Dilma e Bachelet confirmam presença na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
Tempo de leitura: 4 minpor Conceição Oliveira do Blog Maria Frô, twitter: @maria_fro
Entre os dias 12 a 15 de dezembro, em Brasília, mais de 3 mil mulheres de todo o Brasil se reunirão para discutir políticas públicas para as brasileiras.
Michelle Bachelet – ex-presidenta chilena e atual diretora executiva da recém criada ONU Mulher, agência das Nações Unidas responsável por políticas de proteção às mulheres – é uma das convidadas para a 3ª Conferência.
Durante seu governo, Bachelet reforçou o vínculo com os mulheres, transformou o Sernam (Serviço Nacional da Mulher) numa instituição eficaz que passou a medir os índices de violência contra as mulheres e crianças e a pensar em ações que coibissem os problemas que geram violência doméstica. Antes das pesquisas do Sernam não havia um trabalho seguro de registro de feminicídios.
Abaixo o release do evento.
3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
A presidenta da República Dilma Rousseff e a ex-presidenta do Chile e diretora executiva da ONU Mulheres, Michelle Bachelet, confirmaram participação na 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, coordenada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPM) entre os dias 12 e 15 de dezembro, em Brasília. A presidenta Dilma participa da cerimônia de abertura do evento, ao lado da ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as mulheres. Já Michelle Bachelet faz palestra no dia 14 de dezembro.
Cerca de três mil mulheres estarão reunidas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães para discutir e elaborar políticas públicas voltadas às mulheres brasileiras. Ao final da conferência, a SPM espera avaliar e definir prioridades dentro do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, elaborado em 2007.
O Plano é resultado da mobilização realizada na II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres e está organizado em 11 eixos que representam temas prioritários e áreas de preocupação, levantados por representantes da sociedade civil organizada. Para cada eixo há objetivos e metas que se concretizam em 388 ações propostas.
Agora, o governo federal espera estabelecer prioridades dentre as propostas para a gestão do governo de Dilma Rousseff. Depois de enfrentar e alcançar conquistas em relação ao enfrentamento da violência – como a Lei Maria da Penha e a construção do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres – o governo, agora, debruça-se no debate sobre a construção da autonomia econômica e social das mulheres, fundamental para alcançar a igualdade entre os sexos.
A 3ª Conferência Nacional vai consolidar as propostas elaboradas nas conferências municipais e estaduais, que começaram em 1º de julho, e definir a responsabilidade do governo federal frente às demandas apresentadas pelos municípios. Cerca de 200 mil mulheres de todo o País estão envolvidas na mobilização que passou por 2.160 municípios brasileiros.
PROGRAMAÇÃO
3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
Brasília, 12 a 15 de dezembro de 2011
Estrutura da Programação
Dia 12/12/2011 – Segunda-feira
18h às 21h: Solenidade de Abertura da 3ª CNPM
Dia 13/12/2011 – Terça-feira
8h às 10h30: Plenária de Abertura
Aprovação do Regulamento da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres
11h às 13h: projeto de país com igualdade entre mulheres e homens e sustentável
13h: Rodas de Conversa
Roda 1: Como pensar políticas que dêem conta da pluralidade
Roda 2: História das desigualdades entre homens e mulheres
Roda 3: Orçamento para políticas para as mulheres
Roda 4: Comunicação e mídia não discriminatórias
13h às 14h30: Almoço
14h30 às 17h30: Grupos de Trabalho Desenvolvimento Sustentável (Eixo 1 do II PNPM: Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho com inclusão social; Eixo 6 do II PNPM: garantia de justiça ambiental, soberania e segurança alimentar e Eixo 7 do II PNPM: Direito à terra, moradia digna e infra-estrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais ).
Todos os grupos de trabalho incorporam na sua discussão as dimensões de raça, orientação sexual e geracional (Eixo 9 do II PNPM: Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia e Eixo 10 do II PNPM: Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens e idosas).
