Médicos elegem as novas diretorias dos 27 CRMs: Vitória do negacionismo, da mordaça e do terrorismo
Tempo de leitura: 11 minPor Conceição Lemes
Os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) são autarquias que fazem parte da administração pública.
São 27. Cada um dos 26 Estados tem o seu. Mais o do Distrito Federal (DF).
Assim como o Conselho Federal de Medicina (CFM), os CRMs têm a obrigação, prevista em lei federal, de defender a saúde da população e o exercício ético da profissão.
Nessa segunda e terça-feira, 14 e 15 de agosto, 417.565 médicos e médicas elegeram as diretorias dos CRMs (20 membros titulares e 20 suplentes) que vão comandar o órgão nos próximos cinco anos.
As chapas da situação foram vitoriosas, exceto no Distrito Federal, onde a oposição ganhou (ao final, os resultados das eleições nos 27 CRMs).
Na verdade, os resultados indicam que:
— a maioria dos médicos escolheu se alinhar aos que ignoraram o Código de Ética Médica durante a pandemia de covid-19 e adotaram o negacionismo científico na prática profissional.
— as eleições tiveram como pano de fundo a pandemia de covid-19, uma das mais trágicas páginas da história da medicina brasileira.
Daí a disputa tão assimétrica entre as chapas de oposição e as de situação.
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As chapas da situação (em geral, a 1), além de terem a máquina da autarquia na mão, abrigaram os médicos que estiveram alinhados com negacionismo científico adotado pelo CFM e a maioria dos CRMs.
Já as chapas de oposição foram colocadas em desvantagem desde o nascedouro graças à resolução 2.315/2022, do CFM, que normatizou todo o processo eleitoral.
Por exemplo, as comissões eleitorais dos estados e a nacional foram integradas por membros alinhados à situação.
E são justamente essas comissões que julgaram os impedimentos de toda sorte.
A Resolução 2.315/2022 parece ter sido feita sob encomenda para facilitar a situação.
Primeiro, proibiu as chapas de fazerem campanha antes da homologação.
Segundo, proibiu os membros das chapas de fazerem qualquer manifestação sobre eleições, mesmo após a homologação.
O nome disso é censura, mordaça.
— Ah, mas isso valeu tanto para a situação quanto para a oposição…—algum leitor@ intervenha aqui.
Concordo, valeu para a situação e a oposição.
Só que aparentemente essa regra atendeu aos interesses das chapas da situação que não tinham como explicar o negacionismo explícito do CFM e da maioria dos CRMs na pandemia.
Que bandeiras apresentar?
Tudo indica o objetivo dessa regra foi impedir a oposição de mostrar o que as chapas de situação fizeram no verão passado, ou melhor, na pandemia passada.
Terrorismo e mordaça flagrantes.
Fiquei pasma com o medo de médicos, inclusive professores universitários, que preferiram não falar sobre os problemas no processo eleitoral.
“A comissão eleitoral vai nos impugnar!!!”, ouvi várias vezes nas últimas semanas.
BRASÍLIA: OPOSIÇÃO DERROTA O NEGACIONISMO
No Distrito Federal, a situação rachou e saiu com duas chapas: 1- Pode contar comigo e 3-CRM para você. Farid Buitrago, atual presidente do CRM-DF, foi candidato a conselheiro pela chapa 3 e perdeu.
Na pandemia de covid-19, entre outras condutas negacionistas, anticientíficas, o CRM-DF, presidido por Farid Buitrago, foi contra lockdown em Brasília, como comprova o ofício lado da sua foto. “Se mostrou ineficaz”, foi a justificativa.
As chapas 1 e 3 foram se revezando nos pedidos de impugnação da chapa de oposição, a 4–Ética, Ciência & Dignidade.
Uma delas acusou a chapa 4–Ética, Ciência & Dignidade de fazer campanha antes da hora permitida.
“Isso porque desde fevereiro nós estávamos mobilizando os médicos; criamos um movimento de reuniões e debates até a criação da chapa’’, afirma a médica sanitarista Ana Costa, apoiadora da chapa.
“Aplicaram-nos uma pena que nos deixaria 30 dias fora da campanha, quase 70% do tempo de campanha’’, denuncia. ‘’Mas conseguimos reduzir na justiça comum a mordaça para dez dias’’.
