O dia em que o Datafolha derrotou Jânio Quadros

Tempo de leitura: 4 min

por Luiz Carlos Azenha

Como os arquivos do Viomundo antigo estão em frangalhos, um problema que o Leandro Guedes promete resolver em breve, vou dar uma de caduco: contar de novo, em poucas palavras, uma história antiga, acrescentando alguns detalhes.

Aconteceu, como diria aquele personagem do Chico Anysio, em 1985.

Eu era um jovem, porém experiente repórter.

Tinha pedido demissão da TV Globo pela primeira vez (o equivalente, naquela época, a pedir demissão da Petrobras), já que a emissora queria que eu fosse chefe do escritório de uma futura emissora, em São José do Rio Preto, mas eu queria me formar, o que exigia minha presença física em São Paulo (eu levava o curso de Jornalismo na Universidade de São Paulo aos trancos e barrancos e só colei grau em fevereiro de 1987, quando já era correspondente da TV Manchete em Nova York).

Um dia, estudante em São Paulo e desempregado, passei pela entrada do Hospital das Clínicas, onde Tancredo Neves estava moribundo, e encontrei o Heraldo Pereira, então repórter da TV Manchete, que me disse que a emissora tinha vaga para repórter (àquela altura eu já tinha quatro anos de experiência em TV, o que incluia longos meses cobrindo férias na Globo de São Paulo, com muitas reportagens em jornais de rede e algumas no Jornal Nacional).

Fui contratado.

Como aquele era ano de eleições para a Prefeitura de São Paulo, fui escalado pela Cristina Piasentini para acompanhá-las.

Foi assim que passei a periodicamente visitar a casa do candidato Jânio Quadros, na Lapa, em São Paulo. Conheci dona Eloá, a ex-primeira dama.

O ex-presidente tinha sido candidato a governador em 1982, nas primeiras eleições diretas para o cargo durante o regime militar. Perdeu para Franco Montoro.

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Agora ensaiava uma nova tentativa eleitoral, com apoio da centro-direita.

Os outros candidatos importantes eram Fernando Henrique Cardoso, do PMDB de Montoro, herdeiro do MDB, o partido de oposição ao regime militar; e Eduardo Suplicy, do recém-formado Partido dos Trabalhadores.

Jânio concorria pelo PTB. Ele mesmo abria o portão da casa e nos encaminhava para um escritório anexo. Confesso que não era o candidato de minha simpatia (eu tinha votado em Montoro para governador e, se meu título fosse de São Paulo, provavelmente votaria em FHC para prefeito). Mas Jânio era um homem muito simpático.

Pedia café e conversava com o jovem repórter como se eu pudesse decidir as eleições. Nas entrevistas, atacava Fernando Henrique Cardoso como alguém que teria mais intimidade com os subúrbios de Paris do que com a periferia de São Paulo.

Jânio gostava de falar dos bairros que conhecia pessoalmente, especialmente da Vila Maria, que era sua base eleitoral. Jânio dizia abertamente que parte da mídia era inimiga dele.

Citava a TV Globo, razão pela qual, presumo, recebia tão bem as equipes da Manchete (sobre acertos de bastidores da Manchete com Jânio, eu era muito jovem para saber).

No dia da eleição, 15 de novembro de 1985, a TV Manchete instalou uma câmera daquelas grandes, de estúdio, na redação da Folha de S. Paulo, na Barão de Limeira.

Ao longo da campanha eleitoral eu havia entrevistado o Otavinho, já que a Manchete tinha feito um acordo para divulgar os resultados das pesquisas do Datafolha, recém-criado.

Uma das minhas primeiras intervenções ao vivo foi para anunciar o resultado da pesquisa de boca-de-urna do Datafolha em São Paulo.

Fernando Henrique Cardoso seria eleito prefeito de São Paulo, previa o Datafolha. Já não me recordo qual era a margem prevista pelo instituto. No entanto, assim que a votação acabou e começou a apuração, os resultados do Datafolha eram distintos dos revelados pela contagem física dos votos.

Ao longo da campanha, Jânio Quadros tinha se servido de pesquisas não-científicas feitas pela rádio Jovem Pan, que colocava equipes volantes para entrevistar eleitores nas ruas de São Paulo. Pelas “pesquisas” da Pan, Jânio seria eleito.

A situação foi ficando cada vez mais tensa na redação da Folha. Havia um terrível descompasso entre a previsão e a contagem.

Por pressão da redação da TV Manchete (que conversava comigo pelo ponto e por uma linha telefônica específica), chamei o Reginaldo Prandi, que falava pelo Datafolha.

A explicação dele, ao vivo, foi a seguinte: por enquanto as urnas apuradas são de regiões onde Jânio Quadros tem a maioria dos votos; quando chegarem ao TSE as urnas de outras áreas de São Paulo, Fernando Henrique vencerá.

Segundo Conceição Lemes, que também era repórter em 1985, o governador Franco Montoro chegou a dar um entrevista à TV Record agradecendo os eleitores de São Paulo pela escolha de Fernando Henrique, aparentemente baseado no resultado da pesquisa de boca-de-urna do Datafolha.

Ou não. Isso não me ocorreu na época, mas uma pesquisa de boca-de-urna viciada pode servir a interesses inconfessáveis: se a margem em favor de um candidato for bastante reduzida, pode permitir que uma pilantragem eleitoral mude o resultado. Como diria a Folha de S. Paulo, não há provas de que isso tenha acontecido então, mas também não há provas de que não tenha acontecido.

Ao fim e ao cabo, recebi uma ligação de Pedro Jacques Kapeller, o Jaquito, o principal executivo da TV Manchete abaixo de Adolpho Bloch, que disse algo assim: “Azenha, esquece o Datafolha, pode dizer que o Jânio vai ganhar baseado na apuração”.

Foi o que fiz. Jânio, eleito, foi para a sede da TV Manchete, na rua Bruxelas, dar uma entrevista ao vivo.

Ele venceu com 39,3% dos votos válidos, contra 35,3% de Fernando Henrique e 20,7% de Eduardo Suplicy.

Ou seja, a “vitória” de FHC na boca-de-urna do Datafolha foi desmentida pela vantagem de 4% que Jânio obteve nas urnas.

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Comentários

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Jardel

O FHC, empolgado com a informação furada da Folha, se sentou na cadeira de prefeito e posou para fotos nos jornais.
Para o vexame ser maior ainda, ao tomar posse, Jânio passou inseticida na cadeira, o que também foi devidamente registrado pelas fotos dos jornais.
O caso foi cômico.

Julio Silveira

Se não me falha a memoria, esse foi o segundo momento em que o nobre entreguista fumou mas não tragou. O primeiro foi declarado pelo proprio, certamente para aparecer descolado, e esse, segundo, foi quando apareceu sentado na cadeira do prefeito, de um prefeitura que terminou tendo outro eleito. São as Fernandenriquices de um indutor cultural de um Brasil aprecia o futil, o hipocrita, e o colonismo.

