. Mesmo que tivesse, você está pagando, você tem o direito de exigir, não interessa se é o administrador de uma área da cidade e ela está pagando para a PM fazer aquele serviço. Não interessa se é coronel. Portanto, é uma série de erros, um atrás do outro, que está deixando a cidade muito mal administrada.
Brasil de Fato – O que poderia ser feito para mudar essa questão? Uma eleição, por exemplo?
Guaracy Mingardi – Eleição eu acho complicado. No mínimo, você tem que nomear como administrador ou como subprefeito, por exemplo, pessoas que têm conhecimento na área, que tem algum tipo influência. Pessoas que dialoguem com a população, além da capacidade administrativa. Tem que ter o diálogo nas duas pontas: com a população – com as ONG´s, associações de bairro – e também com a Câmara Municipal.
(http://www.brasildefato.com.br/node/10398)
Em foto de 2009,
o coronel da PM Álvaro Camilo
ao lado de Serra e Kassab
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Roberta Ragi
Muito bem lembrado, Franco Atirador!
Kassab militarizou as subprefeituras da cidade, como vc bem destacou, e Alckmin tornou o PCC um “agente político do Estado”, um ator responsável por “pacificar” a panela de pressão das periferias e extirpar as rebeliões das cadeias paulistanas, segundo interpretação da pesquisadora Camila Caldeira Nunes Dias (aqui: http://www.viomundo.com.br/denuncias/ao-mandar-nas-cadeias-paulistas-pcc-garante-paz-ao-governo-alckmin.html).
Agora, colhemos os frutos desses desvarios da política pública estatal, que pensa que é na porrada que se resolvem os conflitos e as demandas sociais.
A USP é outro bom exemplo disso.
Sr.Indignado
Pela reportagem, a polícia não agiu como polícia. Não pode sair atirando a esmo, seja o que for. Lamentável.
Fabio Passos
Falou e disse!
A PM adora bater, torturar e assassinar preto e pobre na periferia.
A PM é o PiG armado!
É assim que a “elite” branca mantém o Apartheid Social no Brasil.
Já passou da hora de uma revolta que ponha a casa-grande abaixo.
Adilson
Exatamente, parar com esse negócio de colocar a culpar só no fardado e no governo…O Estado Policial é imposto a periferia pela elite excludente, mesquinha e violenta
emerson57
não podemos esquecer que patriotas há !!!
eles estão aqui:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=gN5_WfWqBts
Urbano
Eis aí as ações de uma polícia dita de elite. Só se for de boston… Creio que esse epíteto não cola em nenhuma polícia militar.
ricardo
Uma barbárie! Mas fiquei intrigado por um momento. A certa altura a repórter refere-se aos “moradores, que também estão revidando com tiros…” Parece que não era só pau e pedra, ainda que tudo isso seja o fim da picada.
Pedrop Henrique Florêncio
Cara você não leu direito ou não raciocinou direito…
É protesto na perifa meu…os caras não tem medo de que você seja filho de empresário.
Vão te matar por ser preto e pobre…de olhos bem abertos.
Sua única chance em ato de desespero é se defender como pode. Vide Pinheirinho.
Tiao Macalé
A melhor descrição de toda essa situação…
Negro Drama
http://letras.mus.br/racionais-mcs/63398/
Negro drama,
Eu sei quem trama,
E quem tá comigo,
O trauma que eu carrego,
Pra não ser mais um preto fudid…
O drama da cadeia e favela,
Túmulo, sangue,
Sirene, choros e vela.
Passageiro do Brasil,
São Paulo,
Agonia que sobrevive,
Em meia as zorras e covardias,
Periferias, vielas e cortiços,
Você deve tá pensando,
O que você tem a ver com isso,
Desde o início,
Por ouro e prata,
Olha quem morre,
Então veja você quem mata,
Recebe o mérito, a farda,
Que pratica o mal,
Me ver,
Pobre, preso ou morto,
Já é cultural.
Histórias, registros,
Escritos,
Não é conto,
Nem fábula,
Lenda ou mito,
Não foi sempre dito,
Que preto não tem vez,
Então ? Olha o castelo..e não
Foi você quem fez ?
Eu sou irmão,
Dos meus trutas de batalha,
Eu era a carne,
Agora sou a própria navalha…
[…..]
Ei bacana,
Quem te fez tão bom assim,
O que você deu,
O que você faz,
O que você fez por mim?
