Dr. Rosinha: Moro, toma que Bolsonaro é filho seu! Agora não adianta renegar
Tempo de leitura: 4 minPor Dr. Rosinha
Padrasto
por Dr. Rosinha*
Sergio Moro é o verdadeiro pai de Jair Bolsonaro.
Agora, comporta-se como um péssimo padrasto.
Daqueles que, após conquistar a “mãe”, passa a desprezar e maltratar o filho.
Por “mãe”, entenda-se aqui a “mãe pátria”.
Desde o namoro, uma relação pai/mãe complexa que dá a impressão de o rebento — há dúvidas — ser uma reprodução hermafrodita.
Há também certezas.
Para gerar, aquilo que ainda não se conhecia, era preciso matar politicamente os que governavam o Brasil, no caso o PT, representado por Lula e Dilma.
A gestação de Bolsonaro – a princípio, não sabia quem que era – foi longa.
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Nesse período, a paternidade do rebento foi disputada.
Mesmo sem conhecer bem a personalidade e o caráter dele, a “mãe pátria” recebeu muito apoio e aplausos durante a gestação.
O principal apoiador foi a Rede Globo.
Sem dúvida alguma, uma gravidez disputada por muitas pessoas, instituições e empresas.
Todas queriam ser o pai do rebento a caminho.
Mas a paternidade, com teste de DNA feito pela Rede Globo, coube a Sergio Moro.
O pai Moro recebeu também um apoio fundamental de um grupo de pessoas que se autodenominou “Filhos de Januário”, cujo principal filho é um tal de Deltan Dallagnol.
Os filhos se aglomeraram em torno de uma frase curta e mágica: “lava jato”.
Da noite para o dia, a “lava jato” recebeu milhares de apoio e aplausos, demonstrados nas mídias, instituições, empresas, por políticos e pessoas, que reproduziam suas opiniões em bares, festas, estádios e nos vidros dos carros, que circulavam com um adesivo, azul (cor do PSDB) e amarelo, escrito “apoio a lava jato”.
Em Curitiba, quem não usasse este tipo de adesivo era vilipendiado, chamado de comunista e solicitado, quase que explicitamente, numa frase: “ame a república de Curitiba ou deixe-a”.
Afinal, em Curitiba, vivia e vive o pai do Bolsonaro, o ilibado combatente da corrupção.
O filho eleito convidou o pai para ser o ministro responsável pelas principais investigações no Brasil.
Nessa condição, o pai Moro não quis investigar a família do filho Jair Bolsonaro.
Mas, insatisfeito, o filho Jair queria mais. Queria que os filhos fossem também protegidos.
Moro sentiu que isso era muito e, acabrunhado, preferiu passar a tratar o filho que pariu como enteado.
Na condição de chefe da Polícia Federal, Moro também passou a saber muito mais dos crimes cometidos pelo filho.
Moro passou então a tratá-lo como ilegítimo e a comportar-se como padrasto.
Padrasto que não consegue ou não quer passar um corretivo no filho. Prefere gravar suas diabruras e crimes para expô-lo perante a mãe pátria.
Em defesa de Bolsonaro, Mourão, desde o primeiro parágrafo, ameaça o povo brasileiro.
Afirma que
“a pandemia de covid-19 não é só uma questão de saúde: por seu alcance, sempre foi social; pelos seus efeitos, já se tornou econômica; e por suas consequências pode vir a ser de segurança”.
A pandemia atinge todos os aspectos citados, mas o agravamento da crise será maior ou menor dependendo da ação do governo.
Só que, como o filho de Moro não dá conta, Mourão resolveu nos ameaçar, dizendo que a crise, principalmente a de segurança, pode ter consequências.
Li e entendi. As consequências às quais ele se refere é a criminalização da luta pela vida e pela dignidade.
Mourão nos ameaça com prisões e assassinatos.
Escreve Mourão que nenhum país “vem causando tanto mal a si mesmo como o Brasil”.
Não é o país e/ou o povo brasileiro que vem causando mal a si próprio. Nada ganharia com isso.
Quem está causando mal ao Brasil é o atual governo do qual o senhor Mourão faz parte.
O vice-presidente critica a falta de diálogo e cobra da imprensa responsabilidade.
E o senhor consegue diálogo com Bolsonaro?
Caso consiga, convença-o a mudar de comportamento com a imprensa e as instituições; a sentar-se com as pessoas inteligentes da política, cultura e ciência e tecnologia para um debate educado, sem falar palavrões.
No seu breve texto, Mourão soma-se a Bolsonaro para criticar os governadores e faz uma comparação esdrúxula, com os Estados Unidos.
Assim, como no primeiro argumento, Mourão vem em defesa de Bolsonaro.
Há uma concordância minha com Mourão (coisa rara, diga-se de passagem), quando ele critica a usurpação das prerrogativas do Poder Executivo por parte de outro poder.
Mas, o que o senhor fez quando o STF usurpou do Poder Executivo o direito de indicar Lula como ministro da Casa Civil do governo Dilma?
Como se comportaram também Sergio Moro, seu filho Jair Bolsonaro, a Rede Globo e todos os demais que embalaram o rebento que está governando o Brasil?