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[…] Datafolha é aquele que, em pesquisa de boca-de-urna, disse que Fernando Henrique Cardoso seria eleito prefeito de São Paulo, derrotando Jânio Quadros… que venceu (clique aqui para ler). […]

Celular na mão, jovens empurram Marina | Altamiro Borges

[…] Recuando um pouco mais no tempo, nos anos 80, em São Paulo, eu participei pessoalmente de um dos maiores vexames já dados no Brasil por uma empresa de pesquisas. Da redação da Folha de S. Paulo, na Barão de Limeira, anunciei pessoalmente, ao vivo, na TV Manchete, o resultado da pesquisa de boca-de-urna do Datafolha que dava vitória de Fernando Henrique Cardoso sobre Jânio Quadros na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Jânio venceu com 4% de vantagem. Narrei este episódio aqui. […]

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Sérgio Arce Gomez

E aquela célebre frase do JQ, após desinfetar, com pano embebido em àlcool, a citada cadeira em q FHC se sentara indevidamente: “nádegas indígnas se assentaram nesta cadeira”.Abraços.

Azenha e a arquitetura do jn para eleger Aécio | Conversa Afiada

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Damastor Gautierre

E o Uribe rejeitou o plano de paz de Chavez.

Uma guerra agora colocaria as eleições do Brasil em risco. O Hugo Chavez será acusado de ter trazido a guerra à América do Sul e isso vai respingar no Lula e em Dilma.

E uma guerra contra a Venezuela é tudo o que os EUa querem.

Carlos

Mensagem pro Janio… de Freitas

Alguma possibilidade de exemplificar casos em que a “MÍDIA NEGOCISTA”, agiu com “CONIVÊNCIA E CUMPLICIDADE” em troca de “FAVORES ESCUSOS”?

    Carlos

    Em tempo: nas páginas da Folha, claro.

liele

FHC eleito com a ajuda de Regina Duarte… http://www.youtube.com/watch?v=_d9yz1tmWWk

Alexandre Tambelli

Azenha e pessoal!

Ah… Se não fosse o Plano Real que o FHC entrou de paraquedas ele não teria nenhum cargo no executivo. (risos) E o candidato SERRA ainda acredita no Datafolha (mais risos)… Gostei demais desta postagem e dos detalhes deste fato histórico da Eleição de 2005. Naquela eleição eu fiz campanha pro Suplicy, era jovem e não votava ainda. Bom tempo aquele, onde os candidatos e partidos tinham suas ideologias, discursos diferenciados, delimitando suas posições políticas que defendiam abertamente. Hoje, temos o candidato mais forte da oposição que não diz qual é a sua ideologia, que esconde suas posições políticas e discursa diferenciado conforme a platéia.

LuisCPPrudente

Na época não tinha idade para votar, foi isto que me salvou de ter dado o meu primeiro voto ao FHC! Jânio Quadros era um reacionário e os malufistas se transformaram em janistas.

Hoje dou risada do que o velho Jânio Quadros fez, de desinfetar a cadeira de prefeito, que o então FHC pensara que sentaria nos próximos quatro anos!

    Carlos

    Prefeitos das capitais eleitos em 1985: mandato de 3 anos, até 1988 – em Sampa, Jânio foi sucedido pela Erundina; em Curitiba, Requião foi sucedido por Jaime Lerner, então no PDT e que tempos depois foi para o PFL.

Jairo_Beraldo

Deveria ter ganhado. Porque assim,saberíamos, que como disse Quadros, que FHC sabia mais da periferia Parisiense (que é composta de ricaços) , que a periferia de SP. mas ele voltou e vingou em nós o que fizeram os paulistanos a ele… vendeu 70% do espólio público brasileiro.

Geysa Guimarães

Continuando:
O Mário mandou o coitado entregar chaveiros de Jânio na mesa de Eva Wilma, Carlos Zara e Bete, que lhe deu uma bronca imensa. De volta, ele me perguntou o porquê de a mulher ter ficado tão brava – não fazia ideia de que era atriz e deputada que apoiava Fernando Henrique. Na saída, passaram por nós. O humilhado pediu desculpas à grosseirona, dizendo ter sido uma "brincadeira". De dedo em riste, Bete gritou: "Mas uma brincadeira que eu não admito!".
Levantei e chamei a grosseirona às falas. Lembrei até do cel. Brilhante Ustra, que ela dizia ter sido seu torturador. Só não nos atracamos porque Eva e Zara carregaram a estrupícia pra fora.

De Paula

Azenha, arrasou, rapaz! Se ganha eleição e mesmo com base na apuração. Vamos esquecer o DataFolha e esperar a apuração.

Geysa Guimarães

Recordar é viver. Naquela campanha, eu vivia no meio da massa cheirosa mas nunca deixei de prosear com o povo. E só eu acreditava na vitória de Jânio. Na véspera, no Gigetto, eu e Bete Mendes batemos um bocão. A atriz foi truculenta com um cabo eleitoral, pessoa humilde, que estava em minha mesa levado por Alex Freua (principal assessor de Jânio) e Mário, irmão do deputado Zé Camargo
Conto o resto no próximo comentário.

Luis

Azenha, responda: o que é melhor, pagar pedágio ou morrer nas Estradas Federais. Ser atendido nos hospitais de São Paulo ou nos do SUS. Aliás, porque os petistas de todos os Estados se consultam e são operados no Estado de São Paulo, principalmente no INCOR estadual ?

    Guilherme

    Tautologia, falácia de composição, etc.

    Gustavo

    dããããããã….pedágio de são paulo = rodovia sem acidentes….aushaushaushuashuahsuash

    raul

    Aqui no interior de sp (tupa), os hospitais estão em péssimas condições !

    Ed.

    As boas estradas (Imigrantes, Bandeirantes, Castelo Branco, Ayrton Senna, Carvalho Pinto e mesmo Anhanguera, Anhieta e Raposo não foram feitas "pelos pedágios", mas pelo dinheiro público. Os pedágios as ganharam de presente e só as operam, mediante pequenas tarifinhas…(tem a parte do governo, que até já foi adiantada até 2012…
    (vai que o Mercadante ganha!)… E ainda assim, os índices de acidentes são semelhantes. A questão não é pedágio, é o VALOR do pedágio, sr. Luis… Tendeu?!
    Quanto a hospitais, o pessoal que vem, vai é pro Sirio Libanês, Einstein, Oswaldo Cruz…todos "obras" dos "demotucanos"… "assim como" o Incor, naturalmente, né?!
    Dinheiro meu caro, muito dinheiro … incluindo o do ICMS invertido e reinvertido e da maior dívida com a União…

41% a 30%. E Dilma cresce entre as mulheres « Blog do Artur Henrique

[…] Mas já errou também, como no caso que o Luiz Carlos Azenha está recordando em seu “Vi o Mundo”. […]

Carlos

TODAS as pesquisas deveriam ser divulgadas no mesmo dia e hora.

