Dr. Rosinha: O gesto amoroso de Embolo, o comentário torpe de Guedes e a lição de Renato Aff a jornalistas covardes

Tempo de leitura: 4 min
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Por Dr. Rosinha

Em 24 de novembro, a seleção da Suíça venceu a de Camarões por 1 a zero, gol de Breel Embolo, que não comemorou. Embolo é camaronês. Ao não celebrar o seu gol, ele demonstrou amor ao seu povo, pois naquele momento era o causador de dor aos seus irmãos. Foto: Divulgação/Fifa

Por Dr. Rosinha*

Estamos já nas quartas de final desta copa de 2022 e ainda não assisti nenhum jogo. Bom dizer, nas três últimas copas não vi nenhuma partida.

Tenho comigo que ganho mais lendo ou fazendo qualquer outra coisa, que ficar torcendo – mesmo que não esteja explícito – para empresas, empresários e alguns jogadores, por trás dos quais, diga-se de passagem, há também empresários faturando.

A isso somam-se interesses políticos.

Como deputado federal [1999-2015], fiz parte da Comissão Parlamentar de Inquérito da CBF-Nike. 

Desde essa época, deixei de acompanhar o futebol no dia a dia.

A famosa CPI CBF-Nike mostrou-me que, dentro e fora do campo, há forte jogatina financeira (às vezes, invisível), disputas econômicas e políticas.

Pós-CPI decidi que minha paixão por futebol não seria usada por ninguém para obter vantagens econômicas e/ou políticas.

Há também jogadores que compõem a atual seleção – como nas anteriores – que nada me dizem. Nunca ouvi falar deles.

Já outros são muito falados, como é o caso do Neymar.

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Confesso: no início de sua careira, o seu futebol me conquistou. Torci para que se desse bem. Hoje, vejo nele um ser arrogante e alheio aos problemas humanos e da humanidade.

Não assistir aos jogos não significa que eu ignore os resultados e os comentários a respeito.

Leio, sim, um ou outro comentário.

Aqui, registro dois textos que me chamaram a atenção.

Um deles é de Renato Aff, no perfil futeBolchevique, no Facebook.

Ele comenta uma coletiva de imprensa da seleção do Equador antes do jogo de abertura da copa. 

Num dado momento um repórter dirigiu, em inglês, uma pergunta ao jogador Caicedo, 21 anos: “O que você acha das violações dos direitos humanos aqui no Catar?”

Indignado o próprio Renato Aff responde:

“Pergunta capciosa e repleta de covardia.

Capciosa pois era uma arapuca. Qualquer resposta colocaria o jogador em péssimos lençóis com o Catar, FIFA, federação equatoriana, ou com patrocinadores e “comunidade internacional”.

Covarde pois, duvido que o repórter tenha coragem de ir perguntar a quem realmente tenha responsabilidade sobre o assunto, o Emir ou um de seus representantes, ou até o presidente da FIFA”.

Muito perspicaz, o técnico equatoriano assumiu a resposta e tirou o foco do rapaz.

O jogador Caicedo, da seleção do Equador, e seu técnico Gustavo Alfara, na coletiva de imprensa   Foto: Reprodução do Facebook

“Caicedo entende mais que qualquer europeu o que significa direitos humanos, não precisa dar palestrinha pra repórter lucrar individualmente”, detona Aff.

“E aí temos uma situação que os jornalistas terão de ponderar”, prossegue. 

Renato Aff observa:

“Ninguém fica perguntando pros jogadores ingleses como é ter toda uma seguridade social e boas condições econômicas devido aos roubos, massacres e escravização da África, Asia e América.

Assim como ninguém pergunta pra um jogador espanhol como é viver num país desenvolvido que chegou a tal condição via exploração sanguinária nas Américas. Também não vejo perguntas ao selecionado dos EUA sobre o país matar tantos civis fora de suas fronteiras”.

