Associação Brasileira de Saúde Coletiva propõe Comitê de Salvação Nacional urgente: Inadmissível tantas vidas perdidas

Tempo de leitura: 2 min
São Paulo, rua 25 de Março, o maior shopping aberto do mundo nas compras de Natal e Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus. Fotos: Alex Pazuello/Semcom e Paulo Pinto, via Fotoa Públicas

Salvar vidas urgentemente!

Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) 

Diante do agravamento da crise sanitária da Covid-19, que está levando ao colapso o sistema de saúde em vários estados, a Abrasco alerta para a urgente necessidade do Brasil superar a negligência e a desorganização impostas pelo governo federal ao enfrentamento da crise e passar a tratá-la seriamente.

Desde o início da pandemia, as entidades científicas têm alertado para a importância de implementar medidas de redução da transmissão da doença, baseadas no conhecimento científico e em experiências bem sucedidas de outros países.

O Brasil precisa adotar essas medidas urgentemente para diminuir o número de novos casos e óbitos.

Entre elas, são prioritárias:

1. Ampliação imediata das medidas de restrição da circulação de pessoas, a princípio, por duas semanas para diminuir a transmissão do vírus.

2.Manutenção de todas medidas preventivas (distanciamento físico, uso de máscaras e higiene das mãos).

3.Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica em sua dimensão multisetorial/multidisciplinar, territorial, integrada com a APS objetivando as medidas de controle: detecção precoce, investigação laboratorial, isolamento, quarentena e busca ativa de casos suspeitos e confirmados, além da instituição da vigilância genômica no país.

4. Ampliação da capacidade assistencial em todos os níveis, incluindo leitos de UTI.

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5. Aceleração da vacinação para toda a população, coordenada pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) do SUS.

6. Campanhas massivas de comunicação sobre o cenário atual da epidemia no país, formas de prevenção e a importância da vacinação.

7. Garantia do auxílio financeiro emergencial, enquanto durar o estado de emergência e sem desmonte das políticas sociais do país

A efetividade da implementação dessas ações depende de adequada coordenação nacional.

Por isto, a Abrasco recomenda fortemente a instituição de um Comitê de Salvação Nacional com a participação de representações das três esferas de governo (federal, estados e municípios) e de representações do controle social do SUS e da comunidade científica.

Desde março de 2020, a Abrasco não tem poupado esforços no sentido do contribuir com orientações técnicas (como o Plano Nacional de Enfrentamento da Covid-19).

Infelizmente, o cenário que era mais temido está se tornado realidade. Não é admissível que tantas vidas sejam perdidas!

Todos os esforços devem ser feitos por parte das autoridades políticas e sanitárias para superar esta crise.

A sociedade, por sua vez, precisa se unir solidariamente e exigir do Estado o cumprimento do seu dever constitucional.

Por fim, a Abrasco convoca todos para participar do ato “A maior calamidade de nossa história: o Brasil não pode se calar”, no dia 2 de março, às 15h, com transmissão pela TV Abrasco.

Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 2021

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Comentários

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fabio paiva fagundes

O problema é que só o governo federal tem condições de pagar o auxílio! As pessoas não podem parar de trabalhar, senão não vão poder comer! Talvez por isso os prefeitos e governadores não façam um lockdowm de verdade!

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