Francisco Ávner

AZ,

eu soube agora que vc vai está em Salvador a convite dos organizadores da campanha de Jaques Wagner. Estartei ligado, se der quero participar. Quem falou foi o Bahia Notícias. Vejam abaixo.

WAGNER TRARÁ ‘DILMABOY E AZENHA’ À BAHIA
09:28:16

A campanha na internet é uma grande novidade para o pleito eleitoral deste ano, principalmente para os candidatos ao Governo do Estado. Para tentar se aproveitar desse terreno ainda mal explorado, os postulantes se arriscam em seus twitters e tentam aproveitar as redes sociais com o YouTube. A campanha do petista Jaques Wagner, para pôr ordem na militância virtual, marcou, para a próxima quarta-feira (28), uma reunião com os blogueiros e tuiteiros apoiadores do partido, com a presença do próprio. Para aditivar o evento, a equipe de Wagner vai trazer o jornalista Luiz Carlos Azenha, que faz parte do grupo de blogueiros identificados ao partido, junto a Luís Nassif e Paulo Henrique Amorim. Para dar uma animada, quem também estará no evento é o Dilma Boy, que virou fenômeno no YouTube. O personagem é encenado pelo universitário goiano Paulo Reis, 25 anos, e alcançou status de hit ao parodiar a canção Telephone, da diva pop Lady Gaga, com frases de apoio à presidenciável petista Dilma Rousseff. Informações do Correio.

    Luiz Carlos Azenha

    Sim, é verdade. abs

    Mario.

    Mas Conceição, quando eu disse para usar o termo blogueiros "petistas" ao invés de "progressistas", para aquele encontro, você não me disse que só se fosse na minha cabeça que as coisas seriam assim? Não é só na minha, pelo que leio do texto…

Ramiro Tavares

Essa idéia da cooperativa para tocar o Jornal do Brasil é soberba! Um Jornal do Brasil mesmo – bem diferente do que está agora – que seja realmente comprometido com a integração federativa e latinoamericana e as verdadeiras liberdades de expressão e democráticas.
E parabéns por essa sua excelente matéria que focaliza uma figura da política paulista que precisa ser melhor estudada. Jânio, quando presidente, levou adiante idéias que muitos anos depois se revelariam corretíssimas.
Peço a vc Azenha que dê uma força para a história recente do Estado de São Paulo. Penso que a maioria dos paulistas desconhece a verdadeira história do fator TRABALHO em SP. Só lhes ministram bandeirantismo e a história do CAPITAL, glomourizada. É preciso dar um choque de verdade histórica nos paulistas. Nesse sentido, gostei muito do artigo do Pedro Ayres sobre a história de SP, que a Beatrice indicou. E aproveito para indicar também um instigante artigo a respeito da história econômica de SP , de Hugo Albuquerque, no seu blog O Descurvo: http://descurvo.blogspot.com/2010/07/breve-histor

    Carlos

    Logística…
    Manter a impressão no RJ e transportar para – pelo menos – as capitais, implica em custo elevado.
    Melhor seria descentralizar a impressão – exemplo: imprimir em Floripa para distribuição no PR e RS.
    Descentralização da impressão facilitaria distribuição para as bancas – o JB (e também a Tribuna da Imprensa) só chegavam às bancas de Curitiba próximo ao meio-dia…Tarde demais para um jornal diário.

Datafalha garante: FHC derrotará Janio Quadros ! (que venceu com 4% de vantagem) « Blog do murilopohl

[…] Extraído dos arquivos implacáveis do Azenha: […]

Carlos

( Parte 1 / 2 )

Também em 1985, pouco antes das eleições para prefeito das capitais…

O ESTADO DE S. PAULO – 31/OUTUBRO/1985 – pg. 33 – AE

Petrobrás: o esquema do BNDES

O diretor para a área de mercado de capitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Francisco Gros, informou ontem que as ações da Petrobrás que deixarem de ser vendidas na operação programada pelo banco serão congeladas por seis meses e não poderão ser colocadas no mercado durante esse período. “A não ser em condições especiais e com novo acerto de preços e prazos.”
Gros fez essas informações no intervalo – para almoço – da reunião dos representantes de 35 bancos que coordenam a operação de venda de cinco bilhões de ações da Petrobrás. Ele acrescentou que a data para o início da venda ainda não está fixada, “mas deverá ser entre 18 e 20 de novembro”. Também não está fixado o preço de venda dos títulos, existindo, nesse sentido, apenas a definição do BNDES de que esse valor será aproximadamente o de mercado, hoje em torno de Cr$ 700. O modelo adotado no ano passado pelo Banco do Brasil para uma operação semelhante deverá ser seguido, em algumas das suas linhas básicas, no caso das ações da Petrobrás – venda a prazo, provavelmente em três prestações de 40, 30 e 30%. O preço real dos títulos, considerando-se a venda a prazo, poderá até mesmo ficar abaixo da cotação do mercado. No caso do Banco do Brasil, a ação foi vendida em abril do ano passado a Cr$ 60, em três vezes, enquanto o preço do mercado era de pouco mais de Cr$ 50.

    Carlos

    ( Parte 2 / 2 )

    NAHAS
    Francisco Gros disse, ainda, que do total de cinco bilhões de ações, a metade será colocada pelo grupo Sogeral. “Desconheço a presença do sr. Nahas na operação”, afirmou o diretor do BNDES. “Ao que me consta, as ações pertencem ao grupo Sogeral, que indicou o Banco Crefisul como seu representante”, acrescentou, referindo-se ao fato de que o empresário Nagi Nahas transferiu para o Sogeral a sua participação acionária no grupo.
    Disse, também, que se houver uma eventual sobra de títulos após a operação, o BNDES e o Sogeral terão de mantê-los congelados durante seis meses, sem colocação no mercado. Esta só poderá ser feita – dentro desse prazo – em condições especiais, com novo acerto de prazos e preços, que poderão, por exemplo, ser fixados com base na correção monetária mais um adicional.
    Gros destacou que, por enquanto, não há nada de oficial quanto à operação, já que o compromisso do pool de bancos ainda não foi assinado. A reunião do grupo durou quase todo o dia de ontem, sendo presenciada, na parte da manhã, pelo presidente do BNDES, André Franco Montoro Filho. Também participaram, entre outros, o publicitário Mauro Salles e o representante do Banco Crefisul, Roberto Santos.

