Professor Nicolelis alerta: “No Brasil, podemos ter 1 milhão de vítimas fatais se não fizermos nada”; vídeo
Tempo de leitura: 2 minpor Conceição Lemes
Aqui e no mundo, o professor Miguel Nicolelis é um dos grandes cientistas da atualidade.
Apaixonado pelo Brasil, tem outra característica que o distingue: a preocupação genuína com o social, o ser humano.
Desde que estourou pandemia, ele anda muito apreensivo. O novo coronavírus (Covid-19) tem-lhe tirado o sono.
Além da questão científica, Nicolelis tem muitos amigos espalhados pelo planeta e dois filhos morando nos EUA, atual epicentro da catástrofe.
No momento, ele está no Brasil.
“A estimativa mais amena é de que ocorram entre 100 mil e 200 mil mortes nos Estados Unidos; a mais realista fala em 1 milhão a 1,5 milhão 1,5 milhão”, observa.
“No Brasil, podemos ter 1 milhão de vítimas fatais se não fizermos nada”, atenta.
Tanto que há três semanas ele alerta para a falta de uma Comissão Nacional que centralize e coordene todos os aspectos necessários para entrarmos na guerra contra o coronavírus.
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“Vai ser uma guerra de verdade, a pior que já enfrentamos”, salienta. “Nunca passamos por algo parecido.”
Nesse sentido, Nicolelis vem atuando em várias frentes.
Uma delas é a da informação.
No dia 23 de março ele iniciou no seu canal no You Tube um programa para tratar da pandemia.
Chama-se Nicolelis Nightly News.
Durante cerca de 10 minutos, ele faz um resumo das notícias do dia no Brasil e no mundo, analisadas e comentadas sobre a ótica da ciência do século XXI.
O programa vai ao ar todas as noites, exceto aos sábados, entre 20 e 21 horas.
Dada a importância dessa iniciativa, firmamos uma parceria.
Durante a pandemia, ele terá uma coluna no Viomundo, que se chamará Professor Nicolelis contra a pandemia, que entrará no ar nesta quarta-feira.
Vamos reproduzir todos os vídeos que ele está produzindo para o seu canal no You Tube.
Começamos com o de ontem, dia 30 de março, onde ele fala sobre o inimigo que temos pela frente.
Comentários
Ruy
Aposto que não passa de 20 mil, se tanto.
Marys
A ciência faz suas advertências e projeções. Isso pode ajudar no controle da doença e tudo o que vier de estudos e pesquisas pode ajudar a humanidade neste momento.
Mas ninguém tem poder de adivinhar o que nós vai acontecer de fato.
No máximo podemos pressentir com base na realidade, porque o sentir é humano e, mas, nem sempre,quando sentimos previamente, ou seja, quando pressentimos os acontecimentos, eles ocorrem tal como pensamos ou como nossos sentimentos nos informaram previamente.
Adivinhar e fazer previsões parece ser a possibilidade de se ter visões mais aguçadas, mas com observância do poder vigente e da conjuntura histórica, social, política e econômica.
Alguns seres que têm essa capacidade, observando esse contexto, sentem-se capazes de asseverar e escrever *verdades* que nem sempre, se concretizam, pois muitas vezes não passam de futurologia ou projeções.
É claro que o sistema imposto à sociedade atual, através da economia neoliberal, associada à política e religião, nos trouxe precarização das instituições, das forças de trabalho e, consequentemente, dos sentimentos, desejos, relações interpessoais, vidas e saúde.
O COVID 19 não é a única consequência desse tempo, marcado pela divisão de povos, retorno do escravismo, fascismo, sistemas ditatoriais, exacerbação da fome e da miséria, guerras sem fronteiras, hedonismo, imediatismo, uso de drogas, egocentrismo etc.
Neste século, criamos uma verdadeira geração que, em linguagem popular, passou a se chamar “Vida Loka” ou “Ostentação”!
As relações políticas, econômicas e de consumo ganharam destaque nas relações sociais e familiares, dividindo amigos e famílias.
O COVID 19 é apenas mais uma pandemia desse século. Depois dela, as que serão geradas pela fome e pelas guerras esperam a humanidade ali na esquina.
Mas isso não é adivinhação nem pressentimento, nem projeção nem futurologia, é História!
DC sobrinho
Presado professor Nicolelis, tenho uma sugestão para terapia do covid19. Como o vírus e muito sensível a luz solar poderia verificar a possibilidade de iluminar as vias respiratórias inclusive o pulmão dos infectados através de uma fibra óptica com um comprimento de onda apropriado e assim ver a possibilidade de diminuir o nível de infecção viral. Qual e a transparência do tecido da mucosa em relação ao Uv_visivel . Essa e a questão chave para saber se essa técnica pode obter sucesso na redução da infecção …dqo-ufrrj
Zé Maria
Número Oficial de Minas Gerais:
Hoje (31/3/2020) foram registrados
34.224 casos sintomáticos “suspeitos”
de estarem infectados pelo COVID-19.
Há 10 dias, eram 4.194 ‘Suspeitos’.
Os casos confirmados são 275.