O segundo texto que me chamou a atenção é de Vitor Guedes, colunista do UOL, que, ao contrário de Renato Aff, não consegue enxergar a relação entre colonizado e colonizadores e entre amor e obrigação.

No dia 24 de novembro, a seleção da Suíça venceu a de Camarões por um a zero, com gol de Breel Embolo.

Embolo é camaronês e não comemorou o gol e deixou isso claro para o mundo: marcou o gol, parou de braços abertos e cobriu a boca com as duas mãos para mostrar que não comemorava.

Embolo foi obrigado, junto com a mãe, a migrar para a França e, em seguida, ir morar na Suíça.

Guedes ao comentar o jogo e o comportamento de Embolo escreve que, ao não comemorar o gol, sua postura foi de “hipocrisia irritantante”.

No profundo desconhecimento do significado da paixão pelo e por futebol, do amor ao seu povo e a obrigação de jogar onde foi obrigado a viver e da alma humana, principalmente a de Embolo, Guedes escreve:

1. “Essa bobagem de não comemorar gol contra rival, a maior estupidez do futebol de clubes, onde a “lei do ex” impera, não deveria ser imitada em futebol de seleções”.

Aqui não existe “lei do ex”, Embolo nunca jogou futebol no país em que nasceu, pois, criança foi obrigado, junto com a mãe, a migrar.

2. “Se o Embolo respeita tanto Camarões e ficou triste com o tento, que defendesse a pátria africana e não a europeia!”

Não é questão de respeito ou desrespeito à pátria – discurso bolsonarista – é questão de respeito ao povo de seu país de nascimento e de coração.

3. “Marcar gol e não comemorar é muito mais desrespeito à torcida do país que adotou do que “respeito” ao país que, desportivamente, renegou: peroba nele!”

O colunista poderia ter poupado tamanho descalabro.

Como sabe que o migrante preto foi adotado com amor e carinho no país em que vive?

Ou ganhou a cidadania pelo futebol que joga? É muito provável, que por ser um bom jogador, é tolerado e não adotado.

Como pode afirmar que o país o renegou ou ele renegou Camarões?

Após séculos de – exploração e opressão – colonização, grande parte da população é obrigada, para sobreviver, a migrar, mas o viver fora de seu país de origem não significa o desprezo a ele e ao seu povo.

O corpo, por necessidade, vai, o coração fica.

Ao não comemorar o gol, Embolso demonstrou amor ao seu povo, pois naquele momento era o causador de dor aos seus irmãos.

Já Guedes demonstra desprezo à história de como os países africanos e tantos outros foram colonizados. No caso específico, Camarões.

Como não bastasse tudo isso, Guedes, ao final, faz mais um comentário desairoso:

“Embolo, o camaronês-suíço, teve o desprazer de constrangido, empurrar para a rede e não comemorar. Só faltou chorar e divulgar uma nota de repúdio contra o próprio gol!”

Esta é uma ironia que depõe contra o irônico.

Segundo Guedes, Embolo, por sua sorte, “não teve que passar pela tristeza comovente de ter que marcar mais um”.

Vitor Guedes não conhece a cruenta história dos países colonizados pelos europeus, não conhece a dor e a paixão vivida pelo futebol e não conhece a alma humana, por isso seu comentário é desrespeitoso e desumano.

*Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017).  De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.

Leia também:

Lelê Teles: O triunfo do fracasso, fim da quarentena de Bolsonaro e choro do menino ney

Por que árabes e brasileiros são povos irmãos? Assista ao vídeo e descubra a resposta

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Dr. Rosinha

Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.


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Comentários

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Zé Maria

Após o Advento das Transmissões em Cores pela TV no Brasil,

a Melhor Copa do Mundo de Futebol, que se viu, foi em 1970.

https://twitter.com/roberto_rcr/status/1604613695039995906

    Zé Maria

    É bom lembrar que, desde lá para cá,
    algumas Regras do Jogo mudaram.