    Carlos

    “Negócio da China”: ações foram vendidas (a maioria, aos “clientes preferenciais” dos bancos) em 29-30/novembro/1985, logo após o anúncio da descoberta, pela Petrobrás, da nova reserva na bacia de Campos:

    O ESTADO DE S. PAULO – 11/NOVEMBRO/1985 – pg. 24 – AE/Rio

    Nova jazida gigante em Campos

    A Petrobrás anunciou, ontem, a existência da maior jazida de petróleo até agora delimitada na bacia de Campos, com reservas de cerca de 400 milhões de barris, equivalentes a 40% das reservas de l bilhão e 100 milhões de barris existentes naquela área. Os poços desse novo reservatório deverão produzir cerca de 10 mil barris por dia, uma elevada produtividade, já que a média de produção é de 3 mil barris diários por poço.
    Ainda sem nome, o novo campo de petróleo situa-se na parte nordestina da bacia de Campos, a cerca de 110 quilômetros da costa. Nele já tinha sido perfurado o poço Rio de Janeiro 305, revelando-se produtor, descoberta agora confirmada pela perfuração do poço de extensão Rio de Janeiro 316, cuja produção em teste atingiu 2.470 barris por dia, limitada a esse volume pela diminuta abertura de meia polegada na tubulação de extração do óleo.
    (…)

Carlos

Em que ano a Manchete superou a Globo com a cobertura do carnaval?
1983 ou 1984?

Carlos

( Parte 1 / 2 )

(Fora e dentro da pauta…)

Folha de S. Paulo 17/08/2000 (*) – Janio de Freitas

No império da venalidade

Com os depoimentos, nos últimos dias, de juízes do TRT-SP e do ex-presidente da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, estão desmentidas todas as afirmações de Eduardo Jorge Caldas Ferreira nos três temas centrais dos indícios e suspeitas suscitados por suas atividades como principal assessor do presidente da República.
Está dito agora formal e oficialmente, nos autos das investigações do Ministério Público como nos registros da subcomissão do Senado, que a intensa relação de Eduardo Jorge com o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto vai muito além da interferência no Poder Judiciário; a liberação de verbas para o Fórum Trabalhista-SP contou com sua participação decisiva, e sua presença em assuntos da Previ foi real e constante.
Não faltam, antes sobram, elementos para a criação de uma CPI, instrumento dotado dos poderes necessários a investigações a um só tempo amplas e mais rápidas. Já que não cabe dúvida de que o assunto vai além de práticas pessoas ou políticas, de ética ou de moralidade administrativa. Envolve as instituições mesmas.

    Carlos

    ( Parte 2 / 2 )

    Apesar disso, as lideranças do PFL, do PMDB, do PPB e, claro, o mais comprometido, que é o grupo parlamentar do PSDB, podem continuar impedindo que o Congresso cumpra o seu dever constitucional. Vão receber da Presidência e da mídia negocista as retribuições à altura do serviço de conivência e cumplicidade. Assim como a mídia negocista receberá os favores escusos.
    Esses todos fazem muito em agir como agem: lutar para preservar o país que construíram e que, por isso, tem a sua cara. Para eles é essencial que o Brasil seja o império da venalidade. Diferença entre eles e os Nicolaus, EJs, PCs, Cacciolas? Quem quiser que procure outra, mas que o faça com microscópio e sem esperança, porque a única diferença conhecida é só de sorte ou azar: um ou outro de repente é desmascarado. O que, aliás, não tem importância, porque os sócios, ainda que só informais, o protegem com a impunidade, a regra fundamental da classe.

    “MÍDIA NEGOCISTA”, “CONIVÊNCIA E CUMPLICIDADE” e “FAVORES ESCUSOS”?

    Será que JF testemunhou e pode citar casos exemplares, ilustrativos?

    (*) Isso mesmo: 17 de agosto/2000 – data da liquidação financeira do "negócio da China" com lote de ações (ordinárias, votantes) da Petrobrás… Janio atirou no que viu a acertou (sem saber?) no que não viu…

Datafalha garante: FHC derrotará Janio em SP | Conversa Afiada

[…] dos arquivos implacáveis do Azenha: 25 de julho de 2010 O dia em que o Datafolha derrotou Jânio Quadros (que venceu com 4% de […]

alexjova9999

MOTOSERRA OFICIAL NO PARQUE DA ÁGUA BRANCA

26/07/2010 – 09:49
http://colunistas.ig.com.br/ricardokotscho/

Parque da Água Branca ameaçado: depois dos bichos, as árvores
Quatro meses atrás, também numa segunda-feira, publiquei aqui o apelo que recebi da amiga Malu Genevois, uma antiga moradora de Perdizes preocupada com o que está acontecendo no Parque da Água Branca, na zona oeste, um dos últimos espaços verdes da cidade onde as pessoas podem passear e as crianças brincar em meio a bichos e plantas que só costumam ver na televisão.

Em março, ela denunciou que estavam sumindo do parque os pavões e as galinhas d´angola. Foi reclamar com o administrador do parque e ficou sabendo que existiam planos de abrir ali uma praça de alimentação e não poderiam fazê-lo com os bichos andando soltos entre as mesas

Pedro Ayres

Azenha
Se precisares de um velho jornalista para ajudar na conformação da Cooperativa, pode contar comigo. E sobre o teu texto, que é muito claro sobre o que se passa de concreto nas redações, gostaria de recomendar a leitura de um artigo, do chileno Víctor Silva Echeto, sobre liberdade de expressão, livre mercado e imprensa livre (http://pedroayres.blogspot.com/2010/07/deconstruccion-de-la-libertad-de.html) . É o tipo de subsídio que a tua matéria agradece.

@Clodoaldo13013

Pois é, quem paga leva

Aline

Azenha
Essa sua matéria está maravilha! Vc fala com conhecimento de causa e por isso o seu depoimento vale e desvenda os mistérios ocultos do meio midiático. Gostei do acerto com a Manchete: nada mudou! É tudo arreglo.
O povo de Garanhuns já arranjou um modo de sinalizar para as pesquisas datafráudicas. Cantam uma bela marcha-frevo de Capiba, Madeira que Cupim não Rói. Assim fizeram quando Lula e Dilma estiveram lá na sexta-feira passada : http://www.youtube.com/watch?v=li4SgjHF3Ic

Elias São Paulo SP

Outras fraudes fora do tema.

Paulo Coelho lança livro com título que já existe na literatura argentina qual seja El Aleph, de Jorge Luiz Borges. Coelho acaba de escrever O Aleph que, segundo o autor, relata cenas de suas “vidas passadas”. O curioso é que ainda nenhum crítico fez menção a este plágio de título já publicado. Só falta agora ‘o mago’ dizer que está escrevendo A Divina Comédia, com previsão para ser lançado no próximo verão.

    Garapuvu

    Caro Azenha. Algum manifesto programado para os R$ 3bi do pedagiômetro??

