Butantan: Ômicron coloca em risco produção da vacina de influenza; parte dos funcionários está em home office por 15 dias
Tempo de leitura: 2 minPor Conceição Lemes
“Casa de ferreiro, espeto de pau”, diz um antigo ditado popular, que cai com uma luva no Instituto e na Fundação Butantan, em São Paulo.
O Instituto atua na área de pesquisa. A Fundação cuida da produção de vacinas.
Desde a semana passada, muitos dos seus funcionários testaram positivo para a covid-19 e foram afastados do trabalho.
Filas grandes têm se formado no ambulatório para fazer o teste.
Como as amostras são analisadas no próprio Butantan, a direção provavelmente já sabia desde a semana passada que a ômicron estava se espalhando “em casa”.
O Instituto e Fundação ficam em prédios distintos. Mas, como os funcionários interagem, a nova variante do coronavírus “passeia” junto.
Mas só ontem, 11-01, a direção da Fundação decidiu colocar em trabalho remoto a partir de hoje, 12-01, todos os trabalhadores que não atuam na produção de vacina.
No final da tarde, os funcionários da Fundação Butantan receberam o comunicado (na íntegra, mais abaixo), onde diz:
Como vocês sabem, estamos em meio à produção da vacina de influenza e somos únicos fornecedores deste imunizante ao Ministério da Saúde.
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Devido ao número crescente de afastamentos por síndromes respiratórias, visando proteger as estruturas produtivas por meio da circulação de pessoas em todas as dependências do Butantan, decidimos estabelecer o regime de trabalho remoto para as áreas não essenciais da Fundação Butantan.
Essas medidas serão reavaliadas no prazo de 15 dias.
Dois pontos chamam a atenção no comunicado:
1. A preocupação não é com a saúde dos funcionários não essenciais da Fundação. A medida visa a preservar a fabricação da vacina da influenza.
2. Não menciona covid-19; apenas afastamentos por síndromes respiratórias.
Embora pudesse ter tomado essas medidas antes, a Fundação agiu.
Já o governador João Doria (PSDB), pela forma como age, faz de conta que tudo está praticamente normal.
Ontem, 11-01, em entrevista coletiva, disse que poderia haver novas restrições para conter a covid-19.
Hoje, em nova coletiva, ele anunciou o limite de 70% na ocupação da torcida em estádios durante jogos de futebol no estado. A regra passa a valer a partir do dia 23 de janeiro, com a volta do Campeonato Paulista.
Para outros eventos de aglomeração, como eventos musicais, delegou para cada prefeitura a decisão de restringir novamente o público permitido.
Ou seja, Doria recuou.
Talvez com receio de enfrentar as agressões dos bolsonaristas nas redes sociais.
Talvez por negacionismo. Em vez de seguir, de fato, o que determina a ciência para este momento, prefere seguir o mercado.
Só que depois da casa arrombada, não adianta cadeado à porta.
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Comentários
Henrique Martins
https://www.terra.com.br/noticias/coronavirus/queiroga-vacina-infantil-mostrou-se-segura-ate-o-momento,0030cf89c48f99dff8ca8b5b78b3e26elqb1i1a4.html
Não é o que pensa o seu presidente senhor ministro.
Henrique Martins
https://www.brasil247.com/brasil/e-um-grande-apoiador-da-vacinacao-diz-queiroga-sobre-bolsonaro-que-nao-se-vacinou
Hipócrita. Até parece que as falas do seu presidente e as lives das quintas feiras não estão gravadas. Até parece…………..
Henrique Martins
https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2022/01/13/queiroga-grande-maioria-dos-internados-em-hospitais-sao-nao-vacinados.htm
Pois é………………………….
Henrique Martins
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2022/01/bolsonaro-deve-dar-poder-a-casa-civil-na-execucao-do-orcamento-em-reves-para-guedes.shtml
A impressão que eu tenho é que Jair Bolsonaro está almejando atingir dois objetivos com este tipo de medida:
Amarrar as pernas de Guedes obrigando-o a jogar a toalha e como sempre comprar o Centrão. A ver….
João de Paiva
Tanto a nota do Butantã (Butantan) como a forma com que foi divulgada aqui são estranhíssimas. E por quê? Porque não há razões históricas ou científicas capazes de justificar surtos de infecções respiratórias durante o verão. Ademais, SP se vangloria de ser uma cidade e um estado que primeiro e com mais intensidade impuseram vacinação obrigatória à população, além de restrições à circulação e reunião de pessoas.
O que observo é que a narrativa das oligarquias, das big-pharmas e big-techs anglo-ianques (que tém na mídia OTAN corporativa e nos governos sabujos das colônias, como o brazil, seus agentes de propaganda e operacionais) está caindo de podre, embora se usem de todos os expedientes de censura, banimento, cancelamento e perseguição contra aqueles que a ela se opõem.
Henrique martins
https://www.diariodocentrodomundo.com.br/fabio-faria-desabafa-bolsonaro/
Tal como Guedes esse aí é outro que tem pouca dignidade.
Henrique Martins
Os meus comentários sobre o documentário já foram publicados. Valeu…
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