A chapa 3, do negacionista Farid Buitrago, ficou em terceiro lugar.
“’Todas as chapas progressistas foram constrangidas e impedidas de fazer campanha pelas comissões eleitorais dos Conselhos’’, acrescenta Ana Costa.
De fato, foi possível observar esse movimento antidemocrático e antiético pelo Brasil afora.
SÃO PAULO: COMISSÃO ELEITORAL CAUSA PREJUÍZOS IMENSURÁVEIS À CHAPA 3
O maior colégio eleitoral do Brasil.
Ganhou a situação, a chapa 1-Juntos pelo Médico de São Paulo.
A chapa 1 representa a atual diretoria do Cremesp, que durante a pandemia de covid-19 ”sequer se posicionou a favor das evidências científicas, como preconiza o Código de Ética Médica”, disseram em carta aberta, datada de 12 de janeiro de 2021, 14 ex-presidentes da entidade (na íntegra, ao final).
Em 26 de maio de 2020, em plena pandemia, o Cremesp nomeou o médico do trabalho Artur Aparecido Scaranci para assessor de Diretoria.
O médico, contratado por um salário R$ 15.295,35, receitou cloroquina e ivermectina para funcionários da entidade.
Duas chapas de oposição disputaram as eleições para o Cremesp: 2-Novo Cremesp e 3-Resgate dos Médicos e da Medicina.
A chapa 3–Resgate dos Médicos e da Medicina penou demais, como pude acompanhar por informes que enviaram a categoria e que recebi de um de seus apoiadores.
Em nota de esclarecimento, com o título Importância Máxima, a chapa dizia:
Prezados Colegas,
O que está acontecendo com o processo eleitoral, aqui, no estado de São Paulo é lamentável.
Como vocês, estamos indignados, pois após a inscrição da nossa Chapa “Resgate dos Médicos e da Medicina”, dentro do prazo legal e a apresentação da documentação necessária, tudo em conformidade com a Resolução CFM 2315/23, fomos pegos de surpresa por alegações da Comissão Regional Eleitoral (CRE/CREMESP), que é presidida por um sócio desde 2004 de um candidato de uma chapa adversária (sendo que já alegamos suspeição do caso), de que estávamos com diversos documentos incongruentes, o que foi tempestivamente reenviados à CRE/CREMESP. Fato contínuo, logo em seguida alegaram que nossa documentação não cumpria os requisitos básicos e, de imediato tentaram boicotar nossa Chapa.
Acontece que existe na Resolução do CFM, citada acima, a previsão de impetrar Recurso junto à Comissão Nacional Eleitoral (CNE/CFM) e foi o que fizemos em 28/06/23, sendo que após esta data a CRE/CREMESP tem tido problemas de cumprimento de prazo previstos na norma e o Recurso, segundo a CNE/CFM não havia chegado até eles para que fosse avaliado e julgado, ou seja, nosso Recurso havia sido extraviado. Um absurdo!!!
Depois de muito trabalho de nossa Comissão Executiva e de nossa Assessoria Jurídica, conseguimos que o nosso Recurso fosse localizado pela CNE/CFM no dia 11/07/23 (ontem), que agora, esperamos ansiosamente, que seja avaliado e julgado com a maior brevidade possível, pois se assim não ocorrer, entraremos com as medidas judiciais cabíveis, as quais não foram tomadas até o momento, devido a prudência de esgotarmos as medidas administrativas.
Diante desses sórdidos acontecimentos, aguardamos que nossa Chapa possa ser homologada e estar concorrendo ao pleito o mais breve possível e, para que possamos recuperar o tempo perdido de campanha e vencer às eleições, só nos resta uma estratégia: DEPENDER DO TRABALHO ÁRDUO E COM AFINCO DE CADA UM DE VOCÊS para que possamos Resgatar o Cremesp.
Desde já, agradecemos todo o apoio e a contribuição necessária de cada um que compõe este Grupo.
Sem mais, atenciosamente.
Att. Comissão Executiva.
Em 14 de julho, o médico Lavínio Camarim, representando a chapa 3, entrou com mandado de segurança na Justiça Federal, com pedido de liminar, visando ‘’suspender os efeitos do ato administrativo impugnado e ordem para homologação da Chapa “Resgate dos Médicos e da Medicina”.