Hans Bintje

Azenha:

Procure acertar dessa vez, fique de plantão na sede do DataPrado!

Eis os últimos números do fantástico instituto de pesquisas mantido pelo nobre professor Hariovaldo:

"A nova pesquisa DataPrado mais uma vez confirma a liderança folgada de José Serra, o qual vence em todos os cenários, demonstrando mais uma vez que sua eleição está garantida e é irrevogável, sendo a votação em 3 de outubro mera formalidade – podendo ser até cancelada pelo TSE, uma vez que dada a realidade apresentada pela DataPrado, é totalmente desnecessária -. O fato novo dessa pesquisa é o surpreendente aumento da candidata terrorista em 1 ponto percentual (dentro da margem de erro), o que pode ser explicado pela nova metodologia do Instituto, que ouviu mais de dez mil entrevistados e teve que incluir na amostragem as regiões amazônicas fronteiriças, onde a presença dos guerrilheiros das FARCs, eleitores de Dilma, fez subir seu índice. No mais, a nova pesquisa DataPrado mostra que os institutos sérios, comprometidos com a causa dos homens de bem são os únicos que merecem crédito e confiança por parte dos eleitores, os quais devem ignorar por completo as pesquisas fraudadas e compradas pelo imprensalão do PT que apresentem resultados divergentes."

Fonte: http://hariprado.wordpress.com/2010/07/24/pesquis

O Chris Almeida BH

Azenha dá uma olhada:

Para diretor de escola com o pior desempenho no Enem na capital, problema foi falta de docentes
Escola Estadual Orestes Guimarães, localizada no Canindé, é adotada por uma construtora desde 2008
26 de julho de 2010 | 11h 16

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Fábio Mazzitelli – O Estado de S. Paulo

Itamar Aparecido Pereira, vice-diretor da Escola Estadual Orestes Guimarães, localizada no Canindé e adotada por uma construtora desde 2008, defende a parceria feita pelo colégio, que teve o pior desempenho no Enem entre os que têm ajuda privada na capital (474,33 pontos).

Pereira explica que a falta de professor de matemática no 3º ano do ensino médio foi o que mais afetou o desempenho dos estudantes no exame de 2009. "Foram quatro, cinco meses sem professor de matemática, de 28 de abril até o fim de setembro", afirma.

Além disso, o diretor da escola pegou uma licença de três meses e se afastou de suas funções no ano passado.

"A parceria abriu um novo espaço pedagógico e fez coisas que o Estado não tinha feito. Não teríamos condições de bancar de R$ 800 a R$ 1 mil de xerox por mês nem de gastar R$ 40 mil para fazer o novo espaço pedagógico. O problema é a falta de professores. E a parceria não tem como contratar substitutos", afirma Pereira.


Tópicos: Enem 2009, Vida, Educação http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,para-dir

Pra ele a solução é a privatização do Ensino em SP…

Daniel

Eu tenho notado que em tempos recentes, a maioria das pesquisas eleitorais em São Paulo têm subestimado a votação da direita e superestimado a votação da esquerda. Exemplos: Em 2004, todos os prognósticos (Datafolha, Ibope e Vox) diziam que Serra e Marta iam terminar o primeiro turno empatados, mas Serra acabou bem na frente. Em 2008, as pesquisas diziam que Marta ia fechar o primeiro turno a frente de Kassab, mas Kassab fechou a frente. Em 2006, as pesquisas diziam que Suplicy ia ter uma reeleição fácil para o Senado, mas ele quase foi atropelado pelo Afif. Em 2000 , as pesquisas diziam que Marta ia derrotar Maluf por mais de 65%. Nas urnas ela venceu com 58%

    Leider_Lincoln

    Pode ser por que o eleitor de São Paulo tenha vergonha de dizer que votaria em Serra, Kassab, Pitta, Maluf e assemelhados, mas no escurinho da urna exercite todo a sua auto-sabotagem cívica, votando em coisas como as supracitadas.

Elias São Paulo SP

Ferrari e Datafolha, tudo a ver. Ambos cometeram fraude neste final de semana. Fizeram o segundo ser primeiro na maior cara-de-pau.

Sylvio da Costa jr

Caro Azenha,

Trabalho com Campanhas Eleitorais a alguns anos e pela experiência que tenho no meio, acredito que a motivação para a alteração dos números das pesquisas não tem muito haver com um movimento do eleitorado para um lado e outro, pois a diferença entre Dilma e Serra não permite isto. Como você disse, se a eleição estivesse mais apertada isto poderia ser o principal motivo. Na minha opnião quando a distância entre o 1º colocoado e o 2º começa a aumentar os "financiadores" de campanha começam a minguar para quem está atrás e se dirigirem para o 1º colocado. Provavelmente o staff de Campanha do Serra deve estar mais preocupado com a capacidade de aglutinar recursos ao longo da disputa. Não tenha dúvida, em uma Campanha nacional os recursos são fundamentais e quem "põe recurso gosta de colocar em quem está na frente!". Uma pesquisa colocando A na frente de B provoca um estrago em qualquer campanha, em se tratando de recursos. Um forte abraço e espero ter contribuido para o debate.

    Reginaldo MOraes

    Nao foi para prefeitura, foi para govenro do Estado. As pesquisas desenhavam um cenario de segundo turno entre dois candidatos bastante 'conservadores', digamos: Maluf e Rossi. Em terceiro, indicavam Covas. Em quarto, Marta, Houve, sim, uma campanha relampago de 'voto util' para redesnhar o segundo turno. Eu soube que até alguns segmentos do PT fizeram essa campanha, deslocando votos da Marta para o Covas. Quando os resultados sairam se viu que a coisa eram bem diferente. O que a campanha do 'voto util' fez foi tirar a Marta do segundo turno. Virou Covas versus Rossi.

    beattrice

    Foi um erro imperdoável do PT esse, a história de SP seria outra certamente. A eleição de Covas consolidou uma tragédia iniciada com MONTORO, da dinastia tucana instalada na Bastilha do Morumbi.

    Carlos

    Erro do PT-SP.

Thomas Castilho

Azenha, você poderia levantar os resultados do DataFolha para uma eleição para prefeito de São Paulo que deu à Marta Suplicy bem menos votos do que ela realmente teve? Ela perdeu as eleições, mas teve uma estória de voto útil influenciado pelas pesquisas. Eu fui um desses…..abraço.
Não lembro exatamente o ano, mas foi no final da década de 1990….

Mc_SimplesAssim

Olá, Azenha e demais amigos leitores e comentaristas,

Recordo-me que na época FHC, ainda nas flieiras do PMDB, era retratado como esquerdista e teve que engolir toda a sua arrogância, prepotência e hipocrisia por alguns anos.

Pobre São Paulo sempre manipulado pelos barões do café – ou seria da farinha?