Há 40 mortes ‘sob investigação’
e dois óbitos confirmados.
https://www.saude.mg.gov.br/component/gmg/story/12387-informe-epidemiologico-coronavirus-31-03-2020
No Rio Grande do Sul, que possui população de 11,3 milhões de pessoas,
houve até agora 270 casos confirmados
e outros 4 óbitos decorrentes de COVID-19.
https://twitter.com/SES_RS/status/1244995346343878658
Minas Gerais tem 21,1 milhões de habitantes
Antonio Sérgio Neves de Azevedo
O aparecimento do coronavírus COVID-19 que atinge as mais diferentes regiões do Planeta Terra, assim como a manifestação das mudanças climáticas como, por exemplo, a recente estiagem que resulta em racionamento e fornecimento de água na forma de escalas para a população em diferentes bairros da capital Paranaense. Em momentos menos recentes, o ciclone Idai que passou por Moçambique, Zimbábue e Malauí no continente africano ocasionando milhares de mortes e desaparecidos; as chuvas torrenciais na cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo. Além disso, a erupção vulcânica na Guatemala; da mesma forma e pior intensidade, na Indonésia com a erupção do Anak Krakatoa que provocou terremotos com tsunami; o tufão no Japão e na China e furacão nos EUA (estado do Alabama). Deveras, todos esses acontecimentos não são eventos isolados e, estão sim, concatenados numa sequência de fatores que ultrapassam o fenômeno do efeito estufa e repercutem em terríveis mudanças climáticas localizadas, produzindo catástrofes ambientais imprevisíveis e sem precedentes. Aliás, é importante frisar que o efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para manter a vida em uma temperatura segura para a Terra, inclui-se gases em quantidades ideais como o CO2, metano, óxidos de azoto, ozônio dentre outros presentes na atmosfera. Entretanto, o problema urgente é o aumento descontrolado do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, devido ao desmatamento e à queima de florestas, de carvão, de petróleo, de gás natural e de outros combustíveis fósseis. Nesse sentido, não comporta nenhum engano ao afirmar que a espécie humana está passando por um grande desafio em sua existência seja em referência às mudanças do clima ou ao enfrentamento imediato do COVID-19. Juntos – as mudanças climáticas e o COVID-19 – deverão “ferrar” com a economia global, consequentemente, frear as políticas neoliberais e as portas da escola keynesiana serão abertas. Somado a esse cadafalso, tem-se ainda as epidemias da dengue, do sarampo e das diferentes cepas do vírus influenza que solapam e, notoriamente, continuarão a martirizar a população brasileira por um bom tempo. Dito isso, quanto às mudanças climáticas – o ponto fulcral é o acúmulo descontrolado de CO2 na atmosfera, que serão cada vez maiores e envergarão mais ainda as terríveis catástrofes sobre a população mundial. Sendo que, nenhuma inteligência artificial, nenhuma rede neural ou modelo de algoritmo de previsão matemática pode garantir e prever o comportamento do clima num intervalo curto de evacuação e proteção para os seres vivos. Ou seja, as mudanças climáticas continuarão a desabrigar, inundar, sufocar e ceifar preciosas e valiosas vidas humanas. Destarte, num cenário ambiental caótico, catastrófico e irreversível serve de alerta o profético filme o “Planeta dos Macacos”, do original de 1968, em que o astronauta Taylor encenado pelo ator Charlton Heston, sobrevivente de uma missão espacial, aterrissa em um planeta similar a Terra. Nesse filme, num determinado momento, o astronauta Taylor, cavalgando pelas areias de uma praia avista os destroços da famosa Estátua da Liberdade (Nova Iorque, EUA) e descobre para o seu espanto que está no mesmo planeta Terra mas do futuro. Esta, está dominada por uma espécie de símio falante que escraviza seres humanos mudos. Imediatamente vem à cabeça do viajante espacial um “insight”: os humanos se destruíram! Detalhe: o filme é enigmático e possui um cenário futurístico e alarmante sobre uma possível extinção da espécie humana sobre a face da Terra. Nesse sentido, para evitar que a ficção vire realidade, é preciso desconstruir o discurso fantasioso, sem base científica, vazio, incauto, superficial, epidérmico, demagógico e “nonsense” de algumas autoridades e agentes políticos que insistem em propalar na mídia escrita e falada que as mudanças climáticas e o COVID-19 são frutos de teorias conspiratórias. Ora, a situação atual das mudanças do clima global são imprevisíveis e, além de seríssimas são gravíssimas – do mesmo modo, e na mesma ordem de grandeza é o coronavírus COVID-19 que circula por aí desde meados dos anos de 1960 e resolveu agora “lascar” com a população global. Entretanto, tentativas de minimizar essa realidade por meio de um discurso simples, falacioso e demagógico que carece de total credibilidade científica é ser cúmplice, omisso e participante da destruição do meio ambiente e dos impactos econômicos, sociais e de vidas que serão ceifadas pela pandemia do COVID-19 em todo o Mundo. Destarte, discursos simples e falaciosos – tanto sobre as mudanças do clima como da pandemia desse tipo de coronavírus – contribuem enormemente para o desaparecimento de muitas espécies da fauna e da flora com relação ao primeiro e numa confusão alarmante sobre o segundo que certamente tombarão milhares e milhares de vidas humanas. Logo, estão atuando juntos sim, as mudanças climáticas e o COVID-19 que poderão empurrar a espécie humana para a beira do precipício num possível intervalo de tempo mais curto do que as previsões mais otimistas projetavam. Nesse sentido, tanto as mudanças climáticas como o coronavírus COVID-19 – devem ser enfrentados bravamente, sem trégua, custe o que custar doa a quem doer. A pandemia vai passar, refrear daqui há a pouco, mas infelizmente, as mudanças climáticas continuarão a provocar catástrofes ambientais sem precedentes na curta história da humanidade. Simples assim. Acorda, Brasil!
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