Ex-ministros denunciam 60 dias de irresponsabilidade na Saúde: Covid avança, Brasil sucumbe com mortes e dor

Tempo de leitura: 2 min
Reprodução de vídeo e Agência Brasil

60 dias de omissão na Saúde

Em meio à pandemia, ministério se tornou uma instituição desacreditada

Ex-ministros da Saúde Alexandre Padilha, Arthur Chioro, Barjas Negri, Humberto Costa, José Gomes Temporão, José Saraiva Felipe e Luiz Henrique Mandetta, na Folha de S. Paulo

O Brasil sucumbe de modo trágico à pandemia do coronavírus, e o luto cobre a nação.

Ao ultrapassar as 75 mil mortes causadas pela Covid-19, número inferior apenas ao dos EUA, a doença avança pelo país deixando um rastro de dor e sofrimento.

Mas poderia ter sido diferente se o governo federal tivesse guiado suas ações ouvindo a ciência, mobilizando a sociedade, construindo estratégias com estados e municípios e assumindo sua responsabilidade de liderar e coordenar o esforço nacional de enfrentamento da pandemia.

O presidente da República, após demitir dois ministros por discordarem de sua condução negacionista e irresponsável, entregou o Ministério da Saúde (MS) a um interino militar que nomeou dezenas de outros militares para cargos estratégicos, em atitude ofensiva à saúde pública brasileira, que conta com técnicos e gestores experientes, dedicados e capacitados.

O MS se tornou uma instituição desacreditada e vista com reservas pela opinião pública, seja ao distorcer estatísticas oficiais, seja por aprovar protocolo que não se baseia em evidências científicas para o manejo da doença.

A gestão militarizada do MS não trouxe nenhum ganho em eficiência logística e sequer tem sido capaz de adquirir os testes necessários ou de executar os recursos orçamentários disponibilizados, já que apenas 30% foram gastos até agora.

O fato é que o governo federal abriu mão de seu papel constitucional de coordenação e condução do esforço nacional de combate à Covid-19, com evidentes prejuízos à capacidade do país em reduzir os impactos da doença.

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O SUS tem sido fundamental para evitar uma situação de barbárie e caos social.

Como explicar a resiliência do SUS apesar do desfinanciamento e de seus problemas estruturais?

Na prática, a partir da decisão do STF sobre a autonomia dos entes da federação no enfrentamento da epidemia, estruturou-se no país uma “autoridade sanitária alternativa”, embora não formalizada enquanto tal, composta por governadores, prefeitos, sanitaristas e outros especialistas, entidades das áreas da saúde pública, da ciência, da medicina, partidos políticos, Congresso Nacional, Poder Judiciário e grande mídia, que vem se dedicando com grandes limitações ao enfrentamento da situação sanitária

Não se trata apenas de uma atuação equivocada ou incompetente do presidente e do governo federal.

As decisões tomadas nos campos sanitário, econômico e social expressam uma lógica perversa que rege todo o governo e que subjuga as necessidades da população ao princípio da austeridade fiscal, indiferente aos danos que isso possa causar na vida das pessoas.

Que o governo federal assuma suas responsabilidades intransferíveis!

Que o Ministério da Saúde seja devolvido à saúde pública!

Que se ponha fim à omissão no enfrentamento da pandemia!

Que possamos finalmente unir esforços e enfrentar de forma obstinada a pandemia de Covid-19 e seus graves efeitos sociais e econômicos sobre a nação.

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Comentários

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Ibsen Marques

O que eu posso dizer é o seguinte.
Estou internado na UTI de um hospital da rede D’OR em São José dos Campos e estão me empurrando Annita e Cloroquina.
Se eu morrer o Covid teve duas importantes ajudas.

    Conceição Lemes

    Ibsen, esperamos que vc se restabeleça rápido. Vc ou alguém chegou a dizer que não queria esses remédios? BOA SORTE

Zé Maria

Entrevista: Arthur Chioro, ex-Ministro da Saúde: https://youtu.be/xoO7i4HoRy0?t=1468

Zé Maria

Querem contaminar 80% da População Brasileira de COVID-19,
correspondente a 170 Milhões de Pessoas Infectadas no Brasil,
para alcançar uma fantasiosa ‘imunidade de rebanho’, que só se
aplica nas campanhas de vacinação em massa contra doenças
infecto-contagiosas que estão fora de controle no País.

Supondo que fosse possível – ou praticável – a contaminação de
170.000.000 de brasileir@s, ‘espontânea’ ou ‘voluntariamente’,
– como pretendem os Generais no Governo Bolsonaro/Mourão –
e sabendo que hoje (17/7/2020) a Taxa de Mortalidade é de 3,8%,
teríamos nada mais, nada menos que 6 Milhões e Meio de Mortos
afetados pela SARS-COV-2 (COVID-19) no Brasil.
Isto é: seriam 6,5 Milhões de Famílias Brasileiras de Luto. Esse é o
preço que os Governantes Militares cobram de Sacrifício ao País.

Zé Maria

(des)Governo Nazifascista tentando implementar na Sociedade Brasileira
a tese da ‘sobrevivência do mais apto’ do Darwinismo Social de Spencer.

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