Em 19 de julho, saiu liminar. Finalmente, a chapa 3 pode começar a campanha.
No final de semana, o Viomundo questionou o grupo sobre as dificuldades.
Segundo um apoiador, o maior entrave foi o ‘’indeferimento da chapa 3 pela Comissão Eleitoral do Cremesp, sem o devido embasamento técnico e jurídico necessário, como consta na ação que movemos na Justiça e que é pública’’.
E os prejuízos?
“Imensuráveis, pois entramos no pleito com quase 40 dias de atraso e tivemos menos de 25 dias para fazer a nossa campanha, enquanto as chapas concorrentes tiveram mais de 65 dias’’, contou-nos o apoiador da chapa 3. ‘’Lamentável…’’
Compuseram a Comissão Eleitoral do Cremesp os médicos Renato Lupinacci, Itiro Suzuki e Irimar de Paula Posso.
Lupinacci é sócio do dr. Ângelo Vattimo, atual conselheiro e candidato da vitoriosa chapa 1.
Irimar de Paula Posso é colega de turma da dra. Irene Abramovich, atual presidente do Cremesp e também candidata a conselheira da vitoriosa chapa 1.
RIO DE JANEIRO: CHAPA 4 TEVE SÓ 2 DIAS PARA FAZER CAMPANHA
A situação mais escandalosa do processo eleitoral foi no Rio de Janeiro contra a chapa 4 – Muda Cremerj.
A liminar para participar das eleições só saiu na noite da quinta-feira passada, 10 de agosto.
É isso mesmo, 10 de agosto!
A chapa só teve sexta e sábado (11 e 12) para fazer campanha. Dia 13, domingo, era o silêncio eleitoral, 14, segunda-feira, o início da votação.
Foi uma batalha duríssima, inclusive porque pelas regras eleitorais estavam impedidos de denunciar publicamente o que estava acontecendo.
Acompanhe:
— O prazo para a inscrição terminava em 20 de junho, às 18h.
— No dia 20, três integrantes da chapa 4 chegaram ao Cremerj, às 17h20.
— No protocolo se identificaram; a comissão eleitoral estava em reunião, mandaram que esperassem
— Às 18h30, o representantes da chapa 4 foram atendidos.
— Às 18h45, o protocolo recebeu os documentos da chapa.
— No dia 22, a comissão eleitoral respondeu. Informou que havia pendências documentais e que a chapa 4 havia estourado o prazo limite para a inscrição, que era até às 18h.
— No dia 26, a chapa 4 entrou com recurso na Comissão Eleitoral Nacional. O recurso deveria ser respondido em 2 dias. A nacional demorou 3 semanas e meia para responder.
— Nesse ínterim, a chapa 4 pediu as imagens das câmeras de segurança do Cremerj, para provar a veracidade do que os seus membros estavam dizendo. A comissão eleitoral regional negou.
— A chapa 4 buscou também outras formas de provar que os seus três integrantes estavam lá no horário, como fotos datadas.
— A comissão nacional negou o recurso. Alegou que presença na sede do Cremerj dos integrantes da chapa 4 naquele dia e horário não significava que queriam fazer o registro.
— Quanto ao acesso às imagens das câmeras do Cremerj, a comissão nacional ignorou.
Ou seja, a comissão do Cremerj negou acesso às imagens. E a nacional agiu como se o pedido não tivesse sido feito.
Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? se perguntam até agora os 40 integrantes da chapa e seus apoiadores.
Duas jovens médicas contam melhor o que aconteceu.
Uma delas é Mayara Secco, candidata ao cargo de conselheira pela chapa 4.
No twitter, @MayaraSecco postou:
Quer saber o que tá rolando nas eleições do CREMERJ? Que houve que do nada surgiu uma chapa nova? Vamos lá, segue o fio
A outra jovem médica é Nayá Puertas, apoiadora da chapa 4- Muda Cremerj, que me enviou este relato:
Não sou da chapa sou apoiadora da chapa MUDA CREMERJ. Meu nome é Nayá Puertas, médica.
O registro da chapa deveria ser realizado até às 18 h do dia 20 de junho.