    Por exemplo, Mão na Bola era Falta,
    mas não Bola na Mão (involuntário).

    Área adentro, em movimento, jogada
    faltosa era assinalada do ponto inicial,
    não onde caia o jogador que sofria a
    falta.

    Até 1990, era também impedimento do
    atacante que estivesse na mesma linha
    do penúltimo defensor, não só à frente.

Renato

A paixão do futebol tem um ingrediente que entorpece as pessoas produzindo o efeito parecido com o ópio e dando muita riqueza ao traficante.

    Zé Maria

    .

    Aos mais Jovens sugere-se que Assistam ao Filme do

    Campeonato Mundial de 1970, que passou no Cinema.

    .

Zé Maria

Curiosidade

Alguém que eventualmente diz que ‘Futebol não tem nada a ver com Política’

sabe dizer por que a FIFA excluiu a Seleção Russa das Eliminatórias da UEFA?

Sandra

Entenda o protesto ignorado de Ismaila Sarr, do Senegal.
Ao contrário das vozes rebeldes alemãs, inglesas e dinamarquesas, atacante senegalês foi ignorado pela mídia internacional ao denunciar massacres no continente africano.
https://revistaforum.com.br/esporte/copadomundo/2022/12/6/entenda-protesto-ignorado-de-ismaila-sarr-do-senegal-128266.html

Zé Maria

Depois de tantas Eliminações, o Pessoal ainda não aprendeu
que em Copas do Mundo há Favoritos, mas não há Zebras.
No Futebol, sempre haverá o Inusitado e o Imponderável.

    Zé Maria

    Nesse Esporte os nossos Critérios de Justiça
    não são os mesmos dos Deuses do Futebol.

Zé Maria

.

Dá-lhe MARROCOS!

.

Zé Maria

Acabou pro Morto-Vivo do Planalto.
Pode enterrar que não tem Hexa.
#VâmoMarrocos!

    Zé Maria

    “O Ney queria fazer o último e correr pra galera.
    Fazer dancinhas e o sinal 22.
    Saiu chorando e foi se consolar ouvindo música brega
    e tomando scotch 24 anos, no seu novo aviãozinho
    de R$ 240 milhões.
    Triste né?”

    https://twitter.com/Antifamilicia/status/1601522557567451137

    Zé Maria

    A mando de um Milico Golpista, o zumbi de Brasília
    resolveu grunhir aos Sandeus de Porta de Quartel
    tentando, no estertor, arrebanhar os Mortos-Vivos
    na ilusão de ressurgir e escapar da Degola Política.
    https://youtu.be/AvlodxX5acI

    Zé Maria

    .
    O Perigo mora ao lado:
    “Miliciano, aqui não!
    Seu lugar é na Papuda”

    Futuros vizinhos de Bolsonaro organizam protestos
    para evitar mudança do presidente

    Parte dos moradores do condomínio “Ville de Montagne”, em Brasília,
    onde Jair Bolsonaro deve morar depois de deixar o Palácio do Alvorada,
    está articulando ações na tentativa de evitar a mudança do presidente.

    Entre os planos discutidos está uma mobilização contra a chegada de Bolsonaro
    e a emissão de uma nota para a imprensa contra o possível morador.

    Os vizinhos ainda planejam um outdoor contra o presidente.

    Entre as mensagens aventadas estão
    “Jair, não venha para o Jardim Botânico.
    Aqui amamos a natureza e o povo.
    Seu lugar é na Papuda”.

    Outra mensagem diz que
    “Os Moradores do Jardim Botânico
    respeitam a natureza e a vida.
    Jair, aqui não”.

    Uma terceira opção diz
    “Miliciano, aqui,
    não é bem-vindo”.

    [Bela Megali]

    .