O quarto ponto elencado por Mourão é, no mínimo, desconcertante.
Faz críticas à política exterior dos governos do PT e ao comportamento de lideranças de oposição em relação ao atual governo.
Senhor vice-presidente, novamente convido-o a um exercício: coloque-se ao lado do senhor Ernesto Araújo e conversem sobre política exterior.
Ernesto Araújo é uma vergonha para o Brasil tanto no exterior como aqui dentro do Brasil
Mourão sentindo que Moro abandonou o filho Bolsonaro decidiu vir em socorro dele.
Quer adotá-lo. Afinal, foi um dos que aplaudiram o golpe que se gestava e, consequentemente, aplaudiu e apoia o rebento que do golpe nasceu.
A Rede Globo, que é o DNA do nascimento de Bolsonaro, resolveu posicionar-se do lado do pai Moro.
Pudera. Esse DNA tem que ser preservado para ser usado na gestação de um novo rebento, que até já tem nome: Sergio Fernando Moro. Vai usar a mesma roupa, só que com novos remendos.
Enquanto Sergio Moro renega o filho, a Globo preserva o DNA ideológico para a próxima eleição.
Ao mesmo tempo, na “mãe pátria”, como escreve Aldir Blanc, “Choram Marias e Clarices / No solo do Brasil”.
PS: Aqui, o termo padrasto é usado de forma simbólica, sem o objetivo de agredir aqueles que amam seus filhos e não os renegam.
Dr. Rosinha é médico pediatra, militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.
Dr. Rosinha
Médico pediatra e militante do PT. Pelo PT do Paraná, foi deputado estadual (1991-1998) e federal (1999-2017). De maio de 2017 a dezembro de 2019, presidiu o PT-PR. De 2015 a 2017, ocupou o cargo de Alto Representante Geral do Mercosul.
Comentários
Zé Maria
“O tema da “paridade de armas” no exercício do direito de defesa é realmente muito importante.
Que bom que hoje foi lembrado [por Sérgio Moro].
Deveria sempre ser lembrado.”
Cristiano Zanin Martins
Advogado de Defesa de Lula
https://twitter.com/czmartins/status/1261105431956590594
https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2020/05/15/moro-fala-em-paridade-de-armas-o-irredimivel-tenta-ser-erguer-de-escombros.htm
Zé Maria
O que mais se deduz das reportagens sobre essa tal Reunião Ministerial
é o Empreguismo na “Segurança Presidencial” para o Clã Bolsonaro.
Pelo visto, a Segurança é usada como trampolim para o Alto Escalão.
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/15/mudanca-no-governo-poe-em-xeque-versao-de-bolsonaro-sobre-reuniao-ministerial.ghtml
Zé Maria
https://t.co/qlpVokC8LM
E não é só a Segurança Pessoal, os Parentes também têm altos “Q.I.s” no Governo.
“Filha de General Villas Bôas tem Cargo de 10 mil Reais na Assessoria de Damares”
https://twitter.com/DeputadoFederal/status/1261676582328061958
https://revistaforum.com.br/politica/exclusivo-filha-de-general-villas-boas-tem-cargo-de-10-mil-reais-como-assessora-de-damares/
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/EYA7CqUXsAYL7MG?format=jpg
A Bandidagem do Desgoverno Bolsonaro/Guedes/Mourão
vai destruir a Democracia com a Guerra de Vazamentos.
https://twitter.com/luisamartins/status/1261071938329419776
Zé Maria
https://pbs.twimg.com/media/EYBNSWLXkAAsPE6?format=jpg
SOS! FOGO NO BATACLÃ!
Chamem os Bombeiros !!!
WhatsApp, 23 de Abril de 2020.
Zambellinha para o então “Ministro Moro BSB”:
“O Brasil depende do sr estar no MJ”
“Bolsonaro vai cair se o Sr sair” …
“Tô aqui no MJ. No seu andar.
Por favor me dá 5 minutos.
Por favor, deixa só eu falar com vc” …
“O Planalto que pediu” …
“Pelo NasRuas há 6 anos te defendo” …
“Me ouve só um pouco” …
“Ministro Moro BSB” para Zambellinha:
“Se o PR [Bolsonaro] anular o decreto de exoneração [de Valeixo], ok”.
Zambellinha para o então “Ministro Moro BSB”:
“Vou lá tentar falar com ele [Jair Bolsonaro]”
https://t.co/lHzxsiafKZ
https://twitter.com/i/status/1261085216325677058
https://pbs.twimg.com/media/EYBHJcAX0AAQIIy?format=jpg
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/05/14/deputada-propos-a-moro-acertar-com-bolsonaro-vaga-de-ministro-no-stf-ele-vai-cair-se-o-sr-sair.ghtml
“Ou seja: MORO SAIU PQ NÃO AGUENTOU
A CHATICE DE CARLA ZAMBELLI NO WHATS!”
https://twitter.com/PauloVieiraReal/status/1261095446535122946
Zé Maria
Realmente, Jair Bolsonaro é um Grandessíssimo Filho da Pátria,
Bastardo Renegado do Pato de Curitiba e Marreco de Maringá.
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