Dr. Rosinha: Direita já começou construir nome de Mandetta para 2022; idosos estão lascados com novo ministro; vídeo estarrecedor

Tempo de leitura: 3 min
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Por Dr. Rosinha

A jogada

por Dr. Rosinha*

Nos últimos tempos, a nossa velha imprensa, também chamada de tradicional, corporativa, grande ou comercial,  tem feito críticas ao comportamento de Bolsonaro na política, principalmente sua postura frente à pandemia pelo novo coronavírus.

No entanto, em relação às medidas econômicas de Bolsonaro e Guedes, esta mesmo imprensa faz apenas alguns comentários. São só para constar.

Não vão além. Afinal, apoiam e lucram com a destruição dos direitos dos trabalhadores.

Na última semana, a ênfase foi na pandemia e na relação Bolsonaro X Mandetta/Ministério da Saúde.

Ênfase que tem tem razão de existir, não só pela boçalidade e ignorância de Bolsonaro, mas também porque a direita precisa de um líder ou até mesmo de um herói nacional.

Após o golpe que, em 2016, derrubou a então presidenta Dilma, a direita, representada basicamente pelo MDB, PSDB, DEM, PP e PTB, passou a disputar o espaço político entre si e se dividiu.

Nessa divisão, um setor de extrema direita se construiu e ganhou as eleições de 2018.

Agora, Bolsonaro, o líder da extrema direita, precisa ser derrotado pela direita para que ela se constitua como alternativa de governo em 2022.

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Para que isso ocorra, precisa de um líder nacional. E ele está sendo construído. Chama-se Luís Henrique Mandetta.

João Doria governa o estado de São Paulo, “a locomotiva do Brasil”.

Mas, por ora, sua liderança não tem alcance nacional, estando restrita ao seu estado.

Os demais governadores e/ou lideranças da direita brasileira estão limitados aos seus estados ou com pouco alcance nacional, como Doria.

Davi Alcolumbre, presidente do Senado e do Congresso Nacional, sequer consegue liderar dentro das quatro paredes da instituição que preside.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, líder do ‘Centrão’, tem sua liderança limitada ao espaço institucional.

Destaca-se nacionalmente graças à mediocridade de Jair Bolsonaro, que é maior do que a dele.

A pandemia deu a oportunidade à direita para construir um novo líder.

Aproveitando-se da boçalidade de Bolsonaro e da competência dos técnicos do Ministério da Saúde e das orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), foi fácil para Mandetta, com o apoio desta direita, tomar posição em defesa da saúde e do SUS, coisa que ao longo de sua vida pública nunca fez.

A estratégia definida pela direita é de Mandetta fazer a disputa com Bolsonaro até o ‘insuportável’’.

Neste caso, o controle da pandemia e/ou o achatamento ou não das curvas do número de internamentos e do número de mortos pelo Covid-19 tornou-se secundário para Mandetta e a direita.

Se achatá-la, é mérito de Mandetta. Ele é o vencedor.

Se não achatá-la, a culpa é do Jair Messias Bolsonaro. Mandetta será o vencedor.

Portanto, tem que suportar o ‘insuportável’ ao máximo para sair como vítima.

A direita precisa de uma vítima para construir seu novo líder ou herói, ou mito como foi Bolsonaro.

A direita precisa de um nome para 2022 e, esse, se bem trabalhado pode ser Mandetta.

Essa é a jogada.

Nessa jogada, a imprensa comercial, como sempre porta voz da burguesia brasileira, busca estrategicamente a saída de Bolsonaro com a manutenção do modelo econômico neoliberal. Por isso poupam ideologicamente críticas ao modelo econômico.

O modelo econômico de Bolsonaro/Paulo Guedes é o deles, mas entendem que a boçalidade política, não.

P.S 1: Acabei (13h30min) de receber uma mensagem telefônica, feita por robô do Ministério da Saúde.

P.S 2: O Ministério da Saúde, através de robôs faz chamadas telefônicas para obter dados e passar informações sobre o coronavírus. Louvável, se não fosse a disputa política entre  Mandetta e Bolsonaro.

O nome do ministro não é citado nesta chamada, mas com o espaço que tem tido na grande imprensa e nas redes sociais, será raro encontrar alguém que não saiba seu nome.

É a jogada estratégica: a direita, para continuar na disputa, tem que ter um líder para 2022.

PS 3: Como era esperado, Mandetta caiu. Para substituí-lo,  Bolsonaro indicou o também médico Nelson Treich, empresário do setor da saúde.

De antemão, já dá para afirmar que os idosos estão lascados com o novo ministro, como mostra o vídeo abaixo.

No Brasil, a lei só existe para os marginalizados, facilmente descartados, os 3 P: preto, pobre e puta.

Com a nomeação de Treich, a necropolítica de Bolsonaro se completa.

Ao PPP se soma o I, de idoso. Ou seja, PPPI.

Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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Zé Maria

O Candidato da Globo e da Mídia Fasci-Paulista
é o Dorinha (PSDB-SP).

O que estão buscando é um Vice.

Por enquanto, de dentro do DEM,
onde o Maia está liderando.

O movimento do Caiado, no entanto,
é na direção do Mandetta ou dele mesmo.
Mas ainda surgirão outros,
ao sabor das circunstâncias.

Querem reviver a chapa FHC/Maciel.

Dilma Coelho

Veja o audio do Lorenzone de forma tosca vazado para CNN onde articulam contra o Mandetta, tudo isso não passa de um Teatro. Olha ai a relação do Mandetta com a Unimed e o caso do Prevent Senior.
Era estranho dizer que havia pelo menos uma pessoa (Mandetta) decente no governo Bolsonaro e isso não se encaixava não tinha nexo, agora as peças começam se encaixar. Mas assim como foi criado o Eroi Moro ja se criaram o Eroi Mandetta, coisas da nossa Estória. Golpista, queridinho dos planos de saúde…
Quem é Luiz Mandetta? “Mandetta talvez seja o picareta-mor do planeta”. Mandetta veio de uma rica família do Mato Grosso do Sul. Seu pai é médico ortopedista e já foi vice-prefeito de Campo Grande. Após também se formar como médico ortopedista, trabalhou um período na Unimed como médico, até que em 2001 se tornou presidente da Unimed de Campo Grande. Opositor ferrenho do PT, Mandetta se tornou deputado federal em 2010. Durante o período em que foi deputado, até o fim de 2018, o agora ministro da saúde tentou de todas as maneiras impedir a criação do programa Mais Médicos do PT.
Outra questão que hoje também é esquecida, é o fato de Mandetta já ter dito em entrevista no Roda Viva que o congresso deveria discutir a privatização do SUS, assim como a cobrança de atendimentos, além de declarar ser contrário à ideia de que empresas alimentícias deveriam escrever nos rótulos tudo o que há no alimento. O ministro da saúde golpista não tem nada de herói ou nem mesmo de um grande ministro. Tem apenas pequenas divergências em relação a quarentena com Bolsonaro, mas no fundamental apóia todas as políticas de destruição da saúde pública que resultou na situação que estamos vivendo. E esse povo alienado, volúvel, idiotizado, já tentando implantar o canalha do mandeta para 2022, tomem vergonha.

    a.ali

    sim, mandetta, fez e faz parte das safadezas do atual DESgoverno, se outro fosse ñ teria, mesmo com seu histórico desavergonhado, no final afrouxado ao bolsonazi
    estamos assim: saimos do óleo quente e caimos no azeite fervendo!

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