    Zé Maria

    “Marrocos jogou com o coração.
    O Brasil jogou inspirado em Neymar:
    marketing, cabelinho, dancinha
    e bife de ouro. Crianças em campo”

    Jornalista Luiz Carlos Azenha
    https://twitter.com/luizazenha23/status/1601623017742020614

    “Há tempo que a seleção sofre de excesso de soberba e arrogância.
    Já era assim antes das redes sociais e sua tendência à glamourização
    de indivíduos convertidos em influenciadores.
    Com as redes sociais a vaidade dos jogadores ficou insuportável:
    não há espírito coletivo!”

    https://twitter.com/AndremDuarte22/status/1601636304801828864

    “Milly Lacombe tinha razão”: https://t.co/Q9BU4SuFKn
    https://twitter.com/AndremDuarte22/status/1601586623267078146

    Zé Maria

    .

    “Como a seleção brasileira
    não mora no Brasil,
    ela já voltou pra casa
    e ninguém viu.”

    Jornalista Marcelo Lins
    https://twitter.com/MarceloLins68/status/1601770171521466368

    .

Nilton Carvalho

Nos jogos no Brasil e na Copa, o VAR é um manipulador de resultados. Não é só os jogadores, tvs, técnicos e presidente de clubes que ganham muito dinheiro, por fora tem as apostas e os interesses políticos e comerciais que também ganham muito dinheiro, deixei de acompanhar futebol há muitos anos, tornou um esporte vergonhoso como é nas Olimpíadas que é uma disputa de marcas. Quero ver se eles eles deixariam um ganhar uma corrido com um tênis bamba ou com uma camisa de marca desconhecida, seria desclassificado por um motivo arranjado, e assim é o futebol, tênis e outros esportes, Manda quem tem dinheiro e quem usa a marca que paga para a FIFA e a COI. Vergonha.