Abraços

Luiz Jornaleiro

Se tem uma coisa absolutamente clara, é a histórica manipulação das pesquisas eleitorais, sendo o datafraude (segundo pesquisas não manipuladas), o atual líder nesse quesito. Sempre contra a esquerda, com o forte respaldo do PIG direitista e mentiroso. Após as eleições, algum instituto poderia fazer uma pesquisa que decretaria o fechamento deste vergonhoso apêndice do jornal da ditabranda. A pergunta seria:

"O senhor ou a senhora acredita nas pesquisas do datafolha?".

Luiz Jornaleiro

Se tem uma coisa absolutamente clara, é a histórica manipulação das pesquisas eleitorais, sendo o datafraude (segundo pesquisas não manipuladas), o atual líder nesse quesito. Sempre contra a esquerda, com o forte respaldo do PIG direitista e mentiroso. Após as eleições, algum instituto poderia fazer uma pesquisa que decretaria o fechamento deste apêndice do jornal da ditabranda. A pergunta seria:
"Você acredita nas pesquisas do datafolha?".

passelivreonline

Azenha e estimados leitores do blog: o próprio Datafolha confirma Dilma 41% – Serra 30%. É só ler a pesquisa ou 'intenção' de voto tem mais valor do que 'convicção' de vitória? Leia mais em http://www.passelivredf.com.br

Marcelo de Matos

O motivo que deve ter levado o Datafalha a “errar” no caso Jânio deve ser o mesmo que o leva a enganar-se no caso Dilma – o preconceito. Quem viveu nos tempos de Jânio e acompanhou sua meteórica carreira política sabe que o homem da vassoura tinha contra si a mídia e os grandes partidos. As agremiações políticas eram chamadas por ele de garrafas vazias, cada qual com seu rótulo. Não há exagero nisso: temos 27 partidos registrados no TSE e não há muita diferença programática entre eles. A mídia não gostava de Jânio, da mesma forma que não gosta de Lula ou Dilma. No caso da Dilma alegam que ela foi guerrilheira e marxista. Jânio não foi nada disso, mas, era igualmente malquisto pelos barões da imprensa. Quiçá por ser um político de extração humilde; quiçá por motivos psicológicos ou sociais que só a mídia pode declinar.

Vinicius Garcia

Me lembro muito bem do episódio, pois na época, gostaria de esquecer que fiz isso, apoiei a campanha de FHC a prefeitura de São Paulo, e no dia da eleição fiz boca-de-urna, na mesma escola que Jânio votou, vaiando o mesmo qual se dirigia a urna, na apuração foi uma tristeza só pois sabia da péssima escolha que São Paulo havia feito, e parece que não perdeu o cacoete, pois Alckimin lidera nas pesquisas para o Governo do Estado, mas em resumo fui na da Folha (o FHC também, até sentou na cadeira), e ficamos com caras de bobos no final.

sergio

agora, repete-se a mnesma pilantragem, o serra só ganha no datafolha, o mundo mineral sabve que dilma está na frente, é só observar o arcode alianças, a recepção aonde ela vai para se perceber isso, e o datafalha insiste em empate técnico.

Carol

Agora tem pesquisa do Ibope registrada para ser divulgada no fim da semana.
Vamos ver o que vai dar dessa vez…

    beattrice

    Ainda espero a VOX para SP!

Ronaldo

O Datafolha e o Ibope erraram feio na Bahia em 2006.

Paulo Souto, até na boca-de-urna venceria no 1 turno.

As urnas desmentiram.

Em 2008 até garantiu ACM Neto no primeiro turno.

A disputa seria pra ver quem iria com ele pro 2 turno.

Pois bem, ele nem pro 2 turno foi…

Mauro A. Silva

<img src="http://www.politicaparapoliticos.com.br/resources/imagens/especial/12366-fhc_cadeira_prefeito_SP.jpg"&gt;
FHC atendeu os fotógrafos e sentou na cadeira de prefeito, antes do pleito. Perdeu pontos e a eleição…

    Sergio Castro

    Excelente a foto, Jânio não é um dos personagens que eu admire na história recente do Brasil, (meu pai que teve um contato de trabalho com ele na Presidencia o admirava), a desinfecção da cadeira depois daquela eleição foi ótima, o "principe da Sorbonne" (pobre Sorbonne) deve ter figurativamente "ateado fogo às vestes".

    beattrice

    Há no mínimo suspeição nessa alusão que FHC faz à Sorbonne, porque ele não tem NENHUMA fluência em francês.

Francisco

Azenha, nos EUA a mídia conservadora não é maioria. Como falaram, bem que vocês poderiam montar um Jornal liberal aqui.

Eudes H. Travassos

Então, a filiação da Folha ao PSDB é histórica.

Milton Asbechi

Pra que entrar numa aventura desta? Assumir uma dívida impagável (Estadão) , se do jeito que está acrdito que está bom demais, se melhorar zanga! Vamos pensar em idéias melhores. A Dilma vai ganhar mesmo e nós vamos vvarrer do mapa estes TucanoDemos e outros sacripantas deste país. Vamos esperar 2011 será a glória!

Gerson Carneiro

O dia em que a folha derrotou o Brasil (que venceu o Chile por 3×0).
Até isso.

Laet

A Imagem que desapareceu!!!! Cadê o Jânio desinfetando a cadeira da prefeitura? Essa imagem não tem preço.

O Brasileiro

É a tal metodologia…

OZEIAS LAURENTINO

A fSP tem a obrigação de mentir até o fim, o Serra, o psdb e a elite tem que fazer politica partidaria. E a mídia apartir dessa eleição ou trabalha com imformação ou troca de lugar com Serra/psdb/dem. É o Brasil se integrando nenhum estado por mais importante que seja, não dita mais política para o BRASIL. E precisamos acabar urgentemente com a reeleição no legislativo, é ridiculo termos uma republica presidencialista e um legisladivo absolutista(Deputados com mais tempo no poder que DOM PEDRO) é a melhor reforma política que os proprios partidos podem fazer nos seus estatatutos.

    Carlos

    Pra função legislativa, no máximo dois mandatos.

    Carlos

    Dois mandatos consecutivos.
    Mas isso só será estabelecido por uma constituinte EXCLUSIVA, não vinculada ao Congresso.

Hudson Luz

Porque tenho mais fé no Vox Populi

O grande debate do fim de semana ficou mesmo por conta da divulgação dos números das pesquisas Vox Populi e Datafolha.

A discrepância entre os números está dando pano pra manga. Já escrevi o que penso sobre pesquisas e que me abstenho de ficar interpretando-as pelo simples fato de ser impossível medir a qualidade destas. No entanto, mesmo assim, estou com uma pulga atrás da orelha em relação aos dados do Datafolha e vejo mais coerência nos da Vox Populi.