Eu recebi seu ticket,
Quer dizer kit,
De esgoto a céu aberto,
E parede madeirite,
De vergonha eu não morri,
Eu tô firmão,
Eis me aqui,
Mas você não!
Se não passa.
Quando o mar vermelho abrir,
Eu sou o mano
Homem duro,
Do gueto, Brow,
Obá!!!
Aquele louco,
Que não pode errar,
Aquele que você odeia…
Amar nesse instante,
Pele parda,
Ouço funk,
E de onde vem,
Os diamantes,
Da lama,
Valeu mãe,
Negro drama,
Drama, drama….
demetrius
E aí Tião, depois que o Edi Rock virou Edi Huck e demonstrou interesse em se associar ao instituto millenium, essa música ae perdeu um pouco da verdade que ela tinha.
Abraço.
Tiao Macalé
Caro Demétrio Magnoli,
No instituto milênio só cabem você o Tio Rei e o Marcelo Madureira.
Eu não tenho TV em casa, logo, não assisto ao “Caldeirão do Huck”.
Aliás, nem sabia que esse moço ainda estava na TV…
O Edi Rock tem todo o direito de ir onde ele quiser…ele tem muito crédito e essa aparição, pontual, não arranha a sua imagem.
Eu queria ver é o Luciano Huck frequentar a quebrada…
Tiao Macalé
Já dizia o poeta social, Mano Brow, na música: “Da ponte pra cá”
http://letras.mus.br/racionais-mcs/64144/
‘…Eu represento a sul, conheço louco na norte,
No 15 olha o que fala, em Perus, [b]CHICOTE ESTRALA[/b]
Ridículo é ver os malandrão vândalo,
Batendo no peito feio e fazendo escândalo
Deixa ele engordar, deixa se criar bem,
Vai fundo, é com nóis, super star, superman, vai…
Palmas para eles, digam hey, digam how,
Novo personagem pro Chico Anísio Show
Mas firmão, né, se Deus quer sem problemas,
Vermes e leões no mesmo ecossistema…”
Gerson Carneiro
E para os que estão tentando justificar a truculência da Polícia Militar em razão da presença de Black Blocs, procurem no vídeo postado no presente post se há algum Black Blocs para justificar a atitude da Polícia.
Estou vislumbrando Los Angeles, 1992. Quando a população negra cansada de ser injustiçada, cansada de ser agredida por policiais, cansada de ser ignorada pela autoridades, cansada de pedir socorro, saiu às ruas para revidar.
Isso vai acontecer aqui se essas declarações hipócritas da Dilma Rousseff, Geraldo Alckmin, Maria do Rosário e José Serra continuarem sendo usadas para criminalizar a reação do oprimido e glorificar a ação do opressor.
Há relatos de que o coronel que apanhou, pouco antes estava abusando da autoridade dele.
É hora de dar um basta nesse abuso legalizado da Polícia Militar.
O Estado chega na periferia apenas dentro de viaturas, atirando, seguido de veículo de funerária.
E não nos esqueçamos do Massacre do Pinheirinho promovido pelo Governo do Estado de São Paulo na gestão do Geraldo Alckmin.
Julio Silveira
Disse o que eu gostaria de dizer. Obrigado.
renato
Verdade! Não vejo BB, para ir ajudar a periferia.
Bom, não é esta a deles, afinal.
Mas esta na hora da Periferia, começar a colocar seus
votados, vereadores, deputados, e prefeito, a interceder por
eles.
Antes que outros(não aqui de dentro), tome conta de todas as periferias.
Rafael
Na periferia as coisas são diferentes. Sei disso por que sou da Periferia, cresci na periferia. Mas muita classe média vem militando há muito tempo e na periferia também… Só pra lembrar.
Diogo Marciano
Diariamente jovens são assassinados na periferia.
Viram estatísticas, notícias, e saudade.
Talvez estejamos diante de um momento especial, que pode ser um divisor de águas para a sociedade brasileira.
Paguemos pra ver!
Segue o link de um texto do Luciano M. Costa, no site geledes, para fomentar ainda mais esse debate:
http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/comunicacao/21567-o-genocidio-dissimulado
Péricles
E agora tanto a Secretaria de Segurança Publica como o Ministério Público tentam mostrar que o que esta acontecendo nesse momento é a ação do crime organizado nos atos de quebra-quebra. Que existem bandidos nas periferias, todo mundo sabe. O que parece não saberem é que nem todo mundo que lá mora é bandido.