Antonio de Azevedo

CHEGOU A HORA: O NOVO GOVERNO DEVE REPENSAR O MARCO DO SANEAMENTO

O atual marco do saneamento não conseguiu resolver as demandas básicas de promover o acesso à água limpa e ao saneamento básico como um direito humano fundamental no Brasil. Passados quase três anos desde que foi sancionado pelo atual governo federal, mais da metade (50%) dos brasileiros ainda não têm acesso a redes de esgoto, segundo MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional), dados do Snis (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento relativos a 2020. Esse índice pode ser ainda maior e está muito distante da previsão de 76% de acesso à coleta de esgoto e 93% de acesso à água tratada nas metas do Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) elaborado pelo mesmo governo federal. Além disso, a controvérsia judicial virou praxe nas demandas que envolvem essa temática entre estados e municípios. Por exemplo, o município de Maringá e a Companhia de Saneamento do Estado do Paraná (Sanepar). O argumento de defesa daquele é que “a retomada dos serviços é embasada em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)”. Nesse cenário, transita uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI), junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) para que este declare inconstitucional a lei complementar estadual nº 237/2021-PR, que instituiu microrregiões (oeste, centro-leste e centro-litoral) no Paraná para regular a contratação dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário por, supostamente, afrontar a lei do marco do saneamento, que determina que cada município tem autonomia para contratar esses serviços. Diante desse panorama, algumas reflexões são interessantes: em primeiro lugar, a lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, conhecida como marco legal do saneamento, sancionada pelo atual governo federal foi feita de maneira açodada, às pressas. Sem a efetiva participação popular sob o ponto de vista do conceito de soberania popular, como princípio norteador de uma sociedade democrática. Nesse sentido, na confecção dessa lei, o legislador ignorou completamente a existência do artigo 2º da lei nº 9.709 de 1998, que regulamenta o artigo14 da Constituição Federal, ou seja: “plebiscito e referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou administrativa”. A lei do marco do saneamento foi aprovada pelo congresso nacional, mas sem a devida participação popular através de um referendo ou plebiscito. Dito isso, mas não só isso, parece que o marco do saneamento tal como está, é insuficiente e não atende os interesses de estados e municípios. Pior, não refletiu o esperado consenso entre o governo federal, estadual e municipal nessa temática. Outra constatação desse imbróglio, diz respeito à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que ao confirmar a validade do marco do saneamento na sua integralidade – a despeito da posição no plenário não ter sido unânime, acabou por conflitar ainda mais nesse imbróglio. Ou seja, em geral, os pequenos municípios não são atrativos para a iniciativa privada, já que esta busca o maior lucro possível e investe menos em regiões com demanda menor e, assim, com menor potencial de retorno financeiro, do que em cidades de médio a grande porte, onde o lucro é pretensamente possível e também maior. Nessa seara, a grande solução continua sendo o subsídio cruzado – possibilidade de investimento nos municípios deficitários a partir do lucro obtido nos municípios superavitários, é um instrumento fundamental, aplicado pelas empresas estatais de economia mista como a Sanepar, Sabesp, Corsan para garantir a cidadania e o devido respeito aos direitos fundamentais regulados pela constituição. Assim, o subsídio cruzado, garante aos municípios pobres, uma melhor qualidade de vida para a sua população, proporcionando bem-estar, diminuindo os males causados pela pobreza, reduzindo assim a mortalidade infantil, permitindo ao mesmo tempo a proteção e preservação do meio ambiente, adequando-se, inclusive, ao princípio do desenvolvimento sustentável, à saúde pública e a dignidade da pessoa humana. Enfim, o subsídio cruzado, funciona como um instrumento de desenvolvimento que corrige as falhas e as ineficiências típicas do desequilíbrio do mercado. Entretanto, além do subsídio cruzado, os municípios brasileiros precisam de apoio técnico e financeiro para planejar o setor do saneamento, especialmente os mais pobres. Através da possível criação de um fundo nacional que proporcione de fato a universalização dos serviços de água tratada e esgotamento sanitário que demandam altos investimentos. Nesse sentido, resumir na simples privatização das companhias estaduais como forma de solucionar essa questão não é a melhor saída, podendo até mesmo agravar a situação e vai na contramão de que está acontecendo no mundo, por exemplo, países como o Canadá, Estados Unidos, França e Alemanha estão reestatizando os seus serviços de saneamento básico. Dentre os principais fatores que impulsionaram a reestatização nesses países está o interesse único pelo lucro das empresas privadas sobre a qualidade ofertada dos serviços para a população, bem como, a falta de investimentos e estagnação na expansão das redes de distribuição, além disso, registra-se a deficiência de órgãos reguladores na prestação do serviço de fiscalização das empresas privadas. Nessa contramão do mundo, está o município de Manaus no Estado do Amazonas que após mais de 20 (vinte) anos de gestão privada, a capital manauara ainda possui um índice ínfimo de apenas 12,5% de coleta de esgoto e, pior, mais de 600 mil manauaras de uma população total de 2,02 milhões estão sem acesso à água tratada, segundo o Instituto Trata Brasil, que coloca o município de Manaus no ranking sobre o saneamento brasileiro na posição de 96º dentre os 100 maiores municípios do País. Por derradeiro, chegou a hora, o novo governo federal deve enfrentar e repensar o marco legal do saneamento, além de urgente é necessário, no sentido de encontrar uma solução satisfatória para o imbróglio jurídico, político, social e ambiental entre municípios e estados, seja anulando alguns artigos da lei ou até mesmo a sua revogação, no sentido de resguardar e proteger os interesses da maioria da população.

ANTONIO SERGIO NEVES DE AZEVEDO – Estudante em Curitiba / Paraná.

Zé Maria

A Maioria dos Jornalistas da Mídia Venal precisam de Lições de História… e de Ética.

Daniel Cardoso dos Santos

Parabéns Dr. Rosinha pelo belo texto é por desnudar muitos lobos com pele de cordeiro.

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