Os representantes, apesar de terem chegado entre 17h15 e 17h30 só foram recebidos pela Comissão Eleitoral às 18h45, pois segundo a recepção a mesma se encontrava em reunião e seria a responsável por proceder o registro.
A Comissão recebeu os representantes e realizou o registro, mas indeferiu a homologação por intempestividade.
A presença dos representantes na sede do Cremerj pode ser facilmente comprovada pela existência de fotos e recibo de estacionamento.
Foram, ainda, solicitadas ao Cremerj as gravações das câmeras de segurança, mas o pedido foi negado.
Seguindo a norma eleitoral, foi enviado recurso para a Comissão Nacional Eleitoral do CFM.
Só que a na Comissão Eleitoral do CFM o recurso demorou quase 3 semanas para ser julgado, sendo indeferido com argumento de que a presença na sede do Cremerj dos integrantes da chapa naquele dia e horário não significava que queriam fazer o registro da chapa.
Recorreu-se à justiça comum.
Em 10 de agosto, o TRF da 1a Região deu liminar favorável à inclusão da chapa no pleito. Estávamos há 2 dias do término da campanha eleitoral.
A liminar para participar das eleições só saiu no dia 10 de agosto – é isso mesmo, 10 de agosto! –, ou seja, dois dias antes do fim da campanha eleitoral.
Vale a pena ressaltar que a Comissão Eleitoral é indicada pela direção atual dos Conselhos Regionais e do Federal.
No RJ, os integrantes são sabidamente aliados da direção, logo da chapa da situação. O mesmo ocorre na Comissão Nacional.
Com certeza, doutora Nayá. Depois da foto, veja por quê.
Edna Maria Queiroz (presidente), Georgia Saldanha de Souza e Carlos Cesar Assef (membros) integraram a Comissão Eleitoral do Cremerj.
A presidente é a @coronelmedicaednaqueiroz, que, na foto acima, aparece ao lado do então presidente Jair Bolsonaro (PL/RJ). Em 2022, ela foi candidata a deputada estadual pelo PP do Rio de Janeiro, mas não se elegeu.
Na outra foto, Eduardo Pazuello (atual deputado federal e ex-ministro da Saúde), Jair Bolsonaro (ex-presidente) e Marcelo Queiroga (médico e ex-ministro da Saúde) visitam o médico ginecologista Raphael Câmara na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília.
Raphael Câmara é conselheiro do Cremerj e conselheiro federal pelo Rio de Janeiro.
A chapa dele, a 1 – Cremerj dos Médicos, venceu a eleição no Rio. Em 2021/2022, foi secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro.
Alguma dúvida, doutora?
ROBERTO DA JUSTA: RESOLUÇÃO DO CFM ESTÁ EIVADA DE IRREGULARIDADES
‘’A lisura do processo está comprometida na origem, ou seja, na Resolução CFM 2.315/2022 que normatiza o processo eleitoral’’, avaliou o médico infectologista Roberto da Justa Pires Neto, duas semanas antes das eleições.
Roberto da Justa foi candidato a conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) pela chapa 2 Ética, Ciência e Cidadania.
Ele detalhou a sua avaliação:
A Resolução está eivada de irregularidades que são ampliadas pelas Comissões Eleitorais estaduais e pela Comissão Eleitoral Nacional [CEN].
Há omissão quanto a realização de debates.
Há frouxidão com relação a assimetrias no início de campanha de chapas.
Há irregularidade com relação a prazos para respostas a demandas pela CEN.
Há vedação para participação da sociedade no processo eleitoral.
Roberto da Justa arremata: “Enfim, é uma Resolução que deveria ter sido questionada na justiça eleitoral’’.
A propósito, a chapa 1-Experiência e Novos Rumos venceu a eleição para o Cremec.
Seus integrantes são negacionistas de carteirinha, assim como os seus apoiadores, entre os quais a pediatra Mayra Pinheiro, a ‘’Capitã cloroquina’’, do Ministério da Saúde de Jair Bolsonaro.
Mayra nos remete obrigatoriamente a uma cena deplorável, que jamais será esquecida.
26 de agosto de 2013, uma segunda-feira, Escola de Saúde Pública do Ceará.
Lá dentro, um grupo de profissionais cubanos, que chegara a Fortaleza para o Programa Mais Médicos, assistia à aula inaugural do curso de treinamento.