Confira a íntegra:
http://www.dissolvendo-no-ar.blogspot.com

Paulo

O problema no caso atual é que fica dificil provar uma má-fé ou o erro na metodologia. Fica a "palavra" de um instituto contra o outro. E à medida que as eleições se aproximam, os institutos vão "aproximando" os números das pesquisas fajutas aos números reais. Vocês vão ver como, conforme a votação chaga mais perto, as pesquisas ficarão cada vez menos discrepantes. Até chegar na véspera e os números baterem quase que exatamente.

    Roberto Locatelli

    É a famosa "conta de chegar".

Carmen Pires

Luiz Azenha, deixe para lá que é passado. É fato lamentável sim, mas passado. O presente é pior e olho agora para o pedagiômetrop aqui do lado e isto sim me aflige. Em 25/07/2010, no estado de SP, já estamos chegando nos 3 bilhões de reais de arrecadação. Ave Maria. Arre Serra.

    beattrice

    Sempre é bom lembrar que o pedagiômetro é obra original embora não exclusiva de GERALDO AL-CKMIN, responsável pelas privatarias das estradas paulsitas no des-governo do COVAS.

    Maria Lucia

    Corre por aí uma interessante música sobre os pedágios paulistas.
    Quando começa assim é porque anuncia-se o fim dos "hómi"!
    É sacudir mais um pouco, com vontade, que a tucanada voa pra uma ilha deserta lá no meio do Pacífico!

    beattrice

    De onde serao varridos por um tsunami especialmente dedicado a eles, espero.

Armando do Prado

E o pior de tudo foi o arrogante ex-professor Cardoso ter sentado na cadeira do prefeito (Mario Covas). A mesma que Jânio desinfetou antes de se sentar.

mariazinha

Gente assim, Azenha, como eles não possuem desconfiômetro; nem se importam com seus vacilos. Acham-se os maiorais e ainda riem e debocham das pessoas que acreditaram em suas gabarolices e mentiras.

Silvia

Na época eu era entrevistadora do Datafolha. Me lembro que fiz pesquisa em algumas esquinas da Vila Maria e que quando eu perguntava ao eleitor do FHC em quem ele iria votar, ele respondia com segurança ( e até um certo orgulho, acho eu) . Mas, muitos eleitores do Jânio diziam: o voto é secreto, ao serem perguntados sobre sua preferência. Eu sabia que iam votar no Jânio, mas eu tinha que colocar um "não respondeu" no questionário.- acho que foi o voto dos envergonhados que fez a diferença. O Datafolha não conseguiu identificar esses votos. Na época, na Vila Maria, quase não havia eleitores do Suplicy (para tristeza minha).

    Vera

    Silvia,

    Por isso acredito que em São Paulo pode dar Mercadante… o índice dos que optaram por não responder é alto. A tal vergonha paulista.

    beattrice

    A dinastia tucana controla o estado a tal ponto que muitos trabalhadores temem represálias se declararem voto em MERCA.
    Mas o segundo turno vem aí, e dele Al-ckmin sai tão depenado quanto Serra do confronto com a DIlma.

Marat

O Datafolha, ao que tudo indica, sempre foi viciado…

Ed.

Nesta época, FHC seria um opção, para SP, melhor que Jânio, um politico que propiciou nefastos resultados para o país.
E não é que FHC viria a se igualar?!

    PAULO ANGELO (MG)

    Nao acredito, pra mim o FHC teria começado a detonar Sao Paulo já naquela época!
    O cara, narcisista, já vivia as custas da CIA, naquele famoso caso da "ajuda" aos esquerdistas nao comunistas.
    Por outro lado, se os atuais tucanos tivessem começado com o FHC, talvez o povo paulista já tivesse se desvencilhado dessa corja de lesa-pátrias!

    Ed.

    Isso, Jânio se aposentava e FHC mostraria a que vinha mais cedo…
    Mas a soberba paulista, mantida e cultuada pela mediocrelite quatrocentona e seu PIG, para manter o povo paulista sob suas rédeas, não é fácil de mudar!…
    Mas uma hora muda…

Marat

Vou contar um segredo a vocês: eu era bem jovem naquela eleição e, pasmem, fã de FHC, e iria votar nele. Meu pai, tadinho, alienado como ninguém, era janista e trabalhava na extinta CMTC, antro de janistas. Um dia, um japonês do PMDB, não me lembro o seu nome, acho que Gushiken, foi fazer uma visita na empresa e pedir votos para FHC. Chegando ali, foi recepcionado por inúmeros funcionários, todos com o bottom da vassourinha, símbolo do Jânio. Segundo o meu pai, Gushiken disse a eles o seguinte: "Se o FHC ganhar, vocês estão ferrados". Resultado, acabei votando no Suplicy e a partir de então, minha admiração por FHC foi esmorecendo…

    Marat

    Não era Gushiken, mas Getulio Hanashiro… por favor, retifique!!!

    Druida

    Grande Marat, não é "bottom", é "button". "Bottom" é outra coisa bem diferente, como, por exemplo, em "Rita Cadillac's bottom is quite famous…" :) :) Chamemos então de botão mesmo, já que "button" significa botão e pronto — sei lá por que alguém achou em algum momento que não era pra traduzir e começou essa confusão toda.

    Marat

    Valeu, Druida… o exemplo da grande Rita foi, digamos, esclarecedor – rsrsrs – abarços

    Druida

    E também valeu para relaxar um pouco o árduo ambiente do debate político… :)

    Grande abraço.

    REginaldo MOraes

    Nao podia ser o Gushiken, Gushiken era do PT, nunca foi do PMDB. Talvez voce esteja se referindo a um nissei que era secretario de transportes do Covas, o Getulio Hanashiro. Deçpois, se a memoria nao me trai, foi mais para a direita, virando secretairo do Maluf ou do Pita (talvez dos dois)

    beattrice

    Foi para a direita ensinar o que ele tinha aprendido com o Covas, tão ruim quanto os dois.

Edson Augusto

Pesquisa Datafolha 24/07/2010: Dilma/Serra com empate técnico.
Dia seguinte:
CORRIDA ELEITORAL
Pesquisa Datafolha: 41% apostam em vitória de Dilma; 30%, na de Serra
Publicada em 25/07/2010 às 07h39m
O Globo http://oglobo.globo.com/pais/eleicoes2010/mat/201

lucia

O Datafalha não aprendeu a lição. Continua insistindo no mesmo erro.

    Marat

    Creio que não seja erro, apenas má-fé…

OZEIAS LAURENTINO

Aqui em Goiânia, uma vez a DataSerra digo Folha, abriu uma afialada e causou toda uma expectativa de seriedade, no final foi um fiasco nunca mais retornarão.

Henrique

"Intindi" o recado! Mistura explosiva: urnas eletrônicas + pesquisa de boca de urna!