Vila Medeiros, Vila Ede, Jardim Brasil, Edu Chaves e Parque novo mundo sempre foi terreno de treinamento de tiro ao alvo da PM de SP.
Adilson
Péricles, a equação é simples: O quebra tudo generalizado de branco de classe média no asfalto, tem que se entender os motivos daquelas pessoas que não se sentem representadas, chamem os psicólogos, sociólogos ,etc_ no máximo serão chamados de vândalos. Na favela, é muito mais simples, é só dizer que tudo mundo é bandido, largar o aço indiscriminadamente, que ninguém vai chorar do lado de lá, nem PT, nem PSDB, nem Globo, ninja, nem black, nem nada.
Nesses momentos a gente, tristemente constata, como esse país é partido.
valmont
Parecem não saber? Não! Eles NÃO QUEREM SABER!
Esse Ministro da Justiça está sobrando há muito tempo no PT.
Ele tem que responder ao povão e não apenas posar de xerife para a burguesia paulista.
A única forma de evitar uma convulsão social maior é APRESENTAR SOLUÇÕES CONCRETAS para as demandas populares, dialogando diretamente com esse povo que é vítima da violência.
Prometer mais do mesmo (repressão) é apostar no caos e na violência sem fim.
O Governo Federal precisa dialogar com o povo e chamar esses GOVERNADORES à responsabilidade.
É hora de MUDANÇA NAS ESTRUTURAS DAS POLICIAIS.
Adilson
Na favela o bagulho é outro.
Você jovem burguês, que comprou a sua máscara para protestar e xingar o guarda, você menino de preto, que curtiu a adrenalina da sua guerra a vontade no Facebook, você barbudinho revoltado de camisa quadriculada da hora que filmou e narrou, cheio de ‘ginga na fala’, o corre-corre alucinado no asfalto, você menininha de nome singelo, que foi balançar seu sininho arrogante na greve dos professores, saibam todos vocês que esquentaram ao vontade essa polícia que aí está, que as mortes já estão ocorrendo.
Enquanto vocês fazem a “parada” de vocês cheios de fúria, vão descontrolando ainda mais os nervos de uma corporação que é uma máquina de exterminar pobres, e depois voltam pra casa pro seu suco de laranja; nos locais onde reside a classe trabalhadora que move esse país, é lá que o bicho vai pegar mermo, é lá que a bala já tá cantando a torto e a direito.
Lá não tem OAB, não tem Mídia Ninja e não tem Blacks nem Blocs, nem nada de nomezinho gringo não; a “disposição” dessa galera simplesmente some.
Becos, vielas e quebradas da vida, talvez sejam muito estreitos para caber a indignação dessa gente tão revoltada, mas tão revoltada com a injustiça social que, olha, chega a comover, sabia…
Gritar “Amarildo” bem alto e dar um gole na cerveja é o máximo que conseguem ir.
Burguesia brasileira, quem não te conhece que te compre.
valmont
Parabéns, Adilson. Esta é a leitura mais lúcida do momento.
A classe média precisa ser confrontada com a realidade que não passa nas telinhas.
E o Partido dos Trabalhadores tem que ser chamado a posicionar-se claramente diante dos problemas. Mesmo sabendo que o PT não governa de fato o Brasil, ele precisa sair da letargia e lutar ao lado do povo por medidas capazes de corrigir os efeitos de 500 anos de exclusão.
Vendo em retrospectiva, percebemos que muita coisa importante foi realizada, desde Lula, para resgatar o povo da miséria. Mas as estruturas podres permanecem intocadas, tanto quanto o sistema político igualmente podre. A falta de uma comunicação adequada do PT com as massas impediu a politização, no sentido de significar politicamente as ações de governo. Diálogo é via de mão dupla, o PT tem que ouvir e responder adequadamente, de forma clara, as vozes da população.
O discurso do Min. da Justiça é desastroso, pois responde à classe média paulista, sinalizando mais repressão, em vez de respoder à população da periferia, que é vítima e clama por medidas efetivas como a DESMILITARIZAÇÃO e REQUALIFICAÇÃO da polícia.
Problemas estruturais requerem soluções estruturais e não mais do mesmo, que são essas ações de abafar incêndio, ignorando as vítimas da violência e as reclamações dos próprios policiais, que trabalham como ponta de lança de instituições anacrônicas e fascistas.
baader
Aí, na boa: covardia é quando uns manifestantes devolvem a um PM o que ele deu pouco antes aos mesmos e que, invertendo os papéis, se tornam em seguida e imediatamente seus algozes?