Na saída, médicos cearenses os ”recepcionam” com vaias e berros: ”escravos’’, ’incompetentes’’, ‘’volta para a senzala’’.
Racismo, xenofobia e preconceito explícitos.
O protesto convocado pelo Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec) teve à frente, entre outros, Mayra.
“Aquelas vaias foram a primeira expressão pública do que se tornaria o bolsonarismo no meio médico
nos últimos anos’’, me disse uma médica nesse final de semana.
‘’Hoje, tirando os militares, os CRMs são os redutos de resistência do bolsonarismo”, conjecturou o colega que, muito atento, acompanhava a nossa conversa.
O presságio se confirmou.
Leia a carta aberta ao Cremesp assinada por 14 de ex-presidentes da entidade
REPORTAGEM ATUALIZADA: às 11h32 de 21 de agosto, para inserir os resultados dos 27 CRMs.
resultado-eleicoes-crms-2023Leia também:
Regis Barros: Descriminalização da maconha, a cegueira da ABP e do CFM
Comentários
Luis Bertin
Rapaz, é pior que eleição pra síndico.
Luis Bertin
Rapaz, é pior que eleição pra síndico.
Giuseppe
Qual o número do CRM da “jornalista”?
Zé Maria
.
“É indignante que se divulguem falsas notícias com casos tão sérios,
para pôr em risco a confiança nas vacinas e as próprias pessoas.
Vacinas são seguras, eficazes e a principal forma de proteção
contra várias doenças, como a Covid-19.”
“As pessoas precisam procurar fontes confiáveis para se informar,
como as páginas do @minsaude, universidades, secretarias estaduais
e municipais de saúde.
E quem ainda não tomou o reforço com a vacina #bivalente, essa é hora!”
https://twitter.com/Nisia_Trindade/status/1693773390522278309
https://twitter.com/Nisia_Trindade/status/1693776550288605323
Ministra da Saúde / Governo Lula (2023-2026)
.
Rafael Stelmach
Que vergonha! Absurdo. Durante a pandemia não faltei nenhum dia ao meu trabalho atendendo os pacientes com covid. Entendo que se vc é um profissional capaz de mitigar a vida de pessoas deve estar na sua luta justa contra a pandemia. Mesmo tendo covid e internado por semanas tenho orgulho de não fugir a obrigação da minha profissão. Tenham vergonha ns cara!
Ingrid Vorsatz
De acordo com o que foi reportado, as eleições deveriam ser anuladas.
Ibsen
A verdade é que não são muitos os médicos que se opõem à substituição de Hipócrates por Hipócritas em seu juramento. Não havia a possibilidade de entrar na justiça contra a resolução da mordaça? E nesse caso não seria uma boa estratégia fazer muito barulho antes de é criar a chapa de oposição para evitarem a acusação de campanha antecipada? A medicina brasileira vai de mal à pior. Dizem que a automedicação é um grave problema, mas o que se poderia dizer dos frequentes erros médicos é das “parcerias” médicos laboratórios? Durante a pandemia fui internado com suspeita de Covid na uti de um hospital da rede d’or no Vale do Paraíba. Durante a internação me recriaram cloroquina e Anita. Nem me perguntaram se já tive quadro de arritmia cardíaca, um dos efeitos colaterais do medicamento. Recusei a cloroquina e aceitei o vermífugo porque há anos não tomo. Depois de 4 dias o exame deu negativo. O problema era uma sequela pulmonar de uma tuberculose que tive há 30 anos. A classe médica, em sua maioria é uma vergonha para o país ec para a medicina.
marcio gaúcho
A grande maioria dos profissionais liberais brasileiros apoiam a extrema-direita. Nesses, os médicos, que cuidam da nossa saúde, com o veredito sobre a vida ou a morte, receitando cloroquina e outras porcarias aos pacientes, para agradar o messias e a causa ideológica. Tentemos evitar o contato e a utilização dos seus serviços. Boicote sempre é uma boa ideia e não causa mortes ou lesões corporais.
Zé Maria
A Pequena Burguesia não é afeita à Ética Profissional.
Por isso o Nazifascismo se enraíza nas Entidades Médicas.
É importante virem a público mostrar quem é quem.
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