18h às 20h: Painel 2 – Enfrentamento do racismo e da lesbofobia: articulação necessária para o enfrentamento do sexismo
20h às 21h30: Jantar
22h: Show com Zélia Duncan
Dia 14/12/2011 – Quarta-feira
8h30 às 10h30: Painel 3 – Enfrentamento das desigualdades e a autonomia das mulheres
11h às 13h: Painel 4 – Plano Nacional de Políticas para as Mulheres: perspectivas e prioridades
13h: Rodas de Conversa
Roda 1: Um olhar internacional
Roda 2: Mulheres jovens e idosas – as políticas e as diferenças de geração
Roda 3: Relatos de experiências de gestão pública
Roda 4: Relatos de experiências de gestão pública – formação de gestoras e agentes públicos
13h às 14h30: Almoço
14h30 às 18h30: Grupos de Trabalho
Grupo de Trabalho 2: Autonomia Cultural (Eixos 2 do II PNPM: Educação inclusiva, não-sexista, não-racista e não homofóbica.
e Eixo 8 do II PNPM: Cultura, comunicação e mídia, igualitárias, democráticas e não discriminatórias)
Grupo de Trabalho 3: Autonomia Pessoal (Eixo 3 do II PNPM: Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos e Eixo 4 do II PNPM: Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres)
Grupo de Trabalho 4: Autonomia política, institucionalização e financiamento de políticas públicas para as mulheres (Eixos 5 do II PNPM: Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão e Eixo 11 – gestão e monitoramento do Plano)
Todos os grupos de trabalho incorporam na sua discussão as dimensões de raça, orientação sexual e geracional.
(Eixo 9 do II PNPM: Enfrentamento do racismo, sexismo e lesbofobia e Eixo 10 do II PNPM: Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens e idosas).
19h: Conferência de Michelle Bachelet – Secretária Geral Adjunta da ONU e Diretora Executiva de Onu Mulheres
(Entidade das Nações Unidas para o Empoderamento das Mulheres)
20h às 21h: Jantar
21h às 23h: Atividade cultural
15/12/2011 – Quinta-feira
8h30 às 12h30: Plenária Final
Discussão e deliberação sobre propostas e recomendações dos grupos de trabalho.
12h30 às 14h: Almoço
14h30 às 17h: Plenária Final (continuação)
Discussão e deliberação sobre as propostas e recomendações dos grupos de trabalho. Apresentação e aprovação de Moções.
17h às 18h: Solenidade de Encerramento da 3ª CNPM
19h: Jantar
Comentários
Partido Quilombo dos Negros Afrodescendentes e Brasileiros
Partido Quilombo dos Negros Afrodescendentes e Brasileiros PQNAB É lançado o pré-manifesto e estatutos do PQNAB Partido Quilombo dos Negros Afrodescendentes e Brasileiros em 17 estados da ONNQ unidos a inúmeros movimentos e Entidades Negra ativistas e simpatizantes do Brasil que tem um pensamento em comum, o de assumir a responsabilidade e deveres para nossa comunidade e autonomia e conquistas nossos direitos resgatando e redimensionando o poder de nossos valores em favor de nossa comunidade e da nação. Brasil.Viva Zumbi! Brasil. Para maiores informações e adesões do PQNAB Partido Quilombo dos Negros Afrodescendentes e Brasileiros. pelos e-mails [email protected] / [email protected] / [email protected]
leandro
Depois querem ser levados a sério…..
"O deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator da Lei Geral da Copa na comissão mista que analisa a norma na Câmara, apresentou nesta terça-feira seu parecer sobre o projeto de lei. Entre outras alterações, o relator incluiu no texto a liberação da venda de bebidas alcoolicas nos estádios de futebol nos jogos da Copa do Mundo de 2014 e, também, em partidas do futebol brasileiro."
só para atender a FIFA
albertoermanno
Não vão debater o aumento de crimes sexuais nas regiões nos arredores dos canteiros de obras de Belo Monte?
Marcio H Silva
Só em Belo Monte?
Aumento de crimes sexuais contra idosa, menor mulher, adulta mulher acontece no Brasil todo.
O debate então deveria ser mais amplo, não acha?
albertoermanno
Poderia (não deveria) ser mais amplo, sim.
O que acontece é que no caso do aumento na região das obras de Belo Monte o motivo é bem sabido: por (ir)responsabilidade do Governo em impor àquela região essa monstruosidade humana e ambiental.
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