1.Quem escreve, bem jovem, já teve que fugir de bombas no centro de BH (nos 80) e, portanto, julga saber o que acontece no momento. Como todo e qualquer animal, nós também faremos o que estiver ao alcance para nos preservar, inclusive o contra-ataque. Somos um pedaço do corpo da horda. O mais refinado dos intelectuais (e não me considero bronco) agirá assim, nesse momento. Da mesma forma, o policial, um “pai de família”, também perde o “controle’ (na verdade é preparado na sua ignorância e alienação para reprimir com violência), MAS age em “nome da lei” e com aparato letal. E ainda conta com a impunidade ouvida da boca das autoridades que, publicamente, tentam justificar os assassinatos e as agressões dos fardados comandados. Desde já se desmonta qualquer argumento em defesa desses inomináveis de farda (moradores jogaram pedras? Então a polícia pode atirar e matar?).
2. Qual a relação entre a falta da lei da mídia brasileira, a impunidade reiterada dos ladrões de dinheiro público, a minha obrigação de conviver na pólis com consumidores imbecis e egoístas, a desunião e/ou a falta de criatividade dos blogueiros progressistas e a minha cara de palhaço? Uma só: os vencedores são a mentira e o bandido oficial. Desgraça!
Prá mim também já deu, moço.
Matheus
TENSO esse video. Se os jornalistas não estivessem lá na hora filmando, nada disso teria sido registrado. Como a manifestação foi espontânea, não houve convocação prévia, nem havia como algum jornalista independente filmar para depois colocar na internet, é provável que nem exista wi-fi para poder transmitir ao vivo para a internet. É dureza, talvez seja necessário para os moradores de favelas e periferias organizarem algum tipo de autodefesa armada, pois vejo poucas possibilidades além dessas de parar a brutalidade policial-militar. Ou isso, ou colocamos tanta gente nas ruas pela desmilitarização da polícia que o Congresso se sentirá pressionado a votar a PEC 51 com urgência. E digo o mesmo em relação à tão sonhada reforma política proposta por movimentos sociais. Mas cadê a capacidade de mobilizar milhões em todo o país para forçar o Congresso Nacional a aprovar essas propostas?
valmont
Matheus foi no cerne da questão. Não adianta acenar com medidas paliativas, tem que mexer nas estruturas, DESMILITARIZAR E REQUALIFICAR AS POLÍCIAS e aprovar o FINANCIAMENTO PÚBLICO EXCLUSIVO DE CAMPANHAS ELEITORAIS.
Chega de marketing! O povo quer soluções!
denis dias ferreira
De nada adiantará a nossa ajuda se a própria periferia não se mobilizar para enfrentar a violência da PM. O que ou quem impede os moradores da periferia de usar o celular e filmar as cenas de violência e enviar a gravação para a internet? Por que a periferia não cria a sua própria rede Ninja? Onde está o pessoal do Rap? Cadê o Mano Brown? Onde está a turma dos Movimentos Negros? Cadê o pessoal dos saraus literários? Não se luta contra as injustiças sociais e contra a violência da ROTA só brincando de fazer poesia! A periferia tem seus líderes. Onde eles estão nesse momento? Eles deveriam estar na frente de batalha, deveriam neste momento estar ali, ao lado dos moradores, enfrentando a repressão. Mas eles se escondem, se omitem, se acovardam alegando que na periferia a polícia usa outros métodos para intimidar os seus habitantes. O sr. Danilo Mandioca se esquece que durante a ditadura muitos brasileiros enfrentaram os ditadores assassinos e sacrificaram suas próprias vidas em troca da liberdade do povo brasileiro. O sr. Danilo Mandioca se esquece que o Lattuf e outros jornalistas estão jurados de morte pela PM por denunciarem seus crimes contra os jovens da periferia. Acorda periferia!
Casio
Moro na periferia e te digo porque não se filma a ação da Polícia com frequência, porque a maioria das ações são legítimas e se filmar o pessoal do tráfico que são os mais prejudicados com a ação da Polícia,quem filmou vai se fu… vai morrer e ser jogado lá na caixa d’água do morro onde é longe da quebrada e não tem problema ter viaturas, porque não queima o tráfico. Playboizada! Nunca foram pobres e acham que sabem o que rola na periferia.
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