@stelles_13

Interessante q o Datafolha tenha sido criado em 1985 e q como primeira eleição, tenha feito "dobradinha" com uma vitória de FHC… esse fato só enriquece o histórico nada transparente desse instituto que devia ir todo mundo preso por falsidade ideológica, depois de fazer pesquisa com amostra enviesada sabendo que excluindo pessoas sem telefone, beneficiaria o candidato "deles". Coisa de BANDIDOS GOLPISTAS.

josias favacho

a folha é filha
a folha falha
o filho é a folha
o filho falha
a falha é o filho
a falha é filha da folha

Cecília

Outro mico foi a eleição de Luiza Erundina. Alguns dos principais institutos de pesquisa davam vitória ao Paulo Maluf. A Erunda foi uma surprise !!!

    Gerson

    Ficou assim no final:

    Erundina vence com 29,84% dos votos, seguida por Maluf que fica com 24,45%. Leiva vem a seguir com 14,17% e o tucano Serra tem 5,59%, quase empatado com o candidato do PL João Mellão, que alcança 5,39%.

    Com um Leiva estagnado e um Serra sem discurso, Erundina começa a subir nas pesquisas. A cinco dias da eleição, ela tem 19% e está empatada com o peemedebista; Maluf tem 28%. Um dia antes, uma tragédia. Trabalhadores da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) que ocupam a empresa são reprimidos pelo exército e pela PM. Em meio ao que se convencionou chamar de massacre, três operários mortos e uma centena de feridos.
    http://www.futepoca.com.br/2008/10/ba-de-campanha

    CÂNDIDO DUARTE

    A partir da vitória da Erundina, numa época em que eleição tinha apenas 1 turno, foi criada a necessidade do segundo turno, ou seja, uma tentativa da elite de garantir que esses "acidentes" não ocorressem mais. Grande Erundina, grande prefeita, teve a dura missão de arrumar o estrago feito pelo Jânio, em relação às finanças da cidade. Tudo em vão, pois após seu mandato os paulistanos colocaram o Maluf no governo. Bom, o resto da história, todos conhecem.

    beattrice

    E quem poderia imaginar que nessa história ainda haveria espaço para a calamidade pública SERRA + KASSAB?

    beattrice

    Naquelas eleições ele terminou com o índice do qual nunca deveria ter saído: 5%!!!

    Ed.

    Curioso realmente. e até gozado.
    Já perto dessa eleição, recém chegado de fora, e meio "por fora", escutava pessoas na empresa, quase cochichando umas com as outras: "Tão dizendo que Erundina ganha!"…
    Eu perguntava: "Por que o cochicho? É pra ninguém escutar?"
    E ela ganhou!

Irani

Azenha,

Indo no pensamento da Maria Dirce, por que vcs não propoem um debate aos presidenciáveis na última semana de setembro?

ronaldo

É sempre agradável lembrar também que Fhc deu entrevista sentado na cadeira de prefeito como se já tivesse sido eleito; e que, logo depois Jânio desinfectou a mesma cadeira antes de dar a sua entrevista como prefeito.

reginaldo moraes

Lembro-me bem desse episódio. O âncora da cobertura das apurações, na Globo, era o Carlos Nascimento. Ele aparecia visivelmente embaraçado, como se estivesse tentando convencer a si mesmo: disse exatamente isso, que as urnas apuradas eram de zonas tipicamente janistas e que em breve a coisa iria virar. Era mais esperança do que certeza, porque, aparentemente, a Globo, por algum motivo, estava apostando no F.Henrique.

beattrice

E o Montoro agradecendo os supostos votos do FHC?
E este des-governador ainda engana muita gente até os dias de hoje.
Para esclarecimentos sempre vale retornar ao artigo de Pedro Ayres: http://pedroayres.blogspot.com/2010/07/esfinge-ou

    Maria Lucia

    É isso aí, Beatrice!
    Recordar as barbáries dessa tucanada, voltar as páginas da história para entendermos os porquês do quadro político paulista atual é a uma das formas mais efetivas para revertê-lo.
    O artigo do Pedro é muito instigante bem como esse post do Azenha que desvenda algumas artimanhas da nossa mídia libérrima, imperatriz da liberdade de "impressão". Imprime o que lhes dá telha!

    beattrice

    O PiG confunde liberdade de expressão com libertinagem para gatunagem.
    Para eles é tudo parecido.

Gerson

Na eleição da Erundina me parece que aconteceu algo meio absurdo também.

Uma "virada" espetacular na última semana (de terceira colocada para primeira).

Alguem tem os detalhes dessa eleição pra postar aqui ?

Maria Dirce

esqueci de falar que fico imaginando qta coisa vcs teriam que escrever, qtas lembranças como essa por ex.

mauri

Parece que o Datafrias(Datafolha)vai sair mais derrotado que os nanicos que disputam o pleito 2010.Com um agravante que um instituto vive de credibilidade.Numa eleição local como minicipal o efeito é menos danoso,já uma eleição presidencial vai provocar a falência do instituto.Quem vai acreditar nessas pesquisas tocadas pelo datafraude?

Maria Dirce

Azenha
pq vcs, PHA, Nassif,vc Azenha, os jornalistas do Portal Vermelho,e quem mais vier com dignidade, não formam um jornal sério, onde a gente possa ser assinante e não arrepender nunca.Com certeza será uma tiragem violenta de assinantes e avulsos.O Brasil esta orfão de jornais sérios.

    Werner_Piana

    vcs podiam "comprar" o Jornal do Brasil – que parece, encerrará mesmo sua edição em papel.
    Dá uma alongada no perfil da dívida e façam dele o jornal popular diário que tanta falta faz ao país…
    incrementem a distribuição e manda o verbo. Impresso, passando de mão em mão, esclarecendo a população.
    (Sonho com algo assim há alguns anos já…)

    abs

    Vera Pereira

    Tb pensei nessa possibilidade: vocês criarem uma cooperativa junto com os atuais empregados da empresa que quiserem, jornalistas etc., e comprarem o título JB. E ativarem o jornal, impresso e online, com o know-how que vocês têm. Não dá não, Azenha? Que tal empréstimo do BNDES?

    Maria Lucia

    Grande idéia, Vera!
    Estuda aí, Azenha! Façam uma cooperativa por cotas que a gente chega junto.

    beattrice

    O BNDES seria o parceiro perfeito apra tal empreitada.

    beattrice

    E que nome seria melhor para o resgate da cidadania que JORNAL do BRASIL?

    Marat

    Concordo com a idéia. Eu seria assinante e traria mais vários outros assinantes!

    Jairo Fernando

    Esse eu também assino!!

Antonio Lyra Filho

Você diz que o instituto pretende esquecer.Não acredito, pois tenta reditar o mesmo nesta eleição.

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